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CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM

BIOLOGIA
Disciplina:

Botânica I
Prof. M.Sc. Jeferson Costa
Prof. M.Sc. Jeferson M. Costa jeferson.m.costa@hotmail.com
Introdução à Botânica

A palavra “botânica”

vem do grego “botanē”


(= planta)

que deriva do verbo “boskein”


(= alimentar)
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Introdução à Botânica

BOTÂNICA
é o ramo da Biologia que
estuda as plantas.
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Introdução à Botânica

Anatomia
Vegetal Taxonomia
Vegetal
Fisiologia
Vegetal
As subáreas da
Sistemática
Botânica ou Vegetal
Etnobotânica
Biologia Vegetal

Ecologia Morfologia
Vegetal Vegetal
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Introdução à Botânica

Pra quê estudar plantas?


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Porque elas são importantes.


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Introdução à Botânica

Importantes como?
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Como fontes de
alimento e oxigênio
(fotossíntese)
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Como fonte de fibras


para o vestuário
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Como fontes de madeira


para mobiliário
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Como fontes de abrigo


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Como fontes de combustível


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Como fontes de
celulose para papel
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Como fontes de temperos


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Como fontes de remédios


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Introdução à Botânica

A cegueira botânica e
o ensino de botânica
A cegueira botânica e
o ensino de botânica
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Introdução à Botânica

Atividade 01
1- Redija um texto de 20 a 40 linhas respondendo a seguinte
questão: “qual é a importância das plantas para nós?”. Você
pode considerar “nós” num sentido mais amplo, incluindo os
demais seres vivos. Procure contextualizar sua explanação,
citando exemplos da vida cotidiana regional.

Duração: 60 minutos.

O texto deve ser escrito com caneta de cor azul ou preta e


entregue em papel avulso.
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Sistemática Vegetal

SISTEMÁTICA
É o estudo da biodiversidade
e de sua história evolutiva.
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Sistemática Vegetal

SISTEMÁTICA VEGETAL
É o estudo da biodiversidade
de plantas e de sua história
evolutiva.
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Objetivo dos Sistematas


Descobrir todos os ramos da
árvore filogenética da vida
(árvore evolutiva).

Árvore que mostra as relações


genealógicas entre os organismos, com
uma única espécie em sua base.
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Árvore Evolutiva

Blond, Oliver; Muizon, Christian de (Col.); Gheerbrandt, Emmanuel (Col.). D’inattendus


mammifères. Les Dossiers de la Recherche, Paris, n.19, mai-jul. 2005. p.86.
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Evolução

Charles Darwin A primeira árvore evolutiva desenhada


por Darwin, em 1837
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Origem e Desenvolvimento:

Havia um homem que tinha


uma ambição:

Nomear e descrever todos


os tipos conhecidos de
plantas, animais e minerais.

Carl von Linné (1707-1778)


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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Origem e Desenvolvimento:

Em 1753,
Lineu publicou um trabalho

Species Plantarum em 2 vols. Carl von Linné (1707-1778)


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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Origem e Desenvolvimento:

Neste trabalho, o nome de


uma espécie teria até 12
palavras, sendo um polinômio

Nepeta floribus interrupte spicatus pedunculatis


Nepeta com flores em espiga pedunculada ininterrumpida

Species Plantarum em 2 vols. Carl von Linné (1707-1778)


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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Origem e Desenvolvimento:

Mas, abaixo do nome polinomial


da espécie, Lineu escreveu
uma palavra, que ao ser
combinada com a 1ª palavra
do polinômio, formava uma
abreviação com DOIS NOMES
Nepeta floribus interrupte spicatus pedunculatis
Nepeta com flores em espiga pedunculada ininterrumpida

Nepeta cataria Carl von Linné (1707-1778)


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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Assim surgiu o SISTEMA BINOMIAL

Mas, não só isso.


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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Nepeta cataria
É reconhecido como um nome científico

É escrito em latim ou em palavras latinizadas

O 1º nome refere-se ao Gênero, sendo


denominado nome ou termo genérico.
O 2º nome é o epíteto ou termo específico,
e serve para diferenciar as espécies de um
mesmo Gênero.
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Nepeta cataria
O nome científico deve ser destacado do
resto do texto (itálico, negrito ou sublinhado)

O nome genérico tem sempre inicial maiúscula

O epíteto específico geralmente inicia com


letra minúscula, exceto em alguns casos.
Por exemplo, a latinização do nome de uma pessoa
homenageada pelo autor da espécie.
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Nepeta cataria L.
Quando escrito pela 1ª vez, deve vir seguido
do nome do autor da espécie (aquele que a
nomeou, descreveu e publicou validamente).

