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Outra Ufal é possível! Vote Chapa 01! INFORMATIVO

Conheça aqui algumas das nossas propostas:

Outra Ufal Gestão
Convocar um processo estatuinte para discutir
« «
o estatuto da UFAL com vistas à democratização
das instâncias de deliberação. Enquanto não for
aprovado um novo estatuto a gestão assumirá o
compromisso de que seus pró-reitores não
exercerão seus direitos a voto no CONSUNI;
Garantir um planejamento e orçamento
« violência que atinge a população alagoana;
participativo com todos os campi da UFAL e
segmentos que constituem a universidade
Outra Ufal Segura
Inserir a discussão sobre a insegurança que
Outra Ufal Pesquisa e
Programas de
Outra Ufal Extensão e
Cultura
Outra Ufal é possível
ameaça alunos, técnicos e professores da UFAL
no debate público sobre a ausência de efetivas e
Pós-graduação Planejar um calendário de programas e
«
atividades regulares que promovam a cultura, a
eficazes políticas públicas de segurança em Incentivar a publicação de livros resultante da
«
extensão e o bem estar social; torná-lo conhecido
Alagoas, tendo em vista a violência que atinge a produção de pesquisas dos alunos da graduação de toda a comunidade acadêmica e alagoana;
universidade vincula-se de forma mais ampla à e pós-graduação; Maceió-AL, Maio/junho de 2011
Garantir uma política de apoio à publicação
«
Garantir a gratificação de todos os
«
dos resultados dos projetos de extensão;
Definir uma política de segurança interna onde
« coordenadores de pós-graduação;

Leia entrevista com As propostas para

(estudantes, técnicos e docentes), além de
setores da sociedade civil organizada alagoana;
Absoluta transparência na definição e no uso
« universidade;
dos recursos públicos, o que deve ser garantido
por um orçamento participativo;
Criar unidades descentralizadas do SINFRA
«
(Superintendência de Infra-estrutura) em cada
Campus da UFAL;
Criar uma Ouvidoria a fim de ser mais um canal
« qualidade em todos os espaços da UFAL (capital
de comunicação da comunidade universitária
com a Administração da UFAL;
os serviços de segurança sejam redimensionados
e voltem as suas ações fundamentalmente para a
proteção da vida e da segurança no âmbito da
Contribuir para a formação de um movimento
«
nacional que defenda a criação de guardas
universitárias para proteção da segurança
pessoal e patrimonial no interior da universidade;
« Criar um planejamento de iluminação de
e interior) que contribua da garantia da
Criar uma política institucional de apoio da
«
PROPEP aos periódicos da UFAL: editoração,
revisão e tradução de artigos para outras línguas
estrangeiras;
Garantir financeiramente as iniciativas de
«
intercâmbios nacionais e internacionais via
projetos de pesquisa, missões de trabalho
vinculadas a projetos de pesquisa e participação
em eventos internacionais;
Oferecer cursos de pós-graduação –
«
especialização – gratuitos de acordo com as
demandas da sociedade alagoana;
Criar o encontro de professores orientadores e
«
monitores da UFAL;
Incentivar financeiramente a existência de
«
eventos que discutam temáticas relacionadas a
gênero, as relações étnico-raciaisl, a questão
indígena e dos movimentos sociais o Brasil, com
especificidade no estado de Alagoas;
os candidatos da chapa 01
Páginas 2 e 3
uma outra Ufal
Página 4
Ampliar o número de bolsistas de extensão;
«
Implementar a rádio universitária com
«
progressiva ampliação a todos os Campi;
Incentivar programas permanentes de extensão

A gente quer ter Estudantes fazem cartazes

segurança dos técnicos, professores e estudantes. «
Exigir do governo federal a realização de novos
« voltados para a formação continuada de
Incentivar a criação de projetos induzidos de
«
concursos de professores para professores e para professores que atuam na educação básica;
pesquisa e de extensão, com apoio das agências
técnicos-administrativos. Outra Ufal Professor de fomentos, que impactem positivamente na Realizar festival de poesia, teatro e cinema
«
Combater a intensificação do trabalho docente, realidade alagoana com vistas a contribuir para a integrando os campi e dar continuidade ao

