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AULA 7

SISTEMA ELÉTRICO PREDIAL

PROFª RENATA FAISCA


renatafaisca@id.uff.br
CONDUTORES ELÉTRICOS

Dimensionamento dos condutores

Seção mínima Capacidade de Queda de tensão


mm2 corrente mm2
mm2

Escolhe-se a maior área entre os três métodos

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CONDUTORES ELÉTRICOS

Os condutores são analisados sobre os seguintes aspectos:

a) Material a ser utilizado como condutor;


b) Geometria do condutor;
c) Isolação e isolamento;
d) Tipo de blindagem;
e) Seção nominal.

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CONDUTORES ELÉTRICOS

Os fios e cabos são os condutores mais


comuns.

A diferença entre ambos é que o fio é


sólido, com um único filamento, uma
seção circular única - no caso o cobre ou
alumínio.

O cabo é composto por vários filamentos


de pequeno diâmetro, várias seções
circulares trançadas, o que o torna muito
mais flexível.

A flexibilidade é um aspecto essencial


para a colocação dos condutores dentro
do eletroduto e nas caixas de passagem
da parede e octogonais do teto.
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CONDUTORES ELÉTRICOS

Tanto cabos como fios são revestidos por um isolamento


termoplástico colorido (vermelho, azul, preto, branco, amarelo,
verde, preto). Alguns possuem dois revestimentos permitindo a
instalação em locais diferenciados.

Atualmente, exige-se que os condutores sejam revestidos com


material antichamas, pois assim, mesmo em caso de exposição
prolongada, a chama não se propaga ao longo do material isolante do
cabo.

Convenção de cores
Fase - preto, branco, vermelho ou cinza.
Neutro - azul claro
Proteção (terra) - verde ou verde e amarelo

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CONDUTORES ELÉTRICOS

São apresentados no mercado segundo um critério que informa a área


nominal de sua secção transversal em mm² (série métrica), atendendo pela
denominação de “bitola” do condutor.

Normalmente as bitolas comerciais são 0,5; 0,75; 1,0; 1,5; 4,0; 6,0; 10,0; 16,0;
25,0; 35,0; 50,0; 75,0; 95,0; 120,0 mm², etc.

São fabricados para trabalhar numa temperatura de até 70ºC para isolação
de PVC (existem outros materiais usados para isolação, mas não aplicáveis às
instalações elétricas residenciais, devido ao alto custo).

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CONDUTORES ELÉTRICOS

MATERIAL

Os materiais dos condutores de corrente elétrica são classificados em dois


grandes grupos:

a) Elevada condutividade;
b) Elevada resistividade.

Os materiais de elevada resistividade destinam-se às seguintes aplicações:

Transformação de energia elétrica em térmica


Ex: fornos elétricos; chuveiros elétricos; aquecedores; ferros elétricos, etc.
Transformação de energia elétrica em energia luminosa
Exemplos: filamentos para iluminação em geral (tungstênio)
Criar nos circuitos certas condições destinadas a provocar quedas de
tensão
Exemplos: resistores; reostatos.
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CONDUTORES ELÉTRICOS

FORMA GEOMÉTRICA

Os condutores, de cobre ou alumínio, são fabricados de diversas formas.


Cada forma possui determinado tipo de aplicação.

Os condutores podem ser:

Redondo sólido ( Fio) : é formado por um único fio de metal sólido com
seções até 16 mm2.
Comercialmente, é denominado condutor rígido.
Aplicação: instalações de iluminação e força; formação de cabos.

Cabo: é um condutor constituído por vários fios encordoados, isolados uns


dos outros ou não.
Comercialmente, para seções até 10 mm2 , condutor flexível.