O nome científico mais antigo tem prioridade


sobre outros nomes que mais tarde sejam
aplicados à mesma espécie.
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Citação dos autores das espécies

Nome popular: Açaizeiro


Nome científico: Euterpe oleracea Mart. ; ou
Euterpe oleracea Mart.

Mart. é a forma de citação para


Carl Friedrich Philipp von Martius
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Citação dos autores das espécies

Caso 1:
Euterpe oleracea Mart.

A espécie foi descrita por


apenas UM AUTOR, von Martius.
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Citação dos autores das espécies

Caso 2:
Metaxya lanosa A.R. Smith & H. Tuomisto

A espécie foi descrita por dois autores. A


abreviação dos nomes deles são separados
por “ & ” ou “ et ”.
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Citação dos autores das espécies

Caso 3:
Selaginella brevispicata Hieron. ex H.P. Bautista

A espécie foi apenas nomeada por


Hieronimus, mas foi Hortensia Bautista que a
descreveu validamente (descrição em latim).
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O sistema binomial de nomenclatura dos seres vivos

Citação dos autores das espécies

Caso 4:
Campyloneurum phyllitidis (L.) C. Presl

Lineu publicou Polypodium phyllitidis L. em 1773,


mas Carl Presl em 1836 deslocou a espécie para
o gênero Campyloneurum C. Presl.
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Organização Taxonômica dos Seres Vivos

Os organismos são agrupados em

Categorias Taxonômicas ou Táxons

dispostos em uma Hierarquia


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Organização Taxonômica dos Seres Vivos


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Organização Taxonômica dos Seres Vivos


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Organização Taxonômica dos Seres Vivos


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Organização Taxonômica dos Seres Vivos

ESPÉCIES são agrupadas em GÊNEROS.


----
Gêneros são agrupados em FAMÍLIAS.
----
Famílias são agrupadas em ORDENS.
----
Ordens são agrupadas em CLASSES.
----
Classes são agrupadas em Filos ou DIVISÕES.
----
Divisões são agrupadas em REINOS.
----
Reinos são agrupados em DOMÍNIOS.
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CLASSIFICAÇÃO
DOMÍNIO
REINO
FILO ou DIVISÃO
CLASSE
TÁXONS
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
ESPÉCIE
Organização Taxonômica dos Seres Vivos
 
REINO (Plantae)
SUB-REINO
DIVISÃO (-phyta)
SUBDIVISÃO (-phytina)
CLASSE (-opsida ou -atae) ou (-phyceae) para algas
SUBCLASSE (-idae) ou (-phycidae) para algas
SUPERORDEM (-anae)
ORDEM (-ales)
SUBORDEM (-inales) Açaizeiro
SUPERFAMÍLIA (-ineales)
FAMÍLIA (-aceae) Euterpe oleracea Mart.
SUBFAMÍLIA (-oideae)
TRIBO (-eae)
SUBTRIBO (-inae)
Família: Arecaceae
GÊNERO Terminações dos nomes das
SUBGÊNERO Ordem: Arecales
SECÇÃO
categorias taxonômicas
SUBSECÇÃO Classe: Liliopsida
SÉRIE Para plantas e algas
ESPÉCIE Divisão: Magnoliophyta
SUBESPÉCIE
VARIEDADE (Tissot-Squalli, 2006)
SUBVARIEDADE
FORMA
Organização Taxonômica dos Seres Vivos
 
REINO (Fungi)
SUB-REINO
DIVISÃO (-mycota)
SUBDIVISÃO (-mycotina)
CLASSE (-mycetes) ou (-lichenes) para fungos liquenizados
SUBCLASSE (-mycetidae)
SUPERORDEM (-iidae)
ORDEM (-ales)
SUBORDEM (-ineae) Champignon
SUPERFAMÍLIA (-ineales)
FAMÍLIA (-aceae) Agaricus bisporus Mart.
SUBFAMÍLIA (-oideae)
TRIBO (-eae)
SUBTRIBO (-inae)
Família: Agaricaceae
GÊNERO Terminações dos nomes das
SUBGÊNERO Ordem: Agaricales
SECÇÃO
categorias taxonômicas
SUBSECÇÃO Classe: Basidiomycetes
SÉRIE Para fungos e fungos liquenizados
ESPÉCIE Divisão: Basidiomycota
SUBESPÉCIE
VARIEDADE (Tissot-Squalli, 2006)
SUBVARIEDADE
FORMA
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Na época de Lineu os seres vivos eram classificados

em apenas dois reinos: ANIMAL e VEGETAL.


