O documento discute o fracasso potencial da vida urbana revelado pela pandemia de COVID-19 e as vantagens da vida no campo. A vida urbana é frágil e não consegue sustentar todos, enquanto a vida no campo oferece espaço, liberdade e saúde. Alguns sinais indicam um possível êxodo urbano com mais pessoas se mudando para o campo, onde a produção de alimentos é possível e a qualidade de vida é melhor.
O documento discute o fracasso potencial da vida urbana revelado pela pandemia de COVID-19 e as vantagens da vida no campo. A vida urbana é frágil e não consegue sustentar todos, enquanto a vida no campo oferece espaço, liberdade e saúde. Alguns sinais indicam um possível êxodo urbano com mais pessoas se mudando para o campo, onde a produção de alimentos é possível e a qualidade de vida é melhor.
O documento discute o fracasso potencial da vida urbana revelado pela pandemia de COVID-19 e as vantagens da vida no campo. A vida urbana é frágil e não consegue sustentar todos, enquanto a vida no campo oferece espaço, liberdade e saúde. Alguns sinais indicam um possível êxodo urbano com mais pessoas se mudando para o campo, onde a produção de alimentos é possível e a qualidade de vida é melhor.
O COVID-19 se revelou um emblema para a sociedade pós-moderna e urbanista. Já estávamos
cansados de ouvir na televisão que este século é o das cidades, da vida urbana, da metrópole, o êxodo rural acabaria porque quase todos viveriam nas cidades em todo o mundo. Mas o que está acontecendo hoje no mesmo mundo urbano dos analistas urbanistas, é o inverso, se por um lado a sociedade abandonou a vida no campo como partícipe da civilização, por outro lado, a vida urbana está se mostrando frágil de diversas maneiras: Não é capaz de dar empregos para todos, não é capaz de sustentar a todos, não possui espaços para todos, é cara, é burguesa e elitista porque somente os que já vivem nela possui preferência. O Covid-19, no entanto, está mostrando a força que é o campo para as sociedades, em essência, um refúgio para a vida e para a saúde. Na vida urbana todos vivem colados uns nos outros compartilhando o mesmo espaço, os mesmos lugares, os mesmos ambientes, as mesmas vias, os mesmos mercados. As cidades são panelas de pressão do ponto de vista das doenças e para as diversas convulsões sociais, sejam elas políticas, culturais, ou covidais (pelo coronavírus Covid-19). Convulsões essas que levam milhões a disputar com o seu semelhante o espaço e os produtos. Agora, veja, os produtos que ganharam importância neste momento de crise profunda são em sua maioria os mesmos que vem do campo, campo este desprezado pela vida urbana como sendo uma “segunda classe” de ambiente, mas é nesse mesmo campo que se fornece o essencial para a vida do homem urbano, é no campo onde os homens são mais resistentes às doenças, mesmo quando elas são novas, é no campo onde há espaço para a QUARENTENA quase divina dos especialistas da TV. Então, onde está aquele arroto de arrogância para a vida no campo? Já há alguns sinais no mundo que indicam um retorno para a vida no campo, nos Estados Unidos isto já está começando a ocorrer, porque eles sabem que as mudanças que vão ocorrer na sociedade pós-moderna pós-coronavírus serão profundas a tal ponto de que a própria vida metropolitana será questionada. No site https://www.cnbc.com/2020/04/17/redfin-ceo-rural-home-demand-shows- profound-psychological-change-amid-coronavirus.html podemos acompanhar uma movimentação nos Estados Unidos neste sentido, uma “mudança psicológica” no dizer de Glenn Kellman; CEO da REDFIN; “Vimos que as pessoas estão mais interessadas naquela casa no sopé das montanhas à beira do lago” e “Vamos ver como isso volta, mas parece haver uma mudança psicológica profunda entre os consumidores que procuram casas”, disse ele. No Brasil isto já ocorre, conheço familiares e pessoas que saíram das metrópoles (São Paulo principalmente) para voltarem para suas cidades natais, pequenas cidades do interior de outros estados! Durante a quarentena em suas terras natais, descobriram a possibilidade de viver uma vida tranquila e não tão tumultuada como nas grandes metrópoles do Brasil que atualmente estão loucas. Já há um “ufanismo” por parte de trabalhadores