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CONDUTORES ELÉTRICOS

FORMA GEOMÉTRICA

A NBR 6880 estabelece, para condutores de cobre, seis classes de


encordoamento, numeradas de 1 a 6 com graus crescentes de flexibilidade,
sendo:

Classe 1 - Condutores sólidos (fios)


Classe 2 -Condutores encordoados, compactados ou não
Classe 3 - Condutores encordoados, não compactados
Classe 4, 5 e 6 - Condutores flexíveis

Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4, 5 e 6

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CONDUTORES ELÉTRICOS

Dependendo do número de fios que compõe um cabo e do diâmetro


de cada um deles, um condutor apresenta diferentes graus de
flexibilidade, segundo a NBR NM280 (Condutores de Cabos Isolados)

Classe 1 Classes 2, 3, 4, 5 e 6
Condutores sólidos com baixo Condutores formados por
grau de manuseio cabos, quanto
mais alta a classe, maior o
grau de flexibilidade no
manuseio

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CONDUTORES ELÉTRICOS

Qual a Importância da Flexibilidade de um Condutor nas Instalações Elétricas


Residenciais?

Os condutores são enfiados no interior de eletrodutos e passam por curvas e


caixas de passagem até chegar ao seu destino final, que é uma caixa de ligação 5
x 10 cm ou 10 x 10 cm instalada nas paredes ou uma caixa octogonal nos tetos ou
forros

Além disso, pode haver vários condutores de diferentes circuitos no interior de um


mesmo eletroduto, tornando o trabalho de enfiação mais difícil

O ideal é o uso de cabos flexíveis com classe 5, no mínimo, o que reduz


significativamente o esforço de enfiação dos condutores nos eletrodutos, facilitando a
eventual retirada dos mesmos.

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CONDUTORES ELÉTRICOS

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CONDUTORES ELÉTRICOS

O Passafio

Passafio é o nome popular dado á ferramenta que auxilia a instalação dos fios elétricos nos
eletrodutos
É um fio de plástico que entra no eletroduto de uma maneira mais fácil pois tem uma cabeça
de metal flexível passando bem em qualquer curva que se apresente
Depois de sair do outro lado (que se pretende que saia o fio) amarra-se o fio na extremidade
do Passa-fio que ainda não entrou e então puxa-se o Passafio (que agora conduz o fio
elétrico) até a extremidade desejada
Disponível em: 10, 15 e 20 metros

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CONDUTORES ELÉTRICOS
ISOLAÇÃO E ISOLAMENTO

Conjunto de materiais isolantes aplicados sobre o condutor com finalidade de isolá-


lo eletricamente do ambiente que o circunda, como por exemplo, de outros
condutores e a terra e contra contatos acidentais.

Serve também para proteger o condutor contra ações mecânicas, como no


caso da enfiação nos eletrodutos.

Isolação define o aspecto qualitativo, por exemplo, o material.


Isolação de PVC, Polivinil Antiflam, Polietileno, etc.

Os materiais utilizados como isolação devem possuir também, além de alta


resistividade, alta rigidez dielétrica, principalmente para tensões superiores a
1 kV.

Isolamento define o aspecto quantitativo, ou seja, condutor com tensão


de isolamento para 750V, 1 kV, resistência de isolamento de 12 MW, 5 MW, etc.
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CONDUTORES ELÉTRICOS
ISOLAÇÃO E ISOLAMENTO
Os materiais isolantes termoplásticos amolecem com o aumento de temperatura,
enquanto os isolantes termofixos não amolecem com o aumento de temperatura.
ISOLAÇÃO
SÓLIDOS TERMOPLÁSTICOS - Cloreto de Polivinila
(Extrudados) (PVC)
- Polietileno (PE ou PET)
- Polipropileno
- Polivinil antiflame
TERMOFIXOS - Polietileno reticulado
(Vulcanizados) (XLPE)
- Borracha etileno
- Propileno (EPR)
- Borracha de silicone
ESTRATIFICADOS - Papel impregnado com massa
- Papel impregnado com óleo fluido sob pressão
OUTROS - Fibra de vidro
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MATERIAIS - Verniz
CONDUTORES ELÉTRICOS

ISOLAÇÃO E ISOLAMENTO

Em instalações elétricas prediais, são utilizados condutores (fios e cabos)


com isolação de PVC, tipo BWF (resistentes à chama), conforme as normas
brasileiras NBR 6148, NBR 6245, NBR 6812 e NBR 5410.

