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Discente:
Cecilia Jossaio Cumbe
Docente:
1.4. Metodologia.................................................................................................................4
2. A conferência de Berlim......................................................................................................5
3. Contexto histórico................................................................................................................5
4. Principais motivações..........................................................................................................6
5. Divisão da África.................................................................................................................6
6. Conclusão............................................................................................................................8
7. Referência bibliográfica......................................................................................................9
1. Introdução
No início dos anos 80 do século 19, o interesse europeu sobre África, um continente quase
totalmente desconhecido até à altura, cresceu de forma acentuada. As novas ambições
geopolíticas conduziram à chamada "Conferência da África Ocidental, também conhecida por
a Conferência do Congo que teve lugar no Palácio do Chanceler do Império em Berlim.
Foi presidida pelo Chanceler Otto von Bismark e teve a presença de diplomatas, juízes e
geógrafos de 14 países da Europa. Durante três meses negociam o futuro de África, dividem o
continente em zonas de influência e desenham “de maneira selvagem as fronteiras. Isto tudo
sem nunca estar um único africano presente na conferência que pudesse opinar ou tomar parte
na discussão.
1.4. Metodologia
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2. A conferência de Berlim
Embora os europeus já estivessem na região desde o século XV, durante os três meses de
discussão foram definidas novas fronteiras e rotas para livre circulação e comércio nos rios
Níger e Congo, além do compromisso com o fim da escravidão e tráfico de escravos.
Como os povos africanos ficaram de fora de todas as decisões, para muitos historiadores esses
encontros deram o pontapé inicial nos conflitos internos que viriam a acontecer na África,
provocando danos que até hoje não foram solucionados.
3. Contexto histórico
Foi diante desse cenário que os continentes africano e asiático passaram a fazer parte dos
interesses dos países europeus industrializados. No caso da África, as disputas pelo seu
controle partiram de três nações: Bélgica, Portugal e França. O primeiro passo foi dado pelos
belgas, quando o rei Leopoldo II conseguiu dominar o Congo. Ele foi o responsável pelo
assassinato de milhões de nativos.
A França, que também visava a ocupação do território, logo resolveu tomar posse de
Brazzaville, hoje a capital da República do Congo. Tempos depois, ainda expandiu seu poder
para República de Guiné e Tunísia. Já Portugal, temendo a perda das suas colônias,
reivindicou a unificação entre dois dos seus domínios, Angola e Moçambique.
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A ideia de ligação entre as colônias deu origem ao “mapa cor-de-rosa”, que defendia o
controle de leste a oeste dessas regiões e acreditava que a mudança poderia facilitar o
transporte de mercadorias e comércio. A proposta foi recusada pelo Reino Unido e os
portugueses foram obrigados a desistir do plano.
Para evitar mais conflitos diplomáticos, Portugal então idealizou um encontro entre as nações
europeias. No entanto, foi a Alemanha que organizou, em 15 de novembro de 1884, a
conferência de Berlim. Sob a liderança de Otto von Bismarck, representantes de diferentes
nações uniram-se para decidir a ocupação e exploração da África.
4. Principais motivações
Contudo, essas propostas buscavam esconder o verdadeiro interesse das grandes potências:
explorar economicamente a África e dividir os seus territórios, principalmente o Congo (área
rica em ouro, carvão, cobre e outras matérias-primas).
5. Divisão da África
A conferência de Berlim, finalizada em fevereiro de 1885, permitiu a posse de quase 90% das
terras africanas. Os europeus deixaram de lado as características culturais, sociais, étnicas e
linguísticas das populações nativas, dividindo o continente de acordo com as suas
preferências. Até o início do século XX, as potências controlavam os seguintes regiões:
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Grã-Bretanha: suas colônias ficavam na zona que começava no Cabo da Boa
Esperança, na África do Sul, até o Cairo, no Egito.
França: assumiu as terras ao sul do Saara, na costa ocidental e ilhas no oceano índico.
Portugal: continuou com suas colônias nas regiões de Cabo Verde, são Tomé e
Príncipe, Guiné, Angola e Moçambique.
Espanha: manteve seus domínios no norte da África e na costa ocidental.
Alemanha: adquiriu terras na costa atlântica, onde atualmente encontra-se Camarões e
Namíbia, e na costa índica, atuais Quênia e Tanzânia.
Itália: ocupou por um tempo a Somália e Eritreia. Tentou tomar posse da Etiópia,
porém não teve sucesso.
Bélgica: controlou a parte central do continente africano, na área que remete ao Congo
e Ruanda.
A Conferência de Berlim também determinou que os rios Níger e Congo seriam de livre
navegação, ou seja, estavam abertos a todos os países. Por fim, foram determinados, em parte,
os territórios que seriam ocupados e divididos na África da forma que melhor agradasse as
potências industrializadas.
A Conferência de Berlim foi uma vitória diplomática do chanceler Bismarck. Com a reunião,
ele demonstrava que o Império Alemão não podia ser mais ignorado e era tão importante
quanto o Reino Unido e a França. Igualmente, não solucionou os litígios de fronteiras
disputados pelas potências imperialistas na África e levariam à Primeira Guerra Mundial
(1914-1918).
O conflito foi travado entre dois grandes blocos: Alemanha, Áustria e Itália (formavam a
Tríplice Aliança), e França, Inglaterra e Rússia (formavam a Tríplice Entente). Como a África
era considerada uma extensão desses países europeu, o continente também se viu envolvido
na Grande Guerra Mundial, com os nativos integrando os exércitos nacionais. Essa nova
configuração do continente africano feito pelas potências mundiais, permaneceu até o fim da
Segunda Guerra Mundial (1939- 1945). Após esta data eclodiram vários movimentos de
independência em diversos países africanos.
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6. Conclusão
Em suma, a repartição da África, realizada de forma arbitrária, teve seu ápice quando da
realização da Conferência de Berlim, que se iniciou em 1884 e durou até o ano subsequente.
A Conferência contou com a participação de 15 países, 13 pertencentes à Europa e o restante
advindo dos Estados Unidos e da Turquia.
Apesar dos Estados Unidos não possuírem colônias no continente africano, era um poderio
que se encontrava em fase de crescimento, visando assim a conquista de novos territórios. Na
mesma situação se encontrava o país sede da Conferência, a Alemanha, que desejava também
conquistar para si algumas colônias.
Vários temas foram abordados durante a Conferência, porém, o objetivo maior era a
elaboração de um conjunto de regras que dispusessem sobre a conquista da África pelas
potências coloniais da forma mais ordenada possível, mas que acabou resultando em uma
divisão nada pacífica.
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7. Referência bibliográfica