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MONITOR ATIVO DE PARTÍCULAS

Detector a Laser de Alta Sensibilidade

MANUAL DE FUNÇÃO

STRATOS MICRA 100


Sumário

Introdução 03
Tipos de detetores 04
Controles e indicadores 05
Programação eFunção do Stratos Micra 100 06
Design dos tubos de coleta de amostras 10
Instalação 12
Instalação elétrica 12
Log de eventos 12
Conexão com um PC 13
Manutenção 14
Eliminação de defeitos 14
O que você deve e o que não deve fazer 15
Especificações 16

A reprodução deste documento é terminantemente proibida, a não ser com permissão expressa por escrito da
ACECO, representante exclusivo da AirSense Technology Ltd.

No interesse do aperfeiçoamento permanente do produto, a ACECO TI / AirSense Technology Ltd. se


reservam o direito de modificar ou atualizar as especificações sem prévio aviso.

Stratos Micra 100, Stratos Micra 25, Stratos-HSSD, Stratos-Quadra, SenseNET, FastLeam e ClassiFire são
marcas registradas da AirSense Technology Ltd.

Copyright © 1999-2000 AirSense Technology Ltd.

Introdução

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O Stratos Micra100 é um produto altamente sofisticado da “próxima geração” de Detecção de Fumaça
por Aspiração, de Alta Sensibilidade, projetado para garantir a maior simplicidade de instalação e
colocação em funcionamento, otimizando ao mesmo tempo o desempenho.

O Stratos incorpora uma “inteligência artificial” patenteada, conhecida como ClassiFire ®, que permite
ao detetor se autoconfigurar para qualquer ambiente, de modo a otimizar a sensibilidade e os limiares
de alarme, com um mínimo alarmes indesejáveis.

A inteligência ClassiFire também monitora a câmara de detecção e o separador de poeira para


verificar a presença de contaminação, ajustando permanentemente os parâmetros operacionais
apropriados de modo a neutralizar os efeitos negativos da contaminação.

O Stratos tem a característica exclusiva de proporcionar um nível constante de proteção em uma


ampla variedade de ambientes, fazendo permanentemente pequenos ajustes de sensibilidade.

O Stratos demonstrou muitas vezes a sua eficiência, detectando princípios de incêndio em condições
diversas causados por sobrecargas elétricas de crescimento lento, em ambientes “difíceis”.

Este equipamento é da Classe 111, conforme definido na Norma EN60950 (i.e., ele é projetado para
operar com Voltagens de Segurança Extremamente Reduzidas e não gera voltagens perigosas).

Como este equipamento é parte de um sistema de detecção de incêndios, ele deve ser alimentado por
uma fonte de alimentação aprovada, que atenda à Norma EN54-4.

A AirSenseTechnology envidou o máximo esforço para assegurar que a instalação do Stratos seja a
mais simples possível, mas em caso de qualquer dificuldade entre em contato com a nossa Help Line
para assegurar que a instalação e operação transcorram sem qualquer problema.

A AirSenseTechnology não assume responsabilidades por danos materiais ou pessoais, se o usuário


não instalou e operou o equipamento de acordo com estas instruções.

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1. Tipos de Detetores

1.1 Detetor Padrão

O detetor padrão é geralmente utilizado quando não há necessidade do controle central de vários
detetores. O detetor padrão é normalmente equipado com um display de cristal líquido de duas linhas
para a programação da unidade. Sem este display, o detetor tem que ser programado através de um PC
conectado com uso de software ou através de conexões RS 485, usando o SenseNET, o controle e o
software de display da AirSense Technology instalado numa estação da rede ou, por um Stratos
equipado com módulo de comando.

1.2 Módulo de Comando

1.3 Stratos Micra 100

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1.4 Stratos Micra 25

Quando vários detetores estão conectados em rede (com até 127 detectores), pode ser usado um
Módulo de Comando para enxergar todos os detetores e fornecer um ponto central para a
programação, o diagnóstico corrente e conexões com PC e com um painel de incêndio.

