Você está na página 1de 36

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE MATEMÁTICA

PROJETO PIBEG

Unidade V

Integração Numérica
1
0011 0010
452
Sumário:
1 – Introdução

2 – Fórmulas de Newton - Cotes

3 – Regra dos Trapézios


3.1 – Erro de Truncamento
4 – Regra dos Trapézios Repetida
4.1 – Erro de Truncamento
5 – Regra 1/3 de Simpson
5.1 – Erro de Truncamento
6 – Regra 1/3 de Simpson Repetida
1
0011 0010
6.1 – Erro de Truncamento
452
1 – Introdução

1
0011 0010
452
 Seja f(x) uma função contínua em [a, b]. O problema da integração
numérica consiste em calcular um valor aproximado para:
b
I   f ( x) dx
a

 A idéia básica da integração numérica é a substituição de f(x) por


um polinômio pn(x), que aproxime a função no intervalo [a, b].

 Desta forma, a solução é obtida pela integração trivial de


polinômios, ou seja:
b b
I   pn ( x) dx   En ( x) dx
    
a
   
a

1
452
I' Ei

onde, I’ é a integral aproximada e Ei o erro da integração numérica.


0011 0010
2 – Fórmulas de Newton - Cotes

1
0011 0010
452
 Quando os pontos usados na determinação do polinômio
interpolador são igualmente espaçados e, no caso particular onde
x0 = a e xn = b, tem-se o processo conhecido como “fórmulas
fechadas de Newton-Cotes”.
f(x)
Assim, tem-se:
f(x1)

 x0  a e xn  b p(x)

 xi 1  xi  h f(x0)

 f ( x )  pn ( x )

1
0011 0010
a
||
x0
b
||
x1 452
 Considerando uma variável auxiliar u, pode-se escrever:
( x  x0 )
u  dx  h du
h
x0  x  xn  0  u  n

Portanto, a integral é dada por:

b n
I   f ( x) dx   pn (u ) h du
a 0

 Nesta unidade desenvolveremos as seguintes fórmulas de


Newton-Cotes:

1
452
• Regra dos Trapézios
• Regra 1/3 de Simpson
0011 0010
3 – Regra dos Trapézios

1
0011 0010
452
Desenvolvimento por
Lagrange

Desenvolvimento por
Newton - Gregory
1
0011 0010
452
 Consideremos o intervalo [a, b] tal que x0 = a e xn = b.

 Seja pn(x) um polinômio que interpole a função y = f(x) sobre


n + 1 pontos. Pela fórmula de Lagrange, temos que:
n
p n ( x )   L k ( x ) f ( xk )
k 0

 Portando a integral aproximada é dada por:


b b
I   f ( x) dx   pn ( x) dx
a a

b 
1
b n n
I    L k ( x) f ( xk ) dx     L k ( x)dx  f ( xk )

452
a k 0 k 0 a 

0011 0010
 Pela Regra dos Trapézios considera-se o polinômio pn(x) de
grau máximo n = 1, assim temos:
1
b 
I T     L k ( x)dx  f ( xk )
k 0  a 
x1 x1
I T   L 0 ( x) f ( x0 )dx   L1 ( x) f ( x1 )dx
x0 x0
x1
( x  x1 ) x1
( x  x0 )
IT   f ( x0 )dx   f ( x1 )dx
x0 ( x0  x1 ) x0 ( x1  x0 )

 Para fazer a integração consideremos os pontos igualmente


espaçados de h e a variável auxiliar u:
( x  x0 )
1
452
u  dx  h du
h
x0  x  x1  0  u  n  1
0011 0010
u 11 1 u0
IT   f ( x0 )h du   f ( x1 )h du
0 0 1 0 1 0

1 1
I T   (1  u ) f ( x0 )h du   u f ( x1 )h du
0 0

h
I T   f ( x0 )  f ( x1 )
2
f(x)
f(x1)

p(x) Esta equação representa a área do


f(x0) trapézio de altura h e bases
f(x0) e f(x1).

1
0011 0010
a = x0 h b = x1 452
3.1 – Erro de Truncamento na Regra dos Trapézios

b
Sabe-se que : E I   En ( x) dx
a

Considerando a variável auxiliar u, o erro da interpolação


polinomial, obtido na unidade anterior, é dado por:

f ( n 1) ( )
En ( u )  u (u 1)  (u  n) h n 1
  a, b
(n  1)!

Substituindo na equação anterior resulta:

1
452
n
f ( n 1) ( ) h n 2 n
EI   u (u 1)  (u  n) h n 1 h du   n (u ) f
( n 1)
( ) du
0 (n  1)! (n  1)! 0

0011 0010
O teorema do valor médio para integral, permite escrever:
n n
 n (u )  (u ) du   (u )  n (u ) du , c  [ 0 , n]
0 0

desde que n(u) não mude de sinal no intervalo e n impar.

