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duas formas de circuitos, série e paralelo. o consumo em watts de qualquer aparelho eletrônico,
O princípio de funcionamento dos circuitos em mesmo que ele não emita nenhuma luminosidade.
série dão-se pela ligação de componente em sequên-
cia, ou seja, sem divisão do circuito. Nos circuitos em
série a corrente é a mesma para todos os componentes
do circuito, enquanto que a tensão é dividida. Outra
característica do circuito em serie com cargas é a de-
pendência, ou seja, em um circuito de lâmpadas, caso
uma delas venham queimar as demais não vão acender,
isso ocorre pois tecnicamente o circuito foi rompido e
a corrente do circuito é a mesma, um exemplo desse
fato são os piscas-piscas de natal.
são de fato idênticas e sim de valores próximos de re- divida entre dispositivos muito parecidos ou muito dis-
sistência. Os resultados obtidos são satisfeitos e fazem tintos. Esse resultado impacta drasticamente a potên-
sentido. cia total do circuito e a luminosidade das lâmpadas,
É interessante ver também os outros parâmetros conforme foi-se provado.
anotados: a corrente diminui pois a resistência total
VII. Referências
do sistema aumenta com o acréscimo de lâmpadas,
e a potência total medida diminui por consequência. 1) Conversão de Energia, Primeira Edição, 2020;
Acerca da luminosidade, vale ressaltar que todas as Camargo, Ivan M.T.
quatro lâmpadas tiveram um resultado similar. 2) Resistência Elétrica. Link:
https://www.todamateria.com.br/resistencia-
eletrica/
3) Corrente contínua e alternada:
entenda as diferenças. Link:
https://eletroenergia.com.br/instalacoes-
Figure 8: Tabela 3: Divisor de Potência - Lâmpadas eletricas/corrente-continua-e-alternada-entenda-
Iguais as-diferencas/
4) Diferença entre Circuito Série e Paralelo. Link:
D. Parte 4: Divisão de Potência com Lâmpadas Difer- https://www.sabereletrica.com.br/circuito-serie-
entes e-paralelo/
A montagem para este procedimento é análoga à 5) Lúmens e Watts: como escolher correta-
mostrada na Figura ??, apenas mudando as 4 lâmpadas mente lâmpadas econômicas LED. Link:
idênticas por duas de 60 watts, uma de 40 watts e https://www.ledplanet.com.br/lumens-e-
uma de 100 watts, todas de 220 volts. O procedimento watts-como-comprar-lampadas-economicas-
também foi o mesmo do adotado no item anterior e os led/: :text=O%20L%C3%BAmen%20%C3%A9%20a
resultados estão na Tabela 4, mostrada no Figura 11. %20quantidade,mais%20luz%20a%20l%C3
Como pode-se ver pela tabela, os resultados ex- %A2mpada%20emite.text=Esse%20valor%20indica
perimentais são satisfatórios e são parecidos com os %20quantos%20l%C3%BAmens,de%20energia
encontrados na teoria. O mesmo que aconteceu no item %20que%20ela%20consome.
anterior, é válido para esta etapa: a corrente diminuiu 6) Roteiro Ensaio 1 Medições monofásicas utilizando
pelo acréscimo da resistência e a potência diminuiu por resistores.
consequência.
Vale ressaltar a tensão e a luminosidade neste exem-
plo. A tensão, diferente do item anterior, não se divide
entre os dispositivos de forma equivalente, pois os
dispositivos têm resistências diferentes. O dispositivo
que mais consome a alimentação, é por consequência
o que melhor apresenta luminosidade, sendo este a
lâmpada de 15W.
VI. Conclusão
Na primeira parte do experimento, fica claro que a
resistência elétrica depende das condições em que ela
está sendo medida ou calculada. A prova disto está nos
valores calculados e nos medidos pelo multímetro.
