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CRISE DA DÍVIDA
“É preciso 10 MEDIDAS
2 Solidariedade
3 Credores da banca
Os prejuízos dos bancos
Henri Sterdyniak, do “Manifesto insolventes devem ser
assumidos pelos credores
dos Economistas Consternados”
4 Baixar juros de remuneração
A estratégia seguida na União de de Economia da Universida- dos credores
Europeia face à crise das dívidas de de Coimbra e da Fundação Os juros exorbitantes
soberanas nos membros da peri- Mário Soares. que os Estados pagam
feria corre o risco de a empur- Conhecido como um dos key- nas emissões
rar para a recessão e ser um ro- nesianos franceses da atualida- de dívida devem baixar
tundo fracasso. “As instituições de, Sterdyniak insiste no ponto
europeias não podem ser assim de vista daquele economista in- 5 Imposto extraordinário
tão estúpidas”, exclama Henri glês do princípio do século XX Grandes fortunas taxadas
Sterdyniak, diretor do Departa- quando acentuou que os dese-
mento da Economia da Globali- quilíbrios entre países com ex- A Alemanha tem de ser pressionada a mudar de estratégia económica FOTO NUNO BOTELHO 6 Sistema financeiro público
zação do Observatório Francês cedentes e países deficitários Financiamento das dívidas
de Conjuntura Económica, em só se podem resolver por uma “É preciso uma política expan- e as outras — está garantida pe- cas para apontar ao crescimen- e investimentos públicos
entrevista ao Expresso. solução de compromisso. “Key- sionista. Os países que têm mar- lo conjunto dos países-mem- to e não para se afunilar na ges-
A única solução é mudar a es- nes disse e bem que era um pro- gem de manobra devem empe- bros. Os países europeus têm de tão das crises da dívida. “Não 7 Agências de notação
tratégia: “A Alemanha tem de blema que afetava as duas par- nhar-se nisso”, sublinha, para lo- ser solidários. Com juros nor- podemos viver num sistema europeias
mudar a sua estratégia económi- tes. Para o resolver são preci- go acrescentar com veemência: mais — na ordem dos 3% — a em que se diz aos povos que é Criação de agências públicas e
ca. É preciso fazer pressão so- sas as duas partes e não só “O nosso problema é sair da cri- Grécia pode pagar as suas dívi- cada vez preciso mais austeri- regulação da atividade do sector
bre a Alemanha e alterar as rela- uma. O mesmo tem de ser feito se. Porque é que não haveremos das e retomar o crescimento. A dade”, adianta.
ções de força na Europa”, acres- na União Europeia”, afirma es- de lançar um grande plano euro- ausência de solidariedade vai E, em segundo lugar, essa 8 Coordenação europeia
centa este professor na Universi- te “economista consternado” peu, seja na energia, seja nas in- conduzir a uma situação de de- coordenação “não pode ser ce- Políticas macroeconómicas
dade de Paris IX-Dauphine, que de 58 anos. dústrias de amanhã?” fault em default. Isso é um erro ga”, “não pode ameaçar de de- e redução concertada dos
foi um dos quatro fundadores Esse caminho parece estar blo- monumental!” terioração o modelo social eu- desequilíbrios comerciais
do movimento em torno do “Ma- Um grande plano europeu queado pelas situações de ropeu”. “Esse modelo é o futu-
nifesto dos Economistas Cons- pré-bancarrota em alguns mem- Modelo social é o futuro ro. Ele evita que durante as cri- 9 Plano europeu
ternados”, lançado em setem- O caminho é relançar economi- bros da zona euro. Sterdyniak ses as economias se afundem e Reconversão ecológica
bro de 2010. Sterdyniak veio a camente a Europa. A crise cus- reage: “A Europa deve fazer o A solidariedade intraeuropeia as sociedades se degradem”, da economia europeia
Coimbra e a Lisboa defender a tou à zona euro 8,5 pontos do contrário do que tem feito. Deve seria um requisito para duas conclui com ênfase.
abordagem deste grupo de eco- produto interno bruto, em rela- dizer claramente aos mercados coisas. Primeiro, a Europa utili- Jorge Nascimento Rodrigues # Harmonização fiscal
nomistas a convite da Faculda- ção à tendência anterior à crise. financeiros que a dívida grega — zaria a coordenação de políti- economia@expresso.impresa.pt Estratégia europeia comum
BREVES