rurais convencendo-se de sua forte saúde física e psicológica (as pessoas do campo são as mais resistentes ao alarmismo da mídia brasileira criminosa), este ufanismo se manifesta também sobre o reconhecimento quase desesperador dos moradores de grandes cidades para estocar produtos e alimentos básicos de subsistência como se fossem passar o resto do ano preso dentro de suas casas (teve gente que realmente pensou nisso). No campo, além da liberdade de ir e vir, (o vírus não sobreviveria caminhadas tão longas), há a produção da subsistência alimentar e há em tudo maior equilíbrio: emocional, psicológico, imunidade estimulada, alimentação mais saudável, vida menos sendentária e etc. A vida desconfortável do campo para aqueles acomodados nos luxos dos apartamentos das grandes cidades se torna o inverso, liberdade e tranquilidade, ao passo que a vida urbana se tornou um inferno criado pela conturbação política, midiática e social. Outro sinal da mudança que estar por vir, é a chance magnânima do Brasil ascender como player global. E essa chance provém justamente do campo, o Brasil “Celeiro do Mundo” tem a chance de ditar alguns rumos para a humanidade se reconhecer o seu poder de impacto neste momento: “O Brasil produz as carnes de qualidade mais baratas do planeta e é este, entre outros motivos, que faz com que tanta gente fique de olho na produção agrícola do Brasil”, é o que a maior agência Mundo Rural Business diz numa importante análise sobre a crescente demanda por alimentos no mundo todo, em especial Egito, sobre Segurança Alimentar, acesse: https://www.youtube.com/watch? v=glLbWmpmvIA&t=351s . O Brasil é, talvez, o único neste momento capaz de sustentar uma grande demanda mundial, e todos os países irão começar uma corrida por ter esta produção pela maneira mais vantajosa possível, isto inclui egípcios, chineses, africanos, árabes, e até americanos. Com a queda na produção agrícola mundial e concomitante aumento da demanda interna e externa dos países, os produtores rurais vão ser postos em evidência primordial; “A Ásia vai ter que reforçar a compra de comida nos próximos meses para compensar a queda na produção, e isto vai colocar os grandes produtores de commodities agrícolas em evidência, em especial o Brasil”, continua a mesma Agência, https://www.youtube.com/watch?v=Vwpb3JHw7yo , “Pois assim que essa tempestade passar, teremos uma década histórica!” Tendo o Brasil a oportunidade de se sobressair diante do caos instalado em todo o mundo, os desafios não são poucos e nem fáceis, já que a segurança alimentar do Brasil está sendo comprada a preços de banana pela China por causa dos políticos míopes que só enxergam a altura das próximas eleições no Brasil como João Dória de São Paulo. Voltando a reflexão inicial, vemos que a vida no campo pode sofrer uma guinada preferêncial enorme, já que o que se sobressaiu até hoje foi o êxodo rural. Será que nos próximos dias, meses e anos veremos um êxodo urbano? Em suma, já ocorre um êxodo urbano, sobretudo das grandes cidades para o interior do país, cidades como São Paulo não possuem explosão demográfica como antes, nem Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte estão estagnadas em crescimento, Brasília cresce organicamente, mas não numa explosão populacional como antes. As pequenas e médias cidades estão levando a preferência no gosto do povo, mas cada vez mais há um desaceleramento no êxodo rural, o que pode indicar um sinal de fim deste fenômeno, as causas para isso em nada tem haver com o Coronavírus Covid-19, na verdade as raízes remontam ao governo Dilma (2011-2016) que desmantelou a indústria brasileira, desacelerou o comércio e produção de serviços, e fez com que milhões de pessoas ficassem desempregadas. A falta de oportunidades profissionais que se aprofundou ao longo desta ‘década perdida’ no país, tornou a vida para milhões de pessoas, sobretudo aquelas sem muita formação profissional e acadêmica, penosa, muitas destas voltaram-se para suas origens no campo, trabalhando no sítio da família, investindo em uma lavoura ou produção artesanal de produtos para serem vendidos localmente, o que deu uma guinada no comércio e dinamismo local de muitas pequenas cidades do país. O COVID-19 