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Resíduos sólidos

Propostas de soluções compartilhadas para a


micro-região de Américo Brasiliense - Guariba

2/9/2010
Conteúdo
1. Introdução.............................................................................................................. 1

2. Municípios da região.............................................................................................. 2

3. Conteúdo do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ................................. 3

4. Estimativa preliminar de quantidade de resíduos .................................................... 5

5. Proposta de soluções e encaminhamentos............................................................... 7

6. Análise de viabilidade econômica ........................................................................ 10

7. Parque Eco Industrial de Américo Brasiliense ...................................................... 11

2/9/2010
1. Introdução

A Lei Federal 12.305 de 02/08/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) estabelece


a obrigatoriedade da elaboração dos planos municipais de gestão integrada de resíduos
sólidos, como condição para os Municípios terem acesso aos incentivos ou
financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para projetos de resíduos
sólidos urbanos.

O Artigo 18 dessa lei estabelece que:

“Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os Municípios


que:

I - optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos


sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que se
inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos referidos
no § 1o do art. 16;

II - implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas


de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por
pessoas físicas de baixa renda.”

O programa estadual Município VerdeAzul estimula a organização por micro-regiões


dos representantes do setor de meio ambiente das prefeituras e, desde 2009, os
representantes de algumas cidades da micro-região de Américo Brasiliense – Guariba
têm se reunido e discutido propostas de soluções compartilhadas.

O presente documento é o resultado do trabalho do grupo de representantes das


prefeituras da micro-região e reúne algumas propostas de soluções compartilhadas para
o manejo de resíduos sólidos urbanos, baseadas nos princípios estabelecidos pela nova
lei federal.

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2. Municípios da região

Os municípios da região que poderão ser parceiros no empreendimento e os seus


respectivos números de habitantes são apresentados na Tabela 1. A localização e os
acessos aos municípios são apresentados na Figura 1.

Tabela 1: Relação de municípios e a respectiva população

nº município população
1 Gavião Peixoto 4.244
2 Motuca 4.691
3 Santa Ernestina 5.618
4 Guatapará 6.382
5 Dobrada 7.052
6 Santa Lucia 8.154
7 Dumont 8.346
8 Nova Europa 10.092
9 Rincão 10.846
10 Luis Antônio 11.924
11 Pradopolis 16.619
12 Américo Brasiliense 33.255
13 Guariba 34.508
total 161.731

Figura 1: Mapa de localização das sedes municipais e vias de acesso

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3. Conteúdo do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

O Art. 19 da Lei estabelece que o plano de gestão integrada de resíduos sólidos deverá
ter o seguinte conteúdo mínimo:

I. diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território,


contendo a origem, o volume, a caracterização dos resíduos e as formas de
destinação e disposição final adotadas;
II. identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada
de rejeitos, observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da
Constituição Federal e o zoneamento ambiental, se houver;
III. identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou
compartilhadas com outros Municípios, considerando, nos critérios de economia
de escala, a proximidade dos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos
riscos ambientais;
IV. identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de
gerenciamento específico nos termos do art. 20 ou a sistema de logística reversa
na forma do art. 33, observadas as disposições desta Lei e de seu regulamento,
bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
V. procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e observada a Lei nº
11.445, de 2007;
VI. indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
VII. regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de
que trata o art. 20, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama
e do SNVS e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual;
VIII. definição das responsabilidades quanto à sua implementação e
operacionalização, incluídas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos
sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público;
IX. programas e ações de capacitação técnica voltados para sua implementação e
operacionalização;

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X. programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a
redução, a reutilização e a reciclagem de resíduos sólidos;
XI. programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das
cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais
reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, se
houver;
XII. mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a
valorização dos resíduos sólidos;
XIII. sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses
serviços, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
XIV. metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com
vistas a reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final
ambientalmente adequada;
XV. descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na
coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras
ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos;
XVI. meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da
implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos
sólidos de que trata o art. 20 e dos sistemas de logística reversa previstos no art.
33;
XVII. ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de
monitoramento;
XVIII. identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos,
incluindo áreas contaminadas, e respectivas medidas saneadoras;
XIX. periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência
do plano plurianual municipal.

