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Introdução

Neste presente trabalho vamos abordar acerca do parentesco e o alambamento


Veremos que o parentesco é relação que une duas ou mais pessoas por vínculos
genéticos descendência/ascendência ou sociais, sobre tudo pelo casamento ou
Adopção.

Quanto ao alambamento é a entrega de certas quantias de dinheiro, objectos,


bebidas e animais que a família do noivo faz á noiva, deve preceder os casamentos
tradicionais. A família do noivo, em troca, recebe um valor, a mulher.

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Conceitos de parentesco

Segundo Maria Helena Diniz (curso de direito civil brasileiro) parentesco é a relação
vinculatória existente não só entre pessoas que descendem umas das outras ou de um
mesmo troco comum, mas também entre o cônjuge e os parentes do outro e entre
adotante e adotado

Clóvis bavilaqua define parentesco como a relação que vincula entre si as pessoas
que descendem do mesmo do mesmo tronco ancestral

Para Pontes de Miranda, parentesco é a relação que vincula entre si pessoas que
descendem umas das outras, ou de autor comum (consanguinidade), que aproxima
cada um dos cônjuges dos parentes do outro (afinidade), ou que estabelece, por fictio
luris, entre adoptado e o adoptante.

Estes conceitos englobam as três possíveis espécies de parentesco: por


consanguinidade, por afinidade e por adopção.

Espécies de parentesco

O parentesco pode ser:

Natural ou consanguíneo – É o vinculo estabelecido entre pessoas que descendem


de um mesmo tronco, e dessa forma estão ligados pelo mesmo sangue.

Por afinidade – é o que liga uma pessoa aos parentes de seu cônjuge ou
companheiro, isto é, aquele que decorre do casamento ou da união estável.

Por adopção – o parentesco que decorre da adopção, estabelecido entre o


adoptante e o adoptado, estendido a seus parentes.

O parentesco estabelecido mediante um ancestral em comum é chamado parentesco


consanguíneo, enquanto que o criado pelo casamento e outras relações sociais recebe
o nome de parentesco por afinidade. Chama-se de parentesco em linha reta quando as

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pessoas descendem umas das outras directamente (filho, neto, bisneto, trineto etc.), e
parentesco colateral quando as pessoas não descendem uma das outras, mas possui
um ancestral em comum (tios, primos, etc.)

Parentesco na lei Portuguesa

Na lei portuguesa, medem-se os graus de parentesco contando-se um grau por


indivíduo entre as duas pessoas a relacionar, passando pelo tronco comum e
descontado o próprio. Assim, entre um determinado indivíduo e um seu primo direito,
há quatro graus de parentesco consanguíneo, porque se conta o pai, o avô, o tio e o
primo do indivíduo em causa

Entre as duas pessoas a relacionar, passando pelo tronco comum e descontado o


próprio. Assim, entre um determinado indivíduo e um seu primo direito, há quatro
graus de parentesco consanguíneo, porque se conta o pai, o avô, o tio e o primo do
indivíduo em causa.

Paralelamente, existem os grau canónicos de parentesco, que são diferentes. Aqui,


conta-se um grau por geração, a partir do tronco comum. Assim, os irmãos são
parentes do 1º grau de consanguinidade, os primos-direitos do 2º grau, os primos
segundos do 3º grau e assim sucessivamente. No caso de haver diferença de geração,
diz-se que são parentes dentro do grau sénior. Assim, por exemplo, tio e sobrinho são
parentes dentro do 1º grau.

No Brasil, o vínculo de parentesco por afinidade entre sogra e genro não se desfaz
com o rompimento do vínculo matrimonial que o constituiu. Desta forma, ainda que
um homem se separe de uma mulher legalmente, permanecerá legalmente tendo a
mãe de sua ex-esposa como sua sogra, inexistindo, em nível legal, o termo "ex-sogra".
Vale afirmar que afinidade não gera afinidade, ou seja, o marido de sua cunhada (irmã
da sua esposa) não é seu parente. O mesmo vale para os colaterais.

Graus de parentesco por consanguinidade ou por adoção

 Pai, mãe e filhos (em primeiro grau)


 Irmãos, avós e netos (em segundo grau)

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 Tios, sobrinhos, bisavós e bisnetos (em terceiro grau)
 Primos, trisavós, trinetos, tios-avós e sobrinhos-netos (em quarto
grau)
 Primos-tios, primos-sobrinhos, tios-bisavós, sobrinhos-bisnetos,
tetravós e tetranetos (em quinto grau
 )Primos segundos, primos-tios-avós, primos-sobrinhos-netos, tios-
trisavós, sobrinhostrinetos, pentavós e pentanetos (em sexto grau)
Por afinidade
 Sogro, sogra, genro e nora (1º grau)
 Padrasto, madrasta e enteados (2º grau)
 Cunhados e Concunhados (3º grau)

Relações de parentesco numa árvore genealógica.