está revelando ou apontando o fracasso da vida urbana, vida esta montada sobre bases frágeis de uma via tumultuada e orientada unicamente a economia, sobretudo a vida urbana metropolitana atual. O campo está se mostrando mais uma vez na historia como uma possível saída para o povo em geral, lá ainda se preserva a liberdade e a dignidade da vida humana ensejada na realidade e não na ilusão de uma vida eminentemente econômica e caótica sobre o espírito da imediatez. Brasil 520 anos: O que comemorar? Hoje (dia 22 de Abril), o Brasil completa 520 anos, mas o que temos para comemorar? Não muita coisa certamente, porém queria trazer uma reflexão sobre um resumo da história do país basicamente ao longo de todos estes 520 anos de luta, sim de luta, porque a história do Brasil se resume a uma história de conflitos desde épicos aos mais espúrios. Hoje o Brasil atravessa mais uma batalha, a batalha do povo contra o estamento burocrático. A história do Brasil pode ser resumida como a luta do povo contra a classe dominante, não me refiro aqui a luta de classe que Karl Marx dizia, mas a luta entre um grupo de pessoas que se achavam donos do país e outros que se viam injustiçados por estes. O primeiro grupo dominante foram os senhores de engenho, senhores feudais do Brasil colonial, e haviam como os “resistentes” os bandeirantes que avançavam para o interior e os índios que encontravam nos jesuítas seu refúgio. Aliás, os jesuítas foram os que mais sofreram ao londo do período colonial, na busca de construir uma civilização de grandeza superior a européia encontraram como “sabotadores” os Senhores de Engenho que não queriam de maneira alguma promover o desenvolvimento de uma civilização feita por índios e “brasis”. O segundo capítulo deste romance nacional foi quando os holandeses vieram para conquistar o nordeste, se instalaram na região mais rica, Pernambuco, para dominar e obter lucros com o ouro de então; o açúcar. Vendo o povo que os holandeses protestantes só vinham para obter riquezas e não para construir a civilização, os povos da região: Brasis, Senhores de Engenho, colonos, índios, negros e portugueses residentes se uniram para expulsar os protestantes holandeses no que ficou conhecido como Batalha de Guararapes, talvez o maior evento épico do Brasil colonial, uma cruzada ao mesmo tempo religiosa, patriótica, e idealista. Depois de tudo isso, houve muitos capítulos interessantes, temos o conflito entre o Brasil que cresceu tanto que já não podia ser mais um simples estado, ou seria a nova sede do império lusitano ou se separaria, um longo processo que culmina na independência definitiva em 7 de Setembro de 1822, na minha opinião se tratou de uma separação umbilical mais do que guerra de espada. Houve intensa resistência dos portugueses liberais que queriam um rebaixamento do Brasil a um nível pior do que tinha antes de 1808 quando já era uma região muito desenvolvida e que exigia um grande passo adiante. Este conflito levou a separação em dois estados, naquele momento os interesses da nação se convergiram em torno da independência, mas logo houve a sabotagem, a elite liberal temendo a ascensão de novas classes sociais como as dos negros e pobres em geral trabalhou para manter o velho sistema impedindo que a nova nação florescesse para todos, o Brasil independente só foi livre para alguns… um novo capítulo se inicia. Então ao longo de todo o Império do Brasil o desenvolvimento da nação é coroado pela princesa Isabel com a independência, mas teve que pagar o preço, os seus antagonistas, dessa vez não eram mais os Senhores de Engenho, mas os cafeicultores paulistas que estavam ficando muito ricos com a mão de obra escrava apesar desta estratégia já ter sido comprovada já naquela época como ineficiente, mas os donos do conforto sobre o sofrimento alheio não queriam aceitar mudanças… então a coroa foi tirada da princesa para sempre, tornando-a quase mártir neste sentido. Com a vingança dos cafeicultores paulistas houve o financiamento do movimento republicano que não conseguia apoio popular, mais uma vez a elite do momento vai contra o apelo popular e declara o golpe contra a monarquia em 15 de novembro de 1889. O golpe republicano foi essencialmente uma