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4. Estimativa preliminar de quantidade de resíduos

As estimativas de quantidades de resíduos produzidos nos municípios dessa


microrregião foram baseadas em índices disponíveis e/ou extraídos da bibliografia
técnica específica e são apresentadas a seguir.

Na Tabela 2 são apresentadas as quantidades de resíduos sólidos domiciliares (RD) de


cada município, utilizando como parâmetro estimativo a produção de 0,7 kg/hab.dia.

Tabela 2: Estimativa de produção de Resíduos Sólidos Domiciliares

Resíduos Sólidos Domiciliares (kg/hab/dia) 0,7


nº município kg/dia kg/mês
1 Gavião Peixoto 2.971 89.124
2 Motuca 3.284 98.511
3 Santa Ernestina 3.933 117.978
4 Guatapará 4.467 134.022
5 Dobrada 4.936 148.092
6 Santa Lucia 5.708 171.234
7 Dumont 5.842 175.266
8 Nova Europa 7.064 211.932
9 Rincão 7.592 227.766
10 Luis Antônio 8.347 250.404
11 Pradopolis 11.633 348.999
12 Américo Brasiliense 23.279 698.355
13 Guariba 24.156 724.668
total 110.241 3.307.227

Na Tabela são apresentadas as estimativas de quantidades da parcela de resíduos


recicláveis, adotando-se uma estimativa de 30% do RD. Adicionalmente, foi feita uma
simulação das receitas com a comercialização desses resíduos por cooperativas de
catadores baseada num valor médio de venda de R$ 0,15 por quilo, sendo que as
cooperativas existentes usualmente conseguem valores bem superiores a esse. O valor
da receita mensal total foi assim estimado em R$ 148.825, que seria suficiente para a
manutenção de 220 cooperados com uma receita mensal individual de R$ 700,00.

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Tabela -: Potencial de Resíduos Recicláveis para Coleta Seletiva

Resíduos Recicláveis (% dos Resíduos 30%


Valor de venda do Resíduos Recicláveis (R$/kg) 0,15
Rendimento desejado por cooperado 700,00
nº município kg/dia kg/mês R$/mês cooperados
1 Gavião Peixoto 891 26.737 4.011 6
2 Motuca 985 29.553 4.433 6
3 Santa Ernestina 1.180 35.393 5.309 8
4 Guatapará 1.340 40.207 6.031 9
5 Dobrada 1.481 44.428 6.664 10
6 Santa Lucia 1.712 51.370 7.706 11
7 Dumont 1.753 52.580 7.887 11
8 Nova Europa 2.119 63.580 9.537 14
9 Rincão 2.278 68.330 10.249 15
10 Luis Antônio 2.504 75.121 11.268 16
11 Pradopolis 3.490 104.700 15.705 22
12 Américo Brasiliense 6.984 209.507 31.426 45
13 Guariba 7.247 217.400 32.610 47
total 33.072 992.168 148.825 220

Tabela 3: Estimativa de produção de Resíduos de Construção e Demolição e tempo de processamento em


unidade de reciclagem

Resíduos de Construção e Demolição (kg/hab/ano) 500


Capacidade de processamento (ton/h) 35
Jornada de trabalho (h/dia) 6
nº município kg/dia kg/mês dias/mês
1 Gavião Peixoto 5.814 174.411 1,0
2 Motuca 6.426 192.781 1,0
3 Santa Ernestina 7.696 230.877 1,0
4 Guatapará 8.742 262.274 1,0
5 Dobrada 9.660 289.808 1,0
6 Santa Lucia 11.170 335.096 2,0
7 Dumont 11.433 342.986 2,0
8 Nova Europa 13.825 414.740 2,0
9 Rincão 14.858 445.726 2,0
10 Luis Antônio 16.334 490.027 2,0
11 Pradopolis 22.766 682.973 3,0
12 Américo Brasiliense 45.555 1.366.644 7,0
13 Guariba 47.271 1.418.137 7,0
total 215.736 6.472.068 32,0

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Na Tabela 3 são apresentadas as estimativas de quantidades de resíduos sólidos de
construção e demolição, utilizando como parâmetro indicativo a quantidade de 500
kg/hab.ano, o que resulta num total de 6.472 ton/mês.

