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Conteúdo Programático

LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância Verbal: Regra Geral

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Veja o exemplo abaixo:

Saudações, meus caros alunos!

É com muito prazer que iniciamos mais uma aula de língua portuguesa. Este material
aborda a regra geral de concordância verbal e alguns casos especiais. Esperamos, com
ele, contribuir para sua aprovação e facilitar seus estudos. Sem delongas, vamos ao
conteúdo!

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Conteúdo Programático .................................................................................................... 2
Concordância Verbal ......................................................................................................... 3
1. Regra Geral (ou regra do sujeito simples) .......................................................................................... 3
2. Casos Especiais .............................................................................................................. 7

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Concordância Verbal

2.1. Sujeito Composto .......................................................................................................................... 7


2.1. Anteposto ..................................................................................................................................... 7
2.2. Posposto ....................................................................................................................................... 8
2.3. Ligado pelo conectivo ou ............................................................................................................... 8

CONCORDÂNCIA VERBAL
A concordância, seja ela verbal ou nominal, existe para que as palavras possam se
relacionar harmoniosamente dentro de uma sentença, dessa forma, em uma frase,
algumas palavras acabam sendo modificadas em função de outras que as orientam.

A concordância verbal propriamente dita decorre da relação estabelecida entre


sujeito e verbo. Ela determina que o verbo flexione de acordo com o número (singular
ou plural) e pessoa (1.ª, 2.ª ou 3.ª) do núcleo do sujeito da oração. Dessa forma, se o
sujeito estiver no singular (ainda que coletivo), o verbo também deverá ficar no
singular, e se estiver no plural, o verbo deverá ir para o plural.

Os alunos que gostavam de estudar leram o material.

É importante lembrar que a concordância dos verbos com os sujeitos não ocorre ao
acaso. Ela é regida por regras que se distinguem principalmente em virtude da forma
como o sujeito é apresentado na sentença. Por isso, estudaremos uma regra geral de
concordância e alguns casos especiais.

1. Regra Geral (ou regra do sujeito simples)


A oração com sujeito simples é aquela que tem apenas um núcleo, ou seja, um agente.
Assim, na regra geral de concordância, ou regra do sujeito simples:

o verbo flexiona em concordância com o núcleo do sujeito em número e pessoa.

Sujeito

O uso de drogas e bebidas nos concursos atrapalha os alunos.


núcleo do sujeito VTD

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Concordância Verbal

Dica: recomendamos criar o hábito de destacar o verbo e perguntar a quem ele faz
referência para validar a sua resposta. Procure sempre seguir estes passos quando
for resolver uma questão de concordância: destaque o verbo, encontre o referente
(sujeito), identifique como está flexionado o seu núcleo e veja se o verbo concorda
com ele.

Veja mais um exemplo:

Sujeito

O choro das crianças das comunidades carentes nos comove.


núcleo do sujeito OD VTD

O sujeito da sentença é “o choro das crianças das comunidades carentes”. O núcleo


do sujeito, contudo, é somente um, e pode ser identificado na palavra não
preposicionada “choro”. É o choro das crianças que comove, e não as crianças que
comovem, logo, a concordância do verbo comover deve ocorrer no singular, já que o
núcleo do sujeito está no singular.

Quanto à classificação sintática dos termos da oração, temos o seguinte:

Termo Classificação sintática


o adjunto adnominal
choro núcleo do sujeito
das crianças adjunto adnominal
das comunidades carentes adjunto adnominal
nos objeto direto
comove verbo transitivo direto

Intencionalidade discursiva

A intencionalidade discursiva remete à verdadeira intenção do emissor por trás de uma


mensagem. Para satisfazer seus objetivos em determinada situação comunicativa e passar
a mensagem que pretende, o emissor precisa se empenhar em construir um discurso

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coerente e coeso.

Na sentença “o uso de drogas e bebidas nos cursos atrapalha os alunos”, a intenção do


emissor é dizer que o que atrapalha os alunos é o uso de drogas e bebidas, e não as drogas
e as bebidas por si. Se a intenção discursiva do emissor fosse dizer que são as drogas e as
bebidas que atrapalham os alunos, a sentença seria “drogas e bebidas atrapalham os
alunos”.

Inclusive, a intencionalidade discursiva não se restringe ao enunciado propriamente dito;


ela pode ser refletida em outros componentes da situação comunicativa tais como o
contexto social/histórico/situacional em que o enunciado é produzido, a pessoa a quem se
dirige a fala, a forma como se fala, entre outros.