O Módulo de Comando pode ser montado dentro de um detetor ou como uma unidade independente
com sua própria carcaça. Se os detetores conectados ao Módulo de Comando estiverem instalados em
diferentes zonas de incêndio, o Módulo de Comando deverá ser montado na sua própria carcaça com
fonte de alimentação independente, para atender às Normas BS5839 e EN54.

A programação do Módulo de Comando é muito semelhante à programação de um detetor; a principal


diferença é que o Módulo de Comando tem funções adicionais para controlar todos os detetores
Stratos conectados ao loop de detetores.

2. Controles e Indicadores

1 Fire. Acende quando ocorrer um alarme de princípio de incêndio, a partir do nível 8.


2 Fault. Acende quando ocorrer um defeito na unidade e um sinal de defeito está sendo transmitido para o
painel de designado no projeto.
3 OK. Acende para indicar operação normal sem defeitos.

3. Programação e Função do Stratos Micra 100


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O programador do Stratos Micra 100 permite que a programação e configuração da unidade seja
efetuada sem abrir a carcaça do detetor, utilizando a porta RS485 conectado a um Notebook
(exemplo).

3.1 Código de Acesso de Engenharia

Para poder fazer a programação do parâmetro do detetor, o usuário tem que introduzir o Código de
Acesso de Engenharia. O código de acesso só é válido enquanto o usuário estiver em modo de
programação. Ele terá que ser introduzido novamente se o usuário sair do modo de programação, se o
detetor for desligado.

Para entrar no modo de programação, a unidade consiste em exibir o prompt Access code:0000,
solicitando o código de acesso de engenharia. O código de acesso padrão condicionado na fábrica é
0102.

O menu Log: Permite ao usuário visualizar informações históricas, como o log de eventos ( data e
hora dos diversos eventos, como alarmes ou condições de erro ).

O menu de Diagnóstico: Contém diversos auto-testes do detetor.

Reset : Limpa todas as indicações de defeito ou sai de um menu do item para o seu menu antecessor.

Exit : Provoca a saída do modo de programação.

3.2 Hora e Data (Numérica)

É importante ajustar corretamente a hora e data no calendário/relógio interno do controlador, porque


esta informação é utilizada para a alternância entre dia e noite e para armazenar eventos “Log de
Eventos”. Salvo pedido expresso em contrário, os detetores saem da fábrica ajustados para a hora
correta no Reino Unido. Esta informação é sustentada por uma bateria recarregável.

3.3 Níveis de alarme (Numérica)

O valor ajustado pelas funções Pre Alarm level, Fire 1 level e Aux level no menu Alarm levels é o
nível de gráfico de barra em escala relativa, no qual é disparado o alarme apropriado.
Obs : Os contatos Pre Alarm Level, Aux Level, são opcionais, ou seja, deverá ser adquirida na compra
do equipamento.

3.4 Retardos de alarme (Numérica)

O retardo de alarme é o número de segundos durante o qual o gráfico de barras tem que ser percebido
continuamente no nível de alarme ou acima dele, antes de ser disparado o alarme. Cada nível de
alarme tem um retardo programável entre 0 e 90 segundos.

3.5 Fator de alarme ClassiFire® (Numérica)

Esta função determina a sensibilidade absoluta do detetor, o que também afetará a probabilidade de
alarmes indesejáveis. 0 = grande sensibilidade, maior probabilidade; 5 = sensibilidade menor,
probabilidade menor.

 Observação: O ajuste de sensibilidade mais alta é apropriado para áreas limpas com controle
ambiental, p.ex., as salas limpas para fabricação de semicondutores, nas quais os poluente em

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suspensão no ar são mantidos em um nível mínimo absoluto, e qualquer contaminação, por menor
que seja, é motivo de preocupação.
O uso deste ajuste em uma oficina mecânica movimentada poderia produzir alarmes indesejáveis
relativamente frequentes, devido à variação normal da poluição atmosférica; neste caso, recomenda-
se o ajuste para uma sensibilidade menor. Portanto, é importante escolher um fator de alarme
apropriado para a área a ser protegida. Se tiver sido selecionado o fator de alarme apropriado para
a área a ser protegida, o número de alarmes indesejáveis será mínimo.

A tabela abaixo mostra o ajuste sugerido para o nível de alarme ClassiFire em diferentes locais.