Desta forma, a equação do erro pode ser reescrita como:


h n2 ( n 1)
n
EI  f (c)  n (u ) du , c  [ x0 , xn ]
(n  1)! 0

No caso da Regra dos trapézios, faz-se n = 1 e obtém-se:


3 3 2 3 2 1
h 1
h f (c ) u u
ET  f 2 (c)  u (u  1) du  

1
2! 0 2! 3 2 0

0011 0010
ET  
h 3 f 2 (c )
12
c  [ xi , xi 1 ]
452
4 – Regra dos Trapézios
Repetida

1
0011 0010
452
 Com a finalidade de minimizar o erro cometido, seja a
regra dos trapézios aplicada repetidas vezes.

 Considere pontos distintos (xi , yi) i = 0, ... , m


igualmente espaçados com passo h, tais que xi+1 - xi = h.
f(x)
f(x)

1
0011 0010
x0 x1 x2 x3 ... xm-2 xm-1 xm x 452
 Segundo a propriedade das integrais, tem-se:
m
ITR   ITi
i 0

 Utilizando a equação da regra dos trapézios, resulta:

h
ITR    f 0  f1   f1  f 2    f 2  f3      f m 1  f m  
2

h
ITR   f 0  2  f1  f 2  f3    f m  2  f m 1   f m 
2

1
0011 0010
452
4.1 – Interpretação Geométrica

f(x)

A4
A3
A1 A2
x

1
452
ITR = A1 + A2 + A3 + A4 + ... + Am

0011 0010
4.2 – Erro de Truncamento na Regra dos Trapézios Repetida

 Considerando que f ”(x) seja contínua no intervalo [a, b] ,


pode-se escrever que:
m
 f " (ci )  m f " ( ) ,   [a , b ]
i0
 Desta forma, o erro cometido na aplicação da regra dos trapézios
repetida é dado por:
h 3 f " ( )
ETR m   [ a , b]
12

 E a cota superior (ou limitante) do erro absoluto vale:

1
452
mh3
ETR  máx f " ( x) x  [ a , b]
12

0011 0010
0.8
Exemplo 1: Seja I   x 2 e x 1dx
2

a) Aproximar I, usando a regra do Trapézios Repetida sobre


7 pontos.
b) Estime o erro cometido.

a) n  1  7
n  6 sub - intervalos
 0.8  2
h  0.2
6

xi -2.0 -1.8 -1.6 -1.4 -1.2 -1.0 -0.8


yi 0.1991 0.1970 0.1901 0.1778 0.1596 0.1353 0.1050
1
0011 0010
452
h
ITR   f 0  2  f1  f 2  f 3    f m  2  f m 1   f m 
2
0.2
I 0.1991 20.1970  0.1901 0.1778  0.1596  0.1353  0.1050
2

I  0.2025

mh 3
b) ETR  máx f " ( x)
12

60.2 
3
ETR  máx f " ( x)
12

ETR  0.004 máx f " ( x)


1
0011 0010
452
f ( x)  x 2 e x 1
f ' ( x)  e x 1 x 2  2 x 
f ' ' ( x)  e x 1 x 2  4 x  2 
 x1  1.2679  I
f ' ' ' ( x)  e x 1
 2
x  6x  6  0    xcrítico  1.2679
 x2  4.7380  I
Obtendo max f ' ' ( x) :

  
f ' ' (2)  e 3  2   4 2   2  0.0996
2

 f ' ' (1.2679)  e  1.2679  4 1.2679  2 0.1516


2.2679 2


 f ' ' (0.8)  e  0.8  4 0.8  2 0.0926
1.8 2


1
452
ETR  0.004  0.1516

ETR  0.606  10 3
0011 0010
5 – Regra 1/3 de Simpson

1
0011 0010
452
Desenvolvimento por
Lagrange

Desenvolvimento por
Newton - Gregory
1
0011 0010
452
 Consideremos o intervalo [a, b] tal que x0 = a , x1 = x0 + h e
x2 = x0 + 2h = b.
f(x)

x0 x1 x2 x

 Utilizando novamente o polinômio de Lagrange para


estabelecer a fórmula de integração de f(x) tem-se:
n

1
452
p n ( x )   L k ( x ) f ( xk )
k 0

0011 0010
 A integral aproximada é dada por:
b n
b
n

I    L k ( x) f ( xk ) dx     L k ( x)dx  f ( xk )
a k 0 k 0 a 

 Pela Regra 1/3 de Simpson considera-se o polinômio pn(x)


de grau máximo n = 2, assim temos:

I S     L k ( x)dx  f ( xk )

2 b

k 0 a 
x2 x2 x2
I S   L 0 ( x) f ( x0 )dx   L1 ( x) f ( x1 )dx   L 2 ( x) f ( x2 ) dx
x0 x0 x0

1
0011 0010
452
 Para fazer a integração consideremos a variável auxiliar u:

( x  x0 )
u  dx  h du
h
x0  x  x2  0  u  n  2

2(u  1)(u  2) 2 (u  0)(u  2)


IS   f ( x0 ) h du   f ( x1 ) h du
0 (0  1)(0  2) 0 (1  0)(1  2)

2 (u  0)(u  1)
  f ( x2 ) h du
0 ( 2  0)(2  1)

1
0011 0010
452
2(u 2  3u  2) 2 (u 2  2u )
IS   f ( x0 ) h du   f ( x1 ) h du
0 2 0 1
2 (u 2  u )
  f ( x2 )h du
0 2

h
portanto, I S   f ( x0 )  4 f ( x1 )  f ( x2 )
3

1
0011 0010
452
5.1 – Erro de Truncamento na Regra 1/3 de Simpson

 O erro cometido ao se utilizar a regra 1/3 de Simpson não pode


ser obtido através da equação abaixo:
h n2 ( n 1)
n
EI  f (c)  n (u ) du , c  [ x0 , xn ]
(n  1)! 0

pois n(u) muda de sinal no intervalo.

 Demonstra-se que, para f (IV)(x) contínua em [x0, xn], o erro pode


ser calculado por:

1
h 5 f ( IV ) (c)
ES   c  [ x0 , xn ]

452
90

0011 0010
6 – Regra 1/3 de Simpson
Repetida

1
0011 0010
452
 Seja m +1 pontos igualmente espaçados, tal que o intervalo
[a, b] seja subdividido em m intervalos pares.

 Segundo a propriedade das integrais, tem-se:


m
I SR   I Si
i 0
 Utilizando a equação da regra 1/3 de Simpson, resulta:
h
I SR    f0  4 f1  f 2    f 2  4 f3  f 4      f m  2  4 f m 1  f m  
3

1
h
I SR   f 0  4  f1  f3    f m 1   2  f 2  f 4    f m  2   f m 

452
3

0011 0010
6.1 – Erro de Truncamento na Regra 1/3 de Simpson Repetida

 Considerando que f (IV)(x) seja contínua no intervalo [a, b],


o erro pode ser calculador por:
m/2  h 5 f ( IV ) (c) m h 5 f ( IV ) ( )
ES   
i 0 90 2 90

 Desta forma, o erro cometido pela aplicação da Regra 1/3 de


Simpson Repetida vale:

1
m h 5 ( IV )
ES   f ( ) ,   [a , b]

452
180

0011 0010
 Assim, a cota superior do erro absoluto vale:

m h5
ES  máx f ( IV ) ( x) , x  [ a , b]
180

1
0011 0010
452
0.8
Exemplo 2: Seja I   x 2 e x 1dx
2

a) Aproximar I, usando a regra 1/3 de Simpson Repetida sobre


7 pontos.
b) Estime o erro cometido.

a) n  1  7
n  6 sub - intervalos
 0.8  2
h  0.2
6

xi -2.0 -1.8 -1.6 -1.4 -1.2 -1.0 -0.8


yi 0.1991 0.1970 0.1901 0.1778 0.1596 0.1353 0.1050
1
0011 0010
452
h
I SR   f0  4  f1  f3    f m 1   2  f 2  f 4    f m  2   f m 
3
0.2
I 0.1991  40.1970  0.1778  0.1353  20.1901  0.1596  0.1050
3

I  0.2029

m h5
b) ES  máx f ( IV ) ( x)
180

6 0.2
5
ES  máx f ( IV ) ( x)
180

1
ES  1.0667  10 5 máx f ( IV ) ( x)

0011 0010
452
Do exemplo 1 temos que f ' ' ' ( x)  e x 1 x 2  6 x  6
f IV ( x)  e x 1 x 2  8 x  12
f V ( x)  e x 1 x 2  10 x  20   0  x1  x2  5  xcrítico  5

Obtendo max f IV ( x) :

  
f IV (5)  e 6  5  8 5  12  7.4363 103
2

 f IV (2)  e  2  8 2  12  0


3 2


 (0.8)  e  0.8  8 0.8  12  1.0315
2
f IV 1.8


ESR  1.0667  10-5  1.0315
1
ESR  1.100  10 5
0011 0010
452

Você também pode gostar