Os tempos necessários para processamento desses resíduos em cada município foram


estimados considerando um equipamento com capacidade de 35 ton/hora, operando com
uma jornada diária de 6 horas, que seria compartilhado e atenderia todos os municípios.

Os resultados obtidos indicam que não seria produtivo fazer o rodízio mensal nos
municípios menores, pois o tempo de montagem e transporte do equipamento seria
maior que o tempo requerido para processar os resíduos. Assim poderiam ser analisadas
duas alternativas de solução:

A. Os municípios menores poderiam acumular seus resíduos até atingir cerca de


1.000 ton o que significariam períodos de 2 a 6 meses para então receber o
triturador;
B. Os resíduos dos municípios menores poderiam ser transportados para duas
centrais de reciclagem a ser instaladas nos municípios de Guariba e Américo
Brasiliense. Nesse caso o triturador ficaria metade do mês em cada central de
reciclagem e os municípios menores teriam que transportar seus resíduos até a
central mais próxima. Os custos de transporte seriam incluídos no rateio de
custos.

5. Classificação dos RCD´s

Nos processos de triagem os resíduos de construção e demolição (RCD) devem ser


classificados conforme indicado na Figura 2: Classificação do RCDFigura 2.

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Figura 2: Classificação do RCD

6. Proposta de soluções e encaminhamentos

6.1. Constituição de um consórcio regional para Gestão de Resíduos Sólidos;


6.2. Elaboração de termo de referência e orçamento para estudos e projetos;
6.3. Obtenção dos recursos necessários para estudos e projetos;
6.4. Elaboração do Plano Microrregional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
6.5. Propostas que deverão ser analisadas:
6.5.1. Os municípios consorciados deverão constituir cooperativa de catadores;
6.5.2. As prefeituras dos municípios consorciados deverão instalar pontos de
apoio e áreas de triagem e transbordo (Figura 3 e Figura 4);
6.5.3. Os transportadores particulares (caçambeiros) dos municípios
consorciados poderão instalar áreas de triagem e transbordo;
6.5.4. O consórcio deverá instalar duas centrais de reciclagem (Américo
Brasiliense e Guariba);
6.5.5. As prefeituras e os caçambeiros dos municípios consorciados
transportam os resíduos até a central de reciclagem;
6.5.6. As centrais de reciclagem do consórcio recebem gratuitamente os
resíduos dos municípios consorciados transportados pelos caçambeiros;

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6.5.7. As prefeituras dos municípios consorciados retiram nas centrais de
reciclagem os materiais processados: bica corrida, areia e brita.

Figura 3: Exemplo de EcoPonto em São Paulo

Figura 4: Exemplos de atrativos para a entrega voluntária

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7. Análise de viabilidade econômica

Uma análise preliminar de viabilidade econômica de implantação do consórcio é


apresentada a seguir e considera estimativas baseadas nos dados e informações
fornecidas pela Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto que implantou e opera
uma central de reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição (RCD), desde 2005.

Para possibilitar uma avaliação preliminar de viabilidade econômica do


empreendimento, a Tabela 4 apresenta um balanço das receitas e despesas operacionais,
com base nos seguintes cálculos:

Coluna 1: quantidade mensal de RCD (em m3 /mês), considerando as quantidades


estimadas apresentadas na Tabela 3 e o valor de densidade média de 1,7 kg/m3 ;

Coluna 2: quantidade mensal estimada do produto “bica corrida” (em m3/mês),


considerando uma produção de 70% do total de RCD;

Coluna 3: quantidade mensal estimada do produto “brita” (em m3/mês), considerando


uma produção de 20% do total de RCD;

Coluna 4: custos mensais de processamento dos resíduos, considerando o parâmetro


informado pela Prefeitura de São José dos Campos de R$ 6,00 por tonelada;

Coluna 5: estimativa das receitas mensais que poderiam ser auferidas com a venda dos
produtos “bica corrida” e brita, considerando-se os valores de mercado de R$
12,00 e R$ 18,00, respectivamente;

Coluna 6: lucro mensal por município calculado pela diferença entre receitas e despesas
mensais (Coluna 5 – Coluna 4).