Nas partes sucessoras, pôde-se fazer um estudo so-
bre a divisão de tensão no circuito, quando a tensão é
Experimento 2
Medições monofásicas utilizando resistores,
indutores e capacitores
Juliana Corrêa Fossi, 160129109 Laboratório de Sistemas Elétricos de Felipe Viana Santana, 160119863
jucfossi@hotmail.com Potência, Turma A felipevs98unb@gmail.com
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02/09/2019
a corrente que passa por esse equipamento. Portanto, o 2 220 0,545 120 0,273 403,33
ângulo φ é nulo e o valor do seu cosseno é 1, reduzindo a
equação (1) a: 3 220 0,818 180 0,273 268,89
W = V*I (2)
4 220 1,09 240 0,273 201,67
Logo, como todas as lâmpadas estavam posicionadas
em paralelo, a tensão aplicada aos seus terminais
apresentava mesmo valor. Ainda, tendo em vista que Portanto, os valores obtidos pelos multímetros durante
todas possuíam mesma potência ativa, concluiu-se que a as medições referentes à atividade 2 foram apresentados
corrente que passava por cada uma era de mesma na tabela II:
intensidade, ou seja, 0,273A, como identificado na tabela
I. TABELA II. VALORES MEDIDOS DO CIRCUITO COM LÂMPADAS
CONECTADAS EM PARALELO
Pela Lei de Kirchhoff das Correntes, percebeu-se que
a corrente total do circuito apresentaria valor equivalente Valores medidos
à soma das correntes de cada lâmpada, já que o somatório
Qtd V I W I lâmpada RT OT AL
das correntes que entram em um nó deve ser igual ao das lâmpadas [V] [A] [W] [A] [ Ω]
que saem dele. Dessa forma, no caso de apenas uma
lâmpada, a corrente total seria igual a que passa por 1 208,9 0,264 60 0,264 714,22
apenas uma. No entanto, ao adicionar novas cargas
2 210,8 0,526 120 0,255 301,78
resistivas em paralelo com a primeira, deveria ser somado
o valor de corrente que passa por cada lâmpada para a 3 210,1 0,789 165 0,255 126,93
obtenção da corrente total. Assim, para o caso de duas
4 210,5 1,051 223 0,254 89,65
lâmpadas seria o seguinte:
As potências encontradas pelo wattímetro diferem um
pouco das teóricas conforme são adicionadas as lâmpadas,
provavelmente, pelo fato de essas últimas não serem
puramente resistivas. A potência reativa presente faz com
que o ângulo φ da equação (1) não seja nulo e, assim, o
seu cosseno, menor que 1, reduzindo o valor da potência
ativa.
Além disso, as resistências obtidas com o ohmímetro
apresentam certo erro com relação às teóricas, pois é
difícil a realização da medição no momento
imediatamente após o desligamento da fonte e a sua Figura 4 - Característica Indutiva
desconexão do circuito com as lâmpadas. Esse tipo de
equipamento resfria muito rapidamente, prejudicando a
acurácia nessa medição.
Vale ressaltar que a tensão de alimentação não chegou
a 220V devido à fonte utilizada no laboratório. No
entanto, os valores medidos são muito próximos daqueles
previstos segundo a teoria, comprovando-a.
B. Atividade II
A resistência obtida com auxílio do ohmímetro para a
a lâmpada de 60W quando encontrava-se fria foi de: Figura 5 - Característica Capacitiva
R = 62,5 Ω
Pode-se comprovar com essa medição que, já que o Para o cálculo dos valores teóricos foi considerado
material condutor é um metal, a resistência aumenta com uma tensão de 220V eficaz constante e usada as seguintes
a elevação da temperatura. Dessa forma, quando a relações :
lâmpada estava conectada à fonte, sendo aquecida, sua
resistência era maior que aquela obtida enquanto fria, ● Potência aparente:
desconectada de qualquer alimentação. [1] S = V × I* (8)
● Fator de Potência:
C. Atividade III F p = cosφ (9)
Cada tabela abaixo identifica a carga do circuito
montado na atividade III. ● Potência Reativa:
Se uma carga puramente resistiva é conectada ao Q = P × tan(acos(F p)) (10)
sistema, a corrente e a tensão mudarão de polaridade em
fase, nesse caso o fator de potência será unitário. ● Impedâncias:
Já cargas indutivas possuem potência reativa, então, a ZR = R (11)
onda de corrente é atrasada em relação à tensão. Por outro Z L = jwL (12)
lado, as cargas indutivas também possuem potência Z C = 1/jwC (13)
reativa, porém com defasagem distinta das cargas Observação: o paralelismo das impedâncias foi calculado
indutivas, o que incorre em uma onda de corrente conforme a equação (7).
adiantada em relação à tensão.
