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PATROCÍNIO
PATROCÍNIO
PAULISTA
127 ANOS DE HISTÓRIA
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Copyright © 2012 textos by Noovha América
Editor Responsável
Nelson de Aquino Azevedo
Organização
Sandra Regina Félix
Coordenadora
Surlene Maria Devós Faleiros – Diretor Adjunto de Cultura
Colaboradores
Adriana Helena Garcia Bertelli – Conselho de Cultura
Giovani Paulo da Silva – Conselho de Cultura
Marli dos Santos Alves – Conselho de Cultura
Palmira Luiza Novato Faleiros – Conselho de Cultura
Tânia Regina Rocha Magrin – Conselho de Cultura
Vera Lúcia Rocha Freitas – Conselho de Cultura
Veralúcia Magrin de Andrade – Conselho de Cultura
Zélia Maria Plaugas – Conselho de Cultura
Agradecimentos
A todos que colaboraram com a cessão de dados e fotos para
esta publicação.
Fotos
Arquivo Municipal
Revisão
Caroline Franco
Fabio Giorgio
Bibliografia
ISBN 978-85-7673-293-8
1ª Edição
2012
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
SUMÁRIO
Introdução 7
6 - O Desenvolvimento 39
7 - Educação 49
9 - Religiosidade 80
10 - Saúde 85
12 - Personalidades em Destaque 99
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INTRODUÇÃO
A cidade de Patrocínio Paulista é uma entre as muitas cidades que surgiram a partir
da atividade garimpeira.
A região era originalmente habitada pelos índios Caiapós, que foram sendo expulsos do
seu território com a chegada dos desbravadores em busca de riquezas.
O município é considerado a “Terra do diamante”, pois no passado se formaram garim-
pos de diamantes nos rios Santa Bárbara e Sapucaizinho – esses rios cortam o município, e
foi nas suas margens que famílias de garimpeiros, oriundos das Minas Gerais e, ainda outros
entrantes, se fixaram por volta de 1830, dando início ao processo de ocupação da região.
A partir daí, o povoado se desenvolveu e tornou-se um município dos mais prósperos do
Estado de São Paulo. E é assim, com muito orgulho, que, ao completar 127 anos, em 2012,
Patrocínio Paulista conta neste livro um pouco da história do seu povo, suas lutas e glórias, sua
cultura, arte e tradições.
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Praça do Centenário.
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O clima é o tropical de altitude, ou Cwb pluviométricos anuais entre 1.300 e 1.500 mm.
(temperado, com estação seca no inverno), Os solos são classificados como neosso-
com estações bem definidas. lo quartzarênico, de acordo com EMBRAPA
O verão é tipicamente quente e úmido, (1999). Segundo Reatto (et al. 1998), tais solos
entretanto, apresenta chuva persistente por são profundos, com pelo menos dois metros,
vários dias (o que é bastante comum), com em relevo plano ou levemente ondulado e for-
isso, a temperatura tende a cair e se estabilizar mado por camadas de areia inconsolidadas, de
em níveis agradáveis. estrutura fraca, muito porosos, excessivamente
O inverno é mais seco, com temperatu- drenados; muito suscetíveis à erosão e ocupam
ras amenas, e normalmente as ondas de frio em torno de 15% do bioma cerrado, incluindo
duram alguns dias apenas, intercaladas por o campo cerrado (Ribeiro e Walter, 1998).
dias mais quentes e secos. Os solos são pobres nas partes mais ele-
Isso ocorre porque as massas de ar seco e vadas do relevo (Vieira, 1985) e predominan-
frio seguem as frentes frias que tendem a agir temente formados por latossolo vermelho-
sobre a região, formando assim uma área de -amarelo, tendo uma paisagem agroecológica
alta pressão, o que impede que as massas de ar definida pelas culturas de café, cana-de-açú-
mais úmido avancem. Esse bloqueio atmosfé- car, citricultura, com áreas de pastagens, cer-
rico provoca quedas na umidade relativa do ar, rado e floresta de planalto.
às vezes críticas, e tornam o clima mais quente. Os minerais que se encontram nesses
No entanto, geadas podem ocorrer de solos são os quartzos cristalinos e opacos, cri-
maio a setembro, sendo mais comuns em ju- sólitos, diamantes brancos, cor-de-rosa, laran-
lho e mais fortes em agosto, quando a tem- ja, verdes, azuis, amarelos, pretos, esmeraldas,
peratura pode chegar a 6 °C nas madrugadas. rubis, topázios, ferro, ouro e chumbo.
A temperatura média varia de 17 a 23 °C, Fonte: <http://br.monografias.com/trabalhos900/floristica-
-fitossociologia-paulista/floristica-fitossociologia-paulista2.shtml>.
segundo a classificação de Koppen, com índices
Mata Atlântica.
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Praça do Garimpeiro.
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DADOS DO MUNICÍPIO
Região Administrativa e Região de Governo: Franca.
Aniversário do município: 10 de março.
Santa Padroeira: Nossa Senhora do Patrocínio.
Feriados locais: 10/3 (Aniversário da Emancipação Política); 28/7 (Dia da Padroei-
ra do Município - Nossa Senhora do Patrocínio); 20/11 (Dia da Consciência Negra).
Fundadores: garimpeiros que doaram o patrimônio à Fábrica da Igreja, em nome
de Joaquim Carlos Monteiro, e monsenhor Cândido Rosa, que doou a imagem de
Nossa Senhora do Patrocínio.
Freguesia: criada pela Lei nº 17, de 30 de março de 1874, com a denominação de
Nossa Senhora do Patrocínio do Sapucaí, no município de Franca.
Vila e emancipação: criada pela Lei nº 23, de 10 de março de 1885.
Alteração para o atual nome (Patrocínio Paulista): pela Lei nº 233, de 24 de
dezembro de 1948.
População: 13.000 habitantes (Fonte: IBGE-2010).
Área da unidade territorial: 602,848 quilômetros quadrados (IBGE-2010).
Densidade demográfica: 21,56 habitantes por quilômetro quadrado.
Coordenadas geográficas: 20°38’22” Latitude Sul; e 47°16’54” Longitude Oeste.
Altitudes: média de 800 metros, em cotas variáveis entre 600 e 1.000 metros, em
relação ao nível do mar.
Acesso Rodoviário: SP-348 (Rodovia dos Bandeirantes); SP-330 (Rodovia Anhan-
guera); SP-334 (Rodovia Cândido Portinari); SP-345 (Rodovia Engenheiro Ronan
Rocha); e SP-020/345 (Rodovia Fábio Arruda Guidolin).
Distâncias: Capital de São Paulo – 413 quilômetros; Ribeirão Preto – 108 quilôme-
tros; Franca – 22 quilômetros.
Municípios limítrofes: Franca, Ibiraci, Capetinga, Itirapuã, São Tomas de Aquino,
Altinópolis e Batatais.
Prefeito atual (2009-2012): José Mauro Barcellos.
Presidente atual da Câmara (2012): Ricardo Rocha.
Adjetivo pátrio: patrocinense.
DDD: 16.
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EXPANSÃO MARÍTIMA
O descobrimento do Brasil é um dos momentos marcantes do processo de expansão
marítima e comercial portuguesa nos séculos XV e XVI. A fim de aumentar sua atuação po-
lítica e comercial, Portugal volta-se para o Oceano Atlântico, explorando primeiramente as
ilhas próximas do País e a costa africana. Com o apoio da burguesia mercantil e da nobre-
za, a Coroa portuguesa desenvolveu uma poderosa estrutura de navegação e comércio,
dirigida inicialmente pelo infante d. Henrique.
No começo, obtém da África o ouro, o marfim e os escravos. Mais tarde, traz da Índia
as lucrativas especiarias. Depois de 1492, a crescente disputa dos reinos europeus pelas ter-
ras do continente americano impulsiona os descobrimentos e a colonização do Novo Mundo.
O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Foi a primeira estrutura de Governo Colonial, extremamente descentralizada, implan-
tada pela metrópole para funcionar em todo o território brasileiro. Em 1532, d. João III
anuncia a intenção de dividir a colônia em 15 amplas faixas de terra e entregá-las aos no-
bres do reino, os capitães donatários, para povoá-las, explorá-las com recursos próprios e
governá-las em nome da Coroa.
Essas faixas são de largura bastante diversa, podendo variar de 150 a 600 quilôme-
tros, e estendem-se do litoral para o interior até a linha imaginária de Tordesilhas. Entre
1534 e 1536, d. João III implantou 14 capitanias, concedidas a 12 donatários, que vieram
se juntar àquela doada, em 1504, a Fernão de Noronha pelo rei d. Manuel.
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Vicente e de São Paulo para o Sul, Centro- bastante lento. Suas construções mais impor-
-Oeste e região mineira. Eram quase sempre tantes eram as pontes rudimentares sobre os
expedições organizadas por paulistas e forma- rios e córregos da região, e as construções reli-
das por familiares, agregados, brancos pobres giosas de igrejas, conventos e mosteiros.
e muitos mamelucos que tinham como meta
atacar missões jesuíticas e trazer os índios ca-
tivos ou encontrar as minas de ouro e pedras
preciosas. Entre as principais Bandeiras desta-
cam-se as de Antônio Raposo Tavares, Fernão
Dias Pais Leme, Bartolomeu Bueno da Silva e
Domingos Jorge Velho.
As principais atividades na época esta-
vam concentradas nas proximidades do triân-
gulo formado pelo Convento de São Francis-
co e pelas igrejas de São Bento e do Carmo,
em São Paulo de Piratininga. Nas ruas da re-
gião ficavam o comércio, a rede bancária e os
serviços essenciais da cidade.
Em 1555, iniciou-se a construção da
igreja da Sé; em 1592, a da igreja do Carmo;
e, em 1600, a construção do Mosteiro Bene-
ditino, que foi reformado em 1650, passando
a ser desde então a igreja de São Bento.
Em 1681, São Paulo passou a sede da
Capitania. Mesmo assim, seu crescimento foi Domingos Jorge Velho, obra de Benedito Calixto, 1903.
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SESMARIAS
Instituição do Direito português que
consistia na doação de extensões de ter-
ras, com a condição de colocá-las em cul-
tivo dentro de um prazo de três anos, sob
a pena de revogação da doação. As ses-
marias nasceram com uma lei promulga-
da pelo rei d. Fernando I, em 1375 – uma
inovação favorável à burguesia, no con-
texto do Direito feudal, transferida para o
Brasil com o estabelecimento das Capita-
nias Hereditárias, pois os capitães-mores
nomeados pelo rei tinham a obrigação de
distribuir sesmarias aos colonos. Na práti-
ca, o sistema deu origem a latifúndios, ou
seja, grandes extensões de terra contro-
ladas por poucas pessoas. Essa minoria
privilegiada passou a dominar, sem ônus,
grandes extensões territoriais, muitas ve-
zes improdutivas.
Mapa com a divisão da América portuguesa em
capitanias. Obra de Luís Teixeira, 1574.
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N o final do século XV, às vésperas da chegada dos europeus à América, todo o con-
tinente tinha entre 80 e 100 milhões de habitantes. Desse total, cerca de 30 milhões estariam
na América do Sul.
Na área do atual território brasileiro havia, segundo as estimativas mais aceitas, uma po-
pulação de 3 a 5 milhões de habitantes, divididos em aproximadamente 1,5 mil grupos tribais
étnica e culturalmente distintos. Existiam 40 grandes famílias linguísticas, com duas ou três
dezenas de idiomas cada uma, e sua maioria agrupada em três troncos principais.
O Tupi-Guarani era o idioma mais importante entre as populações litorâneas; o Macro-
-Jê predominava nos cerrados; o Aruak dominava na Amazônia.
Dessas populações nativas originais restam hoje, aproximadamente, 350 mil indígenas,
de 215 etnias, abrangendo 170 idiomas.
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Em 10 de outubro de 1532, Martim zônica, onde ficaram por muitos anos afasta-
Afonso de Sousa, iniciou a concessão das ses- dos da civilização.
marias na capitania de São Vicente, com a pri- A região próxima aos rios Pardo e Sa-
meira sesmaria cedida à Pero de Góes. Assim, pucaí, no passado, foi denominada de Sertão
colonizadores foram se estabelecendo nos vales do Capim Mimoso e sua história começa a ser
dos rios, expulsando ou escravizando os índios contada após a chegada dos bandeirantes.
que anteriormente habitavam esses territórios. A Bandeira de Anhanguera, o filho, em
Segundo alguns pesquisadores, como a 1722, construiu o “Caminho de Goiás”, ou “Es-
historiadora Palmira Luiza Novato Faleiros, trada dos Goiases”, que ligava a cidade de São
o local onde atualmente está situada a cida- Paulo até as minas de ouro de Goiás, que naque-
de de Patrocínio Paulista foi, primitivamente, la época pertencia à Capitania de São Paulo.
ocupado pelos índios Caiapós, que viviam da Logo em seguida foi doada uma ses-
caça, pesca, coleta e roças rudimentares, va- maria a Bartolomeu Bueno de Abreu, com-
gando pela vasta região compreendida entre panheiro do Anhanguera, na região que ficou
o nordeste Paulista, o triângulo mineiro e a conhecida como pouso do Caiuruçu.
parte meridional de Goiás. A partir de então, começaram a surgir os fa-
Pertenciam à nação Tapuia, do grupo mosos “pousos” de tropeiros, que eram locais uti-
fonético Macro-Jê, e eram chamados pelos lizados por paulistas que paravam com seus ani-
Tupis de “Ubirajara” (senhor do tacape, lan- mais de carga para descansar durante as viagens
ça e bordunas), devido ao excelente manuseio que faziam em busca de ouro e metais preciosos
que possuíam com essas armas. pelo interior do Brasil. Um desses pousos deu
Aos poucos, esses indígenas foram sen- origem à cidade de Franca, conhecida na época
do dizimados por doenças características dos pelos bandeirantes por “Pouso dos Bagres”.
brancos ou acossados por esses desbravadores, No final do século XVIII, havia vários
obrigando-os a se retirarem para a região ama- desses pousos dispersos pela região.
TROPEIRO
A palavra “tropeiro” deriva de tropa,
numa referência ao conjunto de homens
que transportavam gado e mercadoria no
Brasil Colônia. O termo tem sido usado para
designar principalmente o transporte de
gado da região do Rio Grande do Sul até os
mercados de Minas Gerais, posteriormen-
te para São Paulo e Rio de Janeiro, porém
há quem o use em momentos anteriores da
vida colonial, como no “ciclo do açúcar”, que
compreendeu os séculos XVI e XVII, quan-
do várias regiões do interior nordestino se
dedicaram à criação de animais para co-
mercialização aos senhores de engenho.
