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Aula 1

gilsemar alvarez novo


Seja bem vindo a primeira aula do curso:
Umbanda Os Sete Reinos Sagrados
Queremos inicialmente agradecer sua participação, pois além de participar deste curso
você está ajudando na manutenção do Núcleo Mata Verde.
O Núcleo Mata Verde fica localizado na cidade de Santos/SP e tem como objetivo
principal promover o estudo da umbanda, e também o atendimento a todos que nos
procuram.
Este curso virtual é fruto de um grande trabalho, onde não medimos esforços para
colocarmos na rede este curso de doutrina umbandista que é realizado de forma
presencial no Núcleo Mata Verde.

Como foi desenvolvida esta versão on-line do curso Umbanda Os Sete Reinos
Sagrados?

As vídeo-aulas foram filmadas durante o desenvolvimento da sétima turma do curso


presencial, que teve uma duração de oito semanas (nos meses de março e abril/2009),
com uma aula de duas horas por semana, durante dois meses.
Quando resolvemos transferir o conteúdo do curso presencial para a versão on-line
tivemos que diminuir a duração de cada vídeo-aula para aproximadamente uma hora, ou
seja, cada aula presencial de duas horas foi dividida em duas partes.
Esta decisão foi necessária em virtude de incluirmos nas aulas virtuais mais recursos
como:

Texto complementar para estudo


Fotos e imagens
Arquivos de áudio
Questionários a serem respondidos em cada aula
Material para download (complementares ao estudo da doutrina)
Chat (com hora marcada)
E um formulário de contato,

Através deste formulário o aluno poderá responder de forma escrita as questões


propostas.
Este material será enviado ao "tutor", que cuidará de prover o aluno com as explicações
necessárias e arquivará este material na pasta do aluno.
Estimamos que o aluno necessite de mais trinta minutos para desenvolver o estudo do
material complementar, que somados a duração de cada vídeo aula totaliza uma hora e
meia por aula.
Como você deve completar o curso em trinta dias, sugerimos que estude pelo menos 6
horas por semana.
Nesta primeira parte da aula é feita uma apresentação do Facilitador (Manoel Lopes).
Pedimos a você que faça também sua apresentação; para isso utilize o formulário
encontrado no último item da aula.
ATENÇÃO!!! Os vídeos para serem reproduzidos necessitam de uma boa conexão de
banda larga, caso tenha alguma dificuldade na reprodução dos vídeos, ou possua
somente uma conexão discada, você poderá ouvir o conteúdo da cada aula que foram
gravados com uma taxa de 32 Kbs para reprodução em baixa velocidade.
Procure na opção ÁUDIO.

Primeira Aula: Apresentação


Este curso é destinado a apresentar a doutrina seguida pelo Núcleo Mata
Verde.
É um curso livre.
Não é um curso de Teologia, nem de formação de Sacerdotes Umbandistas e
nem tem a pretensão de ensinar umbanda a umbandistas.
Este curso tem a única finalidade de apresentar a doutrina seguida no Núcleo Mata
Verde e que foi apresentada pela primeira vez na forma escrita através do livro
UMBANDA OS SETE REINOS SAGRADOS de autoria de Manoel Lopes e
publicado pela Ícone Editora.
Neste curso iremos nos aprofundar mais nos conceitos apresentados no livro, assim
como, acrescentaremos muitos outros assuntos.
Você irá perceber durante as aulas que a doutrina tem como pontos de apoio: A doutrina
Espírita, o Culto aos Orixás (Ketu) e conceitos científicos atuais.

PODEMOS AFIRMAR COM TODA CERTEZA, QUE É UMA MANEIRA


DIFERENTE E MODERNA DE ENTENDERMOS A UMBANDA.

Nesta aula é feita a apresentação do facilitador (Manoel Lopes)


Manoel Lopes é engenheiro e tem pós-graduação em técnicas digitais.
É dirigente do Núcleo Mata Verde e trabalha como medium umbandista há 34 anos
(desde 1977).
Desde 1996 desenvolve um trabalho de divulgação da umbanda pela internet, onde
destacamos:
1 - Lista de Debates Saravá Umbanda ( www.grupos.com.br ) sendo considerada uma
das primeiras listas de debates sobre a umbanda, sendo a primeira a Lista Powerline
moderada pelos amigos Etiene e Edu Gomes
2 - Podcast Saravá Umbanda ( www.umbanda.brasilpodcast.net )
3 - Sala estudando a umbanda, no programa Paltalk ( www.paltalk.com )
4 - TV Saravá Umbanda ( www.tvsu.com.br )
5 - Site do Núcleo Mata Verde ( www.mataverde.org )
6 - Rede Brasileira de Umbanda - RBU ( www.rbu.com.br )

A história da umbanda é o assunto desta aula...


Aula 2

gilsemar alvarez novo


Nesta aula continuaremos a estudar a história da umbanda.
Consideramos de importância capital o estudo da origem da umbanda, pois somente
através do conhecimento teremos condições de afirmar com segurança o que é a
Umbanda.
Os assuntos tratados nesta aula já estão divulgados em livros, revistas e demais
publicações a muitos anos, mas infelizmente a grande maioria dos umbandistas ainda
desconhece a história de sua religião.
Já em 1933 Leal de Souza falava sobre Zélio de Moraes no livro "O Espiritismo, A
Magia e as sete linhas da Umbanda".
Infelizmente ainda encontramos pessoas que começaram a frequentar a umbanda a
poucos anos, e criticam e não aceitam a origem da umbanda com Zélio de Moraes.
Não fosse a grande divulgação feita pela Internet, muitos ainda estariam achando que a
umbanda não teve um começo...
Graças ao empenho de pessoas dedicadas, que pesquisaram profundamente a história,
podemos afirmar com grande chance de acertar, que a Umbanda foi iniciada por Zélio
de Moraes, em 1908.

História da Umbanda
Podemos afirmar quando a umbanda começou?

Quando pesquisamos sobre a história da umbanda, encontramos opiniões diferentes


sobre este tema:

1) Alguns acreditam que a umbanda começou na lendária Atlântida ou


em Lemúria; aqueles que defendem esta idéia chamam a umbanda por
"AUMBANDAM".
Normalmente os Terreiros que seguem os fundamentos esotéricos são
os que defendem esta opinião.
Seus fundamentos são oriundos da TEOSOFIA.
No primeiro congresso de umbanda (1941) Diamantino Coelho
Fernandes, que pertencia a Tenda Mirim apresenta um trabalho
mostrando a origem do nome UMBANDA.
Segue abaixo um pequeno trecho:
"O Espiritismo de Umbanda na Evolução dos Povos - Fundamentos históricos e
filosóficos".
"O vocábulo UMBANDA é oriundo do sanskrito, a mais antiga e polida de todas as
línguas da terra, a raiz mestra, por assim dizer, das demais línguas existentes no
mundo.
Sua etimologia provém de AUM-BANDHÃ (om-bandá) em sanskrito, ou seja, o limite
no ilimitado...
A significação de UMBANDA (o correto seria Ombanda) em nosso idioma, pode ser
traduzida por qualquer das seguintes fórmulas: Princípio Divino; Luz Irradiante;
Fonte Permanente de Vida; Evolução Constante."
Estes estudos foram aprofundados por Matta e Silva (foto ao lado) que em 1956 publica
o livro "Umbanda de todos nós" que é considerado a origem da chamada umbanda
esotérica.

