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O REAL E O IMAGINÁRIO: Desafios da educação no contexto da

pandemia do COVID-19

Alan Cordeiro Fagundes

Introdução

O planeta foi assolado pelo vírus coronavírus (SARS-CoV-2) desde do início de


2019, imprimindo uma nova ordem mundial, permeado por uma profunda crise
econômica e uma crise de legitimidade institucional sem precedentes, acoplada a um
momento de maior rivalidade geopolítica, muitos problemas estruturais na ordem
internacional ficaram bem mais vísiveis na pandemia. No Brasil não podia ser
diferente, pelo contrário, o coronavírus que se apresenta como um vírus bem
democrático por não escolher a quem aflinge, tem a capacidade de implodir mais
ainda as desigualdades sociais que perpetuam e são constantes no Brasil . Dessa
forma, descobriu-se que o coronavírus não é nada democrático, pelo contrário, ele é
fatal.
Neste cenário uma das áreas mais prejudicadas foi a educação, que apesar de
abarcar uma gama de desafios constantes no dia a dia, se viu imersa ao grande
desafio de se adaptar aos tempos pandêmicos; ao passo que, se nada disso estivesse
acontecido no país, o Brasil já presenciava inauditos resultados educacionais no
âmbito nacional, tendo somente 56% das crianças do 5º ano do Ensino Fundamental
alcançado um nível de aprendizado adequado em Língua Portuguesa, e apenas 44%
dos estudantes, menos da metade, registraram desempenho adequado. No PISA –
exame que avalia o aprendizado em nível global – apesar de uma tendência de
melhora desde o início dos anos 2000, o Brasil aparece em 57º lugar entre os países
avaliados, no critério de leitura, em 66º lugar no aprendizado de ciências e em 70º no
domínio de matemática, segundo os últimos resultados, do ano de 2019. Por mais que
o país nos últimos governos progressitas em específico nos governos do Partido dos
Trabalhadores tenham avançado bastante no critério do acesso à educação básica,
a formação de professores, como o programa Universidade Aberta do Brasil e o
financiamento da educação pública, os resultados demonstram que ainda há muito a
se fazer. Seria muita pretensão de nossa parte esperar que, em um contexto de cortes
excessivos por parte do governo, em que a economia e a saúde dominam o debate
público, houvesse espaço para que a educação possa ser inserida como tema
importante a ser deliberado na atual situação, no cenário nacional, que pelo contrário,
está sendo desmontanda toda a estrutura educacional desde país, da qual já neste
ano de 2021 a educação foi novamente a área mais atingida pelos cortes
orçamentários do presidente Jair Bolsonaro, conforme o decreto nº 10.686, assinado
ontem e publicado em abril. O Ministério da Educação teve R$ 2,7 bilhões bloqueados,
o equivalente a 30% do total bloqueado, que corresponde a R$ 9,2 bilhões. E teve R$
2,2 bilhões vetados; ao todo, quase R$ 5 bilhões a menos no orçamento da nossa já
tão sofrida educação.
Infelizmente o que prevalece são iniciativas difusas e isoladas pela enorme
extensão do país, que variam de acordo com as preferências e prioridades políticas,
sejam estaduais ou municipais, e de acordo com a estrutura das redes públicas e
privadas. Defensores do endeusamento do uso da tecnologia como a solução para
remediar o problema em que a educação encontra nesse momento de distanciamento
social, defrontam-se com um ponto fundamental: a desigualdade no acesso aos
recursos digitais no Brasil, permeados por problemas ligados a infraestrutura.
Nesse sentido mesmo com todas as dificuldades e problemas do cotidiano das
famílias imersas ao cenário pandêmico, ainda há esperança, que vem de onde não
podemos menosprezar: que é a capacidade e disposição dos pais e da família para
auxiliar nas atividades escolares durante a pandemia. Seja no domínio das matérias
que os filhos estão aprendendo e estudando ou pela simples capacidade de pesquisar
informações sobre aquele conteudo específico ou aquela disciplina em específico, ou
até mesmo pela perseverança, e demonstração de como é importante que os filhos
estudem, até o estabelecimento de horários para que os filhos estudem, são ações
que nem sempre os pais têm condições ou disposição para desempenhar, mas que
serão determinantes para o sucesso e o bom desempenho educacional dos seus filhos
durante a pandemia. Apresentado este conjunto de fatores do seio familiar, tenho a
pretensão de utilizar a denominação de capital cultural, termo cunhado pelo sociólogo
francês Pierre Félix Bourdieu, que, pode exprimir um dos aspectos pelos quais a
família pode deixar uma herança aos seus filhos, isto é, transmitindo a eles
determinados “códigos” para que possam ter conquistas perante a uma sociedade
altamente complexa.
Estudo de pesquisadores internacionais como a Sociologia da Pandemia tem
demonstrado que a pandemia do COVID-19, como já citado anteriormente, trouxe
mudanças avassaladoras para o contexto de nossas vidas, evidenciando ainda mais
as desigualdades existentes em nossas sociedades como as de classe, gênero e raça
(Matthewman e Huppatz, 2020). Um ponto fractal a ser tratado neste conteto
anteriormente apresentado, é o crescimento das desigualdades nos processos
educaionais, principalmente no contexto do ensino remoto, que se apresenta como
uma “saída” mágica para a continuidade das atividades didático-pedagógica nos mais
diversos níveis de ensino e realidades sociais. A proposição dessa superficial análise,
é apresentar uma singela reflexão sobre o crescimento das desigualdades
educacionais em meio a pandemia do COVID-19, com a intenção de realizar um
diálogo com a Sociologia da Educação de Pierre Bourdieu em especial com as obras
A Reprodução e a Miséria do Mundo, onde encontramos analisadas as relações entre
exclusão escolar e exclusão social trazendo a luz da pandemia.

