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A questão da ascendência sefardita por via de filhos ilegítimos realmente merece atenção. Pois a filiação
ilegítima, a meu ver, se mal comprovada torna a linha frágil, e por tanto questionável.
Resolvi fazer este post para ajudar aqueles, - provavelmente muitos - que descendem de filhos
ilegítimos.
No meu caso, tive que comprovar que meu trisavô, era filho fora do casamento do pai dele, meu
tataravô. Vou exemplificar aqui como eu o fiz.
Civis e religiosos do seu antepassado, filho ilegítimo/natural. Incluindo certidão de batismo, nascimento
se tiver, casamento civil e religioso e óbito. E dos filhos deste; batismo e nascimento de todos os filhos
(netos do pai que pulou a cerca)
É possível que ao menos um destes documentos tenham o nome do pai, constando como pai mesmo.
Obtendo ao menos 1 destes documentos com o nome do pai já ajuda bastante.
Também é possível que nenhum destes documentos não tenham o nome do pai em lugar nenhum (ai é
muito azar, não vou mentir).
Caso NENHUM dos documentos acima citem o pai, como sendo PAI, as alternativas são:
Buscar se nos registros de batismo do antepassado filho ilegítimo e dos filhos deste antepassado (netos
do avô que pulou a cerca) o nome do pai conste como padrinho. Além dos outros filhos deste pai, filhos
legítimos, do casamento, constarem como padrinhos também.
Muitas vezes, era necessário comprovar que os noivos não tinham nenhum impedimento para se
casarem, e nesses casos, a filiação do filho ilegítimo deve ser constada para que a dispensa matrimonial
seja feita. Esse foi o meu caso.
Ao obter a certidão de casamento do meu trisavô NO CARTÓRIO, ele consta como filho natural apenas
da mãe, porém 2 linhas depois há uma declaração do pai, em que afirma que os noivos não tem nenhum
grau de parentesco. Servindo como prova de filiação.
O mesmo tipo de declaração pode ser encontrado nas dispensas matrimoniais da igreja.
Além desta declaração do pai, as testemunhas no casamento foram o pai e mais 2 meio-irmãos, filhos
legítimos do pai.
As listas de eleitores, de diferentes anos, me ajudaram a comprovar que o pai, os filhos legítimos e o
filho ilegítimo eram residentes no mesmo local, ELIMINANDO A POSSIBILIDADE DE HOMÔNIMOS! São
muito importantes, quando se consegue obtê-las.
Utilizei listas de 3 anos diferentes, cada uma de uma década diferente. Apenas 1 delas constava o meu
trisavô e seus irmãos. As listas de eleitores costumas citar filiações, eliminando homônimos, por este
motivo também.
5- E MAIS IMPORTANTE - Comprovar as relações do PAI.
Deve-se incluir provas do casamento do pai com sua esposa oficial, assim como provas dos filhos
legítimos, para então comprovar a ligação do filho ilegítimo com seus irmãos. Fazer toda a genealogia da
família desta pessoa. Pais, esposa e todos os filhos legítimos.
6- MENÇÕES EM JORNAIS
Jornais costumavam citar barracos na cidade, talvez conste alguma menção da relação extra conjugal ou
dos filhos ilegítimos - apesar de ser bem difícil.
É importante comprovar que o antepassado, filho ilegítimo era residente no mesmo local que seu pai. O
registro de óbito vai conter a lista de todos os filhos legítimos do antepassado e seu casamento, ajuda a
comprovar a relação colateral.
8- INVENTÁRIO E TESTAMENTO
Muitas vezes, os pais reconheciam os filhos ilegítimos no inventário ou testamento, ou lhes deixavam
bens sem mencionar a filiação.
Não foi o meu caso, então caso seu antepassado não tenha mencionado nada no inventário ou
testamento, ou mesmo não tenha deixado um, não se preocupe e tente comprovar de outro jeito.
OBS: Obviamente, é muito difícil obter todos os documentos citados, o ideal é ter ao menos os
documentos principais. Batismo/nascimento, casamento e óbito. Na falta deles, utilize outros citados a
cima.
É muito importante que a pessoa que vá transcrever o registro, te passe as informações contidas nele
antes de transcreve-lo. Assim você pode checar se as informações batem. Caso contrário PEÇA
CERTIDÃO INTEIRO TEOR CÓPIA REPROGRÁFICA!!!!!
Caso o cartório diga que a certidão não está legível, passe todas as informações possíveis dos seus
antepassados, a lista de filhos e toda a árvore genealógica necessária para transcrever os registros!
ESSE PASSO É MUITO IMPORTANTE.
Por isso, recomendo que peçam a certidão em inteiro teor reprográfico, para que você mesmo
faça a transcrição e evite erros que te custem a prova da filiação!!!