2) Outra corrente defende a idéia de que a umbanda tem sua origem na


África.
Normalmente aqueles terreiros que possuem fundamentos africanos, ou
são oriundos do culto Omoloko é que aceitam esta origem.
Tancredo da Silva Pinto foi uma das pessoas que mais estudou e
divulgou esta versão sobre a origem da umbanda.
Tancredo nasceu a 10 de agosto de 1904 em Cantagalo, estado do Rio
de Janeiro vindo ainda na adolescência para o então Distrito Federal.
Em 1950, por ocasião das grandes perseguições aos umbandistas de
vários estados, resolveu fundar a Federação Umbandista de Cultos Afro-brasileiros.
Viajou por diversos estados, fundando outras associações com o escopo de organizar e
dar personalidade ao culto umbandista.
Foi um fiel defensor da prática africanista ao culto umbandista e ao Omolokô.
Apesar de analfabeto, o humilde estafeta dos correios “escreveu” diversas obras de
cunho umbandista e manteve colunas diárias em jornais cariocas, como “O Dia”.
Faleceu no dia 1 de setembro de 1979.

Continua na próxima aula...

Aula 3

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Nesta aula (primeira parte da segunda aula presencial) Manoel recebe novos alunos e
faz uma breve revisão do conteúdo da primeira aula.
Na sequência é apresentada um assunto muito importante: "A DIVERSIDADE DE
RITUAIS NA UMBANDA".
Lembramos que em cada aula, você deve acompanhar na sequência:

1)Assistir a vídeo-aula
2)Ler o texto da aula
3)Ver as fotos
4)Ouvir os arquivos de áudio apresentados
5)Responder ao questionário
6)Verificar o material para download e posterior leitura
7)Apresentar a dissertação correspondente a aula
Se tiver alguma dúvida utilize o formulário da dissertação para fazer suas perguntas.

História da Umbanda
Continuação da aula passada...
3) A versão mais aceita e mais documentada, e que nós aceitamos, é que a umbanda foi
iniciada por Zélio de Moraes no dia 15 de Novembro de 1908.
Zélio tinha apenas 17 anos, quando teve problemas relacionados com a mediunidade e
sua família de origem católica teve dificuldades para entender o que estava acontecendo
com o jovem.
Zélio apresentava um comportamento muito estranho, o que levou a família a procurar
um parente (médico) para saber se o jovem tinha problemas mentais.
Descartada pelo médico esta hipótese a família continuou sua peregrinação, procurando
um padre para exorcizar o rapaz.
De nada adiantou o exorcismo, então levaram o rapaz até a casa de uma senhora (negra)
chamada D. Cândida que fazia benzimentos.
Depois deste "benzimento" o rapaz melhorou, mas alguns dias depois voltou a ficar
estranho novamente, foi então que a família achou "que aquilo era coisa de espiritismo".
Alguem sugeriu levar o rapaz na Federação Espírita de Niteroi.
Era o dia 15 de Novembro de 1908.
Neste dia a reunião teve varios incidentes, entre eles a manifestação exaustiva de
espíritos de índios e de escravos.
O presidente da mesa teve dificuldades em controlar a reunião, quando então uma
entidade se manifesta no jovem Zélio de Moraes que estava sentado a mesa juntamente
com os demais mediuns.
A entidade se manifesta e quando é pedido para se identificar responde: "Se querem
um nome, meu nome é Caboclo das Sete Encruzilhadas".
Nesta época estes espíritos eram proibidos de se manifestarem nos trabalhos espíritas,
pois segundo a interpretação de alguns estudiosos da doutrina, seriam espíritos atrasados
e ignorantes.
O Caboclo das Sete Encruzilhadas se manifesta em defesa deste espíritos, pois haviam
grandes falanges de espíritos que queriam se dedicar em ajudar as pessoas e estavam
sendo impedidos, pelo preconceito existente naqueles dias.
Um medium vidente observa que enxerga trajes sacerdotais no espírito, e o Caboclo das
Sete Encruzilhadas confirma que em uma das suas encarnações foi um jesuíta: Gabriel
Malagrida.
Neste mesmo dia o Caboclo das Sete Encruzilhadas determina a criação de uma nova
religião que seria chamada de umbanda, onde todos os espíritos poderiam se manifestar
livremente, e também diz como seriam realizados os trabalhos.
No dia seguinte (16 de Novembro de 1908) é realizado o primeiro trabalho de umbanda
na casa de Zélio de Moraes.
Além do Caboclo das Sete Encruzilhadas outra entidade se manifesta Pai Antonio
(Preto Velho) e ambos iniciam com Zélio de Moraes este trabalho maravilhoso.
Neste mesmo dia é fundada a primeira tenda de Umbanda do Brasil, a Tenda Espírita
de Nossa Senhora da Piedade.
Você encontra na área de download o estatuto da Tenda, não deixe de dar uma lida.
Para conhecer um pouco mais sobre o missionário Gabriel Malagrida recomendamos a
leitura do romance "O Profeta do Castigo Divino" do escritor portugues Pedro
Almeida Vieira.

Aula 4

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Caso tenha alguma dúvida sobre os assuntos abordados nas aulas, utilize o formulário
de contato para esclarecer suas dúvidas.
Esta é a quarta aula virtual ,que corresponde a segunda parte da segunda
aula presencial, é desta forma que os vídeos serão apresentados durante este
curso.
Lembramos que os vídeos demoram alguns minutos para carregarem,
pedimos sua compreensão.

Conhecendo a Tenda Mirim


Em 1920 no Rio de Janeiro, o médium kardecista Benjamin Gonçalves Figueiredo
(26/12/1902 - 03/12/1986), teve a primeira manifestação de uma Entidade que
identificou-se como Caboclo Mirim, que vinha com a finalidade de criar um novo
núcleo de crescimento para a Umbanda.
Assim, toda a família do médium foi chamada a participar. Eram ao todo 12 pessoas que
deram início em 1924 ao que foi chamada a Seara de Mirim.
Após 18 anos, em 1942, foi fundada a Tenda Espírita Mirim, à rua Sotero dos Reis, 101,
Praça da Bandeira; mudou - se, posteriormente, para a rua São Pedro e depois para a
Rua Ceará, hoje Avenida Marechal Rondon, 597.

A "Escola da Vida", fundada pelo Caboclo Mirim, possui uma ritualística diferente das
conhecidas. De acordo com os seus ensinamentos, há iniciados do Primeiro ao Sétimo
grau de iniciação. Estes graus são atribuídos aos médiuns e não às Entidades. Estes
graus estão classificados em tupi-guarani, desta forma:

Bojá-mirim - 1ª grau: Médiuns iniciantes. Estes médiuns estão em desenvolvimento e


devem procurar ensinamentos com os médiuns dos demais graus superiores e se
aperfeiçoarem moralmente, evitando vícios de todas as espécies e desequilíbrios de
qualquer ordem. Devem, ainda, estar firmes em seus propósitos de desenvolvimento,
evitando que sugestões de espíritos inferiores cheguem às suas mentes em forma de
sensação, pois os espíritos inferiores não gostam de iniciantes que se propoem a um
desenvolvimento mediúnico sério para futuramente desfazerem os trabalhos de magia
negra que estes espíritos inferiores teriam feito.

Bojá - 2ª grau: Médiuns de Banco. São os responsáveis pelo descarrego de energias


negativas e pela doação de fluido vital para os espíritos necessitados que passarem pelo
seu corpo durante uma sessão de caridade espiritual. Estes médiuns, assim como os
iniciantes, devem estar atentos aos pensamentos de desestímulo em relação à
continuidade de seu caminho na Umbanda, evitando assim que espíritos inferiores
atrapalhem sua caminhada. Devem ser assíduos, estando na sua tenda sempre que
possível para prestarem sua caridade.