TABELA III. VALORES TEÓRICOS R, L e C TABELA V. VALORES TEÓRICOS R//L e R//C
Valores teóricos Valores teóricos
Ao comparar os dados obtidos nas tabelas III e IV, |Z| [Ohms] 308,837 324,026
Valores teóricos
Figura 2 - Ângulo de defasagem da tensão num circuito equilibrado 3 lâmpadas por fase 155,88 155,88 311,761
Quanto aos valores medidos na tabela II, é evidente TABELA IV. VALORES MEDIDOS DE POTÊNCIA TRIFÁSICA
uma discrepância na tensão de alimentação do circuito, Valores medidos
visto que a bancada só fornecia no máximo 208,9 V. Por
Circuito 3 φ W 1 [W] W 2 [W] W 1 + W 2 [W]
isso, a tensão de fase é menor que 127,017 V que foi
estimado. Ademais, a corrente que passa pelas lâmpadas 1 lâmpada por fase 35 35 70
será menor, visto que a tensão fornecida pela fonte é
2 lâmpadas por fase 70 70 140
menor e, possivelmente, não estará utilizando os 60 W
que poderia como será verificado na tabela V 3 lâmpadas por fase 110 110 220
Circuito 3 φ V linha [V] V f ase [V] I linha [A] P 1φ [W] Já os dados medidos no laboratório sobre a potência de
Fase com 1 cada wattímetro e a potência trifásica estão relatados na
lâmpada 210,1 159,6 0,238 37,985 tabela XII. Portanto, comparando as duas tabelas, nota-se
Fase com 2 uma certa discrepância nos resultados. Embora o Método
lâmpadas 209,6 136,4 0,427 58,243 dos Dois Wattímetros seja eficiente para circuitos
Fase com 3 trifásicos desequilibrados a 3 fios, o fato de as lâmpadas
lâmpadas 210,1 80,9 0,49 39,641 utilizadas não serem puramente resistivas na prática
influencia em uma certa divergência de resultados, visto
Já a tabela XI apresenta os valores calculados para os que elas foram consideradas desse modo para os cálculos
wattímetros utilizados conforme o Método dos Dois teóricos.
Wattímetros. Vale ressaltar que a fase de referência
TABELA XII. VALORES MEDIDOS DE TENSÃO, CORRENTE E
adotada foi a C e, portanto, as potências ativas teóricas
POTÊNCIA DO CIRCUITO COM O NEUTRO NÃO
para cada um dos aparelhos foi obtida a partir das ATERRADO
equações relatadas a seguir:
Valores medidos
W 1 = |V ac|.|Ia|.cos(θV ac − θIa ) (6)
W1 W2 W1 + W2
e W 2 = |V bc||Ib|.cos(θV bc − θIb ) (7)
[1] Circuito 3 φ
desequilibrado 47W 89W 136W
Assim, foram substituídos, nas equações, os valores
referentes às tensões e correntes de linha. Já para obter-se
os ângulos de (6) e (7), foi entendido que a geração é
equilibrada e que não há impedâncias de linha,
confirmando o fato de que as grandezas de linha aplicadas
à carga são equilibradas. Como a referência utilizada foi a
fase C, essa possui ângulo igual a 0° e considerando a
V. CONCLUSÃO
Primeiramente, conclui-se que a corrente de fase é a
mesma que a corrente de linha devido a ligação em estrela
que foi feita entre as lâmpadas. Além disso, a tensão de
linha permaneceu praticamente a mesma durante todo o
experimento.
Já a tensão de fase, pode ser calculada pela relação da
equação (1) entre a tensão de linha e fase para uma carga
equilibrada.
Porém, ao desequilibrar as cargas e aterramos o
circuito, já que se temos uma geração equilibrada, é
evidente que a soma das correntes, em módulo e fase é
não-nula, ou seja, a corrente excedente é direcionada para
o neutro. Desse modo, podemos comparar os valores das
atividades 2 e 3.
Finalmente, na última atividade, retiramos o neutro e
verificamos, devido ao desequilíbrio das cargas, que as
correntes ficam desbalanceadas. Quanto às medidas feitas
nos wattímetros é importante ressaltar que só foi possível
medir a potência com o método dos 2 wattímetros.