Fonte: ABNT NBR 5410

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CONDUTORES ELÉTRICOS

BLINDAGEM

Entre a parte externa da isolação e o condutor, existe uma diferença de


potencial e, portanto, um campo elétrico.

Este campo elétrico não é uniforme, pois a superfície do condutor não é


uniforme e o potencial no exterior do cabo também não.

Dependendo das linhas do campo elétrico, podem surgir pontos no interior


da isolação onde o gradiente de tensão seja maior que o suportável pelo
material. Gradientes de tensão elevados podem envelhecer ou até
romper a isolação.

É necessária a blindagem:
 do condutor;
 da isolação.

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CONDUTORES ELÉTRICOS

BLINDAGEM

Blindagem do condutor:
É a aplicação de material semicondutor sobre o condutor encordoado.
Esta camada preenche os vazios entre a isolação e os fios do condutor,
evitando a ionização do ar por ventura existente.

Blindagem da isolação:
Para evitar a distribuição irregular do campo elétrico ao redor da isolação, é
feita uma blindagem externa.

A deformação das linhas de campo deve a influência de potenciais externos


ao cabo, principalmente condutores próximos. Para eliminar este efeito se
aplicam uma camada de material semicondutor envolvida por metal condutor
(não magnético), que equaliza o potencial ao redor da isolação.

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CONDUTORES ELÉTRICOS

1
(1) Condutor: fio sólido de cobre eletrolítico 2
nu, têmpera mole, classe 1
(2) Condutor: fios de cobre eletrolítico nu,
têmpera mole, classe 4 ou 5.
(3) Isolação: composto de cloreto de
3
polivinila (PVC/A).
(4) Cobertura: composto de cloreto de 4
polivinila

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CONDUTORES ELÉTRICOS

Dimensionamento dos condutores

Seção mínima Capacidade de Queda de tensão


mm2 corrente mm2
mm2

Escolhe-se a maior área entre os três métodos

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SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES
Seções Mínimas dos Condutores - fase, em CA e vivos, em CC
Tabela 47 — Seção mínima dos condutores (NBR5410)

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CONDUTORES ELÉTRICOS

Seção mínima pela ABNT – NBR 5410

Segundo a NBR-5410 da ABNT as bitolas mínimas aceitas em


projetos de instalações elétricas residenciais são as seguintes:

- para circuitos de iluminação – 1,5 mm²


- para circuitos de tomadas, de força e de distribuição – 2,5 mm²

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DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS

Dimensionar é definir a seção mínima dos condutores.

Para garantir que suportem as condições:


Limite de temperatura, determinado pela capacidade de condução de
corrente;
Limite de queda de tensão;
Capacidade dos dispositivos de proteção contra sobrecargas;
Capacidade de condução de corrente de curto-circuito por tempo
limitado.

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DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS

CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAR A SEÇÃO DOS CONDUTORES

Capacidade de corrente
Limite de Queda de Tensão

Procedimento:
Verifica-se a capacidade dos condutores em relação às
sobrecargas e curto-circuitos
Adota-se como resultado a maior seção, escolhendo um condutor
padronizado comercialmente, cuja seção seja ≥ à seção calculada

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

1) Calcular a Intensidade da Corrente de Projeto do Circuito;

2) A partir da Corrente, dimensionar o condutor que permita, sem


excessivo aquecimento e com queda de tensão, a passagem da corrente
elétrica;

3) Os condutores devem ser compatíveis com a capacidade dos


dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito;

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

 Em circuitos de distribuição de apartamentos, é suficiente a escolha do


condutor com base no critério de não haver aquecimento indesejável;

 Em circuitos de iluminação de grandes áreas industriais, comerciais, de


escritórios e nos alimentadores nos quadros terminais, calcula-se a
seção segundo os critérios de aquecimento e da queda de tensão;

 Nos alimentadores primários e secundários de elevada carga ou de


alta tensão, deve-se proceder à verificação da seção mínima para
atender à sobrecarga e à corrente de curto-circuito.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Primeiro, determina-se a seção nominal dos condutores


FASE.