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A MINERAÇÃO E OS TROPEIROS
O tropeirismo é associado com a procriação e venda de gado, porém, essa atividade
se iniciou com o desenvolvimento da mineração, entre os séculos XVII e XVIII.
As descobertas de ouro e posteriormente de diamantes foram responsáveis por gran-
de afluxo populacional, tanto de paulistas, como de portugueses e mesmo de escravos
para a região das Minas Gerais. Essa grande corrida em busca do “Eldorado” foi acompa-
nhada por um grave problema: a falta de alimentos e de produtos básicos, responsável por
sucessivas crises na primeira década do século XVIII – tais crises de abastecimento afligi-
ram a zona mineradora por longos períodos, nos quais se chegou, inclusive, a interromper
os trabalhos extrativistas para haver produção de alimentos.
Assim, surgiram os pousos e a necessidade de organizar o abastecimento, o que foi
suprido pelos chamados tropeiros, que além de transportarem animais, alimentos e outros
materiais de primeira necessidade, ainda serviam de mensageiros.
De 1726 a 1735 ocorre a chegada dos tencia à Vila de Mogi Mirim. A Companhia
primeiros “entrantes” na região, que talvez, se- de Ordenanças foi criada para melhorar a or-
gundo o que sabe, tenha sido incentivada pela ganização do local e o português Manoel de
existência de pedras preciosas. Assim, em 1779 Almeida foi nomeado seu capitão. A partir de
já moravam cerca de uma centena de pessoas 1804, o distrito passou a ser comandado pelo
no sertão do Rio Pardo, local que ainda per- capitão Hipólito Antônio Pinheiro.
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No início do século XIX, os filhos de Ma- Em 1821, Minas Gerais tentou anexar
noel de Almeida (Antônio Antunes de Almei- a região, mas, devido à resistência dos franca-
da e Vicente Ferreira de Almeida) doaram suas nos, essa tentativa falhou.
terras para a construção de uma capela, que foi Com a independência do Brasil, passou
benzida pelo padre Joaquim Martins Rodrigues. a se chamar Vila Franca do Imperador, uma
A essa população juntaram-se mineiros homenagem a d. Pedro I.
e outros entrantes, que, devido à decadência Em 1833 houve a eleição para juiz de Paz
da mineração em suas regiões, começaram a e, em 1º de junho do mesmo ano, foi eleito José
se instalar no “Belo Sertão do Rio Pardo”, por Justino Faleiros, que era vereador em Franca e
incentivo do governador-geral da Capitania morador na fazenda do Jardim das Macaúbas.
de São Paulo, Antônio José da Franca e Horta. Em 1838, durante a chamada Ansel-
Então, esses pioneiros reivindicaram jun- mada, chegou a Franca o padre João Teixeira
to ao Governo Geral do Brasil a criação de uma d’Oliveira Cardoso que, como juiz de Direito
Freguesia, já que a Freguesia mais próxima era interino, provavelmente também exercia ju-
a de Mogi Mirim, que ficava a centenas de qui- risdição espiritual nesse território. Os antigos
lômetros de distância. sapucaienses procuravam os socorros espiritu-
Patrocínio Paulista fazia parte da Paró- ais na Matriz de Nossa Senhora da Conceição
quia de Franca, a qual pertenceu muito tem- de Franca, além de frequentarem as ermidas
po. Em 15 de outubro de 1805, o padre Joa- instaladas nas fazendas, onde eram celebrados
quim Martins Rodrigues assumiu o cargo de atos religiosos.
vigário, permanecendo nessa função de 1805 Em 1839, foi criada a Comarca de Fran-
a 1849, e assim a Freguesia de Nossa Senhora ca e a Lei Provincial nº 21, de 24 de abril de
da Conceição de Franca foi criada, em 3 de 1856, eleva Franca à categoria de município
dezembro de 1805, pertencendo ao Termo da e cidade.
Vila de Mogi Mirim. Depois do padre Joaquim Martins Ro-
O território original da Freguesia de drigues, chegou o padre Joaquim Ferreira Tel-
Franca, que fora desmembrado da Vila de les, que exerceu a função de 1855 a 1859; e
Mogi Mirim, abrangia a região de Batatais e o monsenhor Cândido Martins Silveira Rosa,
estendia-se até Igarapava e Guaíra, era muito de 1860 a 1875.
extenso. Posteriormente, porém, esse territó-
rio foi bastante reduzido com a criação de no-
vos municípios: Batatais, em 1839; Igarapava,
em 1873; Ituverava e Patrocínio Paulista, em
1885; São José da Bela Vista, em 1948; Cris-
tais Paulista, em 1959; Restinga, Jeriquara e
Ribeirão Corrente, em 1964.
Em 1821, foi criada a Vila Franca Del
Rey, por d. João VI, e instalada somente em
28 de novembro de 1824, tendo como primei-
ro presidente da Câmara Municipal o capitão
José Justino Falleiros, empossado, junto com
os demais vereadores, no dia 30 de novembro
de 1824. Casa de um caipira, em São Paulo.
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A população da cidade começou a ser formada a partir de 1750, em sua grande parte
por famílias mineiras e de outros “entrantes” que, com o declínio dos garimpos das Minas
Gerais e de outras localidades, chegavam em busca de novas plagas, riquezas e terras férteis
e foram se estabelecendo em núcleos clandestinos, na confluência dos rios Santa Bárbara e
Sapucaizinho, numa região conhecida como Barro Preto, e ali fundaram uma povoação a que
chamaram de Santa Bárbara das Macaúbas.
Com essas famílias também chegaram tropeiros, caçadores e paulistas, e foram esses en-
trantes que começaram a escrever a história de Patrocínio Paulista, desde a fundação do muni-
cípio de Franca, e que, posteriormente, se estabeleceram em nosso território.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Em 1833, como o número de habitantes Assim, seus ranchos foram mais tarde
de Santa Bárbara já era suficientemente gran- queimados pelos fazendeiros, para que não re-
de, criou-se a Freguesia e Distrito de Santa tornassem aos locais.
Bárbara das Macaúbas, o segundo da Vila de Apesar disso, os garimpeiros não desani-
Franca, instalado em 1º de julho daquele ano. maram e voltaram a se arranchar às margens dos
Os garimpeiros que ocupavam a região rios Santa Bárbara e Sapucaizinho, começando
não se preocupavam com a preservação do a trabalhar às escondidas, o que provocou, por
meio ambiente ou mesmo com a agricultura parte dos fazendeiros, novo pedido ao presiden-
e por isso arrasavam os terrenos marginais aos te da Província para sua expulsão – eles foram
rios, o que levou ao descontentamento os fa- notificados em 26 de fevereiro de 1862 para
zendeiros liderados por João Cândido dos Reis. que dali saíssem, o que foi feito pacificamente.
Então esse grupo fez uma petição ao A retirada fora verificada pelo oficial de
Governo Provincial para que os impedisse de Justiça, em 15 de março do mesmo ano, e cons-
continuar ali, o que resultou na extinção do ta em um documento que relacionava o nome
arraial, segundo documentos do Arquivo do de todos os garimpeiros que ali se encontravam.
Estado de São Paulo, caixa nº 226, ordem nº Porém, os garimpeiros, sabendo da rique-
1.021, de Ofícios Diversos de Franca, pasta za das pedras existentes no local, não desistiram
1.855, publicados nos Anais do VII Simpósio de procurá-las. Foram vivendo em ranchinhos
de Professores Universitários de História, vo- em meio ao mato, mudando para as imedia-
lume III, página 1.604. ções onde não eram molestados e procurando
Esses registros trouxeram ciência e cla- se precaver, comprando terras onde pudessem
reza de que a freguesia não fora destruída por morar e praticar suas atividades legalmente.
tropas vindas de Franca, como se perpetuou A notícia da existência de grande quan-
na tradição oral, mas que os garimpeiros, ao tidade de pedras preciosas na região provocou
serem notificados pela autoridade competente, um grande afluxo de pessoas desejosas de ex-
se retiraram, em 1855, sem impor resistência. plorar essas plagas, além da chegada daqueles
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
que fugiam do recrutamento para a Guerra perto da ponte do Sapucaí, no então Garimpo
do Paraguai (1864/1870), o que provocou do Sapucaí, e contou com a ajuda de Antônio
um enorme êxodo de foragidos para a região Bernardes Pinto, fazendeiro de Franca, segun-
– esse grupo passou a se dedicar ao garimpo e do relato feito pelo padre Heriberto.
à agricultura. Devido a essa origem, a paróquia da ci-
Devido às notícias procedentes do cená- dade é chamada, vulgarmente, de “Garimpo
rio da Guerra do Paraguai, foram usados nos do Sapucaí”.
garimpos muitos nomes alusivos aos aconteci- Em 1869, com o crescimento da popu-
mentos mais notáveis dessa guerra, por exem- lação local, monsenhor Rosa, que mantinha
plo, o garimpo instalado na fazenda do coronel o desejo de fundar um centro social para os
Manoel Basílio de Andrade, foi chamado de garimpeiros, incentivou o sr. Joaquim Carlos
Humaitá; em terras que ficavam localizadas a Monteiro a fazer uma subscrição pública a fim
pouco mais de 16 quilômetros do centro da ci- de comprar um terreno para a futura freguesia.
dade, posteriormente pertencentes a João Fer- Com o produto dessa subscrição, os ga-
reira Martins, deram o nome de Paraguaia, etc. rimpeiros João Carolino Dias, José Joaquim
Assim, os garimpeiros subiram o Sapu- Rouco, o comerciante major Álvaro Carvalho
caizinho e se instalaram às suas margens, já em Pinheiro de Lacerda, o fazendeiro Venâncio
terras pertencentes à Fazenda do Turvo, onde José do Nascimento, Joaquim Carlos Monteiro
hoje se localiza a cidade de Patrocínio Paulista. e outros interessados na fundação de uma po-
Mas, por causa da alta dos diamantes, voação, promoveram uma subscrição pública
após 1865, afluíram para a região outros ga- e, com o dinheiro arrecadado adquiriram uma
rimpeiros, agora comandados por Albino Car- parte de terras da Fazenda do Turvo, naquela
valho Pinheiro de Lacerda, irmão do segundo época pertencente ao major Antônio Joaquim
fabriqueiro dessa Matriz – a sede principal de do Nascimento. Assim, foi feita a doação dessas
atividade desses trabalhadores foi a Fazenda do terras localizadas à margem esquerda do Sapu-
Turvo e ainda um lugar chamado Barro Preto. caizinho, para a formação do patrimônio e a
Monsenhor Cândido Rosa, considerado construção da Igreja Nossa Senhora do Patro-
um dos fundadores do Patrocínio do Sapucaí cínio, visto que monsenhor Cândido de Rosa
e de São José da Bela Vista, vendo tamanha tinha especial devoção a essa santa.
aglomeração de “fiéis”, resolveu intervir, no O documento de doação foi passado
sentido de incentivar esse povo a fazer doação por Joaquim Carlos Monteiro e sua mulher
de um terreno para o patrimônio de Nossa no tabelionato de José Ferreira Mendes, em
Senhora do Patrocínio, a fim de fundar uma Franca, a 14 de julho de 1869.
freguesia no Barro Preto ou no Turvo. Uma cópia desse documento foi feita,
Provavelmente, já em 1867 fora cele- em 16 de janeiro de 1895, e anexada à fo-
brada a primeira missa no Barro Preto, onde lha 2, do Livro Tombo nº 1, da Paróquia de
queriam fundar a igreja com o título de San- Patrocínio Paulista. Nesse mesmo Livro, foi
to Antônio. Porém, a Fazenda do Turvo era também afixada a folha de assinatura daqueles
mais apta para esse fim, porque por ela passa- que fizeram a subscrição pública, colaborando
va a estrada para Santa Rita de Cássia e outros para adquirir o patrimônio, mas infelizmente
lugares vizinhos. ela não mais se encontra ali arquivada, vítima
Essa missa foi celebrada em um templo que foi das intempéries ou de pessoas ines-
coberto de capim, em um rancho improvisado crupulosas que desconhecem a importância
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DE CAPELA A MUNICÍPIO
Da formação de uma capela ao estabelecimento de um município, existe um percur-
so de denominações. Vamos entender melhor quais são e o que significam:
Capela: pequeno templo fundado pelos nobres ou senhores nas terras de sua pro-
priedade, geralmente ao lado de sua casa. Convertia-se muitas vezes em Paróquia, for-
mando uma Vila.
Freguesia: sede de uma igreja paroquial que servia para a administração civil. Era a
categoria oficial em que era elevado um povoado, quando nele havia uma capela adminis-
trada por um pároco que era mantido à custa dos moradores, que lhe pagavam um valor
anual para o seu sustento.
Vila: unidade político-administrativa autônoma equivalente a Município, trazida de
Portugal para o Brasil no início da colonização, tendo perdurado até fins do século XIX;
toda vila deveria possuir Câmara e cadeia, além de um “pelourinho” – símbolo da autono-
mia; termo empregado em substituição a Município, pois este não podia ser empregado na
colônia, ou seja, em terras não emancipadas.
Termo: território da Vila, cujos limites são imprecisos. Tinha a sua sede nas Vilas ou
Cidades respectivas e era dividido em Freguesias, limites, raias ou marcos divisórios, que
extremam uma área circunscrita.
Cidade: título honorífico concedido, até a proclamação da República, pela Casa Impe-
rial, a Vilas e Municípios, sem nada acrescentar à sua autonomia. A partir da Constituição de
1891, esse poder é delegado aos Estados, que podem tornar Cidade toda e qualquer sede de
Município. Nome reconhecido legalmente para as povoações de determinada importância.
Município: divisão administrativa de origem romana, levada pelos romanos para a
Península Ibérica, e de Portugal trazida para o Brasil. Equivale à Vila e define a menor uni-
dade territorial político-administrativa autônoma. Entre os romanos, a Cidade que possuía
o direito de se administrar e governar por suas próprias leis; no Brasil, substitui definitiva-
mente o termo “Vila” a partir da República, tendo aparecido pela primeira vez na legislação
na Carta Régia de 29 de outubro de 1700.
Igreja Matriz.
29
PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
N ossa Senhora do Patrocínio, Santa Bárbara das Macaúbas e Nossa Senhora do Pa-
trocínio de Sapucaí foram os nomes recebidos por influência da padroeira, cujo templo se acha
próximo ao Rio Sapucaizinho, que por sua vez deságua no Sapucaí, popularmente chamado de
“Garimpo do Sapucaí”.