1.1 Concordância em sentença invertida

Na oralidade, é bastante comum que o verbo de uma sentença invertida seja utilizado
no singular, uma vez que o sujeito da oração é mencionado somente depois do
predicado verbal, especialmente quando a sentença é longa. Contudo, é importante
ficar bem atento a esse tipo de construção para não cometer nenhum deslize quanto
à concordância do verbo. Observe o exemplo:

Núcleo do Sujeito

Vinham de algum lugar bonito aqueles viajantes.


Verbo

Quanto à classificação sintática dos termos da oração, temos o seguinte:

Termo Classificação sintática


viajantes núcleo do sujeito
aqueles adjunto adnominal
vinham verbo intransitivo
de algum lugar bonito adjunto adverbial de lugar

Atenção!! Segundo o gramático Celso Pedro Luft, o verbo “vinham” seria


classificado como um verbo transitivo indireto e a expressão “de algum lugar

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bonito”, como um objeto indireto. Fique atento, pois essa classificação pode ser
cobrada pela banca FCC.

1.2 Concordância no plural com marca de pluralização

A concordância na 3ª pessoa do presente do indicativo dos verbos ter e vir e


derivados recebem acentuação gráfica como marca de pluralização. Note:

3ª pessoa do singular do presente do 3ª pessoa do plural do presente do


indicativo indicativo

Ele tem Eles têm


Ele vem Eles vêm

Ele contém Eles contêm


Ele detém Eles detêm
Ele intervém Eles intervêm

Observe o exemplo:

Sujeito
As pessoas humildes das zonas rurais têm problemas.
núcleo do sujeito VTD

O sujeito da oração é “as pessoas humildes das zonas rurais” e o núcleo do sujeito é
“pessoas”. Como o núcleo se apresenta no plural, o verbo também vai para o plural,
portanto, deve carregar o acento circunflexo para distinguir-se do verbo no singular.

Dica: o acento circunflexo marca a pluralização na língua portuguesa.

Quanto à classificação sintática dos termos da oração, temos o seguinte:

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2. Casos Especiais

Termo Classificação sintática


as adjunto adnominal
pessoas núcleo do sujeito
humildes adjunto adnominal
das zonas rurais adjunto adnominal
têm verbo transitivo direto
problemas objeto direto

2. CASOS ESPECIAIS
Neste tópico, apresentamos os casos especiais mais importantes de concordância
verbal.

2.1. Sujeito Composto


A regra de concordância em períodos com sujeito composto é a seguinte:

→ com sujeito composto anteposto: o verbo concorda no plural;


→ com o sujeito composto posposto: o verbo vai para o plural ou concorda com
o núcleo mais próximo.

2.1. Anteposto
Com sujeito composto anteposto: o verbo concorda no plural.

A explicação é simples. Uma oração com sujeito anteposto ao verbo segue a ordem
direta, ou seja, a ordem natural da estrutura da língua, por isso, a concordância do
verbo também deve seguir a concordância natural da língua, que é a chamada
concordância gramatical. A concordância gramatical diz que se houver dois núcleos
de sujeito, o verbo obrigatoriamente vai para o plural. Observe os exemplos:

a) O gato e a gata miaram.


b) O professor e seu aluno chegaram.
c) O aluno e a professora estudaram.

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2. Casos Especiais

2.2. Posposto
Com sujeito composto posposto: o verbo vai para o plural ou concorda com o
núcleo mais próximo, pois são permitidos dois tipos de concordância, a
concordância gramatical e a concordância atrativa. Observe os exemplos:

Concordância gramatical Concordância atrativa


a) Miaram o gato e a gata. a) Miou o gato e a gata.
b) Chegaram o professor e seu aluno. b) Chegou o professor e seu aluno.
c) Estudaram o aluno e a professora. c) Estudou o aluno e a professora

2.3. Ligado pelo conectivo ou


No caso de sujeito composto ligado pelo conectivo ou, se houver exclusão, o verbo
fica na 3ª do singular; se houver simultaneidade, o verbo vai para a 3ª do plural.

Relação de exclusão (ou um ou o outro) – o verbo fica na 3ª pessoa do singular


a) João ou José casará com Maria.
b) Pedro ou Amanda virá me visitar.
c) Arroz ou batata acompanha o prato principal.

Relação de simultaneidade (ambos) – o verbo vai para a 3ª pessoa do plural


a) Muito frio ou muito calor podem matar o bebê.
b) Ticket refeição ou vale alimentação são aceitos.
c) Salada ou sobremesa acompanham o prato principal.

Perfeito?! Por hoje é só. Desejo a todos bons estudos, muita força, foco e garra ao
longo dessa jornada.

Um forte abraço

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2. Casos Especiais

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