voz ativa em apoio à Valéria

Hospital Público Estatal
e de Qualidade
Fundamentados na defesa de um HU público
« qualificação docente;
estatal e com serviços de qualidade,
posicionando-nos contrários à adoção de
qualquer modelo de gestão privatizante que
fortaleça o papel do Estado na prestação de
serviços de educação e saúde;
100% SUS, com financiamento exclusivamente
«
público e operando com uma única porta de
entrada, sem prejuízo dos objetivos
fundamentais da Instituição de Ensino;
Ocupação dos cargos diretivos ocorendo
« implementação da Flexibilização da Jornada de
segundo critérios técnicos, mediante o
estabelecimento de exigências para o exercício
dessas funções gerenciais, eleitos pelos seus
pares, de forma, no mínimo, paritária;
Investimento profundo em programas de
«
controle social no âmbito da gestão dos serviços
de saúde no HU;
Garantia da reposição contínua de pessoal nos
« humanos;
Hospitais Universitários, através de concursos
públicos, com autonomia para contratação
imediata;
Implementação da Política de Segurança e
«
Saúde no Trabalho (NR32) nos Hospitais
Universitários;
Implementação, em consonância com a Lei
« medidas emergenciais para a garantia da
8080/90 e com a Portaria 2437/05, de
Ambulatório e Serviço de Saúde do Trabalhador
no Hospital Universitário.
Outra Ufal Políticas de
Diversidade
«
a partir da normatização e oficialização da carga
horária docente;
Redefinir e estimular uma política de
« graduações na UFAL, em especial aquelas
Institucionalizar uma política de carga horária
«
docente onde todas as atividades realizadas pelo
professor sejam considerados o ensino, a
pesquisa e a extensão.
Outra Ufal Técnico-
Administrativo
Garantir a padronização gradual da
«
Trabalho dos servidores técnico-administrativos,
para 30h semanais de trabalho (sem redução de
salário), em todas as unidades da UFAL,de acordo
com o Decreto nº 4.836 - de 9 de setembro de
2003 tendo como exemplo a experiência da UNB;
Fortalecer e Garantir funcionamento do
« especiais, conforme prevê o Programa Nacional
Subsistema Integrado de Atenção a Saúde do
servidor através de espaço físico e recursos
Resgatar o Núcleo de combate e /ou
« técnicos e todos estudantes com um preço
atendimento a dependentes químicos;
Promover ações de combate e erradicação da
« Aprimorar a qualidade da alimentação do RU;
violência por Assédio Moral no local de trabalho;
Estimular ações de implantação do ”Programa
« Alagoana (Maceió) e construir nos demais campi;
de qualidade de vida no trabalho”;
Assegurar uma política de qualificação e de
« (bolsa trabalho) orientando-a para as atividades
formação continuada do servidor técnico-
administratia incluindo a política de capacitação
e de pós-graduação (Lato e Stricto Sensu) com
financiamento de bolsas oriundas do Plano de
Cargos e Carreiras dos Técnicos-administrativos
da Educação (PCCTAE);
Criar uma política planejada de afastamento, a
« acesso a serviços como: restaurante, farmácia,
partir da discussão com as unidades acadêmicas
elevação dos índices sociais de alagoas;
Dotar de infra-estrutura necessária as pós-
« articulando-o aos campi Arapiraca e Delmiro
avaliados pela a CAPES no patamar mínimo;
Estimular e propiciar condições à criação de
« efetivamente a Orquestra da UFAL e o Corufal,
programas de pós-graduação nos campi do
interior observando sempre e garantindo
condições de infra-estrutura de qualidade;
Estender o acesso de professores mestres ao
« circular nos bairros das cidades onde a UFAL está
Programa de Iniciação Científica.
Outra Ufal Estudante
Propiciar ampla assistência estudantil nas áreas
«
de moradia estudantil, alimentação, transporte,
atenção à saúde, inclusão digital, cultura,
esporte, creche, apoio pedagógico e acesso,
participação e aprendizagem de estudantes com
de estudantes portadores de necessidades
de Assistência Estudantil- PNAES, aprovado pelo
Decreto 7.234 de 19.07.2010;
Democratizar o acesso ao RU para professores,
«
acessível;
« UFAL;
Ampliar as vagas da Residência Universitária
« Discutir com a comunidade acadêmica e os
Redefinir as funções da bolsa permanência
«
de ensino, pesquisa e extensão;
Destinar uma cota de recursos exclusivamente
«
para os órgãos de representação estudantil;
Garantir nas instalações dos campi, espaço
« mais alto se ouve nos quatro cantos do Estado: Outra Ufal
físico para os CA's.
Outra Ufal Ensino
festival de música universitário, ampliando-o e
Gouveia;
Ampliar, apoiar, valorizar e viabilizar
«
Foi preciso ter coragem nos momentos decisivos da
promovendo ações que possibilitem a sua História para mudar o destino do povo e do nosso país. E
projeção e o seu fotalecimento;
com a ousadia de mudar, Valéria Correia e Ricardo Cabús
Criação de um espaço (tenda)) móvel, para
«
assumem o desafio de apresentar uma proposta alternativa
presente. de Universidade, que tenha em seu alicerce a democracia
direta amplamente participativa e a preocupação com os
Outra Ufal Infra-
reais problemas enfrentados por Alagoas e sua gente.
estrutura
Elaborar de forma participativa, um plano
«
Coletivamente, fomos tecendo esta rede de insatisfações,
diretor objetivando garantir a curto, médio e de crítica, mas, sobretudo, de proposição. Nosso projeto
longo prazo a qualidade da infra-estrutura dos
Campi da UFAL, bem como um plano de coletivo vem na mesma direção daqueles historicamente
manutenção dessa infra-estrutura e de seus apontados para a mudança concreta das estruturas, não
equipamentos;
apenas sua crítica. Uma tradição que ao longo dos anos
Criar uma comissão permanente de
«
acompanhamento e fiscalização das obras de recentes nos apresentou experiências de sucesso, como o
infra-estrutura; Orçamento Participativo, exportado do Rio Grande do Sul
Garantir acessibilidade a todos os espaços da
« para o mundo.
« Agora a rede se fortalece, só aumenta. As adesões fazem o
poderes-públicos municipal e estadual a remoção
do presídio do Campus Arapiraca, tomando cordão lilás de Valéria e Ricardo crescer na direção de uma
segurança da comunidade;
expressiva votação e na esperança de termos uma Reitora
Criar uma política que garanta em curto prazo
«
comprometida com a mudança da situação precária pela
o mínimo de conforto em termos de ventilação e qual passa nosso Estado e nossa Universidade. Cada vez
progressiva climatização das salas de aula;
Conceber a Cidade Universitária integrada a um
«
é possível!
centro de vivência, garantindo à comunidade o
papelaria, etc.