2 lâmpadas
IV. RESULTADOS EXPERIMENTAIS E SUAS ANÁLISES por fase 212,3 212,3 0,925 0,708
A. Atividade I 3 lâmpadas
por fase 211,2 211,2 1,385 1,159
Nessa atividade, a tabela 1 foi obtida considerando
tensão de linha de valor eficaz igual a 220V e as lâmpadas
que apresentavam potência nominal igual a 60W. Vale Nesse caso, a tabela III foi calculada por meio da
ressaltar que as lâmpadas são consideradas puramente relação entre a tensão de linha, corrente de linha e o
resistivas para os cálculos teóricos, isto é, cos φ = 1 . cosseno entre as fases desses valores. Desse modo, pode
ser calculado pelas equações 5 e 6, em seguida, somadas
TABELA I. VALORES TEÓRICOS DE TENSÃO E CORRENTE para obtenção da potência total por meio do método dos 2
Valores teóricos Wattímetros. Foi considerado uma
Circuito 3 φ V linha [V] V f ase [V] I linha [A] I f ase [A]
TABELA III. VALORES TEÓRICOS DE POTÊNCIA TRIFÁSICA
1 lâmpada
Valores teóricos
por fase 220 220 0,4723 0,2727
Fase com
3
lâmpadas 212,3 212,3 1,167 0,928 197,0144
V. CONCLUSÃO
Na atividade I, os objetivos de realizar uma ligação em
delta, verificar as relações entre tensão e corrente e
utilizar o método dos dois wattímetros para medição da
potência ativa trifásica do circuito foram alcançados.
Desse modo, conclui-se que a discrepância entre os dados
teóricos e medidos existe devido a tensão de alimentação
fornecida pela bancada ser diferente de 220V, além da
carga não ser totalmente resistiva, ou seja, possuir
características capacitivas e indutivas também, o que
implica em um cos φ =/ 1 .
Já em relação à atividade II, o desequilíbrio no circuito
é evidente ao colocar cargas distintas ligadas em delta.
Com isso, foi possível averiguar as relações entre tensão e
corrente, de modo que, como na atividade 1, foi utilizado
a lei de Kirchoff para achar as correntes de linha. Além
Experimento 5
Ensaios a vazio e em curto-circuito em um
transformador monofásico
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07/10/2019
I. OBJETIVOS referido tanto para o lado de alta tensão como para o lado
de baixa. Também foram convertidos os dados para o
O experimento em questão visou o entendimento
sistema por unidade.
prático sobre os transformadores. Para isso, foi necessária
a compreensão em relação à realização de ensaios a vazio Para isso, foi aplicada a tensão nominal no ensaio a
e curto-circuito e, com isso, a obtenção dos parâmetros vazio de forma que as medidas fossem realizadas no lado
para a montagem do circuito equivalente do transformador de baixa tensão, conforme a figura 1. Já para o ensaio de
analisado. Além disso, foi importante saber calcular e curto-circuito, a fonte alimenta o circuito com tal valor de
realizar medições referentes ao rendimento e à regulação tensão que gerasse a corrente nominal no outro lado do
de tensão do transformador. transformador (baixa tensão), sendo feitas as medições no
II. MATERIAIS UTILIZADOS lado de alta tensão, como pode ser observado na figura 2.
● Transformador monofásico de 24VA e 110/12V;
● Multímetros;
● Fontes e medidores da bancada;
● Wattímetro digital;
● Cabos;
● Reostato de 450Ω, que suporta até 2A. Figura 1 - Ligação para o ensaio a vazio.
A. Atividade I
:Inicialmente, foram analisados os dados nominais
(tensões, correntes e potência) do transformador utilizado
no laboratório. Após, realizou-se medições de tensões e
resistências dos enrolamentos para o reconhecimento dos Figura 2 - Ligação para o ensaio de curto-circuito.
terminais de baixa e alta tensão da máquina em estudo.
. C. Atividade III
B. Atividade II Foi montado o circuito da figura 3 abaixo com o
objetivo de medir os ensaios de regulação de tensão e
Para a segunda atividade, foram realizados ensaios a
rendimento.
vazio e de curto-circuito para a obtenção da relação de
transformação, fator de potência, corrente de
magnetização e diagrama fasorial das correntes e da
tensão, além do circuito equivalente do transformador
110V no outro terminal. Logo, foi preenchida a tabela 2
com os dados obtidos.
Lado de BT Lado de AT
Figura 3 - Transformador monofásico com carga no secundário.