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Tabela 4: Balanço de receitas e despesas das centrais de reciclagem de RCD

nº município 1 2 3 4 5 6
1 Gavião Peixoto 226.734 158.714 45.347 1.046 2.721 1.674
2 Motuca 250.615 175.431 50.123 1.157 3.007 1.851
3 Santa Ernestina 300.140 210.098 60.028 1.385 3.602 2.216
4 Guatapará 340.956 238.669 68.191 1.574 4.091 2.518
5 Dobrada 376.751 263.725 75.350 1.739 4.521 2.782
6 Santa Lucia 435.625 304.937 87.125 2.011 5.227 3.217
7 Dumont 445.882 312.118 89.176 2.058 5.351 3.293
8 Nova Europa 539.162 377.413 107.832 2.488 6.470 3.982
9 Rincão 579.444 405.611 115.889 2.674 6.953 4.279
10 Luis Antônio 637.036 445.925 127.407 2.940 7.644 4.704
11 Pradopolis 887.864 621.505 177.573 4.098 10.654 6.557
12 Américo Brasiliense 1.776.637 1.243.646 355.327 8.200 21.320 13.120
13 Guariba 1.843.578 1.290.505 368.716 8.509 22.123 13.614
total 8.640.423 6.048.296 1.728.085 39.879 103.685 63.806

Embora ainda não tenham sido elaborados os projetos e os orçamentos para implantação
das duas centrais de reciclagem o total dos investimentos foi estimado em R$
2.000.000.

Os lucros operacionais estimados, conforme quantidade mensal estimada do produto


“brita” (em m3/mês), considerando uma produção de 20% do total de RCD;

Coluna 4: custos mensais de processamento dos resíduos, considerando o parâmetro


informado pela Prefeitura de São José dos Campos de R$ 6,00 por tonelada;

Coluna 5: estimativa das receitas mensais que poderiam ser auferidas com a venda dos
produtos “bica corrida” e brita, considerando-se os valores de mercado de R$
12,00 e R$ 18,00, respectivamente;

Coluna 6: lucro mensal por município calculado pela diferença entre receitas e despesas
mensais (Coluna 5 – Coluna 4).

, indicam um prazo de 2,6 anos para amortização dos investimentos.

8. Parque Eco Industrial de Américo Brasiliense

A Prefeitura de Américo Brasiliense adquiriu uma gleba rural com 250.000 m2 visando
à instalação de uma Estação de Tratamento de Esgoto – ETE, por lagoas de
estabilização. Posteriormente houve uma revisão do projeto, adotando a tecnologia de
reatores anaeróbios e lodos ativados, reduzindo significativamente a área necessária
para implantação da ETE.
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PEI
ETE

AMÉRICO
BRASILIENSE

Figura 5: Localização do Parque Eco-Industrial - PEI

A área remanescente equivale a cerca de 200.000 m2, onde está sendo projetada uma
central de reciclagem de resíduos sólidos sob a denominação de Parque Eco Industrial
(PEI) de Américo Brasiliense (Figura 5), com os seguintes objetivos:

a) Oferecer uma opção regional para prefeituras, cooperativas e empresas que


atuam com materiais recicláveis para valorização dos resíduos, por meio de
transformação em matéria prima ou fabricação de novos produtos;
b) Inclusão social e capacitação de mão-de-obra;
c) Educação ambiental;
d) Produção de materiais de baixo custo para aplicação em obras públicas, e
habitações populares sustentáveis.

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Algumas diretrizes para o projeto e a implantação do PEI:

a) As próprias construções do PEI deverão adotar altos padrões de sustentabilidade,


e utilizar materiais reciclados;
b) Utilização dos efluentes tratados da ETE para aplicação como água de serviço e
água industrial;
c) Utilização dos gases gerados na ETE em sistemas de arrefecimento;
d) A implantação e operação do PEI poderá ser viabilizada por meio de Consórcio
Público Regional.

Assinam o presente documento os interlocutores dos municípios:

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