Segundo Karl Von Martius, o nome “Sapucaí” ou “Sapucaia-hy” significa Rio da Gali-
nha, e “Sabia-caia-hy” significa Rio da Sapucaia.
Já o dr. João Mendes de Almeida, em seu Dicionário Geográfico da Província de São Paulo,
escreve que Sapucaí é uma corruptela de “Há-pug-quai-i”,ou seja , um fluxo d’água que sofre
sucessivos cortes, furos e cinturas – “ha” = cortar, talhar; pug = furar, arrebentar; quai = fazer
cintura, estreitar, e i = preposição de perseverança. O “h” aspirado parece soar “ç”; alusivo a ter
saltos e cachoeiras, bem como gargantas (furos) feitas nas rochas.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
Teodoro Sampaio, no livro Tupi na Geo- oblongas e acuminadas, flores grandes, carnosas,
grafia Nacional, diz que “Sapucaí ou sapucaia-y”, violáceo-pálidas, e com muitos estames fundi-
significa rio das sapucaias. dos, sendo os frutos enormes cápsulas lenhosas
Segundo o Novo Dicionário Aurélio, sa- e cilíndricas, com grandes sementes oleaginosas,
pucaia é uma árvore da família das lecitidáceas muito apreciadas como alimento saboroso, e de
(Lecythis pisonis), da Floresta Atlântica, de folhas madeira ótima para obras externas.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
1913 – Felício Radesca, imigrante de Monte Sano, Itália, instala o primeiro cinema
da cidade, o “Sete de Setembro”, abrigando-o numa antiga casa comercial adaptada, na
esquina das ruas Cônego Peregrino e Voluntários Paulistas. Posteriormente, houve uma
mudança de proprietário e ele passou a chamar-se “Cine Paratodos”. Com o tempo surgi-
ram outros, como o “Cine Teatro Continental”, gerido pela empresa Marcelino Carraro, até
1955; em 1958 surge o “Cine Flórida”, inicialmente de propriedade de Lourival Falleiros,
que passou por vários outros proprietários e funcionou até 1982.
1919 – O jornal O Progresso nasceu em meados desse ano. Tanto é certo que o
exemplar n° 263, de maio de 1925, traz abaixo do título uma referência ao “Anno VII”.
Figuravam como redatores Nabuco e Marcos Rialto, sendo proprietário João Machado. O
último exemplar localizado traz o n° 24 e vem datado de 23 de março de 1923.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
1924 – Nesse ano, o município perde dois expoentes de sua história. Em 13 de junho,
falece na cidade o capitão João Novato, considerado o primeiro benemérito da Santa Casa
de Misericórdia de Patrocínio Paulista. Contava 60 anos (1864-1924) de idade, era viúvo e
tinha 7 filhos. Foi homenageado por necrológio do jornal O Progresso, de 15 de junho. Em
19 de novembro, faleceu o poeta Jorge Faleiros, patrocinense nascido em 3 de novembro de
1898, filho de Francisco Cândido de Assis Falleiros e d. Ana Cláudia Falleiros. Faleceu em
São José dos Campos, SP, com apenas 26 anos de idade. Poeta muito culto e de grande
sensibilidade, que nos legou belos poemas editados em seu livro póstumo Nirvana – esse
livro foi reeditado com acréscimos durante o mandato do então prefeito José Milton Falei-
ros. O nome do poeta foi dado, pela Lei nº 4.418, de 26 de novembro de 1957, ao Ginásio
Estadual de Patrocínio Paulista, que passou a chamar-se Ginásio Estadual “Jorge Faleiros”.
1935 – Em janeiro, editado inicialmente por Ricardo Pucci, tendo como redator o sr.
Lourival Fernandes, nasce o jornal O Garimpeiro. Em maio, contudo, Rubens Alves Leite
passa a ser o seu editor, substituindo a Ricardo Pucci; também Lourival Fernandes deixa
a redação. O jornal findou com o ano. Na mesma gráfica em que era impresso e editado
O Garimpeiro, ainda em 1935, renascia o A Cidade. Sabe-se que o jornal teve existência
anterior, em data imprecisa, pois no exemplar obtido consta “2ª PHASE”. Editado por seu
proprietário, Rubens Alves Leite, tendo como redator o sr. Augusto Novato, supõe-se que
A Cidade também nesse período teve curta vida, deixando de circular, talvez, em 1936.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
1953 – Criação da Escola Estadual “Jorge Faleiros”, com ato publicado no DOE, de
30 de dezembro de 1953, tendo como mentor o sr. José Alves de Souza Faleiros Júnior,
profº e farmacêutico da cidade.
1955 – Em 10 de março, o antigo Frigorífico Sapucaí Paulista S/A passa a fazer parte
da Cooperativa Industrial Agropecuária de Patrocínio Paulista, prestando serviços a seus
associados, abatendo o gado de corte, fornecendo carne verde aos açougues da região,
produzindo grande quantidade de embutidos e também produzindo charque, sebo e outros
derivados de que o comércio regional necessitava.
1970 – No dia 27 de setembro, o sr. Emílio Bertoni fundou o Sindicato dos Trabalha-
dores Rurais de Patrocínio Paulista e Itirapuã.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
1973 – A Igreja Evangélica Assembleia de Deus foi fundada na cidade por alguns
fiéis vindos de Franca, visando a propagação do Evangelho.
1976 – O Sindicato Rural de Patrocínio Paulista foi fundado pelos senhores Juca
de Andrade, Tarcísio Leite, Edson Castro do Couto Rosa e outros, que criaram uma nova
entidade em Patrocínio Paulista para representar a agropecuária. Em 12 de setembro, foi
fundada uma nova entidade que recebeu o nome de Centro Espírita Cristo Consolador.
1987 – Uma antiga aspiração dos moradores da Fazenda Lambary se realizou com a
construção da Capela de Santa Clara de Montefalco. No mesmo ano, frei Custódio se des-
ligou do cargo de pároco e o bispo diocesano d. Diógenes Silva Matthes deu posse como
administrador paroquial ao padre Ciríaco Remón y Remón.
1988 – Em 29 de julho às 5h30, faleceu o padre Inocente Osés, aos 91 anos, após
longa enfermidade. No mesmo ano, a Loja Maçônica Fênix passa a funcionar.
1989 – No dia 22 de junho, faleceu o padre Ciríaco Remón y Remón, então o padre
Alaor dos Santos se encarregou da paróquia de Santa Clara até a nomeação do novo pá-
roco: padre Rosalvo de Miranda, em 7 de setembro. A Comunidade Evangélica “Adonai”
(Meu Senhor) é fundada por um grupo de cinco “irmãos”, Mauro Apolinário, Marildo Gabriel,
Sandro, Eduardo e Francisco. Nesse mesmo ano, surgiu a Instituição Assistencial Frede-
rico Ozanan, fundada com o objetivo de acolher pessoas desabrigadas e desamparadas.
Foi inaugurada em 10 de dezembro e durante sua trajetória de existência a instituição teve
vários presidentes. Atualmente, a presidente é a sra. Nilza Bernardo da Silva. Ainda em
1989 surge o Grupo de Folia de Reis chamado “Os Patrocinenses”, formado por 12 Inte-
grantes, liderados pelo seu fundador, sr. Antônio Silvestre da Silva (o embaixador da Folia).
1990 – O teatro surgiu em Patrocínio Paulista durante a gestão do prefeito José Mil-
ton Faleiros, quando Ana Maria Faleiros recebeu o edital de um curso de teatro promovido
pela oficina cultural Cândido Portinari, de Ribeirão Preto, e fez uma parceria com o sr. Da-
vid Cabral, profº pedagogo e instrutor de teatro, que trouxe a proposta de formação de um
grupo teatral, o projeto “Claraboia”.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
Propedêutico Nossa Senhora do Patrocínio. Tomou posse como vigário paroquial o padre
Marco Antônio Gimenez Garcia e seu coadjutor, Marcos Valentin Nerone. No dia 13 de fe-
vereiro foi inaugurado o Seminário pelo bispo diocesano, d. Diógenes Silva Matthes, com o
nome de Seminário Diocesano Casa Propedêutica, contando com sete seminaristas cursan-
do o 2° grau na E.E.P.S.G. Jorge Faleiros. A Paróquia de Itirapuã, que era anexada a ela, no
dia 28 de dezembro, passa a ser dirigida pelo padre Marcos Valentin Nerone, que deixou de
trabalhar em Patrocínio e tomou posse na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Itirapuã.
1995 – A ideia de formar um grupo de congada na cidade foi do idealista sr. Joaquim
Cândido Garcia, que em 20 de abril criou o Grupo de Congada Unidos de Patrocínio Paulis-
ta. Desde sua criação até os dias atuais o Grupo teve como capitão o sr. Sebastião Freitas
da Silva. No início, o Grupo chamava-se Marinheiros de Santa Cruz, e hoje tem o nome de
Unidos de Patrocínio Paulista.
1997 – Em abril de 1997, as obras da capela do bairro Santa Cruz foram concluídas,
com salas para catequese, cozinha e banheiros. Já as da Matriz foram concluídas em se-
tembro do ano seguinte. Foi fundada a Igreja do Evangelho Quadrangular, pelo casal de
pastores Aparecido Bueno e Viviane Bueno.
1998 – A empresa Jussara inaugura uma das mais modernas plantas industriais do
País, em Patrocínio Paulista, onde hoje funciona sua sede. Em 3 de setembro, surge na
cidade o Rancho JP, restaurante de comida típica mineira e goiana. Ainda em 1998, inicia-
-se o Projeto Sonho de Criança.
2000 – A J.A. Saúde Animal foi fundada em Patrocínio Paulista por José Abdo de
Andrade Hellu. Hoje, consolidada no mercado, é uma indústria farmacêutica que atua no
setor veterinário, desenvolvendo, fabricando e comercializando medicamentos para bo-
vinos, equinos, suínos, caprinos e ovinos. Em 8 de dezembro, celebrou-se a Eucaristia
de Ordenação Sacerdotal do patrocinense padre Flávio Augusto Cícero, que atualmente
exerce seu ministério na Paróquia Cristo Rei, em Orlândia.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Em 2 de dezembro, tomou posse o novo pároco da cidade, o padre Heriberto dos Santos,
que veio da paróquia Sant’Ana. Após a renúncia de padre Heriberto, no dia 15 do mesmo
mês, toma posse o padre Ângelo Pignoli, no cargo de administrador da Paróquia Nossa
Senhora do Patrocínio, designando o padre Alessandro Marcos de Souza e o padre Mário
Reis Trombeta como cooperadores do administrador paroquial.
2004 – O show “Sonho de Criança” passou a dar as oportunidades para crianças com
necessidades especiais, sendo depois reestruturado já então como “Projeto”.
2006 – O Projeto Sonho de Criança teve o privilégio de contar com a participação das
crianças da APAE de Patrocínio Paulista, e continuam fazendo parte da equipe, contribuin-
do para o início da inclusão de alguns alunos da APAE na rede de educação do município.
Em 1º de dezembro, a Banda Marcial de Patrocínio Paulista foi criada, por meio do projeto
de Lei Municipal n° 2.131/06, tornando-se uma corporação musical da cidade. Com ela foi
implantado o Programa de Iniciação Instrumental para a comunidade. Em 8 de julho, foi
celebrada a Eucaristia de Ordenação Sacerdotal do padre Jurandir do Nascimento. Em 29
de novembro, com a aceitação da renúncia de d. Diógenes Silva Matthes pelo papa Bento
XVI, d. Caetano Ferrari torna-se segundo bispo diocesano de Franca, tomando posse do
cargo no dia 7 de dezembro.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
6 - DESENVOLVIMENTO
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Plantação de cana-de-açúcar.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
utilizam os dejetos para aplicação em outras que 30 hectares de café. Essa cultura concen-
culturas, principalmente o café. tra-se nos pequenos e médios agricultores.
MILHO E SOJA
Devido às condições econômicas, essa
atividade tem sido pouco explorada. O nível
tecnológico na cultura da soja pode ser classi-
ficado como médio/alto.
Quanto à cultura do milho, o nível tec-
nológico é bastante heterogêneo e seu cultivo
se dá, na grande maioria, em pequenas pro-
priedades, sendo cultivado, principalmente,
como suporte à pecuária. Cafezal na Fazenda São João.
Colheita de milho.
APICULTURA
A apicultura surgiu na década de 1980
no município, com o apiário Bomm Mel, de
propriedade de Ana Maria Faleiros, porém,
Plantação de soja em Patrocínio Paulista.
ainda é bastante incipiente e praticada por
pequenos apicultores, mas que sabem da im-
CAFÉ portância das abelhas para a manutenção da
A cafeicultura ocupa, hoje, uma área de vida no Planeta, por seu papel na polinização
2.148,3 hectares, representando 3,9% da área das plantas.
total do município. Aproximadamente 161 Eis alguns apicultores: Hélio Gondin,
agricultores estão envolvidos com esta ativida- Galdino Santos de Almeida, “Senhor Santinho”,
de, sendo que 60% deles possuem área menor e Célio Rodrigues, da Fazenda Santa Edwiges.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
CREDICOONAI EM PATROCÍNIO
PAULISTA
Usina CEVASA.
Porém, em 1955, ela já se torna uma das São Paulo, em Araxá – MG, onde iniciou suas
primeiras empresas do Estado de São Paulo operações no segundo semestre de 2009.
a produzir leite pasteurizado, embalado em A empresa ainda expandiu sua rede leitei-
garrafas de vidro e distribuído em domicílios ra, que conta hoje com doze postos de captação
por carroceiros. distribuídos pelos Estados de Minas Gerais,
Em 1970, seu leite foi um dos primeiros São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Em
a ser embalado e distribuído em saquinhos. 2010, a Jussara estreou entre as 1.000 maiores
Em 1993, com o início da produção do lei- empresas do País pelos anuários Maiores e Me-
te pasteurizado em embalagem cartonada, a lhores da revista Exame e Valor 1000, do jor-
Jussara estabeleceu-se também como uma das nal Valor Econômico. Já em 2011, em pesquisa
pioneiras nesse processo de envase. A partir publicada pela Leite Brasil (Associação Brasilei-
de 1996, a empresa já investia no processo de ra dos Produtores de Leite), a Jussara integra
embalagem do leite longa vida. a lista dos treze maiores laticínios do País, de
Em 1998, a Jussara inaugurava uma das acordo com critério de volume de leite proces-
mais modernas plantas industriais do País, sado. Estreante no ranking, a Usina de Laticí-
na cidade de Patrocínio Paulista, onde hoje nios Jussara é indicada como a 9ª maior em-
funciona sua sede. Em 2005, a empresa con- presa do setor, tendo sido também responsável
quistava o Troféu Ponto Extra, como melhor pelo maior crescimento em volume de proces-
fornecedor de leite longa vida. Tal premiação samento de leite durante o período avaliado.
