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Liturgia

Leitura: Romanos 10: 13-15


Oração: Helton
Hino: 21
Confissão: Neemias 1: 4-6
Oração: Ezequiel

Texto de meditação Gênesis 22: 1-14


Ilustração:
O filme “Corajosos”, conta a história de cinco homens que decidiram mudar as suas vidas.
Quatro deles são experientes policiais que lutam pela ordem da cidade, mas como pais,
eles não estavam exercendo o papel devido, e quando eles começam a passar por
algumas dificuldades familiares como a perda de uma filha e o desemprego, eles fazem
um compromisso de honrar a Deus através do cuidado com suas esposas e filhos, dando
prioridade à família e os ensinando a Palavra de Deus.
Eles assinam um documento, que foi criado por um deles, junto às suas famílias e na
presença do seu pastor, que os desafiam a mudar radicalmente suas vidas. Após essa
decisão, eles então procuram colocar em prática todos aqueles princípios registrados no
documento.
Um deles é pai de uma garotinha de 4 anos, mas nunca tinha assumido a
responsabilidade devida e resolve se aproximar da criança e da mãe; outro, que antes
estava desempregado e após conhecer um dos policiais arruma um emprego, consegue
ser promovido na empresa onde trabalha por decidir ser íntegro e verdadeiro em sua
conduta; outro, faz um compromisso com a filha de 15 anos dando-lhe uma aliança,
prometendo cuidar dela até que ela encontre um homem de Deus e se case.
Outro se aproxima do filho como nunca havia feito o incentivando no que ele mais
gostava de fazer que era correr e os dois começaram a fazer isso juntos; e o último deles
que apesar de ter feito o juramento e assinar o documento, estava vivendo uma
incoerência em relação a ética profissional e vivendo uma hipocrisia em relação ao
juramento que havia feito e, quando foi confrontado com a verdade, foi parar na prisão
pois estava desviando parte da droga apreendida para lucro próprio.
O filme termina de forma emocionante, quando os quatro homens corajosos dão o seu
testemunho na igreja e desafiam os que os ouviam a tomar a mesma decisão que eles
tomaram.
Contextualização:
Abraão matriculou-se na escola da fé aos 75 anos de idade. Em que retratada uma das
experiências mais tremendas registradas em Gênesis, em que Abraão encontra-se com
mais de cem anos de idade, e esperou 25 anos pelo filho da promessa.
Abraão, o homem que haveria de ser pai de uma grande nação (Gn. 12:2), também
haveria de ser pai de todas as provas da fé. A fé de Abraão a Deus e sua entrega total
foram provadas ao máximo. Deus ordenou a Abraão que fizesse algo totalmente contrário
ao seu amor paterno e a sua esperança de toda a vida.
Sabemos, no entanto, que se passaram muitos anos até Abraão ser separado de seu pai
(Gn. 12:1). Depois, foi sua relutância em se separar de Ló (Gn. 13:1-13). Em seu capítulo
22, Abraão chegou à sua última prova.
Ele já era bem idoso e Sara logo iria morrer (cap. 23). Seu amor era dedicado a Isaque, o
qual, após o capítulo 21, se tornou seu único filho (22:2). Deus levou Abraão a um ponto
em que ele precisou dar prioridade à sua fé em vez de sua família. Por isso, no capítulo
22, ele se defrontou com a maior prova da sua fé.
O sacrifício de Isaque foi uma prefiguração da morte de Cristo, um belo retrato do tipo do
sacrifício do nosso Senhor no Calvário. Trata-se de um pai oferecendo seu único filho.
Uma substituição. Um sacrifício real. E isso aconteceu no monte Moriá, o mesmo local
onde 2 mil anos depois o próprio Filho de Deus foi oferecido. Tratou-se, portanto, de uma
prefiguração.
Diante disso meditaremos no seguinte tema:

Tema: Deus prova coração Abraão.