Bojáguaçu - 3ª grau: Médiuns de Terreiro. São médiuns passistas. Este grau é uma
grande mudança em relação às responsabilidades do médium no Terreiro, pois o
médium deve saber aplicar um passe, a forma ideal de aplicá-lo, e os devidos resguardos
antes da sessão.

Abaré-mirim - 4ª grau: Sub-chefes de Terreiro São médiuns que, além de já estarem


firmes no passe e com conhecimento suficiente sobre a dinâmica das sessões e passarão
a tomar conta do terreiro, orientando os médiuns de graus anteriores.

Abaré - 5ª grau: Chefes de Terreiro São médiuns que devem orientar os médiuns de
graus anteriores sobre como proceder nos passes. Além disso, é neste grau que se inicia
a trajetória do médiun para consultas espirituais. Já dizia o Caboclo Mirim que dar
consulta é perigoso! Não se pode atuar no livre-arbítrio dos outros. Só dê consulta se for
solicitado! Adicionalmente, médiuns deste grau já devem ter responsabilidades com os
demais médiuns de graus anteriores durante as sessões e giras, orientendo-os sempre
que necessário.

Abareguaçu - 6ª grau: Sub-comandante chefe de terreiro São médiuns que estão se


preparando para Escola de Comando. Devem focar em obter experiência da ritualística
dos trabalhos espirituais e se preparar para aprender a comandar sessões.

Morubixaba - 7ª grau: Comandante chefe de terreiro São os médiuns comandantes de


terreiro. São os dirigentes de sessão e devem orientar todos os demais graus.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caboclo_Mirim

Aula 5

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Nesta aula você vai aprender sobre: O Universo e as teorias existentes sobre sua origem
e natureza.
A Matéria e o Espírito
O Aiyê e o Orum.
O que é a matéria? O que é o espírito?
Universum - Representação do Universo gravada em madeira, usada
por Camille Flammarion na obra L'atmosphère: météorologie populaire,
(Paris 1888) - (Coloração de Heikenwaelder Hugo, Viena 1998).

O Universo Umbandista
A Terra é um insignificante ponto azul, e o nosso sol apenas um entre milhões de sóis
de uma pequena galáxia, que é apenas uma entre centenas de milhões de galáxias, onde
se verificam constantes explosões de materiais e gases que vão formar planetas e sóis.
As dimensões e natureza do universo ultrapassam o nosso entendimento.

O Universo Umbandista

A ciência atual tenta de todas as maneiras encontrar uma explicação para o universo e
novas teorias surgem a todo instante.
Não é nossa intenção aprofundarmos em questões teóricas da física.

Eternidade e o Infinito

Para nossos estudos podemos considerar o universo como sendo infinito e eterno.
Em termos espaciais ele é infinito, isto significa, que se pudéssemos nos deslocar para
qualquer direção: para cima, para baixo, para frente, para trás, para esquerda para a
direita; iríamos sempre caminhar e nunca encontraríamos um limite, não estamos
falando do planeta Terra e sim do universo.
Com o desenvolvimento dos telescópios cada vez o homem consegue enxergar mais
longe, mas sempre observa que mais coisas existem além daquele limite; as galáxias, os
buracos negros, os quasares, as estrelas, os planetas, etc...
Em relação ao tempo, uma idéia semelhante se apresenta: A eternidade do tempo.
Se através do nosso pensamento voltarmos no tempo, não conseguiremos encontrar um
limite, da mesma maneira em relação ao futuro.
Através das teorias da física moderna, sabemos que a luz das estrelas, que são
observadas pelos telescópios, demoraram bilhões de anos luz até atingirem nosso
planeta, ou seja, são eventos que foram realizados num passado muito distante e que
devido a sua grandeza podemos até considera-lo eterno, pois em função das nossas
grandezas (tempo de vida do ser humano), bilhões de anos luz é uma eternidade.
Podemos, portanto, considerar o universo, quando comparado com as dimensões
(espaciais e temporais) da realidade humana, como infinito e eterno.
Sabemos que as dimensões espaciais e temporais são interligadas, conforme diz a
Teoria da relatividade; mas o universo Umbandista inclui mais uma dimensão.

A dimensão espiritual

A dimensão espiritual independe do espaço e do tempo da dimensão material, podemos


dizer que se trata de uma dimensão independente, embora exista uma forte interação
entre estas duas realidades: a material (espaço e tempo) e a espiritual.
Podemos afirmar que o universo é formado por dois universos distintos: O universo
material e o universo espiritual.

Òrun e Aiyé

"São duas as denominações que revelam os locais onde se desenvolve todo o processo
de existência: o àiyé indica o mundo físico, habitado por todos os seres, a humanidade
em geral, denominados ara àiyé; o òrun, que é o mundo sobrenatural, habitado pelas
divindades.
Os Orixás, ancestrais e todas as formas de espíritos são denominados ara òrun."
(ORUN e ÀIYÉ - O encontro de dois mundos - José Bensite).

Aula 6

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Nesta aula vários assuntos importantes são abordados:
Deus, Olorun, Zambi
Ondas e Campos
Ondas mento-emocionais ou vibrações espirituais

Monoteísmo

A Umbanda aceita um único Deus, ela não é politeísta.


A Umbanda é monoteísta.
Como a umbanda é uma religião universalista, ela permite que chamemos este Deus,
pelo nome que quisermos.
As palavras servem para que os homens possam se entender, então utilizem as palavras
que quiserem, desde que, expressem as mesmas características.
Como os fundamentos da umbanda foram absorvidos de várias religiões e filosofias,
encontramos vários nomes para o Criador: Olorum, Monã, Tupã, Zambi, Olodumare,
Deus, etc...
Lembramos que na umbanda você poderá usar qualquer uma destas palavras quando se
referir a Deus.
Não é necessário você chamar o criador pelo seu nome africano ou indígena, se você se
sente bem chamando somente por Deus, assim deve fazer; não existem estes
preconceitos dentro da Umbanda; devendo respeitar aqueles que preferem chamá-lo por
Olorum ou Zambi ou Tupã.

Mas afinal, quem é Deus?

A primeira assertiva, é que Deus é o criador.


Deus criou os Orixás, os espíritos, os homens, a natureza, o universo.
Ele é a “força” criadora e mantenedora da vida e do próprio universo.
Ele é único, se não fosse único, haveria milhares de Deuses e a umbanda não aceita esta
tese.
É incriado, ou seja, não foi criado por ninguém, pois se assim não fosse, teríamos outros
seres que teriam a qualidade de criar ao próprio Deus.
Devido a nossa limitação não podemos entender como alguma coisa pode ser incriada,
nesta fase da nossa evolução espiritual somente podemos aceitar.
Deus não é material, ele é eterno e infinito.
Não tem sexo ou raça, pois o sexo e a raça pertencem às limitações da matéria, e Deus
não é material.
Como o ser mais perfeito do universo, ele é a fonte geradora de todas as virtudes e
qualidades.
É justo, é o amor em sua totalidade, é o princípio inteligente (pois se nós pequenas
almas em evolução temos inteligência, o que falar de Deus o criador).
É imutável e por ser único é todo poderoso.
Devido a nossa incapacidade intelectual, espiritual e da nossa limitação sensorial; só
podemos compreender Deus através da descrição de suas qualidades.
Resumindo:

Deus é o criador.
Mantenedor da vida e do universo.
É único.
É todo poderoso.
É infinito e eterno.
Não é material.
Não tem sexo e nem raça.
É incriado. (Não foi criado por ninguém)
É a perfeição, o amor, a inteligência, a bondade e a justiça em sua plenitude.
Se quisermos crescer em termos espirituais, devemos buscar seu entendimento, sua
aproximação em nossas vidas, somente assim conseguiremos evoluir.
Nada existe acima de Deus, ele é o ápice da evolução espiritual, e nunca chegaremos a
ele, pois nunca poderemos nos igualar a Deus.
Se um dia igualássemos a Deus, seriamos outro Deus, e como Deus é único isto nunca
acontecerá.
Aula 7

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Nesta aula é feita uma revisão onde vários assuntos são tratados.
A diferença entre Deus, Oxalá e Jesus é apresentada nesta aula.
Lembramos que caso haja interesse, você poderá agendar um encontro na sala do chat
para esclarecer suas dúvidas diretamente com o Professor.
As dúvidas também podem ser enviadas através do formulário de contato (último item
de cada aula).
Quando for solicitado a escrever algum texto no formulário de contato, procure escrever
textos bem pequenos e concisos, de um ou dois paragrafos.

Oxalá e Jesus

Deus também não é Oxalá e nem Jesus.


Oxalá é um Orixá cósmico (mais a frente falaremos sobre os Orixás) e Jesus é um
espírito de elevada evolução espiritual, responsável pelo sistema solar, e em missão se
encarnou na Terra.
Jesus é um espírito mensageiro de Oxalá.

Deus na visão espírita

Para o Espiritismo, Deus é o Criador do Universo.


Portanto, admite a tese monoteísta.
Contudo, os Espíritos por Ele criado, conforme o grau de evolução alcançado, podem
ser classificados como Espíritos Co-Criadores em plano maior e Espíritos Co-Criadores
em plano menor.
De acordo com o Espírito André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, os Espíritos Co-
Criadores em plano maior "tomam o plasma divino e convertem-no em habitações
cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes e obscuras, gaseificadas ou sólidas,
obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e
milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito
Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a
Eternidade"..."Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco
utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-
Criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia
espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se
exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a Humanidade
Encarnada e a Humanidade Desencarnada". (Xavier, 1977, p.20 a 23).
Aula 08

gilsemar alvarez novo


Campo estrutural e estrutura da matéria são assuntos desta aula.
Devido a complexidade deste assunto, estaremos em breve elaborando um curso sobre
os CAMPOS ESTRUTURAIS.
Neste próximo curso iremos estudar com maiores detalhes as:

a) Formas pensamento
b) Corpo Espiritual/perispírito
c) Colônias espirituais
d) Estruturas atemporais e temporárias
e) Obsessões
f) Egrégoras

Campo Estrutural

O “Campo Estrutural“ é gerado e mantido pela vontade do espírito.


Como exemplo, pedimos que você mentalize, por exemplo, uma estrela.
Neste processo de mentalização, seu espírito plasmou na dimensão espiritual a imagem
de uma estrela.
Esta imagem é mantida pela sua vontade e através das ondas mento-emocionais
emitidas por você.
A esta imagem da estrela chamamos de “Campo Estrutural” de uma estrela e ele existe
na dimensão espiritual.
Se você parar de mentalizar a estrela, ela provavelmente deixará de existir, por isto é
que afirmamos que o espírito gera e mantém o campo estrutural.
É fácil perceber que não é tarefa fácil, para nós que somos espíritos encarnados, manter
um campo estrutural na dimensão espiritual. Veremos a necessidade de grandes esforços
para manter estas estruturas no universo espiritual.
Lembramos que todos os espíritos possuem a capacidade de gerar campos estruturais;
alguns possuem mais habilidades e força, mas todos possuem a capacidade de gerar e
manter os campos estruturais.
As chamadas “formas-pensamento” são um dos tipos de “campos estruturais”
artificiais criados pelos espíritos.
Os campos estruturais são formados a partir das ondas mento-emocionais geradas pelos
espíritos.
Estes campos quando gerados podem ser mantidos, por um único espírito ou por uma
“comunidade” de espíritos, o que normalmente chamamos de egrégoras.
O campo estrutural é mantido por uma intensa onda mento-emocional, dirigida para
aquela finalidade, através da vontade do espírito.
Aquilo que os espíritas chamam de perispírito, nada mais é do que um campo
estrutural, a própria doutrina diz que os espíritos podem mudar a sua “vestimenta
fluídica”( leia-se: podem criar campos estruturais diferentes) na hora que quiserem.

Infinitos campos estruturais

Poderíamos ficar relacionando inúmeros exemplos de campos estruturais, mas


acreditamos que estes são suficientes.
É fácil observar que vivemos dentro de infinitos campos estruturais, os quais acabam
determinando nossas ações.
Algumas pessoas mais “acomodadas” passam suas vidas totalmente “presas” a estes
campos, outras pessoas (aquelas que possuem mais força de vontade) resistem, mudam,
alteram, destroem e criam novos campos estruturais.

A estrutura da matéria

Elemento físico (elemento material mais denso)


Campo etérico
Campo estrutural
Ondas mento-emocionais sustentadoras do campo estrutural

Para os seres vivos a estrutura tem a seguinte configuração:

Elemento físico (corpo material)


Campo etérico (corpo etérico)
Campo estrutural (corpo espiritual)
Ondas mento-emocionais (elo de ligação entre o corpo estrutural e o espírito) Espírito
(indivisível)
Aula 09

gilsemar alvarez novo


Com a intensificação da adição de elementos sudaneses às Casas de Candomblé no séc.
XIX, estas acabaram por dar origem a uma nova religião sincrética brasileira conhecida
como Candomblé de Nação, a qual encerra dentro de si três modelos de culto
relacionados as principais etnias e povos trazidos como escravos para o Brasil: a banto,
a sudanesa nagô e a sudanesa jeje.
O modelo de culto banto é o mais difundido em todo o Brasil, podendo ser encontrado
principalmente nos estados da Bahia, do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Pernambuco,
de Minhas Gerais, de Goiás e do Rio Grande do Sul.
Ele é formado pelas nações Angola, Congo e Muxicongo, cuja principal diferença
reside na língua de origem banto utilizada nos rituais.
Apesar dessa diferença na língua, existe uma grande semelhança entre os rituais, o que
faz com que atualmente alguns pesquisadores considerem todas as nações fundidas na
Nação Angola.
O modelo de culto sudanês nagô é formado pelas nações Ketu (ou Queto), Efã e
Ijexá.
O Candomblé de Nação Ketu é praticado em quase todo o Brasil, principalmente na
Bahia, sendo o que apresenta atualmente a maior divulgação nacional entre todos os
Candomblés de Nação, devido ao grande número de escritores e cantores baianos que
passaram a divulgá-lo.
O Candomblé de Nação Efã é praticado principalmente nos estados da Bahia, Rio de
Janeiro e São Paulo. O Candomblé de Nação Ijexá é praticado principalmente na Bahia.
O modelo de culto sudanês jeje é formado pelas nações Jeje-Fon e Jeje-Mahin.
Tanto o Candomblé de Nação Jeje-Fon quanto o Candomblé de Nação Jeje-Mahin são
praticados principalmente na Bahia, podendo ser encontrados também no Rio Grande do
Sul, em Pernambuco e em São Paulo Contando com a relativa liberdade religiosa dos
séculos XX e XXI, os adeptos dos Candomblés de Nação procuram reproduzir em solo
brasileiro a forma como suas divindades eram cultuadas por seus ancestrais africanos, o
que levou alguns deles a realizarem pesquisas in loco em aldeias e templos na África
para aprenderem os rituais que foram perdidos nas brumas do tempo da escravidão.
Os Candomblés de Nação Angola, Congo e Muxicongo cultuam um deus supremo
chamado Nzambi ou Zambi (também conhecido como Nzambi Mpungu ou
Zambiapongo) e a natureza deificada, personificada nas divindades chamadas Inquices.
Os Candomblés de Nação Ketu, Efã e Ijexá cultuam um deus supremo chamado de
Olorun ou Olodumaré e a natureza deificada, personificada nas divindades chamadas
Orixás.
Apesar de existir na África cerca de 400 Orixás, só alguns tiveram parte do seu culto
preservado no Brasil, em um total que não ultrapassa 40 divindades.
Um fato que chama a atenção é que algumas divindades que originalmente eram
Voduns na África foram adicionadas ao panteão nagô e passaram a fazer parte do ritual,
sendo inclusive consideradas no Brasil como Orixás.
Os Candomblés de Nação Jeje-Fon e Jeje-Mahin cultuam uma deusa suprema
chamada de Mawu e a natureza deificada, personificada nas divindades chamadas
Voduns.
Tais divindades são agrupadas em famílias (Savaluno, Dambirá, Davice, Hevioso, etc.),
as quais se subdividem em linhagens, interligadas entre si por comportamentos,
costumes, gostos e atitudes. Apesar de existir na África cerca de 450 Voduns, a grande
maioria não é cultuada aqui no Brasil.
Dos que aqui são cultuados, somente alguns chegam a ter culto a nível nacional, ficando
a maioria restrita a nível regional.

