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A POLITÉCNICA
A Maquina de corrente contínua possui duas partes principais: o rotor e o estator. O estator é a
parte da máquina que é estacionária (fixa). Isto é, não possui movimento. O rotor é a parte móvel,
ou rotacionária. Ambos (estator e rotor) são construídos utilizando materiais termomagnéticos para
aumentar a densidade do fluxo e diminuir o tamanho da máquina. A figura mostra as partes
principais de uma máquina eléctrica.
Os condutores inseridos nos canais do estator e do rotor são interconectados para formar os
enrolamentos. O enrolamento do qual a tensão é induzida é dito enrolamento de armadura
(induzido). O enrolamento no qual uma corrente eléctrica circula com a finalidade de produzir uma
fonte primária de fluxo, é dito de campo (indutor). Na máquina CC o enrolamento do campo e
encontra no estator e o da armadura no rotor.
Este princípio também pode ser entendido através do princípio de atracção e repulsão entre campos
magnéticos, devido a interacção criada pelas bobinas do campo e da armadura.
A Figura abaixo permite visualizar que a rectificação mecânica é realizada pelo conjunto
comutador (fabricado em cobre) e escova (fabricado em carvão e grafito). A escova 1, posicionada
próxima ao pólo norte magnético, sempre estará em contacto com o segmento positivo do
comutador. A escova 2, posicionada próxima ao pólo sul magnético, sempre estará em contacto
com o segmento negativo do comutador.
Esta expressão para a tensão induzida no enrolamento de armadura é valida tanto para a máquina
funcionando como motor como para a máquina funcionando como gerador. Funcionando como
motor ela é conhecida como Força Contra Electromotriz e funcionando como gerador ela é
conhecida por Tensão Gerada ou Tensão Induzida.
O torque desenvolvido quando o enrolamento de armadura conduz uma corrente eléctrica e
encontra-se imerso em um campo magnético produzido pelo enrolamento de campo, é determinado
pela equação:
Uma expressão analítica para a característica mecânica de um motor pode obter-se a partir da
equação de equilíbrio de tensões compostas para o circuito do esquema. A um regime permanece
de trabalho do motor, a tensão aplicada U se equilibra com a queda de tensão no circuito de
armadura e a força electromotriz induzida.
𝑼 = 𝑰𝒂 𝑹 + 𝑬
Onde: Ia – é a corrente no circuito do induzido e R – resistência equivalente no circuito do induzido.
𝑬 = 𝑲𝒂 ∅𝝎
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Chamamos característica natural de um motor eléctrico àquela que se obtêm com valores nominais
de tensão, fluxo e sem resistências externas. Convenientemente, o salto da velocidade para a
característica natural é:
𝑹𝒊𝒏
∆𝝎 = 𝑻
(𝑲𝒂 ∅)𝟐
Para determinar-se o salto da velocidade para qualquer característica do motor de excitação
independente, fazemos:
𝑹𝒊𝒏 + 𝑹𝒓
∆𝝎 = 𝑻
(𝑲𝒂 ∅)𝟐
O salto da velocidade em unidades relativas, é dado por:
∆𝝎 𝝎𝟎 − 𝝎
∆𝒗 = =
𝝎𝟎 𝝎𝟎
o salto da velocidade em unidades relativas é análogo ao deslizamento do motor assíncrono. As
características obtidas com a conexão de resistências adicionais (reóstatos) ao circuito do induzido,
se chamam características artificiais ou reostáticas.
Regulação da velocidade
𝑼−𝑰𝒂 𝑹
Da equação 𝝎 = resulta que é possível, a principio 3 procedimentos distintos de regulação
𝑲𝒂 ∅
Controlo pela tensão aplicada no campo (Ø): mantêm-se a tensão de armadura constante e varia-
se a corrente excitação. Como o fluxo magnético é proporcional a corrente de excitação, diluindo-
se a corrente de excitação, diminui-se também o fluxo magnético e aumenta-se a velocidade de
rotação da máquina. No controlo do campo a potência permanente constante enquanto a rotação
eleva, o toque reduz. Este processo de aumento da velocidade de rotação pela diminuição do fluxo
é conhecido por enfraquecimento do campo. É utilizado em accionamentos de corte periférico,
como chapeamento de tiras, tornos, bobinadoras, máquinas têxteis, etc.
Controlo pela tensão aplicada na armadura e no campo: são aplicadas neste método as duas
técnicas abordadas, proporcionando um controlo integral da operação do motor CC. Esta técnica
permite várias alternativas do conjugado e rotações. Vem sendo muito empratada nos modernos
conversores para accionamentos em CC.
Motor Série
Nos motores série, o enrolamento do campo é ligado em série ao enrolamento da armadura.
𝑇
𝐼=√
𝐾∝
Assim, verificamos que quando o circuito magnético do motor não está saturado, a característica
mecânica é representada por uma curva, para a qual o eixo das coordenadas é a assimptota. A
particularidade do motorsérie é a grande dependência para pequenos valores de conjugado.
Variando a ccorrente de excitação: aplica-se aos casos em que se precisa expandir os limites da
variação devido ao aumento da velocidade por cima da principal. Pelo facto do enrolamento de Page | 10
armadura e da excitação estarem em série, a possibiliade de variação pela simples variação do
fluxo não é assim tão facil. Neste caso, deve-se variar a corrente de excitação, fazendo um shunt
no enrolamento da armadura e da excitação do motor. Neste caso é possível obter uma
característica mecânica masi rigida, e ampliar a faixa de regulação.
Referência Biliográfica:
1. M. Chilikin: Accionamentros Eléctricos, traduzido do russo por: José Puig Torres, Editora
MIR MOSCOU, 1972.
2. Luis Sergio et al, Apostila de Máquinas Eléctricas, Instituto Federal de Santa Catarina, 2013.