Fator de Sensibilidade Probabilidade de Área protegida sugerida


Alarme alarme indesejável
0 Extremamente Uma vez por ano Sala limpa de fabricação
elevada de semicondutores
1 Uma vez a cada Sala de computadores
5 anos
2 Uma vez a cada Escritório onde é proibido
10 anos fumar
3 Uma vez a cada Fábrica limpa
50 anos
4 Média Uma vez a cada Armazém
1000 anos
5 Média Uma vez a cada Armazém onde operam empi-
5000 anos lhadeira e caminhões

3.6 Hora de início da operação diurna e noturna (Numérica)

Estes valores indicam a hora, aproximada para hora inteira, na qual se deseja iniciar a alternância entre
operação diurna e noturna. As entradas devem ser feitas no formato de 24 horas, ou seja, 7 horas da
noite deve ser representado como 19:00. Se não for desejada alternância entre dia e noite, ambas as
entradas devem ser 00:00. A alternância entre operação diurna e noturna é desejável em alguns
ambientes para que o detetor possa selecionar automaticamente uma sensibilidade diferente quando
não há pessoas na área protegida e estão presentes menos contaminantes. O ClassiFire deteta
automaticamente a variação do nível de fumaça depois que as pessoas deixam a área protegida, e se a
hora em que isto ocorre está dentro de 70 minutos a partir da hora de transição programada, ele
selecionada o histograma noturno. Note-se que se o ambiente ficar na realidade mais contaminado
durante o período noturno, por algum motivo, o ClassiFire se adaptará a esta circunstância, reduzindo
a sensibilidade durante a noite.

3.7 Habilitar o LDDTM (Sim/Não)

Quando esta função for condicionada para a opção Sim, a Discriminação de Poeira por Laser (LDD)
aumenta ligeiramente o tempo de resposta do detetor, e ao mesmo tempo reduz muito a probabilidade
de alarmes indesejáveis devido à entrada de poeira. Em salas muito limpas, pode-se desabilitar o LDD
selecionando a opção Não, com o que se obterá uma resposta um pouco mais rápida à fumaça. Não se
recomenda desabilitar o LDD para áreas que não sejam ambientes limpos, pois isto aumenta a
probabilidade de alarmes indesejáveis em muitos outros ambientes operacionais.

3.8 Start/Stop FastLearn (Sim/Não)

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Se o detetor estiver em modo FastLearn (Aprendizagem Rápida), o condicionamento desta função
para a opção Não irá parar o processo FastLearn. A AirSense Technology Ltd. não recomenda e nem
suporta o uso da função para esta finalidade.

O condicionamento desta função para a opção Sim iniciará um FastLearn a qualquer tempo. O display
de gráfico de barras na parte frontal do detetor mostrará um display de segmentos rolantes no painel
frontal, durante os quinze minutos necessários para executar o processo.

O painel fica piscando por cerca 15 minutos FastLearn 15 e depois fará uma contagem regressiva dos
minutos até que o FastLearn tenha sido concluído.

 Observação: São necessárias 24 horas após o FastLearn para ser atingida a sensibilidade plena, a não
ser que tenha sido iniciado o Modo de Demonstração. Para o funcionamento correto do detetor, é
essencial que o detetor não fique no modo de Demonstração, e que ele possa completar o período de
aprendizagem de 24 horas. Para cancelar o modo de Demonstração, ajuste esta função para Sim, ou
desligue o detetor e torne a ligá-lo para iniciar o modo FastLearn.

3.9 Habilitação/desabilitação Automática do FastLearn (Sim/Não)

Esta função é condicionada, como padrão, para a opção Sim. Isto garante que, se o detetor for
desligado por qualquer motivo (p.ex., para manutenção ou transferência para uma outra área), será
iniciado automaticamente um FastLearn quando o detetor for religado. Poderá haver casos em que se
quer desligar o detetor por um curto período, sendo provável que os níveis de contaminação ambiental
serão os mesmos quando o detetor for religado. Em tais circunstâncias, pode não ser desejável que o
detetor repita todo o processo de aprendizagem. Com este objetivo, a função pode ser condicionada
para a opção Não antes do desligamento, e então o detetor voltará aos ajustes anteriores ao ser
religado.