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Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

REINO VEGETAL E O REINO ANIMAL

Briófitas e
Protozoários
plantas vasculares
(Embriófitas)

Algas uni e
pluricelulares
Fungos

Bactérias e
Cianobactérias Animais

Mas,
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A descoberta dos micróbios


SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Entre 1673 e 1723, o cientista amador Antoni


van Leeuwenhoek escreveu uma série de cartas
à Royal Society of London descrevendo os
“animálculos” que ele via pelo seu modesto
microscópio de uma única lente.
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Ilustrações de
Leeuwenhoek

Van Leeuwenhoek, o
pai da microbiologia,
usando seu microscópio
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Com a descoberta destes microrganismos, que

apresentavam características de animais,

vegetais e próprias, alterações tinham que ser

feitas no sistema de classificação vigente.


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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Então, em 1866, Ernest Haeckel propôs a

criação do REINO PROTISTA para incluir os

micróbios.
Mas,
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Estruturas ultra-celulares
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Com o reconhecimento de que haviam dois

grandes grupos de seres vivos (procariontes e

eucariontes), novas alterações tiveram que ser

feitas.
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Estruturas ultra-celulares
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Então, em 1866, Ernest Haeckel propôs a

criação do REINO PROTISTA para incluir os

micróbios.
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Os Cinco Reinos
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Então, em 1969, Robert Whittaker propôs a

divisão dos seres vivos em 5 REINOS.


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Os Cinco Reinos
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

PLANTAE – plantas e macroalgas


ANIMALIA – animais multicelulares
PROTISTA – microalgas e protozoários
FUNGI – fungos
MONERA – bactérias e algas azuis Mas,
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Bactérias e arqueobactérias
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Com a descoberta de dois “grupos distintos” de

procariontes e levando em consideração a

evolução dos mesmos, novas alterações tiveram

que ser feitas.


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Bactérias e arqueobactérias
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Então, em 1978, Carl Woese propôs a divisão

dos seres vivos em 3 DOMÍNIOS:

(1) BACTERIA, (2) ARCHAEA, (3) EUKARYA


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O Sistema de Carl Woese


SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

BACTERIA – eubactérias e cianobactérias

ARCHAEA – arqueobactérias

EUKARYA – compostos por 4 REINOS:

(1) Protista, (2) Fungi, (3) Animalia, (4) Plantae


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Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

ESPECIFICANDO
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Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

Sistemas de Classificação

Hábito de Plantas Artificiais Naturais Filogenéticos


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Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

Hábito das plantas (perdurou até o séc. XVIII)

Teofrasto (370-285 a.C.) – Pai da Botânica

Classificou as plantas com base em seu hábito:

• Árvores
• Arbustos
• Subarbustos
• Ervas
• Trepadeiras
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Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

Sistemas Artificiais

Classificam os organismos utilizando poucos caracteres.

Principal Representante:

Carl von Linné, o Lineu (1707-1778)

Species Plantarum (1793) – Sistema Sexual

Classificou as plantas em 24 classes com base no nº e


na disposição dos estames em cada flor.
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Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

Sistemas Naturais (segunda metade do séc. XVIII)

Nº crescente de novas espécies oriundas dos trópicos.

Procuravam expressar o relacionamento “natural” entre


as espécies, o qual deveria refletir um plano divino.

Utilizavam um grande número de caracteres.

Lamarck, Jussieu, De Candolle, Bentham e Hooker.

Durou até o surgimento o Darwinismo.


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Sistemas de Classificação dos Seres Vivos

Sistemas Filogenéticos

Filogenia

É a relação evolutiva entre organismos; é a história do


desenvolvimento de um grupo de organismos.

GRADISTAS CLADISTAS
Engler (1964), Takhtajan (1980, 1997), Angiosperm Phylogeny Group I
Cronquist (1981, 1988) e Dahlgreen (1985) (1998), APG II (2003) e APG III (2009)

Não usavam uma metodologia Usam a “metodologia cladística”.


rigorosa para testar sua confiabilidade.
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Cladística

Método que busca identificar os grupos monofiléticos.

Grupos Monofiléticos

É um grupo composto por todos os descendentes de um mesmo


ancestral. Nenhum descendente deve ser excluído.