fonte: Sincretismos religiosos brasileiros


Renato henrique guimarães

Inquices, Orixás e Voduns


Para conhecer melhor este mundo maravilhoso das divindades africanas, estamos
diponibilizando um pequeno trecho (folhas 32 a 39) do livro "Sincretismos Religiosos
Brasileiros - Renato Henrique Guimarães Dias".
Leia com atenção e principalmente verifique os nomes das diversas divindades:

Abrir Tabelas das Divindades (Arquivo em PDF).

Aula 10

gilsemar alvarez novo


Nesta aula veremos os seguintes assuntos:

1)Orixás Primordiais e Antepassados Divinizados


2)Construtores do Universo
3)Formação do Planeta Terra
Na vídeo-aula é citado um mito de Iemanjá que reproduzimos abaixo:

Iemanjá ajuda Olodumare na criação do mundo

Olodumare-Olofim vivia só no infinito,


cercado apenas de fogo, chamas e vapores,
onde quase nem podia caminhar.
Cansado desse seu universo tenebroso,
cansado de não ter com quem falar,
cansado de não ter com quem brigar,
decidiu pôr fim àquela situação.
Libertou as suas forças e a violência
delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se com rochas que nasciam
e abriram no chão profundas e grandes cavidades.
A água encheu as fendas ocas,
fazendo-se os mares e oceanos,
em cujas profundezas Olocum foi habitar.
Do que sobrou da inundação se fez a terra.
Na superfície do mar,junto à terra,
ali tomou seu reino Iemanjá,
com suas algas e estrelas do mar,
peixes, corais, conchas, madrepérolas.
Ali nasceu Iemanjá em prata e azul,
coroada pelo arco-íris Oxumarê.
Olodumare e Iemanjá, a mãe dos orixás,
dominaram o fogo no fundo da Terra
e o entregaram ao poder de Angaju, o mestre dos vulcões,
por onde ainda respira o fogo aprisionado.
O fogo que se consumia na superfície do mundo eles apagaram
e com suas cinzas Orixá Ocô fertilizou os campos,
propiciando o nascimento das ervas, frutos,
árvores, bosques, florestas,
que foram dados aos cuidados de Ossaim.
Nos lugares onde as cinzas foram escassas,
nasceram os pântanos e nos pântanos, a peste,
que foi doada pela mãe dos orixás ao filho omulu.
Iemanjá encantou-se com a Terra
e a enfeitou com rios, cascatas e lagoas.
Assim surgiu Oxum, dona das águas doces.
Quando tudo estava feito
e cada natureza se encontrava na posse de um dos filhos de Iemanjá,
Obatalá, respondendo às ordens de Olorum,
criou o ser humano.
E o ser humano povoou a Terra.
E os orixás pelos humanos foram celebrados.

fonte: Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi

Orixás Primordiais e Antepassados Divinizados


José Beniste no livro "Orun Aiye" nos ensina que: " Os métodos de criação dos Orixás
são desconhecidos, embora alguns sejam revelados em histórias tradicionais de grupos
ou tribos culturais yorubá quando algumas situações fantásticas determinem a
divinização de seus personagens.
Em Iré, Ogum desaparece dentro da terra após matar metade da população; Yansan
desaparece no Rio Niger e se torna a divindade do rio; Yemoja quebra a vasilha da axé
e as águas a levam para o Oceano; Xangô se enforca surgindo depois como um orixa.
Outros relatos revelam personagens em atividades primordiais conjuntas com
Olodumaré, o Ser Supremo: Oxalá, em sua tarefa de criação da Terra e Orunmila,
dispondo seus atributos. Embora haja essa dualidade divina, todos juntos formam o
panteão yorubá com deveres conectados com a Terra e sua plenitude.
Essa dupla visão das divindades faz criar duas formas de estudo: a dos Orixás
Primordiais e a dos Antepassados Divinizados...Devemos considerar que a teogonia
yorubá revela que, no começo, havia somente poucas divindades.
Os Orixás eram reverenciados pelos seus nomes "principais", não havendo referências
a outras facções do mesmo Orixá, aqui no Brasil denominadas de "qualidades de
Orixá...""

Construtores do Universo
A visão da Doutrina dos Sete Reinos Sagrados sobre a natureza dos Orixás coincide,
em parte, com a visão do escritor Roger Feraudy.
"Entendemos que os Orixás são os grandes arquitetos siderais ou construtores do
universo, e nós os seres humanos, devemos a eles nossa evolução intelectual e física.
São também chamados de Hierarquias Criadoras e se ocupam da construção do
Universo. Completaram sua própria evolução em idades e universos pretéritos.
Poderíamos dizer que, em épocas pretéritas, foram indivíduos como nós (guardadas as
devidas situações de cada época, impensáveis para o homem atual).
É preciso saber que orixás não são e portanto não podem incorporar os médiuns, como
alguns cultos africanistas pensam.
Orixás são divindades e também conhecidos como Mensageiros do Senhor ou Luz do
Senhor ou ainda As Sete Emanações do Senhor."

Formação do planeta Terra


Para entendermos o conceito dos Sete Reinos Sagrados (a base da doutrina estudada) é
muito importante conhecermos como foi a formação do nosso planeta.
Segue abaixo um arquivo no padrão PDF, das folhas 37 a 42 da apostila que deu origem
ao livro "Umbanda Os Sete Reinos Sagrados" de Manoel Lopes.
Faça o download e estude com calma para depois poder responder o questionário desta
aula.