Tensão (V) 12,6 110,0
Em seguida, depois de colocarmos o amperímetro em Resistência (Ω) 0,2 20
série, o voltímetro em paralelo com o reostato e a fonte,
além do wattímetro, ligamos a bancada numa tensão de
110V . Desse modo, para evitar a queima de fusíveis da
bancada, o reostato foi configurado com a menor B. Atividade II
resistência possível antes de dar um curto-circuito. Para a segunda atividade, foram realizados dois
A partir daí, foi considerado que a fração da carga é ensaios para a obtenção de tensão, corrente e potência de
em relação a corrente máxima. Consequentemente, as forma a descobrir parâmetros de impedâncias. Assim, é
medições foram feitas com um intervalo de diminuição de possível montar um circuito equivalente para facilitar a
10 por cento. análise do transformador conforme mostrado na figura 4.
sendo α, a relação de transformação, 𝑉1, a tensão no para o mesmo lado. Assim, a partir do ensaio a vazio,
descobre-se 𝑅𝐶 𝑒 𝑋𝑚 e, por intermédio do ensaio de
primário e 𝑉2, a tensão no secundário. Logo, a relação,
curto-circuito, obtém-se 𝑅𝑒𝑞 𝑒 𝑋𝑒𝑞 . [1]
nesse caso, é dada por [1]:
12 Logo, 𝑅𝐶 é calculado a partir de:
α= 110
= 0, 109 (3)
2
𝑉𝐶𝐴
Além disso, o fator de potência a vazio é obtido da 𝑅𝐶 = (15)
𝑃𝐶𝐴
seguinte forma [1]:
𝑃𝐶𝐴 E sua condutância é:
𝐹𝑝 = 𝑐𝑜𝑠φ = 𝑉𝐶𝐴𝐼𝐶𝐴
(4) 𝑃𝐶𝐴
1
𝐺𝐶 = 𝑅𝐶
= 2 (16)
Sabendo ainda que, em transformadores reais, o fator 𝑉𝐶𝐴
de potência está sempre atrasado já que são cargas Assim, a admitância do ramo de excitação é
indutivas [1], então: encontrada por intermédio de:
2 𝐼𝐶𝐴
𝐹𝑝 = (12,01)(0,748)
= 0, 223 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑜 (5) 𝑌𝑒𝑥𝑐 = (17)
𝑉𝐶𝐴
Já a corrente de magnetização é aquela que passa pela
E, portanto, calcula-se a susceptância (𝐵𝑚) e a
reatância de magnetização, então ela pode ser obtida pela
subtração entre a corrente total do primário no ensaio a reatância de magnetização (𝑋𝑚):
vazio e a corrente que passa pelo resistor do núcleo, ou 2 2
seja, 𝐵𝑚 = 𝑌𝑒𝑥𝑐 − 𝐺𝐶 (18)
𝐼𝑚 = 𝐼𝐶𝐴 − 𝐼𝑅𝑐 (7) sendo 𝑋𝑚 =
1
.
𝐵𝑚
A corrente de circuito aberto 𝐼𝐶𝐴 pode ser encontrada Logo, os valores obtidos foram:
com a potência complexa, que é obtida com a potência 𝑅𝐶 = 72, 12Ω (19)
reativa que, por sua vez, é descoberta pelo triângulo de 𝑋𝑚 = 16, 47Ω (20)
potências e o ângulo do fator de potência, portanto:
φ = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠 (𝐹𝑝) = 77, 14° (8) Vale ressaltar que esses valores em (19) e (20) estão
Descobre-se, então, a potência reativa Q: referidos ao lado de baixa tensão. Esse é um fato
𝑄 = 𝑃𝐶𝐴. 𝑡𝑔φ = 8, 76 𝑉𝐴𝑟 (9) importante, visto que todas as impedâncias devem estar
referidas ao mesmo lado do transformador.
Assim, é possível obter a potência complexa na forma Já para calcular a resistência equivalente de
retangular, substituindo os valores da potência ativa enrolamento (𝑅𝑒𝑞), utiliza-se:
encontrada na tabela III e da reativa, em (9):
𝑃𝐶𝐶
𝑆 = 𝑃𝐶𝐴 + 𝑗𝑄 = (2 + 𝑗8, 76)𝑉𝐴 (10) 𝑅𝑒𝑞 = 2 = 52, 52Ω (21)
𝐼𝐶𝐶
Sabendo, ainda, que a potência complexa, na forma
Entretanto, encontra-se a reatância equivalente () por:
fasorial é dada por:
2 2
𝑋𝑒𝑞 = 𝑍𝑒𝑞 − 𝑅𝑒𝑞 = 44, 44Ω (22)
𝑉𝐶𝐶 Quanto a regulação de Tensão, ou seja, a variação da
sendo 𝑍𝑒𝑞 = 𝐼𝐶𝐶
.