2. Entre o real e o imáginário

Em um cenário totalmente desfavorável para uma educação efetiva e de


qualidade, assolados pelo real e o imaginário, é onde para Bourdieu, a escola é um
espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma
geração para outra. É nela que o legado econômico da família transforma-se em
capital cultural. Ao mesmo tempo, quanto maior o acesso a um certo grau de ensino,
menos ele é valorizado como capital cultural. O que encontramos são governos que
apresentam soluções ineficazes distorcendo o que real e afirmando o imáginário,
atolados em uma pandemia do coronavírus que gera um efeito cascata de
proporções nunca vistas na história das sociedades contemporâneas. As
consequências negativas do isolamento social atingem a maioria das
atividades humanas, impactando de forma mais aguda as famílias que vivem em
territórios vulneráveis, como as favelas e os assentamentos; mesmo com todas as
medidas tomadas na atual pandemia, as escolas como um todo foram totalmente
afetadas, mesmo com todas as especificidades que os diferentes níveis que compõem
o sistema de ensino apresentam. Imaginemos, como exemplo, que a educação
infantil, mesmo antes da pandemia, já vinha enfrentando sérios problemas com
relação ao acesso das vagas, principalmente por parte de famílias mais pobres
(DORNELLES, 2020) e ainda também o acesso às séries finais do ensino médio, bem
como ao ensino superior, ainda não foi totalmente universalizado por todo o nosso
país.
No Brasil, mesmo antes da pandemia já tínhamos um grande debate em torno
das políticas públicas de educação, proporcionando o debate de várias correntes,
como por exemplo a escola sem partido, um movimento político que visa a avançar
uma agenda conservadora para a educação brasileira. Dando uma atenção especial
aos ataques mais recentes à escola pública (Zan e Krawczyk, 2019). E sem falar no
atual cenário onde o Ministério da Educação vive o momento mais instável da sua
história, onde já aconteceu a troca de quatro ministros num período de um ano e meio,
isso simplesmente contribui para demonstrar a gravidade do momento atual da
educação no Brasil.
Falar ou discutir a multiplicidade de ações no campo da educação em tempos
de pandemia, é saber que estamos perante a políticas públicas de ensino que
apresentam grandes disparidades, podemos citar por exemplo o efeito do background
familiar sobre os rendimentos do trabalho e sobre os retornos da escolaridade no
Brasil, comparado aos resultados obtidos por brancos e negros. Onde são estimadas
equações de rendimento com dados de 1996 e 2014 da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad/IBGE), adotando-se a escolaridade dos pais do
trabalhador como proxy de seu background familiar. Os resultados mostram que ter
um diploma universitário tem efeito pronunciado sobre os rendimentos, porém em
menor magnitude para os negros. Entre 1996 e 2014, apesar de ter ocorrido uma
diminuição do efeito diploma, bem como do diferencial salarial entre brancos e negros,
não houve redução da importância do background familiar para o desempenho dos
indivíduos no mercado de trabalho (VAZ, 2020). Outro exemplo que podemos
referenciar são as grandes diferenças entre escolas públicas e privadas neste país.
Conforme afirma os autores do artigo Dimensões da desigualdade educacional no
Brasil “Quando olhamos os indicadores propostos por acadêmicos e organizações que
monitoram a educação brasileira, observa-se que ainda há forte desigualdade, mesmo
no âmbito da igualdade de oportunidades, a mais básica de todas. Na dimensão do
tratamento, é necessário definir qual deve ser o padrão da oferta educacional para se
poder diagnosticar a situação das escolas brasileiras. Os trabalhos acadêmicos que
realizam esse diagnóstico constatam grande desigualdade dentro do sistema
educacional.” (SAMPAIO;OLIVEIRA, 2020).
Mesmo com esse horizonte extremo de desigualdades no nosso sistema
educacional, e com todas as pesquisas no campo cientifico e uma gama infinita de
informações no universo das ciências sociais sobre as desigualdades sociais e seus
reflexos na educação, o Ministério da Educação gastou sem ao menos relacionar as
suas campanhas a pandemia em R$ 1,6 milhão em publicidade até maio deste ano,
"O MEC bate na tecla de que as escolas precisam abrir, mas nem fez campanhas
consolidadas para explicar para as famílias porque as escolas precisam abrir, o que
aconteceu durante o último ano nas escolas e a importância de manter os estudos
mesmo no ensino remoto", diz Catarina de Almeida Santos, professora da UnB
(Universidade de Brasília) e dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Na publicação da Obra a Reprodução por Pierre Bourdieu e Jean-Claude
Passeron no ano de 1970, os autores estavam preocupados em expor de força
intensa o mito liberal da meritocracia escolar1, procurando entender como o sistema
de ensino nas sociedades modernas era operado e articulado. A pesquisa elaborada
por eles indicava um enorme e profundo cenário das desigualdades sociais na escola,
pois mesmo essa consolidada instituição, denominada como universal, tinha no seu
seio a representação de uma realidade de classe. Ou seja, para alguns estudantes a
escola era a continuidade de seu modelo familiar, mas para outros não seria apenas
uma descontinuidade do seu cotidiano, mas um processo violento de convivência de
acordo com suas pespectivas sociais. O desempenho escolar, portanto, não dependia
unicamente dos dons individuais, mas estaria ligado diretamente à origem social dos
alunos, sendo entendido como fator de reprodução das desigualdades. “Tratando
todos os educandos, por mais desiguais que sejam eles de fato, como iguais em
direitos e deveres, o sistema escolar é levado a dar sua sanção às desigualdades…”
(BOURDIEU, 1998a, p. 53).
Neste sentido o discurso de retorno imediato das aulas nas universidades e nas
escolas públicas pelas intituições educacionais no Brasil, apresentam realmente o
pensamento que Bourdieu e Passeron buscavam combater incessamente. Uma linha
de pensamento e atitudes que simplesmente não reconhece ou desconhece, ou
mesmo ignora que o “sucesso escolar” não está ligado simplesmente ao “mérito
individual”, mas sim a uma gama de fatores subjetivos e objetivos em uma teia de