Formação do Planeta Terra (arquivo para download)

Para fins didáticos dividiremos o período de formação do planeta Terra em seis fases
distintas:

Primeira fase – fase do fogo


Segunda fase – fase da Terra
Terceira fase – fase do Ar
Quarta fase – fase da água
Quinta fase – fase das matas
Sexta fase – fase da humanidade
Aula 11

gilsemar alvarez novo


Nesta aula continuamos a estudar os Orixás e é apresentado a diferença entre
CAPANGUEIROS E FALANGEIROS dos Orixás.
Na sequência são apresentados os sete reinos com suas principais características.
O primeiro dos sete reinos é o reino do fogo e o Orixá que vibra neste reino é Ogum.

ORAÇÃO A OGUM

O fogo é vosso elemento natural e é com ele que transformais as nossas vidas e nosso
íntimo.
Renovai as nossas almas, forjai-as para que estejamos prontos para vivermos a
verdadeira felicidade!
Salve Ogum, guerreiro de Oxalá.
Orixá que abençoa seus filhos e os filhos de seus filhos.
Pai destemido, Senhor da espada de fogo que corta todas as demandas e conduz os que
ama aos caminhos da prosperidade.
Que em meus caminhos, possa eu, filho seu, merecer as vossas Bênçãos:

a espada que me encoraja,


o escudo que me defende
e a bandeira que me protege.

Meu Pai Ogum


Não me deixe cair
Não deixe tombar
Não me deixe sofrer

PATACURI OGUM

OGUM NHÊ

Os Sete Reinos Sagrados


Como estudamos anteriormente, o planeta Terra levou aproximadamente de 4 a 5
bilhões de anos para chegar até as condições atuais.
Para efeito de estudos dividimos este longo período em seis fases, a saber:

1) Primeira fase – reino do Fogo


2) Segunda fase – reino da Terra
3) Terceira fase – reino do Ar
4) Quarta fase – reino da Água
5) Quinta fase – reino das Matas
6) Sexta fase – reino da Humanidade
Além destas seis fases, que foram estudadas quando discutimos a formação do planeta
Terra, acrescentamos mais uma fase, que chamamos de reino das Almas.
Ficamos então com os sete reinos:

Fogo, Terra, Ar, Água, Matas, Humanidade e Almas

Este último reino que foi adicionado aos demais reinos corresponde a dimensão
espiritual.
É nele que encontramos todos os espíritos, eguns, orixás, entidades, etc...
É para este reino que todos caminhamos, quando a evolução espiritual atingir
determinado grau, iremos nos libertar das amarras da “carne”, e o reino das almas, será
a nossa morada.
Naturalmente, que estamos envolvidos com todas as “energias”, destes sete reinos.
Estas energias podem ser percebidas, em todos os lugares, e em todas as situações sejam
elas quais forem.
É muito importante que o Umbandista entenda, que todos os processos que ocorrem no
planeta Terra, em termos materiais e espirituais, é fruto de ações oriundas destes sete
tipos de “energias”.
Quando estudarmos a magia da Umbanda, aprenderemos como utilizar as “forças”
destes reinos.
A palavra “energia” não é a melhor palavra para identificar estas forças, no momento
estamos utilizando para facilitar a compreensão, talvez fosse melhor utilizarmos a
expressão “informação”, quando nos referirmos a estes reinos.

Os sete reinos e os orixás

Para cada reino associaremos um Orixá responsável por aquele reino.

Reino do Fogo – Orixá Ogum (impulso inicial)


Reino da Terra – Orixá Xangô (senhor das pedreiras)
Reino do Ar – Orixá Iansã (rainha dos ventos)
Reino da Água – Orixá Iemanjá (rainha das águas)
Reino das Matas – Orixá Oxossi (rei das matas)
Reino da Humanidade – Orixá Oxalá (criador e responsável pela humanidade)
Reino das Almas – Orixá Omulu (senhor das almas)

A doutrina dos Sete Reinos Sagrados não limita a quantidade de Orixás.


Sabemos que na sua origem africana, eram cultuados centenas de orixás; quando o culto
dos orixás foi trazido para o Brasil esta quantidade foi limitada a 16 ou 21 orixás.
A doutrina apresenta como Orixás regentes, aqueles de maior expressão; mas não existe
uma limitação do número de Orixás em cada reino.
Por exemplo, no reino das águas: podemos identificar e “trabalhar” com as “energias”
dos orixás: Oxum, Iemanjá, Nanã; todas pertencentes ao reino da água.
Aula 12

gilsemar alvarez novo


Detalhando os Sete Reinos
Nesta aula iremos nos aprofundar no estudo dos sete reinos.
Cada reino é detalhado e suas características comentadas na vídeo-aula.
Magia e astrologia são assuntos citados nesta aula.

Os sete reinos e os orixás

Reino do Fogo – Orixá Ogum (impulso inicial)


Reino da Terra – Orixá Xangô (senhor das pedreiras)
Reino do Ar – Orixá Iansã (rainha dos ventos)
Reino da Água – Orixá Iemanjá (rainha das águas)
Reino das Matas – Orixá Oxossi (rei das matas)
Reino da Humanidade – Orixá Oxalá (criador e responsável pela humanidade)
Reino das Almas – Orixá Omulu (senhor das almas)

Prece a Iemanjá

Poderosa força das águas.


Inaê, Janaína, Sereia do Mar.
Saravá minha Mãe Iemanjá!
Leva para as profundezas do teu mar sagrado.
Odoiá... Todas as minhas desventuras e infortúnios.
Traz do teu mar todas as forças espirituais para alento de nossas necessidades.
Paz, esperança, Odofiabá...
Saravá, minha Mãe Iemanjá!
Odofiabá...

As cores e os sete reinos


Para cada reino associamos uma cor, de acordo com a manifestação desta “energia” na
natureza, ou através do conhecimento adquirido através dos mitos.

Reino do Fogo – Orixá Ogum – Vermelho


Reino da Terra – Orixá Xangô – Marrom
Reino do Ar – Orixá Iansã – Amarelo
Reino da Água – Orixá Iemanjá – Azul (Iemanjá: azul claro, Oxum: azul escuro, Nanã:
Roxo)
Reino das Matas – Orixá Oxossi – Verde
Reino da Humanidade – Orixá Oxalá – Branco
Reino das Almas – Orixá Omulu – Preto
Não estranhem a relação acima, sabemos que existem muitas variantes sobre esta
questão, mas para que o umbandista reflita sobre este assunto, lembramos que usamos
como orientação a formação do planeta Terra.

Qualidades dos sete reinos da umbanda


1) Reino do Fogo – Orixá regente Ogum – cor vermelha - Iniciativa

Criação, nascimento, sexo, impulso, iniciativa, luz, calor, rompimento, manutenção,


destruição, guerreiros, guerra, cores, tudo que é vermelho, sangue, ódio, paixão,
incêndios, bombeiros, velas, queimaduras, ferro, espadas, lanças, escudos, liderança,
manutenção da ordem, manutenção da vida, rosas vermelhas, espada de ogum (planta),
agressão, princípio, proteção, febre, coração, soldados, militares, exercito, solda, faísca,
eletricidade, ondas eletromagnéticas, sol, temperatura, planeta marte, salamandras,
brigas, caminhos.

2) Reino da Terra – Orixá regente Xangô – cor marrom – Estrutura

Corpo físico, escola, educação, controle, juizes, leis, regras, justiça, rochas, pedras,
cristais, tudo o que é marrom, estrutura, esqueleto, poeira, areia, barreiras, obstáculos,
construções, vias, montanhas, pedreiras, rosas amarelas, espada de xangô (planta),
machado, prisão, restrição, muros, vasilhames, moveis, imóveis, casa, paredes, balança,
contato físico, lentidão, suporte, Karma, Lei de ação e reação, solidez, destino, algemas,
ligações fortes, nêutron, minerais, metais, limitação, limites, exercito, agricultores,
fazendas, mineradores, sal grosso, sustentação, construtores, aparência, comportamento,
fórum, organização.