Tese: O que Abraão revelou ao ser provado pelo Senhor?
1. A Obediência V. 1-5
A palavra relatada aqui, um momento em que Deus “prova” seu filho e servo Abraão. O
que é provar? É experimentar; submeter à prova; fazer conhecer. Note também que
prontamente Abraão responde ao chamado “Eis-me aqui!”. No versículo 2 temos, a prova
do teste, “Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e
vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te
mostrarei”. Deus colocou Abraão à prova, pedindo Isaque, o filho da promessa, como
sacrifício. Veja como Deus caracteriza Isaque, “teu único filho”, “a quem amas”.
A maior dificuldade aos olhos humanos é entender neste capítulo, não é a conduta de
Abraão, mas a ordem de Deus. Como pode um Deus de sabedoria, misericórdia, justiça e
amor ordenar a Abraão que ofereça seu único filho como sacrifício? O sacrifício de
crianças era praticado pelos cananeus, mas foi condenado por Deus, Deuteronômio
12.31 “Não farás assim ao Senhor, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao
SENHOR e que ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas
filhas queimaram aos seus deuses”.
A obediência verdadeira agi na Palavra de Deus mesmo quando nada parece ser
racional. No dia seguinte Abraão partiu para cumprir a vontade de Deus. Em nenhum
momento Abraão questionou as ordens de Deus. A Bíblia diz que, depois que Deus pediu-
lhe o filho em sacrifício, Abraão “levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera” V.
3. Ele passou nessa prova, porque não discutiu com Deus seu pedido, mas dispôs-se a
obedecer.
O caminho da obediência é sempre mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no
momento certo. Tanto o pai quanto o filho chegaram ao ponto máximo de sua capacidade
de fé e emoção para submeter-se a essa prova. Mas Abraão sabia que Deus não é
homem para que minta (Nm 23.19); por isso, ele arriscou no futuro e vislumbrou em sua
mente a certeza de que aquele que tira a vida também a dá (1 Sm 2.6).
Qual deve ser a nossa atitude diante da prova da obediência. Deus nos prova, porque
precisamos ser experimentados, para que a cada dia aprendamos a viver com
obediência. Deus nos põe à prova para ver se estamos prontos para continuar a sua
missão de pregar as boas novas, do seu reino a todos.
Abraão revelou na sua provação o seu,

2. Temor V. 6-10
Vemos o temor que Abraão teve, nesse momento em levar Isaque e colocar sobre ele a
lenha do sacrifício em suas costas até o monte. Este é um momento de tremenda tensão
em que Isaque carrega a lenha para o seu próprio sacrifício. Abraão sentiu a angustia que
Deus sentiu, quando entregou seu filho Jesus Cristo para morrer por todos os homens.
Deus queria provar se havia ainda alguma coisa mais forte no coração de Abraão, algum
sentimento que fosse capaz de superar o amor a Deus. Ora, Abraão amava o filho Isaque
como se não houvesse nada mais forte, mas Deus queria que Abraão o amasse pelo fato
de que todas as bênçãos sobre sua vida vinham dEle. Ao pedir Isaque em sacrifício, Deus
o estava provando no máximo de seus sentimentos.
Depois de uma dolorosa jornada de três dias, a montanha é avistada. Nesse ponto,
Abraão deixa seus servos e segue sozinho com Isaque, no comentário de Wiersbe:
O Pai e o Filho agiram juntos. A frase comovente que vemos é "Caminhavam ambos
juntos" e essa frase aparece duas vezes durante a narração nos versículos 6 e 8. Em
nosso testemunho evangelístico, damos ênfase ao amor do Pai pelos pecadores perdidos
e ao amor do Filho por aqueles pelos quais morreu, mas deixamos de mencionar que o
Pai e o Filho amam um ao outro. Jesus Cristo é o "Filho amado" (Mt 3:17) de seu Pai, e
o Filho disse: "para que o mundo saiba que eu amo o Pai" (Jo 14:31).
O Filho precisava morrer. Abraão levou consigo o cutelo e o fogo. Dois instrumentos
usados para o sacrifício. A faca daria cabo da vida e o fogo queimaria a lenha no altar
onde o corpo seria colocado. Isaque faz uma pergunta ao seu pai V.7: “perguntou-lhe
Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”. Meus
irmãos imaginem só o peso dessa pergunta para Abraão e qual foi sua resposta no V. 8:
“Respondeu-lhe Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o
holocausto; e seguiam ambos juntos”.
A melhor coisa que pode acontecer ao passarmos pelas provações que Deus nos envia, é
nos aproximarmos do nosso Deus e nos tornarmos mais semelhantes a Jesus Cristo. O
Calvário não é apenas o lugar em que Cristo morreu por nossos pecados. É também o
lugar onde ele suportou o maior sofrimento. Sofrimento esse destinado a nós, mas
através de sua ressurreição, ele transformou todo o sofrimento em glória. Por isso
procuremos glorificar ao Senhor, e ele cuidará do resto.
Versículo 9 Abraão e Isaque chegam ao lugar que Deus havia designado, ali ele começa
a preparar o altar imaginem essa cena meus irmãos, o que se passa neste momento em
Abraão preparar tudo isso, ver que Isaque não queixa, não foge e nem questiona seu pai
por estar amarrando-o e deitando-o sobre o altar.
No caso de Isaque, Deus providenciou um substituto que morreu em seu lugar; mas no
caso de Jesus ninguém podia assumir o seu lugar naquela cruz. Ele era o único sacrifício
capaz, de modo completo e definitivo, tirar o pecado do mundo. A resposta à pergunta de
Isaque que fez a seu pai: "Onde está o cordeiro?", foi respondida a muito tempo depois
por João Batista quando ele dizendo em (Jo 1: 29): "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo!
Nas palavras de Martinho Lutero: "Nosso sofrimento não é digno de receber esse
nome. Quando penso em minhas cruzes, tribulações e tentações, me envergonho
profundamente de pensar no que são em comparação com os sofrimentos de meu
bendito Senhor Cristo Jesus".
Abraão além de ter revelado sua obediência, o seu temor em sua provação revelou sua:

3. Fé V. 11-14
Tudo estava em seu devido lugar sobre o altar. O filho amado estava amarrado e
colocado sobre a lenha que ele mesmo trouxera sobre os ombros. O fogo estava pronto.
Tudo estava calmo e quieto.
Diante da sua obediência e do seu temor Abraão pela fé, desembainha a faca afiada e
levantada, o Anjo do Senhor brandou lhe falando do céu: Abraão! Abraão! Ele
respondeu: Eis-me aqui (v.11). Deus interrompeu no momento certo! Pois pela fé
Abraão saiu de sua terra, pela fé acreditou nas promessas de Deus, pela fé Abraão subiu
ao monte. Pela fé, creu que não voltaria sozinho. Abraão não sabia o que iria acontecer.
Tudo o que ele disse, ele o disse pela fé. A fé que temos aqui é a fé que obedece, mesmo
que não entendamos.
Pela fé Abraão agradou a Deus em Hebreus 11:2, 6, 17-19: 2 Pois, pela fé, os antigos
obtiveram bom testemunho. 6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus,
porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e
que se torna galardoador dos que o buscam. 17 Pela fé, Abraão, quando posto à
prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que
acolheu alegremente as promessas, 18 a quem se tinha dito: Em Isaque será
chamada a tua descendência; 19 porque considerou que Deus era poderoso até
para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou.
Abraão acreditou que Deus tinha dito a verdade, quando Ele lhe disse, que “em Isaque
será chamada a tua descendência”. Isaque foi o filho da promessa. Pelo seu filho
Isaque, Deus ia realizar as suas promessas. Abraão cria nisso. E por causa dessa fé
Abraão considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos
Nos versículos 12,13 de Gn. A voz do céu quebrou o silêncio que havia naquele momento
de tensão. Deus ordenou que Abraão deixasse a faca de lado, desamarrasse o rapaz e
que trouxesse o carneiro preso entre os arbustos. Deus queria ver até onde poderia
contar com Abraão. Queria mostrar que contava com ele para iniciar um plano concreto
de trazer o homem novamente para perto de si. E isso aconteceria através da nação de
Israel e, posteriormente, através de seu filho Jesus Cristo, da raiz de Davi. Para que tudo
isso acontecesse, Abraão foi experimentado ao máximo. Deus providenciou um substituto
e Isaque se colocou ao lado de seu pai, um testemunho da misericórdia, da graça e da
provisão do Senhor. Foi por isso que Jesus disse: João 8:56 “Abraão, vosso pai,
alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se.”
Se alguém perguntar-se: “Por que Deus exigiu isso de Abraão?”. E a resposta a essa
pergunta é esta: Deus não somente quis provar a fé daquele que seria o pai da fé, de
todos os cristãos, mas mostrar que em Isaque um tipo de Cristo, foi oferecido no altar da
cruz.
Houve uma provisão para Isaque que foi substituído no altar, mas para Jesus não houve
nenhuma substituição. Jesus foi oferecido na cruz do Calvário. Era por meio de Cristo que