é concedida pela APAS – Associação Paulista No mesmo ano e pela sexta vez consecutiva, a
de Supermercados. empresa foi indicada como líder de vendas em
Em 2006, impulsionada pelo crescimen- leite longa vida no interior de São Paulo.
to do mercado, a Jussara expandiu suas insta-
lações, aumentando em 80% sua capacidade
de produção e em 300% seu poder de estoca-
gem com a construção de um dos mais mo-
dernos centros de distribuição de laticínios do
País, assim, passou a fazer parte dos principais
anuários dos setores de agronegócio do Brasil,
nos quais é apontada entre os 10 melhores la-
ticínios existentes aqui. A partir desse ano, a
Jussara assumiu a liderança em leite UHT no Laticínios Jussara.
Estado de São Paulo, segundo pesquisas reali-
zadas pela ACNielsen e publicadas pelas asso- REDE MÁRIO ROBERTO
ciações paulista (APAS) e brasileira (ABRAS) Marca fundada em meados dos anos
de supermercados, posição a qual detém até 1970, primeiramente desenvolvida e utilizada
hoje, figurando ainda como um dos maiores na produção de calçados, começou sua história
fabricantes de leite longa vida do Brasil. junto à cidade de Patrocínio Paulista na agro-
Em 2008, a empresa abriu uma nova pecuária. Nos anos 1980, passou a ser referên-
divisão, a Jussara Agro, com o objetivo de cia no setor de combustíveis – a empresa come-
atender com rações e produtos agropecuários çou com um posto na cidade e hoje conta com
a seus produtores. Com isso, ela anunciou sua uma rede de oito postos pela região, sendo dois
primeira planta industrial fora do Estado de no município de Patrocínio Paulista.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
grucci, em meio à natureza, situado às mar- nacional até iniciar a produção da sua própria
gens do Rio Sapucaizinho. cachaça, a Cachaça Premium Elisa.
O nome do Restaurante Rancho JP foi Alguns pequenos segredos desenvolvidos
uma homenagem do casal Carlos e Vilma Ma- por Bruce na produção da Cachaça Elisa torna-
ria Pigrucci aos filhos, cujos nomes, unidos, ram-na uma das melhores do Brasil.
formam as inicias JP. A Cachaça Elisa é produzida em peque-
Com receitas e temperos caseiros, a es- na escala, com cana-de-açúcar plantada na
pecialidade da casa é a culinária brasileira, que própria fazenda, colhida manualmente, sem
leva os seus degustadores a uma viagem cultural queima, e moída imediatamente após o corte.
de paladares pelas deliciosas comidas mineira e Fermentada em curto espaço de tempo, com
goiana, com sabores de dar “água na boca”, sem- cepas de fermento selecionadas, em processo
pre preparadas carinhosamente pela chef Vilma integrado com o meio ambiente. Destilada
Maria Pigrucci, natural do Estado de Goiás. duas vezes em alambiques de cobre, da qual se
Em 2009, a família Pigrucci, atendendo aproveita apenas o “coração” da cachaça.
aos pedidos de muitos, ampliou os seus negó- A Cachaça Elisa Prata é descansada por
cios e inaugurou uma unidade do Rancho JP, dois anos em tonéis de amendoim e a Cacha-
na cidade de Franca, SP. ça Elisa Ouro, além de descansada em tonéis
de amendoim, é envelhecida por quatro anos
em barris de carvalho europeu, de 200 litros,
até atingir sua maturidade. A Cachaça Elisa
é ganhadora de prêmios máximos no Con-
curso Nacional de Avaliação de Qualidade
da Cachaça, o concurso mais sério do gênero,
realizado pela USP, com especialistas interna-
cionais e seguindo rigorosos critérios de ava-
Rancho JP. liação química e sensorial.
A Fazenda Santa Elisa é hoje dirigida
CACHAÇA PREMIUM ELISA
por Christian Johnson, filho de Bruce, que
A produção da Cachaça Elisa foi iniciada faleceu em 2007, em Patrocínio Paulista.
em 1997, na Fazenda Santa Elisa. A empresa Fonte: <www.cachacaelisa.com.br>.
familiar foi fundada em 1972, em Patrocínio
Paulista, pelo profº Bruce Baner Johnson, um
norte-americano que radicou-se no Brasil, pela
paixão que sente, não apenas pelo País, mas pela
cultura e principalmente pela cachaça. Casou-se,
nos anos 1960, com Inez Figueiredo Falleiros
Johnson, natural de Patrocínio Paulista; filha de
Elisa Figueiredo Falleiros e José Alves de Souza
Falleiros Júnior (sr. Juquinha); e neta de produ-
tores de cachaça (Cachaça Barra Grande).
Bruce passou anos estudando e desen-
volvendo uma metodologia exclusiva e inova-
dora para aperfeiçoar a produção dessa iguaria Cachaça Elisa.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
7 - EDUCAÇÃO
Festa Junina.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Atualmente, o município possui cin- ficava entre as atuais ruas Major Goulart e
co unidades escolares na zona urbana, sendo Cônego Peregrino.
uma escola municipal de Educação Infantil, Por volta de 1926, as irmãs partiram
designada EMEI “Professora Gercyra de An- para a França e o colégio fechou suas portas.
drade”, atendendo alunos na faixa etária de 3 Mas muitas escolas foram abertas por
a 5 anos; duas escolas de Ensino Básico de 1ª particulares e pela municipalidade para atender
a 5ª séries, sendo municipalizadas, que são a à demanda da cidade que crescia.
EMEB “Irmãos Matos e a EMEB “Professor Assim, surgiram: a escola particular do
Luiz Andrade de Freitas”, com o Ensino Su- Prof. Manuel Francisco Bueno, para o sexo
pletivo – Modalidade Suplência I; uma Escola masculino; as escolas particulares das profª
Estadual de Ensino Fundamental e Médio, Carolina Alves Ferreira e Maria da Penha
com o nome de “Jorge Faleiros” e a Escola de Schumann, para o sexo feminino; as escolas
Educação Especial Juca de Andrade, tendo municipais regidas pelas profª Maria Augus-
como mantenedora a APAE. ta Falleiros e Maria Venâncio Falleiros, am-
Em 1905, surgiu em Patrocínio Paulista bas para meninas; e a escola do Prof. Alfredo
uma escola do sexo masculino, no início aten- Áureo Ferreira, que funcionava no pavimento
dendo 20 alunos, sob a regência do vigário superior da antiga Cadeia.
Heriberto Goettersdorfer, tendo como profº. Ainda são lembradas as escolas rurais:
Randolfo Braga. A escola foi instalada em uma Maestro Joaquim Garcia de Paiva Júnior,
casa cedida pelo coronel Joaquim Goulart. 1910-1911 (Escola da Fazenda Córrego Fun-
Em 1907, a escola mudou-se para um do); 1912-1914 (Escola da Fazenda da Mata);
prédio construído na esquina das ruas 7 de Se-
tembro (atual Cel. João Villela) e das Laranjei-
ras (atual Major Goulart) com o nome de Co-
légio Paroquial Dom José de Camargo Barros.
Em 21 de outubro de 1913, as irmãs
da Congregação Jesus Maria José chegaram
e instalaram um colégio na cidade. No iní-
cio, a escola atendia como externato, sediada
provisoriamente onde funcionou o Colégio
Paroquial Dom José de Camargo Barros.
Posteriormente, construíram um prédio que Projeto Horta.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
1915-1916 (Escola da Fazenda Santa Luzia); sr. todas vinculadas à EEPG “Irmãos Matos”, si-
Tondas, 1930 (Fazenda Retirinho); Maria Ne- tuadas nas fazendas Vila Rica, Barranco Alto,
ves de Andrade, 1930-1932 (Escola da Fazenda Betânia, Bonfim, Colorado Agropecuária S/A,
Bela Vista e da Fazenda Santa Fé); José Franco Furnas, Granada, Nossa Senhora Aparecida
Filho, 1931 (Escola da Fazenda Paraíso); Al- (Esmeril), Nossa Senhora Auxiliadora, Reti-
caym de Souza, 1933-1935 (Escola da Fazenda rinho, Santa Cecília, Santa Fé, Santa Cruz,
Estiva); Euvira Magna Falleiros, 1935 (Escola Santa Eulina, Santa Inês, Santa Maria, Santa
da Fazenda Campo Limpo); Odette de Andra- Rita, Santa Terezinha, Santana e São Tomé.
de, 1937-1938 (Escola da Fazenda Santa Izabel
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Chagas); Enói Falleiros, 1939-1940 (Escola da
Fazenda Santa Izabel Chagas); Leonízia Vieira
BÁSICA “IRMÃOS MATOS”
Faria (d. Nizinha), 1940-1941 (Escola da Fa- A antiga Escola Estadual de 1º Grau “Ir-
zenda Estiva); Zoraide Falleiros, 1940-1942 mãos Matos”, segundo o Almanaque Históri-
(Escola da Fazenda Taquaral); Araci Arruda co, iniciou suas atividades nos anos 1920, com
de Figueiredo (Escola da Fazenda Esmeril); o nome de Escolas Reunidas de Patrocínio
Joaquina Rocha, 1934 (Escola da Fazenda São do Sapucahy.
Luiz); Maria Conceição D’Elia, 1934 (Escola No ano de 1922, o atual prédio da pra-
da Fazenda São Joaquim); Filomena Graciosa ça Altino Arantes foi concluído e, a partir de
de Figueiredo, 1935 (Escola da Fazenda Santa 1932, a escola passou a se chamar Grupo Es-
Eulina); João Cândido Falleiros (Escola da Fa- colar de Patrocínio.
zenda Taquaral); e Henrique Machado (Escola Em 1949, com a mudança do nome do
da Fazenda Taquaral). município, a escola passou a chamar-se Gru-
Aos poucos essas escolas, particulares ou po Escolar de Patrocínio Paulista.
municipais, foram sendo transformadas em Depois, por meio de uma pesquisa de
estaduais. Ao findar o ano de 1984, Patrocí- opinião pública, a escola ganharia seu novo
nio Paulista contava com 29 escolas isoladas, nome, Grupo Escolar “Irmãos Matos”.
Desfile de 7 de setembro.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
QUADRO DE DIRETORES
Dante Guedine Filho (1962-1963),
Alunos do EJA. Armando Amaral (1964-1975), José Cla-
ret Mendonça (1979), Zilda Maria de Frei-
pervisores da Delegacia de Ensino de Fran-
tas Andrade (1980-1989), Sandra Maria
ca solicitaram o encerramento das atividades Ataíde Requel (1990-1993), Maria Apare-
da Escola Municipal de Ensino Supletivo de cida Freitas Faleiros (1994-1995).
Patrocínio Paulista e a incorporação dessa de- Em 1996 a escola esteve fecha-
manda pela Escola Municipal de Ensino Fun- da. Valquíria Veríssimo Ribeiro (1997-
damental “Professor Luiz Andrade de Freitas”, 1998), Maria Isabel de Andrade Figueire-
ficando o acervo e a documentação do referido do (1999-2000), Alba Maria Berteli Tolói
(2001-2004), Juliana Maria da Silva Cor-
estabelecimento sob a guarda da então deno-
rêa (2005-2008), Suzeli do Nascimento
minada Escola Municipal “Profo Luiz Andrade (2009-2012).
de Freitas” (Ensino Fundamental e Supletivo).
Pelo Decreto nº 43.072, de 4 de maio
de 1998, Patrocínio Paulista foi autorizado,
pela Lei Municipal nº 1.785, de 4 de agosto
de 1999, a celebrar o convênio entre a Secre-
taria e o Município, visando assegurar a conti-
nuidade de implantação e o desenvolvimento
do programa de Ação de Parceria Educacional
Estado-Município, para o desenvolvimento
do Ensino Fundamental, de 1ª a 4ª séries.
Então, em 2000, ela passa a chamar-se
Escola Municipal do Ensino Fundamental e
Supletivo Professor Luiz Andrade de Freitas.
No período de 2007 a 2009, seu nome é alte-
rado para Escola Municipal do Ensino Fun-
damental Professor Luiz Andrade de Freitas.
Em 24 de dezembro de 2009, ela passa para
o regimento escolar – Educação Básica do
Município de Patrocínio Paulista, pela Lei nº
9.394/96, a funcionar com turmas de 1ª a 5ª
séries. Em 2010, torna-se Escola Municipal
de Educação Básica Professor Luiz Andrade
de Freitas. Alunos da EMEB Profo Luiz Andrade de Freitas.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
E.E. JORGE FALEIROS veram a sua formação básica, uma vez que o
No início da década de 1950, a popu- atendimento na escola é de 1.500 alunos em
lação de Patrocínio Paulista reivindicava uma média ao ano. Instalada na rua Pio Avelino,
escola pública que permitisse a continuidade no 908, em espaço privilegiado, em meio a
aos estudos a todos, que até então se restringia pátios arborizados, com perfeitas condições
ao Curso Primário. de acessibilidade para todos, a Escola Jorge
Assim, em 30 de dezembro de 1953 foi Faleiros conta com a participação de pais e
criada a Escola Estadual Jorge Faleiros, tendo comunidade para garantir o bem-estar e a
como mentor o sr. José Alves de Souza Fallei- aprendizagem dos alunos, funcionando in-
ros Júnior, professor e farmacêutico da cidade. clusive nos finais de semana com o Programa
De início, a escola funcionou com classes Escola da Família.
do antigo Curso Ginasial, com professores da Jorge Faleiros: trabalho coletivo na for-
cidade e outros de Franca. Anos depois de sua mação de cidadãos para o mundo.
criação, ela cresceu, consolidou-se e ampliou seu Texto da diretora Suraia Haber de Figueiredo.
atendimento com a instalação do Ensino Médio.
Seu funcionamento inicial deu-se no QUADRO DE DIRETORES
prédio localizado em frente à Prefeitura Mu- José Alves de Souza Júnior (1964);
nicipal, transferindo-se em 1974 para o pré- Maria Aparecida Figueiredo Pereira
dio atual. Com o crescimento da população (1966 e 1968); Maria Thereza Coelho
de Patrocínio Paulista, a escola passou por Lima (1971); Thereza de Lourdes Bellato
diversas ampliações: das sete salas de aula ini- Kaluf (1974-1975); Zilda Maria Andrade
ciais, hoje ela conta com 17, já insuficientes Freitas (1979); Dirma de Almeida Puppo
(1982-1983); Dalton Garcia de Andrade
para abrigar a clientela do curso diurno.