espadada elitista contra a monarquia por ela ter defendido os apelos populares discutidos desde o início daquele século! Com o regime republicano, o Romance chamado “Brasil” ganha um novo volume de tramas e enredos quase inimagináveis, a coisa piora e muito, agora a batalha era entre elites e não mais entre o povo e a elite. A guerra das elites oligárquicas divididas entre produzir café com leite ou indústria culmina no golpe do Estado Novo em que Getúlio Vargas cria o seu governo elitista, mas populista, de cunho fascista, agradando gregos e troianos, se mantém por mais de uma década, governa várias vezes. Sofrendo pressão abre mão do Estado e da própria vida, como muitos homens apegados ao poder fizeram. Por fim, vem o período chamado “democracia” pós getuliana ou varguista, mas esta democracia também defendia os apelos das elites historicamente insatisfeitas, surge Juscelino Kubitschek, aquele que irá construir a capital ditatorial do Brasil, (ainda se mantém o sonho de construir uma civilização, mas dessa vez era o coroamento das elites que iriam possuir o poder total em suas mãos). Brasília foi construída e projetada pelos últimos artífices a fim de não ter os ruídos populares incomodando uma vez mais, já chega do povo querer alguma coisa para si, nós sabemos o que é melhor para eles…oras! Veja se não foi com este mesmo pensamento, elitista, que o positivismo resguardado pelos amabilíssimos militares fizeram em 1964? Ridicularmente tomaram para si os rumos da nação, durante duas décadas e meia o povo e a esquerda lutaram contra os malvadões militares. Advinhe quem conquistou o poder após a liberdade democrática reimposta a duras penas? Sim, a elite esquerdista, mais uma vez era um grupo engajado desde o início do século insatisfeito com os rumos do país que tomaram a dianteira e assumiram o controle da sociedade pós-regime militar por meio dos partidos políticos (todos os partidos eram de esquerda), das instituições (eles tomaram conta de todo o aparelho estatal e educacional, artístico, cultural, estrutural e etc.) ao longo de 5 décadas como sintetizado pelo professor Olavo de Carvalho, ex-esquerdista, “Você não vê um jornal conservador, uma rádio conservadora, uma televisão conservadora, uma universidade conservadora. Tudo foi dominado pela esquerda brasileira”, ou seja, todas as vozes dissonantes que outrora houvera, embora quase sempre contra os interesses do povo brasileiro, desaparecera e tudo se tornou num uníssono vocábulo que domina toda a opinião pública nacional nos mínimos detalhes. A coroa final veio com a eleição do PT e do presidente Lula, figura histórica para o bem ou para o mal no país. Lula é a síntese histórica do Brasil que ora se une às elites, ora se une ao povo. Foi e é um homem dividido: capitalista e comunista, católico e ateu, criança pobre do nordeste e líder máximo da maior organização política da América Latina, o Foro de São Paulo, o homem mais honesto e injustiçado que alimentara o maior esquema de corrupção política já vista talvez na história da humanidade. Será que esse é o último capítulo da história do Brasil? O país se tornou o exemplo do que não ser para as demais nações. Mas houve um capítulo inesperado, pela primeira vez desde 1500 um outro agente assume o poder, o povo brasileiro, dessa vez o povo acorda com forças totais e levanta-se em protesto. É 2013 e o mundo assiste estupefato ao que acontecia no Brasil, não conseguiam entender o que de fato incomodava o Brasil. O que de fato incomodava o Brasil? Eram os 20 centavos de aumento da conta de ônibus? Eram a incapacidade da Dilma de governar o país em meio a crise? Era a luta do proletariado para com os abusos dos patrões opressores? Eram os alunos que queriam educação? Eram os burgueses que queriam uma economia livre e pujante? Não, o que houve era que o povo brasileiro deu um grito de socorro querendo dizer alguma coisa. Até hoje a elite não entendeu isso, como nunca entendeu e nem vai entender! Então o que devemos esperar para os próximos capítulos? Se o povo brasileiro não assumir a responsabilidade na condução do país, será novamente calado pela elite reinante. Agora temos um novo capítulo de luta chamado “Coronavírus”, ainda está em andamento...