3) Reino do Ar – Orixá regente Iansã – cor amarela – Expansão

Mente, pensamentos, rapidez, brincadeira, som, musica, cantores, orquestras,


comunicação, ventanias, a fala, voz, canto, brisa, tempestade, raios, pedreiras, tudo que
é amarelo, oxigênio, respiração, sufocamento, expansão, planeta mercúrio, crescimento,
incensos, aromas, perfumes, movimento, tv, radio, livros, imprensa, revistas, fofocas,
gritaria, harmonia, dualidade, poeira, crianças, adolescentes, correria, atmosfera, espada
de Iansã (planta), furacão, maremotos, cheiros, aroma das flores, mantém a paixão,
mantém o fogo, janelas, ar, gases, fumaça, defumação, comunicados, sinos, violão,
instrumentos musicais, rojões, trovões, explosões.

4) Reino da Água – Orixá regente Iemanjá – cor azul claro – Adaptabilidade

Emoções, água, mãe, mar, tudo que é azul, emocional, sal marinho, fertilidade,
nascimento, gravidez, bebidas, leite, banhos, chuvas, rios, lagoas, cachoeiras, cascatas,
flores brancas, perfumes, tintas, líquidos corporais, lagrima, urina, sangue, linfa, suor,
adaptabilidade, aceitação, ondas, mares, amor , amor materno, beleza, mulheres,
adultas, jovens, e velhas, avó, irmã, tia, amigas, remédios líquidos, lua, prata,
menstruação, rins, útero, bexiga, artérias, saliva, gosto, peixes, golfinhos, baleias,
navios, marinha, pescadores, marinheiros, praia, areia, suavidade, sensualidade,
elegância, charme, fases, períodos, família, delicadeza, explosões emocionais, calmaria,
maremotos.
continua na próxima aula...

Aula 13

gilsemar alvarez novo


Nesta aula iremos estudar um assunto muito importante: As Sete Linhas da Umbanda.
A primeira codificação das sete linhas da umbanda.

Os Signos, os elementos e os sete reinos sagrados

Quando olhamos para o céu e vemos o movimento dos astros, temos a impressão de que
a Terra é fixa e todo o universo se move em torno de nós. Sabemos que essa visão é
falsa, mas é exatamente assim que o astrólogo retrata, num horóscopo, o panorama
celeste de um momento natal.
Para os astrólogos, o trecho mais importante do céu é o zodíaco. Podemos imagina-lo
como uma faixa por onde caminham sempre as mesmas constelações, ou grupos
estelares, que por isso mesmo são chamadas “constelações zodiacais”.
A seqüência dos signos é: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra,
Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
Para cada signo é associado um elemento.
Cada signo é associado a um elemento.

Áries – Fogo Touro – Terra Gêmeos – Ar Câncer – Água

A seqüência dos quatro elementos

O ciclo dos quatro elementos se repete, na mesma seqüência: Fogo, Terra, Ar e Água.
Aqui levantamos uma questão.
Repare na seqüência dos elementos: fogo, terra, ar e água.
É a mesma seqüência apresentada na doutrina dos sete reinos sagrados.
Áries é o início do Zodíaco, é a força inicial, o impulso inicial e pertence ao elemento
Fogo.
Será pura coincidência? Ou esta seqüência representa exatamente a criação do planeta,
como descrevemos anteriormente? Será a seqüência da criação do Universo?
Esta questão fica para a reflexão do umbandista.

A primeira codificação das sete linhas da umbanda

Vamos voltar um pouco na história do movimento Umbandista.


Em 1928, Leal de Souza propôs a primeira tentativa de se codificar a Umbanda.
Leal de Souza era amigo de Zélio de Moraes, e durante 10 anos foi participante ativo da
Tenda Nossa Senhora da Piedade, a primeira Tenda de Umbanda do Brasil.
Somente se afastou da Tenda Nossa Senhora da Piedade, por ordem do Caboclo das
Sete Encruzilhadas, para fundar a Tenda Nossa Senhora da Conceição, uma das 7
primeiras Tendas de Umbanda do Brasil.
Leal de Souza viveu todos estes anos junto ao Caboclo das Sete Encruzilhadas,
pesquisando e estudando tudo o que acontecia dentro dos Terreiros de Umbanda.
Leal de Souza era poeta, jornalista e escritor, escreveu durante alguns anos, vários
artigos sobre a umbanda e o espiritismo, para o Diário de Notícias, da antiga Capital
Federal.
Era um “especialista” na Umbanda, pois conviveu, observando e estudando durante
muitos anos, os rituais de umbanda.
Observando as manifestações das entidades nos vários terreiros daquela época, ele
propôs as sete linhas da Umbanda:

Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iansã, Iemanjá, As Almas

Se o Umbandista reparar, perceberá que as sete linhas propostas na primeira codificação


da Umbanda, coincide exatamente com os sete reinos:

Ogum, Xangô, Iansã, Iemanjá, Oxossi, Oxalá e Almas

O que mudou foi a seqüência dos reinos, mas as características são as mesmas.
Será pura coincidência?

Nesta aula iremos estudar um assunto muito importante: As Sete Linhas da Umbanda.
A primeira codificação das sete linhas da umbanda.

Os Signos, os elementos e os sete reinos sagrados

Quando olhamos para o céu e vemos o movimento dos astros, temos a impressão de que
a Terra é fixa e todo o universo se move em torno de nós. Sabemos que essa visão é
falsa, mas é exatamente assim que o astrólogo retrata, num horóscopo, o panorama
celeste de um momento natal.
Para os astrólogos, o trecho mais importante do céu é o zodíaco. Podemos imagina-lo
como uma faixa por onde caminham sempre as mesmas constelações, ou grupos
estelares, que por isso mesmo são chamadas “constelações zodiacais”.
A seqüência dos signos é: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra,
Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.
Para cada signo é associado um elemento.
Cada signo é associado a um elemento.

Áries – Fogo Touro – Terra Gêmeos – Ar Câncer – Água

A seqüência dos quatro elementos

O ciclo dos quatro elementos se repete, na mesma seqüência: Fogo, Terra, Ar e Água.
Aqui levantamos uma questão.
Repare na seqüência dos elementos: fogo, terra, ar e água.
É a mesma seqüência apresentada na doutrina dos sete reinos sagrados.
Áries é o início do Zodíaco, é a força inicial, o impulso inicial e pertence ao elemento
Fogo.
Será pura coincidência? Ou esta seqüência representa exatamente a criação do planeta,
como descrevemos anteriormente? Será a seqüência da criação do Universo?
Esta questão fica para a reflexão do umbandista.

A primeira codificação das sete linhas da umbanda

Vamos voltar um pouco na história do movimento Umbandista.