(1984-1986); Rosa Maria Andrade Freitas
Ressalta-se a importância dessa unidade (1987); Dalton Garcia de Andrade (1988);
escolar, que muito contribuiu para a história Dora Lucia Barcelos Cintra (1989); Suraia
de Patrocínio Paulista, já que muitos patro- Haber de Figueiredo (1990-2012).
cinenses passaram por seus bancos e nela ti-
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Brinquedoteca.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
Projeto Horta.
No período de 1989 a 1992, todas as gem à educadora que, com muita paciência,
classes de Educação Infantil passaram a funcio- bondade e carisma, exerceu com afinco o seu
nar na Creche e na EMEB Prof. Luiz Andrade papel. Nesse mesmo ano também os alunos
de Freitas. A escolinha passou a chamar “Gente passaram para um prédio novo e muito mais
Miúda” e permaneceu assim até o ano de 1996. amplo, na rua Heriberto Borges de Freitas,
Em 1993, foi criado um sistema de nº 1.535, no bairro Nova Patrocínio. Em 26
transporte municipal para que as crianças pu- de março de 1997, o nome da escola foi ofi-
dessem estudar, chegar à escola, já que a maio- cializado: Escola Municipal de Educação In-
ria tinha que andar muito para estudar, pois fantil Profª Gercyra de Andrade. Atualmente,
não havia ônibus para todos. Assim, as classes essa EMEI atende crianças de 3 a 5 anos, em
foram divididas (manhã e tarde) em cada um dois períodos (manhã e tarde).
desses núcleos: P.S. Bandeirante; P.S. Nova
Sapucaí; P.S. Santa Cruz e também no anti- QUADRO DE DIRETORES
go prédio da E.E. Jorge Faleiros. Em 1994,
essas classes voltaram para o antigo prédio da Valquíria Veríssimo Ribeiro (1997-
1998); Rosa Maria de Andrade Freitas
E.E. Jorge Faleiros, em três períodos de aula.
(1999-2003); Eliana Raquel Figueiredo
Com isso, a Prefeitura aumentou o número de Andrade (2004); Alessandra Mariana
de turmas e disponibilizou mais ônibus para do Carmo Figueiredo (2005); Leandro
transportar as crianças. Donizeti Xavier Silva (2006-2008); Jo-
Em setembro 1996, ela passou a cha- sianne Sanches Bianchini (2009-2012).
mar-se Gercyra de Andrade, em homena-
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
ARTES
A arte está presente na história humana desde os tempos mais remotos e é um dos fatores
que nos diferenciam dos demais seres vivos. As produções artísticas são de grande ajuda para
o estudo de um período ou de uma cultura em particular. Pode ser simples ou complexa, mas
revela valores do meio em que é produzida.
É a expressão de todo um povo: de suas lutas, seus anseios, suas realizações. A arte é ino-
vação constante. É na arte que o artista se vê livre para expressar seus sentimentos, nas mais
diferentes linguagens, compostas de imagens e símbolos, pelos quais o homem se comunica
com outros homens.
Texto de Surlene Maria Devós Faleiros
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Em Patrocínio Paulista, as atividades ar- por marchas militares. Com a difusão dos co-
tísticas sempre estiveram presentes ao longo nhecimentos musicais desse grande maestro,
da história, além de que muitos patrocinenses a cidade ganhou vida nova, com a orquestra
se destacaram em alguma atividade artística, tocando em saraus, reuniões familiares, bailes
ou pessoas que, mesmo não sendo filhos dessa e serenatas. Muitos instrumentistas e serestei-
terra, dedicaram-se no sentido de engrandecer ros percorriam as noites enluaradas de Sapu-
as artes na cidade. caí, cantando sob os lampiões as suas mágoas,
Poetas e escritores: Jorge Faleiros; Osó- desventuras e amores: José Patrocínio Ferreira
rio Falleiros da Rocha; e Magno Dadonas, – “José Batuque”, João Macedo Teixeira, João
“Mel de Pau”, talentoso poeta que modesta- Novato de Andrade, João Marcolino Ferreira,
mente se ocultava sob esse pseudônimo; José Sebastião Lacerda – “Caipora”, Waldemar
Pedro de Andrade e Sérgio Alberto Faleiros. Olegário do Nascimento e muitos outros.
Músicos: Joaquim Garcia de Paiva Jú- Por volta de 1960, inspirados no lega-
nior; Mercedes Garcia de Andrade; e Euler do do maestro Garcia, forma-se na cidade
Rocha Garcia. um novo conjunto de serestas. Para isso,
Pintores: Joaquim Garcia Lopes Sobri- muito contribuiu a capacidade musical do
nho – “Tio Quincas”, pintor e poeta; Valdo- profº Vicente Paula Rosa de Souza, que aqui
miro Renato do Nascimento; Ruben Goulart passou a lecionar acordeom, violão e piano.
de Andrade; Alexandre Nogueira Falleiros; O grupo, denominado “Conjunto da Sauda-
Antônio Miguel do Nascimento; Carolina de de Maestro Garcia”, tocava em casamentos,
Freitas Reis; Maysa Faleiros; Cláudia Vascon- festas familiares e serestas. Salienta-se, ainda,
celos de Castro e Rodrigo Freitas Rodrigues. o músico francano Arnaldo Ricardo de Sou-
za, diretor do Conjunto Francano de Ama-
HISTÓRIA DA MÚSICA PATROCINENSE
dores, que sempre tocava nas festividades de
– 1885-1985 Patrocínio Paulista.
Patrocínio Paulista têm nomes perene- Destacamos os instrumentistas Álvaro
mente marcados na memória musical da cidade. Morgan de Aguiar, Irineu Gomes (violão),
Foi com o maestro Garcia que a música José Falleiros Júnior (violão), Josino Nunes de
fixou suas raízes em terras sapucaienses. Ele Souza (bandolim), Celso Alves Falleiros (vio-
chegou a Franca a convite de Joaquim Tristão lão), Herculano Custódio Moreira (violão),
de Almeida para tomar parte na Filarmôni- José Barcellos da Silva (violão), José Barcellos
ca Tristão e transferiu-se para Patrocínio, em (violão, clarineta), Álvaro Paes de Barros
1901. Dedicou-se por toda a vida à música, (violão), Maria de Lourdes Falleiros (violi-
quer compondo, orquestrando ou executan- no), Otacílio P. de Abreu (cavaco), Plínio de
do os vários instrumentos que dominava com Andrade (clarineta), Rosalino Evangelista da
perfeição. Além disso, foi professor municipal Silva (violão), Paulo Conrado do Nascimento
e rábula. A orquestra do maestro Garcia abri- (gaita), Astor Baldoino de Andrade (violão),
lhantava as sessões do Cinema São Paulo. Fa- José Barato (violão), Antônio Sabino de Araú-
zia-se a abertura, executando-se depois várias jo (acordeom), Antônio Hilário (acordeom),
músicas durante a projeção das fitas e mesmo Alceu do Carmo (violão), José Teodoro (vio-
nos intervalos. Se o filme fosse dramático, to- lão), Osvaldo Fernandes de Oliveira (violino,
cava-se valsa; se comédia, polcas e tangos; os bandolim e violão), Sebastião da Silva Filu
filmes de guerra, porém, eram acompanhados (violão e acordeom), Ana Carolina Rocha
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
(piano e órgão), Clarice Rocha (órgão), Maria cinense, nascido a 18 de novembro de 1910.
Chaves Falleiros (órgão), Gercyra de Andrade Ele compôs a música “Tapira”, gravada por
(órgão) e Geraldo Silvério (violão). Durante ele e “Gambeva” nos estúdios da Rádio PRB
muito tempo, Patrocínio Paulista foi agracia- 5, de Franca, no ano de 1945.
do com as maravilhosas melodias executadas Entre os admiradores e cantores da mú-
pelas vozes de inesquecíveis seresteiros, como sica sertaneja em Patrocínio Paulista podemos
as de João Macedo Teixeira, João Marcolino citar Osvaldo Garcia Lopes (Dico Lopes), Vi-
Ferreira, João Novato de Andrade, Sebastião cente Moreira do Nascimento, Waldomiro Al-
Lacerda (Caipora), Waldemar Olegário do ves Moreira, Benedito de Paula Marques, José
Nascimento, José Patrocínio Ferreira (José Cândido de Figueiredo Netto, José Barcellos
Batuque), José Lacerda Chaves, José Falleiros da Silva (José Pato), Alcindo Baldoino de An-
Júnior (que, aliás, gravou um disco na casa drade (Alferes), Donério Alves Costa, Artur
Edson, do Rio de Janeiro), Carlos Lelis Fal- Alves Falleiros (Barão), Benjamim Augusto do
leiros, Paulo Donizete do Nascimento, Naida Nascimento, Antônio Baldoino de Andrade,
Falleiros, José Barcellos da Silva (José Pato), Manezinho Brás, Jerônimo Garcia, Ismael Sa-
Joaquim Ernesto Falleiros, Cecília Gomes, turnino do Nascimento, Manoel Inácio, Paulo
Araci Villela dos Reis, Euler Rocha Garcia, Donizete do Nascimento, Carlos Lelis Fallei-
Walter do Nascimento, Carlos Nunes Mon- ros, Luiz de Souza, José Milton Falleiros, Laér-
teiro, Joaquim Alves dos Santos (Souza), Da- cio Alves dos Santos, Márcio Apolinário, João
rio Faleiros e José Geraldo de Andrade. Lopes Sobrinho, Olésio de Figueiredo, Luiz de
A música sertaneja em Patrocínio Pau- Souza, Pedro Cândido de Oliveira (Luiz e Pe-
lista teve como um dos seus primeiros repre- dro Barbeiro) e Noel Andrade.
sentantes, Benedito de Paula Marques, patro- Texto de Leonardo Falleiros do Nascimento
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ESPORTES
A Prefeitura de Patrocínio Paulista e seu
Departamento de Esportes mantêm o Progra-
ma Esporte em Ação, que visa massificar o es-
porte e descobrir novos talentos.
O esporte em Patrocínio já é reconhe-
cido em todo Brasil e no mundo, por isso o
acesso às praças esportivas é muito facilitado.
A cidade conta com um ginásio de esportes, o
Diamantão, inaugurado no dia 8 de outubro
de 1988; várias quadras de esportes; pista de
atletismo; um clube recreativo e uma associa-
ção para praticantes de judô, onde são prati-
Atletas patrocinenses.
cadas várias modalidades olímpicas pela po-
pulação, como a ginástica olímpica, capoeira, Quando o assunto é esporte, Patrocínio
voleibol, basquetebol, judô, futsal, natação, Paulista se enche de orgulho por ter um atleta
tênis, atletismo, jiu-jítsu, balé, taekwondo e olímpico como Matheus Inocêncio Facho e
futebol de campo, além de campeonatos de seus irmãos, Thiago, Milena, Jonas e Manoe-
futebol, de futsal, gincana da Caça ao Tesou- la, que iniciaram suas carreiras na cidade, sen-
ro, entre outros. do que dois deles continuam levando o nome
A Prefeitura oferece materiais e equipa- do município para vários campeonatos, den-
mentos modernos, além de contar com pro- tro e fora do País. O exemplo desses jovens é
fessores de larga experiência, sempre atentos seguido por pelo menos mil crianças e adoles-
ao surgimento de novas revelações. centes da cidade.
Volei.
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Manoel Villela dos Reis doou a área. Ainda Vários atletas contribuíram para o de-
sem nome próprio, o clube seguia adiante. lírio de sua fiel torcida: Osmar, Zequinha,
Em 20 de novembro de 1921 elegeu-se a nova Santino Bertelli, Alberto Magrin, Joacir, Nenê
diretoria, composta por Josino de Mesquita Ferreira, Pedro Goulart, José Batatais, Rogé-
(presidente), Francisco Custódio Falleiros (vi- rio, Dalton, Pedro Gomes, Maurício Goulart,
ce-presidente), Joaquim Ernesto Falleiros (1º João Bertelli, Rosa, Zuza e muitos outros.
secretário), João Novato e Joaquim Cândido
JUVENIL PATROCINENSE
Falleiros (tesoureiros). Antônio Luiz Pandolfi
permaneceu como diretor esportivo. Por volta de 1952/53, um policial desta-
Sete dias depois, por unanimidade, foi cado na cidade, conhecido na época por cabo
escolhido o nome da agremiação: Associação Newton, amante do esporte, começou a treinar
Esportiva Sapucayense. Parece que o campo e selecionar, para a prática do futebol, garotos
foi inaugurado em fins de 1922, mas disso na faixa etária de 13 a 18 anos. Após assistir a
não há registro exato, salvo curiosa convoca- diversos treinos e percebendo o potencial téc-
ção inserida no jornal O Progresso, em 15 de nico da garotada, orientada pelo treinador, o
outubro desse mesmo ano. desportista Hudson Carlos Falleiros, fundou
A contar daí, a A.E. Sapucayense come- um clube de futebol com o nome de Associa-
çou a colher os frutos de várias vitórias. Em ção Atlética Patrocinense, mais conhecido na
1931 formou um invejado time, do qual eram época por Juvenil, tornando-se seu primeiro
destaques Augusto Monteiro, Álvaro Morgan presidente e convidando para compor a dire-
de Aguiar, Emílio Monteiro, Lico Chaves, toria os companheiros Hélio Frederico Bertelli
Adalberto de Oliveira (Canhão), Genário Go- e o sargento Alberto Benoni Cine.
mes, Carlos Nunes Monteiro, Rosa e outros. Trataram, primeiramente, de equipar os jo-
Sempre remodelando seus quadros, o vens craques com camisas, chuteiras e outros ape-
clube teve longa vida, sendo Pedro Bertelli trechos exigidos para a prática do futebol. Promo-
seu presidente por um largo período, de 1932 veram jogos, torneios, campeonatos e construiu-
a 1949. -se um vestiário de alvenaria para os jogadores.