Normalmente, para graus de ascendência superiores aos tetravós, os genealogistas


identificam como pentavós, hexavós, heptavós, octavós, eneavós, decavós, undecavós,
dodecavós, tridecavós, tetradecavós, pentadecavós, hexadecavós, heptadecavós,
octadecavós, eneadecavós, icosavós e assim sucessivamente. Do mesmo modo na
descendência, identificam os parentescos como tetranetos, pentanetos, hexanetos,
heptanetos, octanetos, eneanetos, decanetos, undecanetos, dodecanetos,
tridecanetos, tetradecanetos, pentadecanetos, hexadecanetos, heptadecanetos,
octadecanetos, eneadecanetos, icosanetos e assim sucessivamente.

O alambamento

Chamamos alambamento a este conjunto de preparativos e entregas que preparam


e legitimam o casamento. Uma família junta a quantidade de bens necessários para
que um membro seu receba uma mulher de outro grupo, que enriquecera o grupo
com os filhos e trabalhos agrícola; a outra família condivide os bens recebidos.

Este costume aparece tão difundido que especifica o casamento negro-africano.


Note-se, porem, que não se fala de compra ou venda de mulher embora esta
instituição dê azo a abusos e prepotências que a deformam. Os bens que compõem o
alambamento variam segundo as regiões, nível e tipo de economia e proximidade dos

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ambientes destribalizados. A beleza e a juventude da mulher, seus dotes e preparação
têm, sem dúvida, influencia.

Instruções primárias que a jovem deve ter:

Saber cozinhar;

Saber lavar e passar ferro;

Comportamento aceitável;

É mais valorizada. O mesmo acontece com a mulher que deu provas da sua
fecundidade ou demonstrou a sua perícia e laboriosidade na agricultura.

Em muitos grupos, a virgindade reveste-se do valor notável a condição social pode


também fazer encarecer o alambamento. Não esqueçamos que no interior destas
sociedades aparecem bem delimitadas as canadas sociais. E uma jovem que transmite
a sua nobreza detém uma especial dignidade.

Alambamento seus objectos de utilidade

 Alimentos artesanatos
 Pérolas
 Joalharia
 Álcool
 Utensílio de lavoura
 Roupas.

Outros podem basear-se no dinheiro ou animais domésticos normalmente é o


conjunto destas coisas. Hoje, em quase todos os casos entra dinheiro, bebidas, animais
e roupas.

Alambamento seu significado

O alambamento segundo o seu significado original converte-se nos mais comum


instrumento de aliança e amizade entre os grupos sociais bantos, torna-os solidários, já
que estreia laços físicos e espirituais e chega a fundir os vitais e místicos.

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Nenhum nome banto dá a entender que o alambamento seja uma compra mediante
o pagamento. Se aparece esta cambiante ou se verifica esta triste realidade, é devido a
abusos ou à corrupção dos costumes.

No genuíno direito tradicional banto não aparece a noção de compra da mulher, nem
há lugar para instituições que formalizem o trafico de mulher apoiando no contrato
matrimonial.

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Conclusão

D e acordo a pesquisa feita acabamos por concluir que o parentesco e o


alambamento são dois pontos diferentes que as pessoas devem ter noção.

No caso do parentesco para se saber a relação que une duas ou mais pessoas por
consanguinidade ou afinidade, e quanto ao alambamento se saber os seus passos e
funcionamento.

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Bibliografia

RADCLIFFE-BROWN, A.R. - Strcture and Function in Primitive Society, 1952 LÉVI-


STRAUSS, Claude - As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 2003
GHASARIAN, Christian - Introduction à l'étude de la parenté. Paris: Seuil, 1996
MORGAN, Lewis Henry - Systems of consanguinity and affinity of the human family.
Lincoln: University of Nebraska Press, 1997 FOX, Robin - Parentesco e casamento: uma
perspectiva antropológica. Lisboa: Vega, 1986 AUGÉ, Marc; AGHASSIAN, Michel;
GRANDIN, Nicole - Os domínios do parentesco: filiação, aliança matrimonial,
residência. Lisboa: Edições 70, 1975.

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