Em 1928, Leal de Souza propôs a primeira tentativa de se codificar a Umbanda.
Leal de Souza era amigo de Zélio de Moraes, e durante 10 anos foi participante ativo da
Tenda Nossa Senhora da Piedade, a primeira Tenda de Umbanda do Brasil.
Somente se afastou da Tenda Nossa Senhora da Piedade, por ordem do Caboclo das
Sete Encruzilhadas, para fundar a Tenda Nossa Senhora da Conceição, uma das 7
primeiras Tendas de Umbanda do Brasil.
Leal de Souza viveu todos estes anos junto ao Caboclo das Sete Encruzilhadas,
pesquisando e estudando tudo o que acontecia dentro dos Terreiros de Umbanda.
Leal de Souza era poeta, jornalista e escritor, escreveu durante alguns anos, vários
artigos sobre a umbanda e o espiritismo, para o Diário de Notícias, da antiga Capital
Federal.
Era um “especialista” na Umbanda, pois conviveu, observando e estudando durante
muitos anos, os rituais de umbanda.
Observando as manifestações das entidades nos vários terreiros daquela época, ele
propôs as sete linhas da Umbanda:

Oxalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Iansã, Iemanjá, As Almas

Se o Umbandista reparar, perceberá que as sete linhas propostas na primeira codificação


da Umbanda, coincide exatamente com os sete reinos:

Ogum, Xangô, Iansã, Iemanjá, Oxossi, Oxalá e Almas

O que mudou foi a seqüência dos reinos, mas as características são as mesmas.
Será pura coincidência?
Aula 14

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Continuamos a estudar as vibrações de cada um dos sete reinos.
Entre os reinos estudados nesta aula está o reino do AR.
O reino do Ar é o terceiro reino e tem como Orixá Regente Iansã.

Iansã foge ligeira e transforma-se no vento

Iansã tinha muitas jóias, que usava com orgulho.


Uma ocasião resolveu sair de casa,
mas foi interpelada por seus pais.
Disseram que era perigoso sair com tantas jóias
e a impediram de satisfazer seu desejo.
Oiá, furiosa, entregou suas jóias a Oxum
e fugiu voando, rápida, pelo teto da casa,
arrasando tudo o que atravessasse seu caminho.
Oiá tinha se transformado no vento.

Continuamos a estudar as vibrações de cada um dos sete reinos.


Entre os reinos estudados nesta aula está o reino do AR.
O reino do Ar é o terceiro reino e tem como Orixá Regente Iansã.

Iansã foge ligeira e transforma-se no vento

Iansã tinha muitas jóias, que usava com orgulho.


Uma ocasião resolveu sair de casa,
mas foi interpelada por seus pais.
Disseram que era perigoso sair com tantas jóias
e a impediram de satisfazer seu desejo.
Oiá, furiosa, entregou suas jóias a Oxum
e fugiu voando, rápida, pelo teto da casa,
arrasando tudo o que atravessasse seu caminho.
Oiá tinha se transformado no vento.

Aula 15

gilsemar alvarez novo


A criação e evolução do espírito
Nesta aula iremos estudar:

1) A natureza do espírito
2) A natureza do mundo espiritual (Orun)
3) A evolução espiritual
4) As Mônadas
5) Os elementais
6) Os elementares
7) As alma grupo
8) Os espíritos
9) A angelitude

Começamos esta aula discutindo sobre a natureza do espírito.


Segue abaixo a visão espírita sobre os espíritos:

1. ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS

Os Espíritos são seres inteligentes da Criação; povoam o Universo. Foram criados por
Deus, porém quando e como ninguém sabe. São eles individualização do princípio
inteligente, como os corpos são do princípio material. Sua Criação é permanente, isto é,
Deus jamais deixou de os criar, mas sua origem ainda constitui mistério. O que sabemos
é que a existência dos Espíritos não tem fim.

2. MUNDO NORMAL PRIMITIVO

Os espíritos são inteligências incorpóreas que formam um mundo à parte – o mundo dos
Espíritos. Embora seja o mundo dos Espíritos independente do mundo corporal, existe
perfeita correlação entre ambos, portanto reagem um sobre outro. Daí porque os
Espíritos estão por toda parte servindo de instrumento de que Deus se utiliza para a
execução de seus desígnios.

3. FORMA E UBIQÜIDADE DOS ESPÍRITOS

Os Espíritos não têm forma determinada, a não ser para eles próprios. Uma chama, um
clarão ou uma centelha podem definir o Espírito. Essa chama ou clarão, que vai do
colorido escuro e opaco a uma cor brilhante, qual a do rubi, é inerente ao seu grau de
adiantamento. Os Espíritos percorrem o espaço com a rapidez do pensamento e podem,
se o quiserem, inteirar-se da distância percorrida. A matéria não lhes opõe obstáculo:
passam através de tudo. Quanto ao chamado dom da ubiqüidade, o Espírito não pode
dividir-se, ou existir em muitos pontos ao mesmo tempo. Ocorre, entretanto, que cada
um é um centro de irradiação para diversos lugares diferentes, como o Sol irradia para
todos os recantos da Terra sem dividir-se. A força de irradiação de cada Espírito
depende do grau de sua pureza.

fonte: ABC do Espiritismo - Victor Ribas Carneiro


Aula 16

gilsemar alvarez novo


Chegamos a última aula e o conteúdo desta aula é muito abrangente.
Vários assuntos são apresentados nesta aula, procure assistir com bastante atenção.
Após concluir esta última aula você poderá seguir para a próxima "aula" (17), que na
realidade é somente uma página para gerar seu CERTIFICADO DE CONCLUSÃO.
Lembramos que após gerar o CERTIFICADO DE CONCLUSÃO seu acesso ao curso
será bloqueado, portanto somente após concluir totalmente o curso gere seu
CERTIFICADO DE CONCLUSÃO.
Para nós é muito importante saber sua opinião, por favor utilize o formulário para enviar
suas conclusões finais sobre este curso a distância.
Outros cursos já estão sendo elaborados e em breve estaremos divulgando.
Incluimos como material de download somente arquivos que se encontram em domínio
público, mas atualmente existe na Internet varios sites especializados em livros
eletrônicos, onde podemos encontrar varios livros interessantes.
Aqueles que quiserem pesquisar podem encontar muito material interessante em
http://www.scribd.com

Os sete graus da iniciação umbandista.

Para efeito da ritualista podemos classificar os sete graus da seguinte maneira:

1º grau de iniciação – Ogum - Abaré Tatá

É o impulso inicial, a iniciativa, a força para vencer os obstáculos e iniciar uma nova
vida. É o início da vida do umbandista dentro do Terreiro.

2º grau de iniciação – Xangô - Abaré Yby

É a lei, a estrutura, as regras. Neste grau o umbandista já venceu a fase de ogum e agora
passa a conhecer as leis da Umbanda e do seu Terreiro.

3º grau de iniciação – Iansã - Abaré Ybytu

É a expansão, o crescimento, sua mente se abre, novas idéias surgem.

4º grau de iniciação – Iemanjá - Abaré Y

É a adaptabilidade. O umbandista se adapta com facilidade em qualquer situação, ele


transita com mais naturalidade dentro das varias religiões e filosofias, seus
conhecimentos e sua vivência o tornam mais “adaptável”.

5º grau de iniciação – Oxossi - Abaré Caá

É a individualidade do caçador. O umbandista se identifica como uma individualidade,


se sente respeitado pelo estágio que atingiu, tem segurança para trilhar qualquer
caminho, não tem medo da solidão e do futuro.

6º grau de iniciação – Oxalá - Abaré Abá

É a fé e o livre arbítrio. É o umbandista vivendo dentro da sociedade, exercendo o livre


arbítrio e assumindo suas conseqüências. Neste grau ele já tem condições de escolher
seus caminhos sozinhos.

7º grau de iniciação – Omulu - Abará Anga

É a transcendência, a regeneração. É o conhecimento pleno da espiritualidade, da magia,


da vida e da morte. É o grau máximo.

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