tensão terminal de um transformador quando submetido a
Os valores apresentados em (21) e (22) estão referidos uma determinada condição de carga [2], ela foi calculada
ao lado de alta tensão. Dessa forma, esses são referidos ao usando a seguinte relação entre as tensões em vazio(No
lado de baixa, fazendo: Load) e com carga(L):
2
𝑅𝑒𝑞,𝐵𝑇 = α . 𝑅𝑒𝑞 = 0, 625Ω (23)
𝑣2,𝑉𝐴𝑍𝐼𝑂− 𝑣2,𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴
2
𝑋𝑒𝑞,𝐵𝑇 = α . 𝑋𝑒𝑞 = 0, 529Ω (24) 𝑅𝑇 = 𝑣2,𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴
(34)
Nesse viés, foi considerado as seguintes informações para 10 110 2,4 2,4 100 0
completar a tabela IV com os valores teóricos: 20 110 4,8 4,8 100 0
100 12 2 24 100 0
10 110,4 5 2,53106 50,62 -4,23 TABELA VII. VALORES MEDIDOS DO LADO DE BAIXA DE
REGULAÇÃO DE TENSÃO E RENDIMENTOS
20 110,5 8 4,98042 62,26 -3,38
Valores Medidos
30 110,2 10 7,42335 74,23 -2,2
Lado de BT Valores Calculados
40 110,1 13 9,6957 74,58 -1,23 Fração da
Carga Tensão Corrente Potência ɳ R.T
50 110,6 15 12,02172 80,14 -0,58 (%) (V) (A) (W) (%) (%)
60 110,3 18 14,47088 80,39 0,67 0 12,65 0,005 0,06325 2,11 -5,14
70 110,0 20 16,32915 81,65 1,78 10 12,53 0,202 2,53106 50,62 -4,23
80 109,7 23 18,93591 82,33 3,36 20 12,42 0,401 4,98042 62,26 -3,38
90 110,0 25 19,90632 79,63 4,53 30 12,27 0,605 7,42335 74,23 -2,2
100 109,9 27 22,57734 83,62 5,08 40 12,15 0,798 9,6957 74,58 -1,23
chegando ao valor nominal do transformador, 24 W, maior 80 11,61 1,631 18,93591 82,33 3,36
é o seu rendimento. Logo, o lado de alta do transformador 90 11,48 1,734 19,90632 79,63 4,53
está intrinsecamente relacionado a potência fornecida a
100 11,42 1,977 22,57734 83,62 5,08
carga e ao rendimento do transformador.
V. CONCLUSÃO
. Gráfico 1 - Rendimento x Fração da Carga (%)
Primeiramente, a atividade I tem o intuito de mostrar
como identificar os lados de alta e baixa do transformador.
Desse modo, mede-se a resistividade e percebe-se que
para que a corrente de excitação no lado de baixa seja
baixa, a resistividade deve ser alta . Então, é possível
identificar os lados de alta e baixa, apenas medindo as
resistências.
Em seguida, para efetuar os ensaio em vazio e em curto
circuito ficou evidente que, no primeiro ensaio, a potência
medida do lado de baixa identificava as perdas no núcleo
por histerese e corrente parasita, enquanto que, no
segundo ensaio, a potência do lado de alta é a perda do
No gráfico 1, a relação entre a potência de saída e de
cobre nos enrolamentos.
entrada do transformador aumenta rapidamente quando a
Por fim, na última atividade, a regulação de tensão,
carga está apresentando caráter capacitivo ainda. Por outro
como a variação de tensão de acordo com a inserção de
lado , quando o crescimento não é tão rápido conforme a
uma carga, e o rendimento, como relação entre a potência
corrente vai aumentando, porém o rendimento é maior nos
de saída e entrada interrelacionam-se com as medições do
valores de fração de carga maiores.
lado de alta e baixa, de modo que, o máximo rendimento é
Vale ressaltar o intervalo entre 50 e 60 or cento da
justamente onde a regulação de tensão é igual a zero.
fração de carga como ponto onde o fator de potência da da
carga se aproxima de 1 e é justificado pelo trecho abaixo
encontra-se na referência 2:
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] S. J. Chapman, “Fundamentos de Máquinas
Elétricas”, ed. 5.
[2] Ivan Camargo, “Transformadores Trifásicos”, Março
de 2007.
. Gráfico 2 - Regulação de Tensão x Fração da Carga