A primeira equipe titular do Juvenil foi
CLUBE ATLÉTICO PAULISTA composta pelos seguintes jogadores: Vicente
O mesmo Pedro Bertelli, chefe de nume- (Jiboia), Gilton e Agostinho, Alberto, Duti e
rosa família da cidade, então técnico da Coo- Lindolfo, Pedrinho Gomes, Evaldo, Joãozi-
perativa de Laticínios, resolveu montar, com nho Bertelli, Joaninha e Maurício.
o auxílio de seu filho Eros Bertelli, um novo Posteriormente, outras grandes revela-
time de futebol. Assim nasceu o Clube Atlé- ções foram surgindo nessa “escola”, que tanto
tico Paulista, dirigido por Eros, Pedro Bertelli primava pela disciplina e preparo físico; mui-
Primo (vice-presidente), Alcides Balduíno de tos desses atletas chegaram a treinar em equi-
Andrade, José de Rezende (secretários) e José pes profissionais.
Goulart (tesoureiro). O médico e massagista O Juvenil possuía uma torcida vibrante,
da equipe era o dr. Cristóvão Barcellos. que comparecia em massa ao campo. Tantos
O C.A. Paulista, a agremiação do Está- foram os títulos e troféus conquistados que –
dio dos Bambus (campo de futebol construí- mesmo com curta existência – o clube tornou-
do pela diretoria), foi ganhando destaque no -se um dos mais queridos e populares da his-
esporte da região. tória do esporte patrocinense.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
SÃO CRISTOVÃO FUTEBOL CLUBE Hamilton Couto Rosa, Galileu de Andrade Lo-
pes, Cássio do Couto Rosa, Vicente Lopes de
No mesmo ano de 1956 surgiu um novo
Andrade, Ozanan Chaves Falleiros, Evaldo Fi-
time, o São Cristóvão Futebol Clube. O clube
gueiredo e Carlos Rubens de Figueiredo. Como
teve curta vida, apenas dez meses, mas ainda
o time só atuava nos meses de férias escolares, o
assim marcou seu nome no esporte patroci-
nome escolhido foi oportuno: Os Acadêmicos.
nense. Os valorosos João Alberto, Paraguai,
José, Tibelo, Deca, Astor, Marivaldo, Airton, ESPORTE CLUBE MEIA NOITE
Valtinho, Marcos, Adilson e Matias derrota- O Esporte Clube Meia Noite foi fun-
ram o Clube Atlético Paulista, em sua própria dado, em 21 de abril de 1959, por um grupo
casa, pela contagem de três gols a dois. O São de jovens idealistas reunidos no famoso Bar
Cristóvão fora fundado por Airton Alves da Central, em Patrocínio Paulista.
Silva e Délio Alves Pinto. Entre seus jovens fundadores estavam o
OS ACADÊMICOS dr. Máximo Fernandes Filho, Hermes Trócoli
Ferro, Galileu Lopes, Marcos Lopes, Evaldo,
Em janeiro de 1956 foi fundada uma equi- Carlos Rubens de Figueiredo, Marinho Lopes,
pe de futebol chefiada por Vasco de Figueiredo, Saul Lopes, Idelmo Lopes, Agostinho, Airton,
e que teve como atletas os estudantes Pedro de Sebastião Faleiros, Nicola, Irineu Monteiro,
Figueiredo, Saul de Andrade Lopes, Agostinho Clesinho, entre outros. Foi a primeira e histó-
Alves de Figueiredo, Mário de Andrade Lo- rica reunião da agremiação na região das coo-
pes, Arildo Gomes, Marcos de Andrade Lopes, perativas. A escolha do nome ficou por último
Tirso de Andrade, Roberto Lopes de Andrade, e por uma feliz ideia de um dos participan-
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tes, quando o sino do relógio da Igreja Matriz 3 a 1 do time local. Foi também campeão
soou as doze badaladas marcando a meia-noi- municipal, com um time praticamente de ju-
te, o nome foi sugestionado, sendo escolhido niores, em 2006, vencendo o São José por 2
ao acaso e por unanimidade: Esporte Clube a 1 na prorrogação, com gol de Samuca; o
Meia Noite. técnico era Maurinho. O Clube voltou a ser
O clube disputou vários torneios e cam- campeão municipal de Patrocínio Paulista,
peonatos intermunicipais, conquistando vários na Categoria Amador, em 2011, ao vencer a
troféus e sendo muito respeitado na região. equipe do MR Panfletos por 3 a 0 na grande
O estádio foi inaugurado na tarde de 12 final, com o técnico Tito. Quando pela pri-
de março de 1961, e o Esporte Clube Meia meira vez o clube participou do Campeonato
Noite realizou vários jogos nesse campo até o Municipal de futsal, já se sagrou campeão da
dia em que finalmente foi inaugurado o tão edição de 2012.
almejado estádio, em Patrocínio Paulista, em Atualmente, o clube desenvolve proje-
23 de setembro de 1962. tos relevantes como a escolinha de futebol,
Da data de sua fundação até o dia 26 de com atletas da cidade e região, em parcerias
maio de 1974, o Esporte Clube Meia Noite com o Comercial de Ribeirão Preto, onde dis-
disputou 481 jogos oficiais e amistosos, sendo putou o Campeonato da Federação Paulista,
269 em casa, 212 em Itirapuã e em 50 cida- edição 2009, na categoria sub-17, com o Clu-
des da região de nosso Estado, além de Minas be Atlético Monte Azul, disputando campe-
Gerais. Marcou exatos 1.033 gols, sendo seus onatos estaduais nas categorias sub-15 e sub-
principais artilheiros: Galileu Lopes, com 170 17; inclusive a Copa São Paulo Júnior, edi-
gols; Sebastião Faleiros, com 85 gols; e Rober- ções 2011 e 2012, com o apoio da J&Esports
tinho Faleiros, com 80 gols. Business e Construtora Faleiros.
A maior invencibilidade de jogos do clu- Alem de ter um dos melhores campos
be ocorreu no período entre 28 de julho de de futebol da região, hoje, o clube também
1991 e 26 de janeiro de 1992, foram 18 par- conta com um amplo salão social em que são
tidas sem perder na grande região de Franca e realizadas festas, atividades culturais e de la-
sul de Minas, tendo como principal artilheiro zer, eventos e promoções aos finais de sema-
o saudoso Alexandre Lopes com 19 gols, mar- na, sempre extensivos a toda a comunidade.
cando sua história no clube. Essa equipe teve Texto de Galileu de Andrade Lopes e
ainda o atleta mais jovem vestindo a camisa José Cláudio de Figueiredo.
de titular, o Hubler Lopes, tendo Zé Cláudio
como técnico.
A atual diretoria executiva do Clube
O Esporte Clube Meia Noite conseguiu Meia Noite é composta pelos seguintes
seus primeiros títulos de campeão regional associados: presidente – Alex de Oliveira
em 22 de agosto de 2002, em dose dupla, no Costa; vice-presidente – Marcos Antônio
mesmo dia e horário; enquanto os aspirantes de Figueiredo; 1ª secretária – Néria Lúcio
jogavam em casa, sob o comando do treina- Buzatto; 2º secretário – Carlos Henrique
dor Luizinho Matias, os amadores, cujo téc- de Paula; 1º tesoureiro – Helton Donizetti
da Costa; e 2º tesoureiro – Nelmo Alves
nico era Odécio, disputavam a grande final
de Souza.
no campo do Guapuã, em Cristais Paulista,
quando precisava vencer por dois gols de di-
ferença e, no final, o Meia Noite ganhou por
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Ponte Nova.
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Festa
do Trabalhador: comemora o Nossa Gente, Nossa Cultura e Sonho
dia 1º de maio, homenagem ao trabalhador. de Criança: evento que promove música de raíz,
dança, diversão para crianças, jovens e adultos.
Festa do Peão.
CURIOSIDADES
A Festa do Peão, em 2012, chega
à sua 22ª edição e o Torneio Leiteiro de
Patrocínio Paulista, à sua 53ª edição –
são os dois maiores eventos da cidade.
Torneio Leiteiro.
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Praça do Garimpeiro.
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10 - RELIGIOSIDADE
O Brasil, ao longo de mais de 500 anos de história, construiu sua cultura com a fusão
de três raças: o índio, o branco e o negro. Do branco, recebeu influências dos europeus e asiá-
ticos; do negro, a influência da diversidade cultural vinda de várias nações africanas; do índio
nativo, os vários costumes de diversas tribos. O sincretismo dessas multiculturas deu origem à
“cultura brasileira”, diferente de todas, com características próprias, que possibilita a identifi-
cação do povo brasileiro em qualquer parte do mundo.
Igreja Matriz.
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Igreja Matriz.
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11 - SAÚDE
Santa Casa.
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Funcionando em prédio próprio, à rua Cô- Alípio de Souza, Gilberto Andrade Figueiredo e
nego Peregrino, nº 1.281, a associação mantém Jonas Rosa de Carvalho; todos eleitos em assem-
os serviços hospitalares para uso público, gratui- bleia geral, sem remuneração e privados de qual-
to e permanente, sem fazer distinção de raça, cor, quer benefício em razão dos cargos que exercem.
credo, sexo e religião dentro das proporções esta-
belecidas pela legislação e regulamentos federais PROVEDORES
e estaduais em vigor, principalmente de acordo Eis a relação, desde a fundação até
com Plano de Trabalho aprovado pelo CNAS – os dias atuais: exercício de 1908 a 1911,
Conselho Nacional de Assistência Social. Manoel Basílio de Andrade; 1912 a 1919,
A Santa Casa de Misericórdia de Patro- Francisco Custódio Falleiros; 1920, Urias
cínio Paulista é administrada por uma direto- Custódio Falleiros; 1921, José Chaves So-
ria composta por doze membros, todos asso- brinho; 1922, Sebastião de Góes Conrado;
1923, Euclydes de Campos; 1923, Francis-
ciados e residentes no município, com man-
co Custódio Falleiros; 1925, José Eduardo
dato de quatro anos. de Andrade; 1926, Affonso Alves Falleiros;
Atualmente, a Santa Casa de Patrocínio 1927, Ignácio Justino de Figueiredo; 1928,
Paulista tem como provedor o sr. Emilio Ber- José Alves do Nascimento Falleiros; 1929
toni; vice-provedor, o sr. Divino de Carvalho a 1930, Francisco Custódio Falleiros; 1936,
Garcia; primeiro tesoureiro, o sr. Francisco de Francisco de Assis Pacheco; 1938, Olavo
Assis Faleiros; segundo tesoureiro, o sr. Clésio Goulart de Andrade; 1939, Joaquim To-
bias de Figueiredo; 1940, Elpídio Falleiros;
Antônio dos Reis; primeiro secretário, o sr. Sér-
1941, José Alves de Souza Falleiros Jr.;
gio Linhares Dias; segundo secretário, o sr. Mar- 1947, Ângelo Marcolini; 1948 a 1949, Joa-
cos Marcelino de Andrade Cason; no Conselho quim Goulart de Andrade; 1950, José Tei-
Fiscal Efetivo, os senhores Geraldo Conceição xeira Marques; 1951 a 1952, José Alves de
Mendes, Antônio Roberto Voltolino e Jair Fa- Souza Falleiros Jr.; 1953 a 1955, Vergínio
leiros; no Conselho Fiscal Suplente, os senhores Carraro; 1956, Nabor de Souza Andrade;
1957, Joaquim Ernesto Faleiros; 1958 a
1959, José Teixeira Marques; 1960 a 1963,
José Alves de Souza Falleiros Jr; 1964 a
1969, Vergínio Carraro; 1970 a 1971, Tho-
maz dos Reis Chagas; 1972 a 1973, Re-
ginaldo Murilo de Freitas; 1974 a 1975,
Francisco Monteiro de Lima; 1976 a 1981,
Pio dos Santos Pereira; 1982 a 1984, Luís
Mauro de Figueiredo; 1984 a 1990, Eder-
val José dos Reis; 1990 a 1994, Sebastião
Fernandes da Silva; 1994 a 1998 – Vitor
Carlos da Silva exerceu a provedoria no
período de 1° de abril de 1994 a 17 de maio
de 1998, e Emerenciana Maria Monteiro
Faleiros, no período de 18 de maio a 12 de
novembro de 1998; 1998, Carlos Tavares
Pacheco; 1998 a 2000, Francisco Monteiro
de Lima; 2000 a 2004, Javert do Carmo; e
desde 2004 até 2012, Emilio Bertoni.
Santa Casa.
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Ederval José dos Reis também foi ho- para particulares e convênios; e onze quartos
menageado, em 27 de maio de 1990, com a para atendimento SUS; sete consultórios mé-
entrega do Título de Sócio Benemérito pois dicos; ambulatórios com sete salas para curati-
Ederval, exerceu o cargo de provedor da Santa vo, inaloterapia, eletrocardiograma, ortopedia,
Casa de Misericórdia de Patrocínio Paulista atendimento de urgência e pré-consulta e sala
no período entre 1990 e 1994, e permaneceu de observação; duas salas cirúrgicas; uma sala
como membro do Conselho Fiscal até o seu de parto; uma sala de Raio-X; farmácia e dis-
falecimento, em 22 de junho de 2009. pensário de medicamentos para atendimento
Em 14 de setembro de 1991, com a pre- interno; sala de faturamento e sala administra-
sença de autoridades, associados e convidados, tiva; lavanderia; capela interna; cozinha ampla;
é feito o Ato Inaugural da Clínica Masculina, refeitório; copa, rouparias para homens e mu-
remodelada, e das demais dependências e do lheres; sala de reuniões da diretoria; centro de
Centro Cirúrgico da entidade, quando a dire- esterilização cirúrgico e obstétrico; berçários,
toria administrativa homenageava o dr. Cristó- com cinco berços simples, um aquecido e duas
vão Barcellos com os dizeres: “Por sua inegável incubadoras com luz ultravioleta; um depósi-
dedicação médica, pioneirismo e grande espírito to de oxigênio com canalização distribuída aos
caritativo, nossa justa e merecida homenagem”. pavilhões; escritório com acesso para a rua; sala
Em 12 de outubro de 1992, foi inau- do gerador; além de instalações sanitárias per-
gurado o Pavilhão Virgínio Carraro, em ho- feitas. Possui ainda uma garagem, um necroté-
menagem por suas três gestões como prove- rio e um velório, com sala ampla.
dor da entidade. O velório foi construído em O terreno é de 7.400 metros quadrados,
1983, com os recursos da Santa Casa e a mão com área construída de 3.422,16 metros qua-
de obra doada pela Prefeitura Municipal de drados e com a nova lavanderia, com 5.124
Patrocínio Paulista. metros quadrados e corredor de acesso.