A classificação filogenética atribui nomes taxonômicos


formais apenas a grupos que sejam monofiléticos.

Então, gêneros, famílias, ordens, classes, divisões e


reinos devem representar grupos monofiléticos.
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Cladograma
A B C D E
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Cladrograma
A B C D E

a a a a a

a D,E

a A,B a C,D,E

a A,B,C,D,E
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Cladrograma

Cladrograma. Diagrama construído com linhas

que sucessivamente se ramificam, sugerindo

relações filogenéticas entre os seres vivos.


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Cladrograma
A B C D E

a a a a a

a D,E

a A,B a C,D,E

a A,B,C,D,E
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F 1.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A , B , C , D , E
a A,B a C,D,E
F 2. -
F 3. -
F 4. - ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A
a A,B a C,D,E
F 2. B , C , D , E
F 3. -
F 4. - ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2. F 3.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A
a A,B a C,D,E
F 2. B
F 3. C , D , E
F 4. - ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2. F 3. F 4.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A
a A,B a C,D,E
F 2. B
F 3. C
F 4. D , E ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2. F 3. F 4. F 5.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A
a A,B a C,D,E
F 2. B
F 3. C
F 4. D ... : Famílias

F 5. E a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A , B , C , D
a A,B a C,D,E
F 2. E
F 3. -
F 4. - ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2. F 3.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A , B
a A,B a C,D,E
F 2. C
F 3. D , E
F 4. - ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2. F 3.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A , B
a A,B a C,D,E
F 2. C , D
F 3. E
F 4. - ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A , B
a A,B a C,D,E
F 2. C , D , E
F 3. -
F 4. - ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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F 1. F 2. F 3. F 4.
G: A B C D E

a a a a a

a D,E

Gêneros
F 1. A , B
a A,B a C,D,E
F 2. C
F 3. D
F 4. E ... : Famílias

F 5. - a A,B,C,D,E
A B C D E : Gêneros
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Reino Monera
Bacteria Archaea Eukarya
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The end
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Atividade 01
1-Digamos que você pertença a uma equipe que vem
desenvolvendo estudos filogenéticos em alguns grupos de
plantas. Num desses estudos, você chegou ao cladograma
abaixo. Supondo que, em sistemas de classificação
tradicionais, os gêneros A , B e C compõem uma Família X, e
os gêneros D e E formam uma Família Y. Deve-se, com base
nesse cladograma, propor alguma alteração na composição
de gêneros das Famílias? Por quê?
A B C D E
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Atividade 01
2-Digamos que você pertença a uma equipe que vem
desenvolvendo estudos filogenéticos em alguns grupos de
plantas. Num desses estudos, você chegou ao cladograma
abaixo. Supondo que, em sistemas de classificação
tradicionais, os gêneros A , B e C compõem uma Família X, e
os gêneros D e E formam uma Família Y. Deve-se, com base
nesse cladograma, propor alguma alteração na composição
de gêneros das Famílias? Por quê?
Sim, pois com base no cladograma elaborado verifica-se que
as famílias X e Y não são monofiléticas com a composição de
gêneros estabelecida pelos sistemas de classificação
tradicionais. Vale ressaltar que a classificação filogenética
atribui nomes taxonômicos formais (por exemplo: Família X e
Família Y) apenas a grupos que sejam monofiléticos.
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Atividade 01

Como chegar a essa resposta?


(com base apenas no que foi apresentado)
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Atividade 01
1° PASSO: Identificar e marcar todos os ancestrais.
Família X Família Y

A B C D E

A, B C, D

A, B, C, D

A, B, C, D, E
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Atividade 01
2° PASSO:

Saber que...

...há um critério básico na sistemática filogenética para


a definição de um TÁXON. Assim,...

...para que um grupo de organismos seja considerado


um táxon ele deve ser MONOFILÉTICO.

Um grupo monofilético é composto por TODOS os


descendentes de um mesmo ancestral.
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Atividade 01
3° PASSO: Verificar se as famílias X e Y são monofiléticas
com base na composição de gêneros de cada uma delas.
Família X Família Y

Gêneros: A B C D E

A, B C, D

A, B, C, D
As famílias não
são monofiléticas!
A, B, C, D, E
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Atividade 01
4° PASSO:

Entender o que se quer dizer com “alteração na


composição de gêneros das famílias”.

Seria, por exemplo, tirar um ou mais gêneros de uma


família e colocar em outra, ou separar gêneros de uma
família criando uma segunda, ou ainda fundir duas
famílias em uma só. De tal forma que essas alterações
formassem famílias monofiléticas.