3.10 Inibir retardo de tempo (Numérica)

Se esta função for ajustada para a opção Sim, o detetor irá ignorar todos os tempos de retardo pré-
definidos no caso de um aumento rápido e inaceitável da densidade de fumaça, minimizando assim o
tempo de resposta a incêndios de “evolução rápida”. Normalmente, só se usa esta função quando
estiverem programados longos períodos de retardo nos níveis de alarme.

3.11 Alarmes em cascata (Sim/Não)

O ajuste desta função para a opção Sim significa que o controlador só inicia a contagem de tempo do
Fire Alarm principal depois que o controlador entrou no Pré-Alarme, ou seja, que os tempos de
retardo do Pré-Alarme e do alarme Fire 1 se somam. O alarme Aux não está incluído no retardo
cumulativo, porque ele poderá estar condicionado para um nível mais alto que o do Pré-Alarme ou do
alarme Fire 1.

3.12 Alarmes pendentes (Sim/Não)

Se esta função estiver condicionada para a opção Sim, será necessário fazer um reset no painel frontal
ou um reset remoto para apagar a condição de alarme.

3.13 Defeitos pendentes (Sim/Não)

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Se esta função estiver condicionada para a opção Sim, será necessário fazer um reset no software ou
um reset remoto para apagar indicações de defeito, caso tenha um Módulo de Comando. Este é o
condicionamento padrão feito na fábrica.

3.14 Day/Night remoto (Sim/Não)

Se esta função estiver condicionada para a opção Sim, o usuário pode alternar manualmente entre o
modo diurno e noturno, usando entrada remota.

3.15 Endereço do detetor

Esta função exibe o endereço corrente do detetor, estabelecido pela chave DIP interna. Caso tenha
mais detetore em rede.

3.16 Monitoração do fluxo de ar (Display/Numérica)

Existem parâmetros Flow low, Flow high e Flow Por exemplo, Flow pipe 1 indica a velocidade
corrente do fluxo de ar para o tubo 1. Flow low é o nível abaixo do qual é preciso reduzir o fluxo de ar
para disparar uma indicação de defeito (o que poderá indicar um tubo entupido) e Flow high é o nível
acima do qual é necessário aumentar o fluxo de ar para disparar uma indicação de defeito (o que pode
indicar um tubo de entrada solto ou danificado).

Os parâmetros Flow low e Flow high são condicionados automaticamente quando se liga inicialmente
o detetor ou quando é selecionada a função Flow setup.

As frequências de gravação do log de gráficos são as seguintes:

Ajuste Tipo Intervalo de tempo correspondente


armazenagem a cada divisão do gráfico
1 saída do detetor 5 segundos 50 segundos
2 saída do detetor 12 segundos 2 minutos
3 saída do detetor 30 segundos 5 minutos
4 saída do detetor 1 minuto 10 minutos
5 saída do detetor 2 minutos 20 minutos
6 saída do detetor 5 minutos 50 minutos
7 saída do detetor 10 minutos 100 minutos
8 saída do detetor 20 minutos 200 minutos
9 saída do detetor 50 minutos 500 minutos
10 velocidade de fluxo 1 segundo 10 segundos
11 velocidade de fluxo 5 segundos 50 segundos
12 velocidade de fluxo 12 segundos 2 minutos
13 velocidade de fluxo 30 segundos 5 minutos
14 velocidade de fluxo 1 minuto 10 minutos
15 velocidade de fluxo 2 minutos 20 minutos
16 velocidade de fluxo 5 minutos 50 minutos
17 velocidade de fluxo 10 minutos 100 minutos
18 velocidade de fluxo 20 minutos 200 minutos
19 velocidade de fluxo 50 minutos 500 minutos

As linhas 1 a 9 da tabela acima indicam o registro do detetor e do nível de alarme, enquanto as linhas
10 a 19 indicam o registro da velocidade de fluxo.

O ajuste padrão feito na fábrica é 8. Na menor frequência de gravação, é possível armazenar os dados
de um mês. Para se pode visualizar o log do registro de gráficos, um PC tem que estar conectado
através da porta RS232, com um software apropriado. “Conexão com um PC”.