Em 22 de outubro de 1993 foi realiza- No mesmo prédio funciona um labora-
da uma solenidade para a entrega do Título tório de análises clínicas, inaugurado em 1º
Sócio Benemérito ao sr. Eurípedes Barsanulfo de novembro de 1998, para atendimento de
Nunes, o sr. Edno Chimelo e Ricardo de Fi- pacientes internos e externos, tendo como
gueiredo Magrin. analistas clínicos os doutores Wellington Eu-
Em 30 de novembro de 1993, foi inau- frásio, Reinaldo Vilela dos Reis, Patrocínio
gurada a Sala de Fisioterapia, sendo homena- Martins Télis, Kearton Luís dos Reis Carraro
geado o fisioterapeuta Darlan do Vale Ortiz, e Carlos César Patrocínio.
que ali atuou de 1º de dezembro de 1993 a
HISTÓRICO DO DEPARTAMENTO
23 de dezembro de 1995, sendo depois trans-
MUNICIPAL DE SAÚDE
ferido para o Posto de Saúde do Centro, na
gestão de 1997 a 2000. A evolução histórica do Departamento
Municipal de Saúde de Patrocínio Paulista
O HOSPITAL NA ATUALIDADE (2012) tem como destaque as inúmeras realizações
O prédio atual conta com acomodações ocorridas no período entre 1990 e os dias
e dependências funcionais, tais como 35 leitos atuais, quando o atendimento municipal co-
(cama de Fawler), tendo 3 pavilhões para aten- meçou a ser feito à população, em um pré-
dimento de pacientes, com os quais o hospital dio próprio localizado à rua Tenente Joaquim
mantém convênio; seis quartos com dois leitos Cândido, nº 1.727, em substituição ao antigo
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Ação Socioeducativa.
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ferida Loja Maçônica situada em Franca, em GOB, foi firmado pelo grão mestre geral, Jair
decisão tomada no dia 18 de maio de 1988, Assis Ribeiro, em Brasília, Distrito Federal,
oportunidade em que foi feita a solicitação ao aos 8 de fevereiro de 1989.
Grande Oriente do Brasil. Orlando, porém, No triênio 1989-1991, a Fênix traba-
não viveu para ver o sonho realizado, o que lhou sob a presidência de Antônio Carlos da
aconteceu pela ação de um grupo de maçons Silva. Em 29 de setembro de 1990, foi incluí-
da mesma Independência III. do como membro da Loja o primeiro cidadão
Em 23 de maio de 1988, foi nomeada patrocinense: o empresário Jefferson dos Reis
a diretoria provisória da nova Loja, que pas- Carraro. No quadriênio 1991-1994, o presi-
sou a ter suas reuniões no prédio da Indepen- dente foi Pérsio da Silva. O grande objetivo
dência III, às quintas-feiras, sob a direção do estabelecido e firmemente buscado foi o da
presidente provisório Antônio Massod Ma- construção de um prédio próprio para suas
ciel Bicchuetti. reuniões. Nessa gestão a Loja assumiu inte-
Em 28 de maio de 1988, foi firmada gralmente a manutenção da APAE de Patro-
uma “Declaração de Compromisso” com seus cínio Paulista.
fundadores – Alair Erson Falleiros, Antônio Paulo de Tarso Rosa de Andrade ocupou
Carlos da Silva, Antônio Massod Maciel Bic- a presidência da Loja no quadriênio 1994-
chuetti, Hugo César Chereghini, Jairo de 1997. No período, os esforços se intensifica-
Mello Barros, Nelson José Falleiros Telles, ram buscando agilizar a construção da sede
Osmil Serrano Cintra, Osório de Paula Mar- própria no município de Patrocínio Paulista.
ques Neto, Pércio da Silva, Percival de An- Outro desejo realizado foi a intensificação das
drade, Sílvio de Paula Martins – e ficou inde- atividades de confraternização familiar.
levelmente marcada a sua fundação e ação. A O triênio 1997-1999 foi presidido por
Loja recebeu o nome de Fênix, que segundo Clorivaldo Maia. Nessa gestão, no dia 1º de
a Mitologia Grega é um pássaro que quando fevereiro de 1999 foi realizada a primeira reu-
morria entrava em autocombustão e, passado nião no prédio próprio em Patrocínio Paulis-
algum tempo, renascia das próprias cinzas. A ta, situado na praça Altino Arantes, 1.431.
Fênix teria penas brilhantes, douradas e ver- Assume a presidência da Loja, para o tri-
melho-arroxeadas – as cores do Sol nascente ênio 1999 a 2001, Rômulo Bertelli. O fato
–, uma voz melodiosa e seria do tamanho de marcante nessa gestão foi a Sagração do Tem-
uma grande águia. Possuidora de uma grande plo, em 18 de maio de 2000.
força, poderia transportar cargas muito pesa- No triênio 2001-2003, Clorivaldo Maia
das, havendo lendas nas quais ela teria chega- retorna à presidência e busca a consolidação
do a carregar elefantes. maçônica, com o reforço em seus quadros.
A resolução do GOB estabeleceu a re- Para o triênio 2003-2005 é aclamado
gularização da Loja Provisória Fênix, funda- presidente Fernando Luís Baldochi. Em sua
da em 18 de maio de 1988, em Patrocínio gestão foi incorporado o prédio que originou
Paulista, autorizando a expedição de Carta o salão de festas; e com recursos da Loja foi
Constitutiva para que pudesse trabalhar, pelo feita a reforma de adaptação, com construção
registro no Cadastro Geral de Lojas com o dos sanitários masculinos e femininos, possi-
título distintivo de Loja Simbólica ‘Fênix’, bilitando reuniões de confraternização com
nº 2.504, e federada ao Grande Oriente do esposas, filhos e amigos, ou seja, contribuindo
Brasil. O Ato nº 299, documento oficial do para a integração social. Outra ação impor-
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13 - PERSONALIDADES EM DESTAQUE
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ABDON HENRIQUE DE GOUVEIA Alves. Era casado com Maria Assunção de An-
drade Aguiar, com quem teve quatro filhos.
Nasceu a 18 de fevereiro de 1906, em
Instrumentista musical (pistão), foi tam-
Patrocínio Paulista, filho de Francisco Henri-
bém juiz de Paz (por mais de três décadas),
que de Gouveia e d. Sebastiana Maria de Viei-
substituto de Delegado, além de dentista, pro-
ra. Foi funcionário municipal, atuou no cargo
fissão que exerceu por mais de 40 anos em Pa-
de fiscal, aposentando-se depois de 34 anos de
trocínio. Recebeu o título de Cidadão Patroci-
trabalho. Cuidava do Cemitério Municipal e
nense em 10 de março de 1968. Faleceu em 14
era componente da Banda 7 de Setembro, na
de outubro de 1968.
qual tocava sax mi-bemol.
ALFREDO HENRIQUE COSTA ANTÔNIO BATISTA DA LUZ
Foi um dos organizadores do Almana- O coronel Antônio Batista da Luz nas-
que Histórico de Patrocínio Paulista, lançado ceu no dia 6 de janeiro de 1869, em Patrocí-
em 1986. Nasceu em Franca e foi contador nio, e trabalhou na agricultura e no garimpo
formado pelo Instituto Francano de Ensino – da fazenda do coronel João Villela. Aos 16
também diplomou-se em Direito, em 1960. anos ingressou no antigo Corpo Provisório,
Foi professor de História das Ideias Políticas em São Paulo, e lá aprendeu a ler e a escrever.
e Sociais na UNESP de Franca, aposentando- Logo conquistou as divisas de cabo e sargento.
-se em 1981. Jornalista, foi diretor do jornal Casou-se em Taubaté, SP, onde, na ocasião,
Comércio da Franca, de 1955 a 1973. Ex-pro- estava destacado. Em pouco tempo atingiu o
fessor da Faculdade de Ciências Econômicas, oficialato: alferes, tenente, capitão, major, te-
foi titular da cadeira de Economia Política na nente-coronel. Nesse posto passou a coman-
Faculdade de Direito de Franca. dar o Regimento de Cavalaria.
Em 24 de setembro de 1909, tornou-se
ÁLVARO DE CARVALHO PINHEIRO o comandante interino da Força Pública, car-
DE LACERDA go no qual foi efetivado, sendo promovido a
Major Álvaro veio de Portugal ainda jo- coronel em 7 de março de 1912.
vem para o Brasil, prosperando no garimpo e Quando uma missão militar francesa veio
nos negócios que empreendeu. Casou-se com d. ao Brasil, o coronel Luz aprendeu francês para
Maria do Couto Rosa, com quem teve 8 filhos. melhor entender-se com os oficiais. Em 1917,
Foi fazendeiro e adquiriu todos os imó- o governo daquele País, reconhecendo-lhe os
veis no quarteirão onde se situava a sua casa, altos méritos e qualidades, condecorou-o com
que foi a primeira forrada e a possuir janelas a Ordem Nacional da Legião de Honra.
com vidraças em Patrocínio Paulista. Presi- Faleceu em 25 de junho de 1918, sen-
dente da Intendência Municipal, em 1890, do sepultado no Cemitério da Consolação, SP.
(possivelmente o primeiro prefeito da cidade), Como homenagem da cidade de São Paulo, Al-
foi o fundador da Conferência de São Vicente tino Arantes erigiu-lhe um pequeno mausoléu,
de Paulo. Faleceu em 16 de fevereiro de 1898. sendo dado seu nome a uma rua da Capital.
ÁLVARO MORGAN DE AGUIAR ANTÔNIO JACINTHO
Álvaro Morgan de Aguiar nasceu em Antônio Jacintho da Silva era natural
Ituverava, em 8 de julho de 1907, filho de Al- da cidade mineira de Ibiraci, antiga Dores do
berto Morgan de Aguiar e Malvina Rodrigues Aterrado, filho de Jacinto Honório da Silva e
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obra. O padre Peregrino fez-se então arquite- dual e uma vez deputado federal. Faleceu em
to. Estudou, riscou, mediu, espichou escalas 1916 e, dois anos após sua morte, o presidente
dos tratados sobre construção que fizera vir da Câmara de Patrocínio Paulista, Pio Ave-
de São Paulo. E, desse modo, em 1896, es- lino de Figueiredo, propôs um projeto para
tava interiormente construída a Matriz, não mudança do nome da cidade de Patrocínio
sem um desmoronamento em meio aos tra- Paulista para “Estefanópolis” ou “Estevinópo-
balhos, fruto também da fraca consistência lis”, em homenagem ao coronel.
do terreno. O projeto não obteve êxito, porém um
No dia 15 de agosto, d. Joaquim Arco- jornal criado por seus herdeiros políticos foi
verde fez a bênção solene da nova Matriz e foi chamado de O Estevinópolis.
a festa mais suntuosa já vista até então. Em vir-
GERCYRA DE ANDRADE
tude dos trabalhos realizados por Peregrino, o
bispo agraciou-lhe com as honras de cônego. Gercyra de Andrade nasceu em 26 de
O cônego Peregrino formulou um pla- maio de 1904, na Fazenda Campo Limpo,
no metódico para as confissões de devoção e em Patrocínio Paulista. Seus pais foram José
de preceito anual. Ao fim de alguns tempos, Salomé de Andrade e Inocência Cândida
Patrocínio já era conhecida pela piedade de de Figueiredo.
seus paroquianos. Gercyra fez seus estudos primários no
Faleceu em 17 de março de 1899 e seus res- Colégio “Jesus Maria José”, em Patrocínio
tos mortais repousam no interior da Igreja Matriz. Paulista, e formou-se na 1ª turma de profes-
sorandas da Escola Normal Livre de Franca,
ESMERALDO NUNES MONTEIRO em 9 de dezembro de 1930. Iniciou sua vida
Esmeraldo Nunes Monteiro, natural de profissional como professora substituta do
Patrocínio, onde seu pai possuía uma fazenda, Grupo Escolar “Coronel Francisco Martins”,
foi prefeito da cidade entre 26 de outubro de em Franca.
1940 e 2 de setembro de 1943, quando foi su- Lecionou na escola da Fazenda Santa
cedido por Custódio Falleiros do Nascimento. Maria, nesse município e, em 1938, foi remo-
Passou depois a residir em Goiás, onde lecio- vida para o Grupo Escolar de Patrocínio do
nou. Faleceu em Trindade, naquele Estado. Sapucaí, que passou a se chamar “Irmãos Ma-
tos”, onde trabalhou até sua aposentadoria,
ESTEVÃO MARCOLINO DE FIGUEIREDO em 30 de maio de 1959, sempre se dedicando
O coronel Estevão Marcolino nasceu, às classes de alfabetização. Passaram por suas
em 15 de janeiro de 1854, na Fazenda Santa salas de aulas várias gerações de patrocinenses.
Bárbara, em Patrocínio Paulista. Quando seu Foi regente do orfeão escolar, prepa-
pai morreu, em 1874, largou o seminário e rando com muito gosto e carinho comemo-
assumiu os negócios da família, dedicando-se rações cívicas e festas de enceramento do ano
à agricultura. O coronel se tornaria um dos escolar e da entrega de diplomas. Foi cate-
maiores produtores de café de São Paulo. Aos quista, preparando crianças para a Primeira
vinte e sete anos iniciou sua carreira política e Comunhão e também para ofertar flores no
foi um dos mais importantes líderes da região mês de maio.
de Franca. Por muitos anos foi organista da Igreja
Foi três vezes vereador em Patrocínio Matriz, animando missas dominicais, festas
Paulista, além de quatro vezes deputado esta- religiosas e casamentos. Pertenceu a diversas
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
Contam que o major era de tão boa ín- Poeta de muita sensibilidade e dotado de
dole que por ocasião da abolição da escrava- grande cultura, deixou algumas obras inéditas.
tura apenas um escravo se foi da sua fazenda. Foi publicado apenas seu livro Nirvana,
Prova de seu apreço pelos cativos é o fato de a de lançamento póstumo, edição esgotada.
preta velha Tia Carlota estar sepultada com a
JOSÉ ALVES DE SOUZA FALLEIROS
família do major.