O condutor NEUTRO e o de PROTEÇÃO são determinados


em função do condutor FASE.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE

Considerações na escolha da seção de um fio ou cabo:

a) Tipo de Isolação e cobertura do condutor


b) Número de condutores carregados
c) A maneira de instalar os cabos
d) A proximidade de outros condutores e cabos
e) A temperatura ambiente ou a do solo (se cabo enterrado diretamente no
mesmo)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE

a) ISOLAÇÃO

- Escolher o tipo de isolação dos condutores;


- O tipo de isolação determina a temperatura máxima que os condutores
podem estar submetidos em regime contínuo, em sobrecarga ou em
curto-circuito
- Os valores de temperatura para condutores com isolação serão
definidos adiante.

Em geral, utilizam-se condutores com ISOLAÇÃO DE PVC em instalações


convencionais prediais

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Fonte: ABNT NBR 5410

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE

b) NÚMERO DE CONDUTORES CARREGADOS

Considera-se condutor carregado aquele que efetivamente é percorrido


pela corrente elétrica no funcionamento normal do circuito. Neste caso,
consideram-se os condutores fase e neutro.

Os condutores utilizados unicamente como condutores de proteção (PE)


não são considerados.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE

Pode ocorrer:

- 2 condutores carregados: F-N (fase-neutro) ou F-F (fase-fase);


- 3 condutores carregados: 2F-N, 3F, 3F-N (supondo sistema de circuito
equilibrado);
- 4 condutores carregados: 3F-N (alimentação trifásica com neutro)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE
Corrente de projeto ou nominal

Onde:
P = potência (W)
V = volts (volts)
I = corrente (A)
Cos f = FP
h= rendimento

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

c) MANEIRA DE INSTALAR OS CABOS

Os condutores podem estar instalados das seguintes maneiras:


- Eletrodos embutidos;
- Eletrodos aparentes;
- Em canaletas ou bandejas;
- Subterrâneos;
- Diretamente enterrados ou ao ar livre;
- Em cabos unipolares ou multipolares.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Importante
A maneira como estão instalados influenciará na capacidade
de troca térmica entre condutores e ambiente, em
consequência, na capacidade de condução de corrente
elétrica dos mesmos.

Se um determinado circuito apresentar, ao longo de seus


diversos trechos, mais de uma maneira de instalação,
devemos considerar, para efeito de dimensionamento, aquela
que apresente a condição mais desfavorável de troca térmica
com o meio ambiente.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Da NBR5410/2004
Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Exemplo:

O método B1-7 refere-se a condutores isolados ou cabos unipolares em


eletroduto de seção circular embutido em alvenaria.

O método C-11A refere-se a cabos unipolares ou cabo multipolar


fixado diretamente no teto

O método D-63 refere-se a cabos unipolares ou cabo multipolar


diretamente enterrado(s), com proteção mecânica adicional

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

d) BITOLA DO CONDUTOR PARA UMA TEMPERATURA AMBIENTE DE 30 ºC


(CONDUTORES NÃO ENTERRADOS NO SOLO) OU PARA UMA TEMPERATURA
DO SOLO DE 20ºC (CONDUTORES ENTERRADOS NO SOLO)

Utiliza-se uma das Tabelas 36 a 39 da NBR 5410/04:

•Entrar com o valor da corrente (ampères) em uma das Tabelas;


•Considerar a maneira de instalar de acordo com Tabela 33 (código letra-
número)
•Considerar o tipo de condutor (cobre ou alumínio)
•Verificar o tipo de proteção (PVC para 70ºC, EPR ou XLPE para 90ºC)
•Considerar se são dois ou três condutores

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 36 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os
métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)

Corrente (A)
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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 36 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 36 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 37 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os
métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: Borracha etileno-propileno (EPR) ou Polietileno-reticulado (XLPE)
Temperatura no condutor: 90°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 37 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 37 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 38 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os
métodos de referência E, F e G
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C Temperatura ambiente de referência: 30°C

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 38 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 38 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 38 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 38 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 39 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os
métodos de referência E, F e G
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: Borracha etileno-propileno (EPR) ou Polietileno-reticulado (XLPE)
Temperatura no condutor: 90°C Temperatura ambiente de referência: 30°C

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 39 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 39 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 39 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 39 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Exemplo:
Supondo a Ip=170 A, 03 condutores carregados, instalação em eletroduto,
temperatura = 50ºC e temperatura ambiente = 30ºC.