3.17 Código de acesso definido pelo usuário (Numérica)


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Esta função determina o código de acesso que o usuário tem que introduzir para modificar qualquer
valor de uma função. O ajuste padrão é 0102 mas, para maior segurança, ele pode ser alterado para
qualquer número de quatro dígitos desejado pelo usuário.

3.18 Visualizar log de eventos

Esta função é acessada através do menu de Log e mostra a hora de início e a hora de término de
eventos como FastLearn, condição de alarme e mensagens de erro. O conteúdo do log de eventos
também pode ser transferido para um PC através da porta serial RS232 “Conexão com um PC”.

3.19 Diagnóstico (Teste)

Esta função e as funções restantes são acessadas através do menu de diagnóstico. Esta função coloca o
detetor no modo de auto-teste.

3.20 Condição do separador de poeira (Display)

O valor fornecido por esta função é o grau de eficiência do elemento separador de poeira (filtro). A
função atribuirá a leitura Separator 100,0% a um elemento novo. Quando a eficiência tiver sido
reduzida para Separator 80%, acenderá o LED indicador de fault (colocar um novo filtro).
Se o separador estiver faltando ou não tiver sido instalado corretamente, mensagem no log de eventos
Separator change (trocar o filtro).

3.21 Teste de relê (Teste)

Esta função testa a conexão entre o detetor e o painel de alarme, operando o relê de alarme ou relê de
defeito atualmente selecionado. Se as conexões estiverem corretas, isto deveria dar a indicação
apropriada no painel de incêndio.

3.22 Contagem dos disparos do “watchdog”

O “watchdog” é um circuito do controlador que reinicia o funcionamento do controlador caso tenha


ocorrido alguma falha. Isto poderia ser devido a picos de corrente ou de voltagem. A contagem mostra
o número de interrupções constatadas. Os detalhes de cada problema podem ser encontrados no log de
eventos. Para maiores informações “Visualizar log de eventos” e , “Log de eventos”.

4. Design dos tubos de coleta de amostras

Basicamente, o design de um sistema de aspiração é simples. Frequentemente é possível obter um


bom desempenho do sistema com instalações muito simples. Entretanto, há algumas regras que têm
que ser seguidas, e estas regras se aplicam igualmente a todos os sistemas de aspiração que funcionam
com princípios similares ao do StratosMicra 100. As informações contidas neste Manual se destinam
a dar somente uma visão geral. Para maiores informações consulte a obra completa que é o Guia de
Design do Sistema.

4.1 Não espere que um único detetor tenha um bom desempenho se a coleta de amostras de ar for
feita em áreas com diferentes pressões de ar (casos típicos: “plenum” de ar sob o piso e
espaços dentro da sala, ou salas diferentes em áreas com ar condicionado). Isto ocorre porque
as diferenças de pressão de ar podem causar um fluxo de ar reverso ou um fluxo ineficiente
dentro dos tubos de coleta de amostras. Se não for possível localizar o detetor dentro da área

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a ser protegida, poderá ser necessário puxar um tubo exaustor a partir da porta de exaustão do
detetor, para devolver o ar à área a ser protegida.

4.2 Sempre localize os pontos de coleta de amostras numa posição da qual se possa presumir que
seja atingida pela fumaça. Isto pode parecer óbvio, mas, por exemplo, não espere que pontos
de coleta montados no teto funcionem satisfatoriamente se o fluxo de ar impedir a fumaça
fria de um princípio de incêndio de atingir o nível do teto. Neste caso, é geralmente preferível
localizar os tubos de coleta de amostras diretamente no trajeto do fluxo de ar (p.ex., na
entrada de ar de uma unidade de condicionamento de ar). A realização de testes antes da
instalação dos tubos, para indicar a localização apropriada dos pontos de coleta de amostras,
é uma prática insubstituível.

4.3 Para auxiliar no projeto e verificar o desempenho do sistema, é aconselhável utilizar o


software de modelagem de tubos de coleta de amostras PipeCAD ® da AirSense.