1Os alunos não podem competir em condições igualitárias na escola pois trazem consigo uma
bagagem social e cultural diferenciada.
complexidades sociais; Pensar a reprodução social em específico no nosso sistema
educacional com Bourdieu, implica pensar nas relações entre poder material e
simbólico, uma vez que incorporamos, sob a forma de esquemas inconscientes de
percepção, de apreciação e de ação, as estruturas da ordem social.
As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar para
as aulas remotas, apresentam a forma de capital cultural objetivado2, que se sustenta
sobre uma estrutura socialmente desigual, em um país onde 53 milhões de indivíduos
vivem na pobreza, não tendo condições mínimas de fazerem as refeições diárias
(onde muitas crianças e adolescentes nas escolas públicas, contam com a refeição
escolar para suprir a alimentação que falta em casa), onde o déficit de moradia, um
dos direitos fundamentais resguardado pela Constituição Federal em seu Art. 6,
ultrapassa 7,7 milhões. Importante pontuar ainda que um em cada quatro domicílios
brasileiros não possuem água encanada, 11,4 milhões de pessoas morando em
favelas e, junto esses dados, encontram-se os bairros onde os moradores vivem em
situações precárias, vivendo em torno de 24 milhões de pessoas (ABED, 2020). Toda
essa gama de indicadores e elementos influenciam o “ Sucesso escolar”, ponto fractal
para Bourdier.

3. Considerações finais:

Falar do cenário da nossa educação em dias comuns já não é uma tarefa fácil,
imagina trazer discussão ao cenário atual; No entanto esse trabalho teve a intenção
de contribuir para aguçar os nossos sentidos sendo guiados e interpretados pela lente
bourdiana, com relação aos contextos da escola, da universidade e os espaços não
formais em plena pandemia. Fazer uma releitura bourdiana cai como uma luva nesse
atual momento, pois o pensamento relacional de Bourdier permite articular
efetivamente o indivíduo ao seu contexto social;
Nesse sentido compreender que o papel das políticas públicas no âmbito da
educação deve ter um objetivo maior que é focar nas desigualdades sociais,
aproveitando esse momento crítico da nossa história para repensar a educação como

2 O capital cultural objetivado compreende a propriedade da pessoa (por exemplo, uma obra de arte,
instrumentos científicos, etc.) que pode ser transmitida para obter lucro econômico (compra e venda)
e para transmitir simbolicamente a posse de capital cultural facilitada por possuir tais coisas.
um todo. A literatura atual sobre educação em tempos de pandemia tem sinalizado
que esse período desafiador pode ser promissor para a inovação da educação,
considerando-se que os professores e estudantes não serão mais os mesmos,
após o período de ensino remoto, devemos ficar atento a esse discursso e sairmos
dessa crise sanitária com pespectivas reais de políticas de estado que
efetivamente altere a nossa realidade. Pois o modelo de ensino remoto aplicado
até o momento, tem demonstrado totalmente ineficiente, fazendo vista grossa para
reais dificuldades de muitos estudantes das escolas públicas e universidades
públicas deste país;
Por fim fica a necessidade de transformamos o imaginário em realidade
exigindo dos nossos governantes uma nova postura frente às decisões e pautas
que envolvam o universo educacional, pois já se tornou imprescindível repensar e
reestruturar a educação, minimizar os impactos e os hiatos solidificados pelo
Ensino Remoto, já estamos neste exato momento vivendo consequências reais da
falta de politicas públicas educacionais para o cenário de Pandemia.
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