Como já foi mostrado, seria SIM necessário fazer


alterações na composição de gêneros das famílias X e
Y.
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Atividade 01
5° PASSO:

Escrever a resposta sem desconsiderar a pergunta “Deve-se,


com base nesse cladograma, propor alguma alteração na
composição de gêneros das Famílias? Por quê?”

Sim, pois com base no cladograma elaborado verifica-se que


as famílias X e Y não são monofiléticas com a composição de
gêneros estabelecida pelos sistemas de classificação
tradicionais. Vale ressaltar que a classificação filogenética
atribui nomes taxonômicos formais (por exemplo: Família X e
Família Y) apenas a grupos que sejam monofiléticos.

Perceba que não foi pedido para se propor alterações! Mas,...


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Atividade 01
6° PASSO: (1)

...já que vocês propuseram, vamos identificar as propostas


mais viáveis:
Incluir o gênero D na família X e deixar
Família X Família Y
a família Y monogenérica, isto é,
A B C D E
apenas com um gênero, que seria o
gênero E.
Não é indicado formar uma família
monogenérica.
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Atividade 01
6° PASSO: (2)

...já que vocês propuseram, vamos identificar as propostas


mais viáveis:
Incluir os gêneros D e E na família X,
Família X
eliminando a família Y.
A B C D E
Embora a junção dos dois grupos de
gêneros forme uma família monofilética,
você poderia encarar resistência por
parte dos defensores do sistema
tradicional.
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Atividade 01
6° PASSO: (3)

...já que vocês propuseram, vamos identificar as propostas


mais viáveis:
Manter a família X composta pelos
Família X Família Y Família W
gêneros A e B; juntar C e D, criando
A B C D E
uma Família Y; e deixar E numa família
W, que seria monogenérica.
Isso seria ainda pior do que juntar
todos os cinco gêneros numa família
só.
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Atividade 01
RESPOSTA apresentada por alguns acadêmicos.

Propuseram alterações NO CLADOGRAMA para manter a


composição de gêneros das Famílias X e Y.

Família X Família Y Família X Família Y


A B C D E
A B C D E

Isso NÃO vale! A menos que você fizesse uma nova análise,
utilizando novos dados, e chegasse a esse novo cladograma.
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Noções de Cladística

Algumas, mas só algumas mesmo!


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Noções de Cladística

Se eles não são monofiléticos, eles são o quê?

O grupo ABCD é monofilético? O grupo FG é monofilético?


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Noções de Cladística

O grupo ABCD é polifilético. O grupo FG é parafilético.


O grupo é polifilético quando, O grupo é parafilético
para se tornar monofilético, quando, para se tornar
ele precisa incluir dois ou monofilético, precisa incluir
mais grupos monofiléticos. um outro grupo monofilético.
Precisa de mais de 2 cortes para Precisa de 2 cortes para ser
ser removido do cladograma. removido do cladograma.
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Noções de Cladística

Briófitas

A Divisão Bryophyta é mesmo uma Divisão?


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Noções de Cladística

A Divisão Pteridophyta
é mesmo uma Divisão?

Pteridófitas
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Noções de Cladística

A Classe Magnoliopsida
pode ser mesmo uma
Classe?
E a Classe Liliopsida?
Monocotiledôneas
Dicotiledôneas
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Noções de Cladística
É o método científico utilizado atualmente para mostrar as
relações filogenéticas (evolutivas) entre os seres vivos.

Para entendê-lo é necessário saber o que significa:

Caráter
Característica de um ser vivo (no caso, uma planta).
Ex. Cor da flor / Tipo de fruto.
Estado de caráter
Uma das diversas condições (ou valores) em que se observa
um caráter dentro de um táxon.
Ex. Flor vermelha ou lilás / Fruto do tipo baga ou drupa.
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Noções de Cladística
• Cladograma
São os diagramas a) e b).
A B C A B C
• Ancestral Comum
de AB: 1 , e de ABC: 2

• Clados ou Grupos Monofiléticos


1 1
AB e ABC

• Grupo-irmão
2 2
A é grupo-irmão de B; a) b)

e AB é grupo-irmão de C
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

1º Vamos considerar três grupos de plantas vasculares cujas


relações filogenéticas se deseja conhecer.

Grupos de plantas vasculares escolhidos para análise:

1 - Samambaias

2 - Pinheiros

3 - Açaizeiros
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

2º Para cada um desses grupos de plantas, selecionamos


caracteres homólogos a serem analisados.