Criar canais efetivos de diálogo entre a
« e os servidores com vista a sua qualificação;
comunidade acadêmica e os órgãos da sociedade
civil organizada alagoana da diversidade sexual,
indígena, étnico-racial,dos portadores de
Nós apoiamos
Garantir um fluxo de pronto atendimento no
« « "Criar uma política de curto e médio prazo para
HUPAA, em caso de urgência e emergência no equipar adequadamente as salas de aula,
garantindo conforto ambiental, iluminação e
Outra Ufal Meio “Muita alegria me causou a notícia da candidatura da professora Maria
Valéria Correia à Reitoria da UFAL. Novos ares e novas idéias são possíveis

necessidades especiais; do campo;
Discutir com a comunidade acadêmica o
« técnicos que possibilitem o desenvolvimento de
aumento do prazo das cotas para 20 anos na
UFAL, pois se considera, o período de 10 anos
como insuficiente para avaliar e promover ações
afirmativas;
Garantia de progressiva moradia de cotistas em
« “Nesta candidatura está explícito o compromisso
residências universitárias da UFAL;
Incluir disciplinas obrigatórias em todos os
« Criar um ambiente de sociabilidade entre
cursos de graduação que contemplem a
diversidade racial e cultural, cumprindo o Art. 1º,
§ 1º e o Art. 6ºda Resolução 01/2004 do CNE/CP;
Garantir um programa com projetos voltados
«
para comunidade acadêmica e alagoana
assegurando a discussão sobre portadores de
necessidades especiais, sobre gênero, sobre a
questão indígena, sobre a questão étnico-racial,
educação do campo, diversidade sexual e a
educação quilombola em Alagoas.
Conheça mais propostas, mensagens de apoio, o perfil dos nossos candidatos e entre em contato conosco através do
reitoravaleria.blogspot.com ou pelo Twitter @valeriareitora.
campus à comunidade acadêmica;
Garantir condições reais de trabalho ao
«
servidor técnico-administrativo;
Criar projetos de extensão específicos que se
« consolidação de um projeto que entrelaça os rumos
voltem para as demandas dos técnico-
administrativos.
Outra Ufal Sociável
« reconhecidos pelo MEC e os avaliados no
estudantes, técnicos e professores nos campi da
UFAL, como um lugar de boa convivência
acadêmica e social, promovendo: feiras de livros;
debates com temas diversos e plurais,
oportunizando o encontro da comunidade
universitária em “tardes de café com letras" e em
outros projetos culturais;
Criar uma política de abertura dos campi da
« Institucionalizar, ampliar e descentralizar o
UFAL nos finais de semana à comunidade
circunvizinha para oferecer atividades de leitura,
recreativas, esportivas e culturais.
ventilação/refrigeração adequadas e meios
aulas com o recurso à internet e à utilização de
multimeios";
« Discutir uma política de estágios que fortaleça
os vínculos da UFAL com os poderes públicos de
Alagoas na esfera estadual e municipal;
Dotar de infra-estrutura necessária os cursos de
«
Graduação na UFAL, em especial aqueles não
patamar mínimo, fortalecendo os cursos com
funcionamento de qualidade;
Garantir a ampliação de uma política de
« Particularmente, este é o desafio e a construção
intercâmbio Internacional;
« Priorizar a contratação de professores com
dedicação exclusiva;
« esquecer que somos nós, a comunidade acadêmica,
sistema de bibliotecas (SIBI) nos diversos Campi;
« Estimular a demanda por bolsas de: PIBIC,
PIBID, PETs.
Ambiente
Desenvolver, com a participação dos alunos,
«
professores, técnicos, representantes de
organizações da sociedade civil e de órgãos
públicos, um plano para o Desenvolvimento
Ambiental da UFAL;
Criar uma política de relacionamento com as
«
comunidades circunvizinhas aos campi/polos da
Universidade Pública comprometida com a qualidade
UFAL de modo a estabelecer parceriais no
tratamento dos recursos ambientais e no