Será usado:

03 condutores de cobre, cobertura de PVC, 70ºC


Modalidade de instalação: eletroduto embutido em alvenaria

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Exemplo:

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

E) FATOR DE CORREÇÃO PARA DIMENSIONAMENTO DE CABOS

Ao efetuar o dimensionamento dos condutores, será necessário aplicar


fatores de correção, de forma a adequar cada caso específico às
condições para as quais foram elaboradas as tabelas de capacidade de
condução de corrente.

São duas correções a fazer, cada uma com um fator de correção:


Fator de Correção de Temperatura – FCT
Aplicável para temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para cabos não enterrados
e de 20ºC (temperatura do solo) para cabos enterrados

Fator de Correção de Agrupamento – FCA


Aplicável para circuitos instalados em conjunto com outros circuitos em um mesmo
eletroduto, calha, bandeja, etc, ou ainda, para cabos enterrados ou eletrodutos
enterrados

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 40 — Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes
de 30ºC para linhas não-subterrâneas e de 20ºC (temperatura do solo) para
linhas subterrâneas

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 40 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 42 — Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados
em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados
num mesmo plano, em camada única

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 42 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 43 — Fatores de correção aplicáveis a agrupamentos consistindo em
mais de uma camada de condutores – Métodos de referência C (tabelas 36 e
37), E e F (tabelas 38 e 39)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 44 — Fatores de agrupamento para linhas com cabos
diretamente enterrados

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 45 — Fatores de agrupamento para linhas em


eletrodutos enterrados

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 45 — Continuação

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

G) CORRENTE CORRIGIDA I’P

É um valor fictício da corrente do circuito, obtida pela aplicação dos fatores


de correção: Fator de Correção de Temperatura – FCT e Fator de
Correção de Agrupamento – FCA

Com o valor de I´P (Corrente Corrigida), entra-se nas Tabelas 36 a 39 e


determina-se a bitola do condutor.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
EXEMPLO 1:
Um circuito de 1200W de iluminação, de fase e neutro, passa no interior de
um eletroduto embutido de PVC, juntamente com outros 4 condutores
isolados de outros circuitos em cobre, PVC = 70ºC. A temperatura ambiente
é de 35ºC. A tensão é de 120 volts. Determinar a seção do condutor.
Solução:

- A corrente Ip fica:

-Cobertura do fio: PVC

-Correção de temperatura:

Para t=35ºC – Tabela 40 – FCT = 0,94

-3 Circuitos monofásicos (6 condutores)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 40 — Fatores de correção para temperaturas ambientes diferentes
de 30ºC para linhas não-subterrâneas e de 20ºC (temperatura do solo) para
linhas subterrâneas

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 42 — Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados
em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a condutores agrupados
num mesmo plano, em camada única

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

-Correção de agrupamento:

Ao todo são 06 condutores carregados, isto é, 03 circuitos monofásicos (F-N)


No item 1 da Tabela 42, tem-se cabos em condutos fechados, obtém-se o fator de
correção FCA=0,70 para 03 circuitos.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

-Na Tabela 33, acha-se o número 7 referente a B1 “condutores isolados ou cabos


unipolares em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria”.

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

-Na Tabela 46, define-se o número de condutores carregados. Como é esquema


fase-neutro, são dois condutores carregados.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

-Na Tabela 36, tem-se o método de referência B1 e 02 condutores carregados,


para corrente de 17,5 A (valor mais próximo de 15,2 A), condutor de seção
nominal de 1,5mm2.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 36 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os
métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

-Portanto, para circuitos internos de iluminação de 1200 W em apartamentos,


derivando do quadro terminal de luz, considerando o efeito do aquecimento e
agrupamento de condutores, o condutor de 1,5mm2 é suficiente, dispensando o
cálculo de circuito por circuito.