4.4 Tubulação

Os tubos de coleta de amostras devem ser feitos de um material que não ofereça perigos e devem ser
claramente identificados.

a. O diâmetro interno ideal dos tubos de coleta de amostras é 22 mm. Outros tamanhos podem
até funcionar, mas darão tempos de resposta diferentes.
b. Se o comprimento total da tubulação de coleta de amostras for superior a 50 metros, é
preferível utilizar vários tubos. Neste caso, é preciso tomar cuidado para conseguir um grau
razoável de equilíbrio (p.ex., variação do fluxo de ar não superior a 10%), a fim de garantir
aspiração uniforme nos tubos.
c. O comprimento máximo recomendado para o tubo de coleta de amostras é de 100 metros.
Observação: Este comprimento corresponde a 2 segmentos de 50 metros.
d. A extremidade dos tubos de coleta de amostras deve ser tampada. Na tampa do tubo deve
haver um orifício de aspiração com um diâmetro geralmente entre 4 e 5 mm, e livre de
rebarbas. Os orifícios de coleta de amostra devem ter normalmente um diâmetro de 3 a 4
mm, ou com o valor calculado pelo PipeCAD, e não devem ter rebarbas. Cada segmento de
tubo não deve ter mais de 25 orifícios. O tempo de percurso dentro do tubo não deve ser
superior a 120 segundos.
Esta orientação vale para tubos de coleta de amostras de comprimento médio, mas se for
utilizado um tubo comprido (tipicamente, com um comprimento total superior a 60 metros),
pode-se melhorar o desempenho fazendo os furos de coleta de amostras perto da extremidade
ligeiramente maiores do que aqueles que ficam junto ao detetor.

5. Instalação
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5.1 Generalidades

Antes de instalar o detetor, é preciso consultar as normas locais para a instalação de sistemas de
detecção por aspiração, porque estas normas diferem de um local para outro. As recomendações
específicas para um país podem não se aplicar em um outro. A seguir apresentamos um conjunto
sucinto de diretrizes sobre a instalação de detetores.

 Normalmente, o detetor deve ser montado em um nível que permita fácil acesso à unidade para
fins de configuração e programação.

 As entradas de tubos de coleta de amostras que não são utilizadas devem ser fechadas. Para
conselhos sobre o layout da tubulação, consulte o “Manual de Sistema”; em caso de dificuldade,
entre em contato com a AirSense Technology Ltd.

 O ar de exaustão da unidade não deve ter nenhum impedimento. Se a unidade for instalada em uma
posição onde a pressão de ar é diferente daquela do ponto de coleta de amostras (p.ex., um duto de
ar), é preciso conduzir um tubo a partir da porta de exaustão até um ponto da mesma zona de
pressão de ar dos orifícios de coleta de amostras.

 Todos os cabos de sinal devem ser blindados e devem ser do tipo apropriado. O tipo específico de
cabo depende geralmente das normas locais de prevenção de incêndios.

 A unidade não deve ser instalada em áreas onde a temperatura ou a umidade esteja fora da faixa de
operação especificada.

 A unidade não deve ser instalada na proximidade imediata de qualquer equipamento que
provavelmente gera elevados níveis de rádio-frequência (como alarmes por rádio) ou de unidades
que gerem níveis elevados de energia elétrica (como grandes motores elétricos ou geradores).

 Quando os detetores são instalados em uma parede, certifique-se de que existe espaço suficiente do
lado direito para permitir a retirada e troca do elemento de filtro.

5.2 Instalação elétrica

Todas as conexões elétricas (de força e de sinal) devem ser feitas no bloco terminal verde dentro do
detetor. Deve ser utilizado um cabo blindado aprovado, com 4 núcleos (p.ex., Pirelli FP200 ou
Pyrotenax MICC tipo CCM4L1.5 de 4 núcleos), ou ele deve entrar no detetor através de buchas para
cabos metálicos.
Observação: A conexão de aterramento deve ser
separada e não ligada à conexão GND (OV).

+ 24V Entrada de força de 24 DC

6. Log de Eventos

Um evento é definido como a operação de qualquer um dos controles do painel frontal (quando
habilitados), um sinal recebido de uma fonte remota (p.ex., o controlador-mestre ou o PC), um nível
no detetor que exceda os limites estabelecidos para Aux, Pré-Alarme, Fire 1 ou Fire 2, ou certos
comandos enviados pelo software remoto ou pelo SenseNET. O log de eventos também armazenará
informações como o início da operação diurna e noturna, o modo de demonstração, falha de energia,
defeitos do detetor etc. O detetor mantém um log dos últimos 200 eventos para fins de referência.