Abraão podia ser uma bênção para muitas nações. E Abraão cria nisso. Em Isaque, pela
fé, o próprio Abraão via o seu Salvador. Isaque era apenas um tipo de Cristo, porque o
Salvador só veio séculos depois. Mas por meio daquele sacrifício de Isaque, Deus estava
revelando a Abraão e a todos os seus filhos, da época do Antigo Testamento, o que iria
acontecer com Jesus Cristo na cruz.
Jesus Cristo sempre foi a única maneira de Deus salvar o homem. Enquanto nós olhamos
para a cruz no passado, Abraão e os demais crentes do Antigo Testamento olhavam para
Cristo na cruz no futuro. Pois todos somos salvos somente por Cristo.
Conclusão:
Concluindo o filme termina com o seguinte testemunho na igreja, “Como todos vocês
sabem esse ano minha família sofreu a perda trágica de nossa filha Emily de 9 anos, a
morte dela me fez perceber que eu não tinha aproveitado o tempo inestimável que eu tive
com ela, e que eu não entendia realmente como era crucial meu papel como pai para ela
e para meu filho Dilan. Desde a morte dela, eu pedi para Deus me mostrar através de sua
palavra como ser o pai que eu tinha de ser.
Agora eu acredito que Deus deseja que todos os pais se levantem corajosamente e façam
o que for necessário para se envolverem na vida de seus filhos, e mais do que apenas
estar lá e o sustentar, tem que andar com eles através de suas vidas jovens e ser uma
REPRESENTAÇÃO VISUAL DO PERSONAGEM DE DEUS nosso pai que está no céu.
Um pai deve amar seus filhos e procurar ganhar seus corações, ele deve protegê-los,
disciplina-los e ensina-los sobre Deus... Tem que ser o exemplo de como andar com
integridade e tratar os outros com respeito, e devem convocar seus filhos para serem
homens e mulheres responsáveis, para que vivam suas vidas pelo o que é importante na
eternidade. Alguns homens vão ouvir isso e zombar ou ignorar... Mas eu digo a vocês que
como pai você é RESPONSÁVEL PERANTE DEUS pela posição de influência que ele
deu a você”.
Uma citação do livro “A mão invisível, R. C Sproul.”
“A providência interferiu. Deus clamou para que Abraão parasse. Um substituto foi
suprido, um carneiro preso nos arbustos, capturado não apenas pelos seus galhos,
mas pelo próprio Criador do arbusto. Abraão foi aprovado no teste de todos os
testes e descansou seguro na certeza do cumprimento da promessa de Deus para o
futuro. Isaque pôde viver e tornar-se pai de Jacó, o qual, por sua vez, foi pai de doze
filhos, cuja descendência se tornaria a nação de Israel.
Dois mil anos mais tarde, a História registrou o ato maior da divina Providência.
Deus supriria a provisão final para a necessidade humana. Ele providenciou outro
Cordeiro, um Cordeiro imaculado, destinado para morrer no monte chamado
Calvário. Deus levou o seu Filho, seu único Filho, aquele que ele amava, Jesus, e o
colocou sobre o altar naquele monte. Desta vez, ninguém gritou: “PARE!”.”

Cantemos o hino 21 do hinário novo cântico.

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