No caso, serão selecionados apenas três caracteres:

1 - Xilema e floema Para simplificar vamos considerar que cada


um destes caracteres tem somente dois
2 - Sementes estados diferentes:

3 - Flores - Presente (+) ; ou


- Ausente (-) .
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

3º Agora, temos que escolher um grupo externo para enraizar


a arvore evolutiva (cladograma).

Devemos assumir que todos os integrantes do grupo-interno


estão mais relacionados entre si do que com os integrantes
do grupo-externo.

Em outras palavras, o grupo-externo deve ter se separado do


grupo-interno antes da diversificação deste.
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

3º Agora, temos que escolher um grupo-externo para


enraizar a arvore evolutiva (cladograma).
grupo-interno
grupo-externo

Escolheremos os MUSGOS
como grupo-externo nessa
análise filogenética, por considerar que eles divergiram de um
ancestral comum antes dos outros táxons analisados.
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

3º Agora, temos que escolher um grupo-externo para


enraizar a arvore evolutiva (cladograma).
O grupo-externo serve para identificar os caracteres
derivados e os caracteres ancestrais.
Os caracteres ancestrais ou plesiomórficos são aqueles
apresentados pelo grupo-externo e por alguns integrantes do
grupo analisado.
Os caracteres derivados ou apomórficos são modificações
dos caracteres ancestrais presentes em alguns integrantes
do grupo-interno. São usados para definir os CLADOS.
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

4º Deve-se construir uma matriz, na qual as linhas


correspondem aos grupos de plantas, e as colunas aos
caracteres/estados de caráter.
Caracteres
Táxon xilema e floema sementes flores
Musgos - - -
Samambaias + - -
Pinheiros + + -
Açaizeiros + + +
Neste caso, a ausência (-) representa plesiomorfia (caráter plesiomórfico).
Já a presença (+) significa apomorfia (caráter apomórfico).
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

5º Com base na “direção” dada pelo grupo-externo, procede-


se a organização dos grupos analisados.
musgos samambaias pinheiros açaizeiros

Cladograma oriundo da análise


de apenas um caráter: presença xilema e floema
de tecidos vasculares.
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Noções de Cladística
Como um cladograma é construído?

5º Com base na “direção” dada pelo grupo-externo, procede-


se a organização dos grupos analisados.
musgos samambaias pinheiros açaizeiros

flores

sementes

Cladograma feito com


base na análise dos três xilema e floema
caracteres considerados.
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Noções de Cladística
Como se interpreta o cladograma?

Um cladograma não indica que um grupo deu origem ao


outro, mas sim que grupos-irmãos compartilham um
ancestral em comum.
musgos samambaias pinheiros açaizeiros

flores

O cladograma demonstra
que açaizeiros compartilham sementes
um ancestral em comum, mais
recente, com os pinheiros em vez de
com as samambaias. xilema e floema
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Atividade 2
1-Considere as espécies A, B e C do gênero hipotético Floris.
Use a espécie X como representante do grupo-externo.
a)Liste os caracteres das espécies, descrevendo seus estados:
b)Construa uma matriz de dados:
c)Elabore um cladograma para as espécies em questão:

Espécie X Espécie A Espécie B Espécie C


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Atividade 2
2-Considere as espécies A, B e C do gênero hipotético Floris.
Use a espécie X como representante do grupo-externo.
a)Liste os caracteres das espécies, descrevendo seus estados:
b)Construa uma matriz de dados:
c)Elabore um cladograma para as espécies em questão:

Espécie X Espécie A Espécie B Espécie C


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Atividade 2
a)

Caráter 1: cor das pétalas ( branca / amarela )


Caráter 2: tamanho das pétalas ( grande / pequeno )
Caráter 3: espinhos na folha ( ausentes / presentes )

Espécie X Espécie A Espécie B Espécie C


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Atividade 2
b)
Caracteres / estados de caractres
táxons Cor das pétalas Tamanho das pétalas Espinhos na folha
Espécie X branca grande ausentes
Espécie A branca pequeno presentes
Espécie B amarela grande presentes
Espécie C amarela grande ausentes

Espécie X Espécie A Espécie B Espécie C


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Atividade 2
c)

Há dois cladogramas mais parcimoniosos (com 4 “passos” cada).

A quantidade de características (caracteres) analisadas não é


suficiente para que se demonstre as possíveis relações
evolutivas no grupo estudado.
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The end

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