O log de eventos pode ser transferido para um PC no qual esteja instalado o software remoto e que
esteja conectado à porta RS 232 do Stratos Micra 100 por meio de um cabo serial. “Conexão com um
PC”.

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O log de eventos também pode ser visualizado no Log menu, que imprime o log de eventos na
sequência inversa, ou seja, o último evento registrado é impresso em primeiro lugar.

Quando o buffer que armazena os eventos estiver cheio (200 eventos armazenados) e ocorre um novo
evento, será descartado o evento mais antigo armazenado.

7. Conexão com um PC

Para conectar um único detetor “standalone” com um PC, ligue a porta serial do PC diretamente à
porta RS232 “9-way” do detetor. As conexões para este cabo são mostradas na figura abaixo.

Quando vários detetores são conectados em rede e quando se utiliza um Módulo de Comando, o PC se
conecta com a porta RS232 “9-way” do Módulo de Comando. As conexões do cabo são as mesmas
conexões padrão do cabo do detetor.8. Interfaceamento

Em vista da natureza flexível do detetor Stratos Micra 100 e das muitas configurações possíveis,
existem muitas opções para interfacear os detetores com o Painel de Incêndio. Elas incluem muitas
interfaces de terceiros que podem ser adquiridas de diversos fabricantes. Por causa disto, não é
possível dar uma lista completa de todos os métodos de interfaceamento, mas as páginas seguintes
darão detalhes dos métodos mais comuns que provavelmente são utilizados.

8. Conexão de um Módulo de Comando com um Painel de Incêndio


endereçável

Quando se utiliza um Módulo de Comando para gerenciar um ou mais detetores (o limite máximo é
127), poderá ser utilizada uma Interface Endereçável Universal (UAI) para decodificar as informações
de status dos detetores no Módulo de Comando e encaminhar esta informação ao Painel de Incêndio.
Nesta configuração, é necessária apenas uma única interface e todas as informações dos detetores
estão disponíveis através desta interface, um endereço por dispositivo.

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Observação: Alguns protocolos endereçáveis podem limitar o número máximo de endereços de
dispositivo a um valor inferior a 127. O endereço do detetor no loop SenseNET é igual ao endereço
do protocolo endereçável do Painel de Incêndio, de modo que não é feita nenhuma conversão de
endereços. Alguns protocolos podem não suportar todos os níveis de alarme disponíveis, e a
comunicação de defeitos é quase sempre a indicação de um defeito genérico sem informações
detalhadas sobre a natureza do defeito.

9. Manutenção

O Stratos Micra 100 é um sistema de detecção que quase não exige manutenção. O único componente
que talvez tenha que ser substituído por ocasião da manutenção preventiva é o conjunto do separador
de poeira. Pode-se verificar a condição do separador de poeira por meio do teste Dust Separator no
Menu de Diagnóstico, que fornece uma indicação da eficiência do separador de poeira, expressa em
porcentagem. Quando este nível cair a 80%, o detetor dará uma indicação de defeito Separator renew
e será necessário trocar o separador de poeira.

Como a poeira contida nos separadores de poeira pode expor o pessoal de manutenção a um perigo de
“Poeira Nociva”, conforme definido pela especificação “Controle de Substâncias Perigosas para a
Saúde” (COSHH), recomendamos insistentemente o uso de máscaras apropriadas e roupas protetoras
durante a operação de troca de filtros. Os separadores usados não devem ser reutilizados e sim
descartados.

10. Eliminação de defeitos

Watchdog reset: Isto indica uma falha do suprimento de força. Se as faltas de energia forem
frequentes, recomenda-se alimentar a unidade com um gerador.
Detector fault: Isto indica a existência de um problema com a cabeça do detetor. Esta falha pode ter
diversas causas. Consulte a leitura do gráfico se for possível fazer o seu download em um PC, e anote
o nível de sinal do detetor no momento da falha. Depois de obter o maior número possível de
informações sobre as condições no momento da falha, entre em contato com a AirSense Technology
Ltda.

