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Prelúdio: Dia do Festival de Caça

“O Frio está chegando e com ele os medos e os anseios de nosso povo...” assim disse Bhaul
Azarok do Clã do Urso do Leste, ele sempre dizia que a época mais severa do ano vinha por um
motivo: aprendermos a aquecer os nossos corações endurecidos...; essa foi à frase que marcou
Bhaul Azuna, uma princesa de uma terra inóspita marcada por tradições e sua trágica história
de amor proibido..., neste caso seria apenas mais uma como todas as outras, mas esse amor
proibido gerou uma semente e seu nome é: Malubak.

Filho! você está atrasado! vamos! – uma voz gentil e doce cortava o ar rapidamente meio que
apressando alguém, Sim! Estou indo mãe..eu não vou me atrasar a naz te deixou meu arco? – a
resposta veio rápido: Claro ela acorda mais cedo que você, vamos pegue essa maçã e vá! Você
não vai querer perder o discurso do Khan. – Malubak pega a maçã da mão de sua mãe e sai
correndo saindo de sua tenda, para um segundo e fungando volta, ele beija sua mãe e diz:
Obrigado! – boa sorte filho, vá, você é um bom rapaz – era a primeira vez que malubak
participaria desse evento, ele não cabia dentro de si, estava eufórico! Havia finalmente
chegado a hora de provar o seu valor dentro de sua tribo, dentro do mundo em que nascera.

O Clã do Urso do Leste finalmente tinha se decidido e permitido ao meio-orc a honra de


participar do maior evento da cidade, não que tal permissão fosse tão necessária, mas no caso
de malubak não havia outra opção; afinal a caçada do javali do norte é o evento principal do
festival do verão que marca a época do plantio das lavouras de trigo onde oferendas são
levadas aos deuses para que abençoem a terra, permitindo assim uma colheita farta para o
povo passar o inverno, sempre tão rigoroso.

Ao sair de sua tenda malubak corria depressa, como nunca correu antes, comendo a sua maçã
com seu arco nas costas e a faca de caça na bainha, todos estavam se preparando para esse
dia, uns o cumprimentavam outros fingiam que não existia, alguns fizeram isso a vida toda,
mas isso não desanimava malubak, estava vivo e, portanto provaria seu valor, corria
desesperadamente e logo ao seu encontro deparou-se lado a lado a Naz, na verdade
Naznazaghu-àkas uma mestiça como ele, sua amiga, talvez mais...

Corriam juntos pela rua principal quase que competindo – Vamos malubak! Você está muito
devagar desse jeito vai passar vergonha! Hahaha – Dúvido pega vai! Segura isso! – malubak
joga o talo da maçã para a mestiça, ela apanha e joga para trás enquanto corre, o talo acerta a
cabeça de um comerciante que pragueja alto – Malditos! Só podia ser você seu asqueroso! E
essa zinha mestiça aí... Haaaa – era normal, eles riram até que ela diz – Então você vai mesmo
para a caçada...bom pelo menos vamos ter uma história para rir depois! Boa sorte malubak!
Estarei de vigia hoje vou ficar de olho em você! – enquanto se afastava do meio-orc que
levantando seu braço sinalizava positivo, pois a voz ia ficando mais ao fundo – Tente não
entrar em nenhuma confusão naz.!

O povo estava animado, a efervescência era clara, tambores tocando, o cheiro da carne assada
preparada, dos pães, das flores brancas adornando a frente das tendas percorrendo o caminho
da rua central da cidade nortenha de Dakorum, “ululeando”, contorcendo-se como uma
serpente passando a frente do grande salão de Ungundang, a morada do líder dos líderes,
também chamado “Khan”; finalmente malubak havia chegado, estava em cima da hora, ele
subia por um palanque de madeira à sudoeste de forma a ficar de frente ao portal do grande
salão enquanto as mais belas jovens de todas as tribos dançavam no centro da rua frente ao
palanque, jogando pétalas de flores de diversas cores para o alto e segurando cestos
trabalhados de palha e bambu, ao som dos tambores, alaúdes e flautas.

Enquanto subia pelos degraus do palanque malubak foi abordado por daisuke o responsável
pelas aljavas, ele entrega uma para o mestiço que agradece com um sinal positivo abaixando a
cabeça – Boa sorte orc... - fala daisuke, em tom baixo quase rindo – Obrigado! - responde
malubak subindo o palanque por ultimo e ficando lado a lado com Djeong Zjan do clã da Morsa
do Norte, todos os participantes da caçada estavam ali, lado a lado, de frente ao grande
portão, esperando o Khan, para dar início ao espetáculo, a dança era magnífica, o povo estava
inebriado, atônito! , eles aplaudiam e jogavam flores, alguns gritavam alto torcendo por seus
caçadores prediletos, provavelmente em quem apostaram, a guarda como sempre reforçada,
o momento era único e o meio-orc estava ali, vivendo aquele momento, ao passo de sua
glória, finalmente...!

De repente os portões da fortaleza Ungundang se abriram, uma longa e larga escadaria de


madeira dava para a porta, mesmo do palanque ainda parecia alta e imponente, abriram-se
para dentro em duas grandes folhas de madeira maciças ricamente trabalhadas com as
imagens dos doze animais sagrados que compunham o círculo dos clãs, abertas por dois
soldados altos, que estavam bem armados com meias-armaduras e escudos; ao centro há um
passo a frente estava ele, Kodral-Khan, o Líder dos líderes, vestia um rico gibão de peles com
uma pesada capa de pêlos de lobo das estepes em tons de cinza e branco, um cinturão
metálico marcava largamente a sua cintura média, tinha apenas uma trança de cabelo cor
escuro, tão negro como um corvo, caindo em seu pescoço passando pelo ombro esquerdo
sobre uma cabeça desnuda com tatuagens de animais desenhadas de maneira desorganizada
em sua pele.

Era alto e imponente, os olhos tipicamente puxados cor castanho-escuro e a pele moreno-
claro ressaltavam sua descendência nortenha entre os primeiros à ocupar aquela região de
Cerudean, era do clã dos lobos, antes era Kodral Ganjg do Clã dos Lobos do norte, agora era
Kodral-Khan, Senhor dos Clãs, Líder da aliança, Protetor de Dakorum, Campeão do povo do
norte, títulos que vislumbram a maior de todas as tarefas: comandar e proteger.

Kodral levantou sua mão direita em direção ao palanque e todo o povo juntamente com os
competidores sobre o palanque se ajoelhou em reverência e respeito ao seu líder, que com
uma forte voz bradou:

- Povo de dakorum!, hoje testemunhamos nossos melhores guerreiros em um teste de


habilidade, força e honra! Um teste que simboliza acima de tudo a nossa identidade enquanto
povo livre do norte, nossas tradições, passado, presente e futuro!

- Lembrem-se deste dia, festejem grandemente e ofereçam aos deuses seus votos e ofertas de
prosperidade, Que o melhor dentre vocês vença com honra! QUE COMECE A CAÇADA!

(JUNINHO DAQUI VOCÊ SEGUE COM A CONCLUSÃO):

Assim que o discurso acaba os guerreiros são levados para a encosta do reino o capitão do
exército começa instruir os guerreiros: Vocês são proibidos de brigarem entre si, não é
permitido formar grupos, vocês devem descer essa parte da montanha ir até a floresta e trazer
a fera o primeiro a completar essa missão é o vencedor, e lembrem-se tem soldados
espalhados dentro da floresta qualquer um que quebrar uma das regras vai ser desclassificado,
e não se esqueça que esse é um festival com honra.
Todos os Guerreiros ficam apostos e o capitão da a largada.

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