-Após este dimensionamento é importante verificar a seção do eletroduto


ocupada pelos condutores – Será explicado mais adiante!!!

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

EXEMPLO 2:
Dimensionar os condutores para um circuito terminal (F-F) de um chuveiro
elétrico, dados: Pn=4500W, V=220V, condutores de isolação PVC, eletroduto
de PVC embutido em alvenaria, temperatura ambiente de 30ºC

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Solução:

a) Tipo de Isolação: PVC;


b) Maneira de Instalar: B1 (Tab. 33 – Método 7) ;
c) Corrente de Projeto: IP = 4.500/220 IP = 20,45 A;
d) Número de Condutores Carregados (CC): 2 (Tab. 46);

Entrando com este dados na Coluna B, 2CC, da Tabela 36, tem-se um


valor de 24 A (por excesso) que corresponde ao condutor de cobre
de bitola 2,5 mm2.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE
Tabela 36 — Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os
métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D
Condutores: cobre e alumínio
Isolação: PVC
Temperatura no condutor: 70°C
Temperaturas de referência do ambiente: 30°C (ar), 20°C (solo)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

EXEMPLO 3: Dimensionar os condutores de cobre para um circuito


alimentador trifásico equilibrado de um quadro de distribuição de uma
instalação de iluminação industrial, dados: Pn=36000W (iluminação
fluorescente), V=220V, com fator de potência cos j =0,90, rendimento h =
0,92, condutores com isolação de polietileno reticulado, condutores
unipolares instalados em canaleta fechada, temperatura ambiente de 30ºC.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Solução

a) Tipo de Isolação: XLPE;


b) Maneira de Instalar: condutores unipolares instalados em canaleta
fechada - D (Tab. 37) ;
c) Corrente de Projeto: IP = 36.000/(√3x220x0,90x0,92) IP = 114,10 A;
d) Número de Condutores Carregados (CC): 3 (Tab. 46);

Entrando com este dados na Coluna D, 3CC, da Tabela 37, teremos um


valor de 122 A (por excesso) que corresponde ao condutor de cobre de
bitola 35 mm2.

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 33 – Tipos de Linhas Elétricas (continuação)

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE


CORRENTE

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DIMENSIONAMENTO PELA CAPACIDADE DE CORRENTE

Tabela 37 — Continuação

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SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES

Dimensionamento do condutor neutro

 O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito.

 O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção


do condutor de fase.

 Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase tenham uma
seção superior a 25 mm2, a seção do condutor neutro pode ser inferior à
dos condutores de fase, sem ser inferior aos valores indicados na tabela 48.

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SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES

Tabela 48 — Seção reduzida do condutor neutro (NBR5410)

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SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES

Seção do Condutor de Proteção (PE)

No circuito terminal, o condutor PE liga as massas dos equipamentos de utilização


e o terminal terra das tomadas de corrente ao terminal de aterramento do quadro de
distribuição respectivo

No circuito de distribuição, o condutor PE interliga o terminal de aterramento do


quadro de onde parte o circuito de distribuição, ao quadro alimentado pelo circuito

IMPORTANTE: A Tabela 58 é válida apenas se o condutor de proteção for


constituído do mesmo metal que os condutores de fase.
Quando este não for o caso, ver norma IEC 60364-5-54.

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SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES
Tabela 58 — Seção mínima do condutor de proteção (NBR5410)

A seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo


cabo ou não esteja contido no mesmo conduto fechado que os condutores de fase
não deve ser inferior a:
a) 2,5 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se for provida proteção contra
danos mecânicos;
b) 4 mm2 em cobre/16 mm2 em alumínio, se não for provida proteção
contra danos mecânicos.

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SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES
Eletrodos de Aterramento

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SEÇÕES MÍNIMAS DOS CONDUTORES
Eletrodos de Aterramento

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DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

Tarefa do dia 10/05/2019


Dimensionar os condutores fase, neutro e proteção dos circuitos terminais
do seu projeto

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