JÚNIOR (JUQUINHA FALLEIROS)
JOAQUIM URBANO DE FIGUEIREDO Filho de José Alves de Souza Falleiros
Joaquim Urbano de Figueiredo (Titizi- e de d. Maria Ernestina Falleiros, nasceu em
nho) nasceu em 8 de novembro de 1923. Pa- 4 de março de 1907 em Patrocínio Paulista.
trocinense, foi prefeito da cidade entre 1964 e Na cidade fez o curso primário, o ginásio no
1969. Durante sua administração tiveram iní- Colégio Diocesano Santa Maria, em Campi-
cio as obras da Estação Rodoviária Juscelino nas, SP. Ingressou na Escola de Farmácia e
Kubitschek de Oliveira e foi aberta a Estrada Odontologia de Ouro Fino, MG, onde fez
do Marolo. também a Escola de Comércio. Lecionou Ge-
Agricultor, um dos grandes produtores ografia e História Natural no Ginásio Parai-
de café do Estado, foi sócio-fundador e presi- sense, em São Sebastião do Paraíso, MG.
dente do Frigorífico e dono da antiga cafeeira. Por volta de 1928 estabeleceu-se em Pa-
Foi casado com d. Margarida Goulart de Fi- trocínio Paulista e instalou a Farmácia Nossa
gueiredo, com quem teve quatro filhos. Fale- Senhora do Patrocínio, e nela trabalhou duran-
ceu em 7 de julho de 1979. te trinta e quatro anos e meio. Como farmacêu-
JORGE FALEIROS tico foi dedicadíssimo e, numa época em que
não havia facilidade de atendimento médico,
Nascido em Patrocínio Paulista, em 3 cumpria com desvelo a assistência aos doentes.
de novembro de 1898, Faleiros era filho de Trabalhou muito para a construção da
Francisco Cândido de Assis Falleiros e Ana Santa Casa de Misericórdia, sendo presiden-
Cláudia Falleiros. te da Comissão de Obras e provedor da ins-
Residiu com seus pais em Ituverava e fez tituição durante 13 anos. Por vários anos foi
seus estudos no Colégio de Batatais, quando já presidente da Conferência de São Vicente, a
demonstrava interesse pela arte do verso. Jorge atestar sua preocupação com os pobres desva-
Faleiros pretendia ser sacerdote mas, talvez por lidos. Seu interesse social levou-o à política.
motivo de doença, teve de deixar o Seminário, Em 1929 foi eleito vereador e por várias ve-
dedicando-se ao Magistério. Foi professor de zes presidiu a Câmara, num total de 7 anos.
Português em São Paulo, onde, há alguns anos, Prefeito municipal por duas vezes, prestou
foi homenageado pelo Governo Municipal, serviços por 14 anos ao Poder Legislativo e ao
que deu seu nome a uma rua da Capital. Poder Executivo. Em sua atividade política,
Foi amigo do professor e escritor Silvei- foi presidente dos Diretórios Municipais e
ra Bueno, grande filólogo que escreveu como- como vereador, apresentou um projeto de lei
vidas páginas sobre Jorge. autorizando a criação de um Ginásio Muni-
A Escola Estadual Jorge Faleiros, em Pa- cipal, que mais tarde passou a denominar-se
trocínio Paulista, homenageia seu conterrâneo, Ginásio Municipal de Patrocínio Paulista e
falecido em São José dos Campos, aos 19 de no- depois foi encampado pelo Estado e é a atual
vembro de 1924, com apenas 26 anos de idade. E.E. Jorge Faleiros. Por falta de professores na
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região, passou a lecionar a disciplina Ciências; Carolina e exercia, apesar de não formado, a
efetivou-se pelos anos de trabalho como pro- função de médico. Não havendo profissionais
fessor do Colégio e esteve na sua direção por na cidade, o trabalho do coronel José Cândi-
seis anos. do era respeitado por todos. Foi tenente co-
Em 1968, diplomou-se em Direito pela ronel da Guarda Nacional e faleceu em 19 de
Faculdade de Franca e exerceu a função de ad- julho de 1923.
vogado em Patrocínio; muito antes disso, po-
JOSÉ COELHO DE FREITAS
rém, já prestara valiosa contribuição à Justiça
como juiz de Paz e mesmo exercendo as funções José Coelho de Freitas nasceu em 29 de
de juiz de Direito interino por curto período. novembro de 1889, filho de Antônio Alves de
Preocupado com a preservação da me- Freitas e Maria José Coelho de Freitas. Na-
mória patrocinense, reuniu documentos e pe- tural de Itirapuã (então distrito de Patrocínio
ças, criando um Museu Histórico. Paulista), era agropecuarista e comerciante,
A Câmara Municipal, em sessão solene estabelecido na Fazenda da Barra. Foi um
realizada no dia 17 de maio de 1973, homena- dos sócios fundadores da primeira Cooperati-
geou-o; nessa data também foi comemorado o va de Laticínios da região, a antiga Coopera-
sesquicentenário da instalação do Poder Legis- tiva de Laticínios de Patrocínio do Sapucaí
lativo no Brasil. Recebeu o título de cidadão Ltda., com sede em Itirapuã e fundada em 30
benemérito, que lhe foi entregue pelo prefeito de setembro de 1941. Eleito primeiro presi-
Leonardo Falleiros, em 9 de março de 1974. dente da Cooperativa, exerceu o cargo até seu
Sempre estudioso, aprofundou-se na história falecimento, em 23 de julho de 1945.
da sua família, Falleiros”, e após muitos anos JOSÉ EDUARDO DE ANDRADE
de trabalho, conseguiu reunir os dados para a
sua árvore genealógica, o que permitiu a Osó- José Eduardo de Andrade era filho de
rio Rocha a edição de um livro precioso para Joaquim Goulart de Andrade e de d. Cândida
a cidade. Maria de Figueiredo, nascido a 26 de agosto de
1881. Foi casado com Ana Augusta de Andra-
JOSÉ BARCELLOS de com quem teve 15 filhos. Vereador e pre-
José Barcellos nasceu em 14 de julho de feito de Patrocínio, durante seu mandato teve
1895, filho de Cândido Barcellos e de d. Ana início a perfuração do poço artesiano. Assinou
Cândida Barcellos. Patrocinense, em 1956, a lei para a construção do prédio do antigo Gi-
foi eleito prefeito, sendo, já em sua eleição, násio. Faleceu em 7 de janeiro de 1965.
aposentado como oficial de Registro Civil, JOSÉ GERALDO DE ANDRADE – JUCA
onde desempenhava suas funções desde 5 de
agosto de 1916. Além dos cargos de prefeito José Geraldo de Andrade nasceu na Fa-
e serventuário da Justiça, também foi vice-zenda Barranco Alto, no município de Patro-
-prefeito. Foi casado com Anestesia Resendecínio Paulista, em 2 de março de 1915. Era
filho de José Eduardo de Andrade e Ana Au-
Barcellos, com quem teve três filhos. Faleceu
em Patrocínio, em 30 de maio de 1982. gusta Rezende de Andrade.
Iniciou seus estudos na escola da fazen-
JOSÉ CÂNDIDO da e em seguida no Grupo Escolar da cida-
O coronel José Cândido de Figueiredo, de, concluindo-os no Seminário Redentorista
nascido em 1843, foi casado com d. Jacinta Santo Afonso, em Aparecida, SP.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
Casou-se em 1941 com Emalda Figuei- 1951, com a transferência de sua família para
redo de Andrade, uma professora natural de cidade, continuou sua formação básica no
Santo Tomás de Aquino, MG, com quem Grupo Escolar de Patrocínio Paulista, atual
teve sete filhos. Escola “Irmãos Matos”; sendo o antigo Gina-
Foi agricultor; vereador por três legis- sial concluído na Escola “Jorge Faleiros”.
laturas; integrante do coral da Igreja Matriz, Em Franca estudou no Instituto Estadu-
por 50 anos participando ativamente da vida al de Educação “Torquato Caleiro”, atualmen-
social e cultural da cidade que amava como te Escola Estadual, onde fez o antigo Curso
poucos. Faleceu aos 80 anos, no dia 4 de se- Científico. Em 1966 formou-se em Técnico
tembro de 1995. Contábil pelo Instituto Francano de Ensino.
Casou-se com a Profª Veralúcia Magrin
JOSÉ LOPES DE FIGUEIREDO
de Andrade, com quem teve três filhos.
José Lopes de Figueiredo nasceu a 24 Desenvolveu a atividade de comercian-
de junho de 1909, filho de Inocêncio Garcia te em várias áreas do mercado regional, entre
Lopes e d. Maria Madalena Figueiredo Lopes. elas, a principal, a de compra e venda de ma-
Esposo de d. Nilda Figueiredo, com ela teve deira. Ficou popularmente conhecido pelas
três filhos. mais variadas e inusitadas permutas que rea-
Foi prefeito de Patrocínio Paulista, de 2 lizava nos seus negócios, algumas delas torna-
de janeiro de 1952 a 1º de janeiro de 1956. ram-se fatos pitorescos do seu cotidiano, ele-
Faleceu em 15 de março de 1976. gendo o banco da praça em frente à sua casa
JOSÉ OSCAR DE FIGUEIREDO como seu escritório e ponto de encontro com
seus inúmeros amigos.
José Oscar de Figueiredo nasceu em 8 de Sua singularidade era evidenciada pela
março de 1875, filho de João Alves de Figuei- maneira com que se relacionava com as pes-
redo e d. Felicidade Justiniana de Andrade. soas, alegre, jocoso e sempre disposto a ajudar
Casou-se com d. Eulina Rosa de Figueiredo. quem dele precisasse.
Foi prefeito de Patrocínio Paulista de 14 Era poeta e versejava livremente com
de janeiro de 1930 a 15 de março de 1932; de nobreza e generosidade, demonstrando em
15 de abril de 1932 a 30 de setembro de 1932; suas poesias o amor e afetividade em relação
e de 14 de outubro de 1932 a 23 de abril de aos familiares e amigos, além da sua gratidão
1933. Foi vereador e presidente da Câmara. e admiração à cidade de Patrocínio Paulista.
Faleceu em 13 de maio de 1966. Foi figura presente nas festividades e
JOSÉ PEDRO DE ANDRADE campanhas sociais da cidade, participando
ativamente na organização e execução dos tra-
Primogênito dos sete filhos do casal, balhos, como na arrecadação de doações para
José Geraldo de Andrade (Juca de Andrade) entidades filantrópicas. Engajou-se na política
e Emalda Figueiredo de Andrade, nasceu na municipal por vários anos, verbalizando a me-
cidade de Franca, SP, em 17 de fevereiro de lhoria social das famílias.
1943, vivenciando sua infância na Fazenda Faleceu no dia 17 de agosto de 2001,
Capão dos Bálsamos (parte da antiga Fazenda aos 58 anos, em Franca, vítima de um atrope-
Barranco Alto), em Patrocínio Paulista. Ini- lamento ocorrido na zona rural do município
ciou seus estudos no Curso Primário da Es- de Itirapuã.
cola Mista da Fazenda Humaitá; a partir de
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
conselheiro do Conselho Regional de Medi- aplicação com êxito, embora fosse “curador”)
cina; diretor clínico e diretor administrativo e de d. Jacinta Carolina de Figueiredo.
do Hospital Regional de Franca; superinten- Pio, pessoa de grande atividade, perse-
dente e presidente da UNIMED; coordena- verança e senso de economia, foi empreiteiro
dor do INAMPS – SUS; perito médico judi- e tornou-se meeiro da Fazenda Jaborandi, do
cial (Medicina Forense); ocupando também coronel João Alves de Figueiredo Júnior. Pos-
a função de assistente técnico em ações judi- teriormente, comprou a Fazenda do Esmeril, a
ciais; tornou-se ainda referência no exercício Fazenda Humaitá (mil alqueires), a Santa Eulina
da Ginecologia e Obstetrícia local. Formou- (400 alqueires), a Monte Alegre (1.185 alquei-
-se advogado pela Faculdade Municipal de res) e outras. Faleceu em 9 de julho de 1923.
Direito de Franca e, unindo as especialida- RONAN ROCHA
des, passou a atuar como perito do Poder Ju-
diciário. Segundo Sérgio, seu filho, Newton Patrocinense, nascido em 8 de novem-
mantinha-se em pleno trabalho até janeiro de bro de 1928, era filho de Fábio Rocha e de
2008, cerca de dois anos antes de seu fale- Diolivina Inocência Rocha. Após estudos nes-
cimento, quando formulou um laudo para a te município e em Franca, formou-se em En-
justiça de Orlândia. genharia pela Universidade Mackenzie. Casa-
Faleceu em 5 de novembro de 2010, do com Ercília Rodrigues Rocha, trabalhava
sendo sepultado no Cemitério Municipal de na construção da rodovia que hoje leva seu
Patrocínio Paulista. nome quando foi vítima de acidente, falecen-
do em 26 de novembro 1974.
PIO AVELINO
THOMAZ JUSTINO RODRIGUES
Pio Avelino de Figueiredo, nascido a 15
de dezembro de 1865 em Patrocínio Paulista, Ficou conhecido como sargento Tho-
foi um político de prestígio, além de agricul- maz e foi criado pelo sr. Antônio Amâncio
tor, pecuarista e capitalista. de Carvalho, que lhe ensinou o ofício de car-
Coronel da Guarda Nacional, exerceu o pinteiro, por ele exercido até 1922, quando
cargo de agente executivo (prefeito) e de pre- entrou para a Força Pública. Foi comandante
sidente da Câmara Municipal. Casou-se com do Destacamento de Itirapuã e de Patrocínio
d. Ana Cândida de Figueiredo, filha do coro- Paulista, indo depois para São Paulo, onde fez
nel José Cândido de Figueiredo (agricultor e um curso para sargento. Faleceu em combate
pessoa dada ao estudo da Medicina, de que fez na Revolução Constitucionalista de 1932.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
14 - SÍMBOLOS MUNICIPAIS
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Refrão Refrão
Bondoso povo patrocinense Bondoso povo patrocinense
Abra o vosso coração, Abra o vosso coração,
Faça comemoração. Faça comemoração.
Esta terra vos pertence. Esta terra vos pertence.
Refrão Refrão
Bondoso povo patrocinense Bondoso povo patrocinense
Abra o vosso coração, Abra o vosso coração,
Faça comemoração. Faça comemoração.
Esta terra vos pertence. Esta terra vos pertence.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
15 - OS TRÊS PODERES
Prédio da Prefeitura.
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PATROCÍNIO PAULISTA - 127 anos de história
Câmara Municipal.
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127 anos de história - PATROCÍNIO PAULISTA
João Vilela dos Reis Filho Ignácio Justino de Antônio Alves Falleiros
(1915 a 1917) Figueiredo (1924 a 1926)
(1920 a 1923)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SITES CONSULTADOS
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http://www.patrociniopaulista.sp.gov.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patroc%C3%ADnio_Paulista
http://br.monografias.com/trabalhos900/floristica-fitossociologia-paulista/floristica-fitossociologia-paulista2.shtml.
http://familianfaleiros.blogspot.com.br/
OUTRAS FONTES
Plano de Desenvolvimento Agropecuário Plurianual 2009 / 2012.
Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural – CMDR.
Revista Patrocínio Paulista – 127 anos. Março 2012.
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