Loop break: O Módulo de Comando identificou uma ruptura no loop de comunicações. Verifique a
continuidade da fiação do sistema e verifique se todos os detetores estão conectados corretamente.

11. O que você deve e o que não deve fazer

Você deve

 Certificar-se de que o fator de alarme do ClassiFire está condicionado para o valor correto.

 Certificar-se de que os detetores de referência estão conectados corretamente antes de ligar a


unidade, usando identificadores de cabo ou fazendo verificações de continuidade elétrica.
Conexões erradas podem danificar o detetor.

 Utilizar cabos de um tipo aprovado e apropriado para a interconexão.

 Localizar os pontos de coleta de amostra de tal maneira que o detetor possa detetar a fumaça o
mais cedo possível.

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 Certificar-se de que o exaustor do detetor esteja numa área com a mesma pressão atmosférica dos
tubos de coleta de amostras, colocando o detetor fisicamente dentro da área a ser protegida ou
puxando um cano desde o exaustor do detetor até a área a ser protegida.

 Certificar-se de que o ambiente da área a ser protegida esteja dentro dos parâmetros operacionais
do detetor (temperatura entre -10 e +60°C, umidade entre 0 e 90%, sem condensação).

 Fechar as portas de entrada dos tubos não utilizados do detetor, a fim de garantir a operação
otimizada.

Você não deve !

 Esquecer-se de condicionar o fator de alarme do ClassiFire para um valor apropriado à área a ser
protegida.

 Esquecer-se de condicionar corretamente as Chaves de Endereço do Detetor quando os detetores


são conectados em rede.

 Instalar detetores em áreas úmidas ou expostas.

 Remover ou conectar placas enquanto a energia do detetor estiver ligada.

 Conectar os terminais internos de 0 volts com o aterramento local.

 Tentar reutilizar os cartuchos do separador de poeira que foram retirados da unidade.

 Tentar ajustar ou alterar os condicionamento do detetor de outra maneira que não através das
funções progamáveis pelo usuário. Em particular, o condicionamento do laser é um trabalho de
precisão, e uma vez feito o condicionamento não se deve mexer mais nos potenciômetros. Caso
haja suspeita de que o foco do laser se deslocou (p.ex., quando se deixou cair o detetor), ele deve
ser enviado à AirSense para recalibração.

 Instalar o detetor perto de fontes de rádio-frequência de alta potência.

 Instalar o detetor tão perto de outros equipamentos que não haja espaço suficiente para acessar e
trocar o separador de poeira.

 12. Especificações do Stratos Micra 100

Classificação SELV (EN 60950) Classe III

Voltagem de alimentação 21,6V - 26,4V DC


Tipo de gerador: De acordo com EN 54-4

Dimensões (em mm) 290 larg. x 180 alt. x 85 prof.

Peso 3,8 kg

Faixa de temperaturas de operação 0 a +60°C

Faixa de umidades de operação 0 - 90% Sem Condensação

Faixa de sensibilidade Mínima=25%; Máxima=0,03% FSD


(% de escurecimento por metro)

Resolução máxima de sensibilidade 0,0015% de escurecimento por metro

Princípio da detecção Detecção de massa por espalhamento de luz laser

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Faixa de sensib. para a detecção de partículas Partículas com diâmetros de0,0003mm a 10mm

Consumo de corrente 400mA

Comprimento máximo dos tubos de coleta de Total de 100 metros


amostras

Número de entradas de tubos de coleta de amostras 2

Diâmetro interno dos tubos de coleta de amostras 15 a 25mm

Níveis de alarme 4 (Fire2, Fire1, Pré-Alarme e Aux)

Intervalos de manutenção da câmara Superior a 8 anos (dependendo do ambiente)

Intervalos de troca do separador de poeira Superior a 5 anos (dependendo do ambiente)

Vida útil do laser (MTTF) Superior a 1000 anos

Programação No painel frontal ou no PC através de conexão


RS232/RS485

Cabo do bus de dados Cabo de dados RS485

Comprimento do bus de dados 1,2 km para a entrada e 1,2 km para a saída

Classificação de IP IP50

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