desenvolvimento de projetos de extensão que
fundamental de gerar condições propiciadoras para a
possibilitem a essa comunidades adotarem a
universidade como seu patrimônio, gerando
impactos positivos inclusive na redução dos
níveis de violência;
« Realizar coleta seletiva na UFAL, com
encaminhamento para cooperativas/associações
de catadores; gestão de todo tipo de resíduo,
acompanhados, fundamentalmente, de Educação
Ambiental, numa perspectiva crítica.
Valéria!
ético-político com a defesa intransigente da
do ensino-extensão-pesquisa e com o papel
ruptura com a herança/realidade atual de Alagoas.
cotidiana de todos /as que participam da jornada da
interiorização do ensino superior, no contexto do
semi-árido alagoano (sub-região agrestina). Sem
protagonistas principais nas mudanças necessárias
dos rumos da UFAL e na resistência propositiva em
defesa da educação pública.”
Silvana Márcia Medeiros – Sso
Ufal/Palmeira dos Índios
Meu nome é Maria Inés Bravo, mas nessa campanha
sou Valéria Correia. A trajetória de Valéria Correia na
universidade nos mostra o compromisso com a
da universidade aos da sociedade. Ressalto a sua
capacidade de exercitar a condição de competente e
tenaz pesquisadora aliada ao compromisso de uma
educadora engajada na superação dos dilemas para
assegurar a universidade como patrimônio coletivo.
“A sua extraordinária trajetória de vida, a sua
Maria Inés Bravo
juntamente com o projeto democrático que você
UERJ/UFRJ
“Sua indicação como reitora é resultado do seu
trrabalho e do seu comprimisso. Boa sorte! Estarei
torcendo por você!”
Márcia Pastor
UEL/PR
num espaço democrático com essa candidatura. A professora Maria Valéria
é mais do que uma professora e pesquisadora sempre empenhada, está
também mergulhada nos problemas da vida social de Alagoas em busca de
soluções e está sempre na luta pela melhor qualidade dos serviços sociais
no País. Essa candidatura é uma oportunidade que não pode ser perdida
pelos colegas que trabalham na UFAL.”
Marcos Del Roio
Unesp
competência acadêmica e profissional, a “Quero excelência, quero produção
grandeza ética e a dedicação à coisa pública, científica, quero mais vagas para
estudantes, quero mais vagas de concurso
representa a qualificam plenamente a para professores e técnicos, quero mais
desempenhar tarefa tão importante e debate, mais transparência e quero
estratégica na Universidade brasileira. melhor qualidade de trabalho.
Manifesto total apoio à sua candidatura à Meu nome é Aruã, mas nesta campanha
eleição para Reitor da UFAL.” sou Valéria!”
Giovanni Semeraro
Professor Aruã
UFF-RJ
Ufal/Campus do Sertão
 2 3
Tá em dúvida? Valéria e Ricardo Cabús respondem
Valéria, como você pensa a Ufal na atual
conjuntura da política educacional brasileira,
principalmente em termos de financiamento?
A situação da Educação no Brasil ainda continua
crítica. Os projetos do governo Lula no sentido de
reverter o quadro de desmonte neoliberal
promovidos nos governos anteriores não foram
suficientes. Tenho claro que os governos anteriores
ao governo Lula apostavam e investiam no
sucateamento da universidade com o intuito claro de
privatizá-la. Contudo os investimentos feitos pelo
governo passado nas Ifes (Instituições Federais de
Ensino Superior) foram, ainda, insuficientes para
reverter o projeto de desmonte da universidade
pública dos governos neoliberais anteriores. A crise
advinda da política aplicada sobre as Ifes pelos
governos anteriores forçou a comunidade a se
adequar, buscando alternativas em projetos
pontuais, como foi o caso do Reuni.
Os dirigentes das Ifes, no afã de mais verbas, se
prontificaram a aderir ao projeto governamental
sem um questionamento mais profundo dos meios.
Aqui na Ufal, o projeto de adesão ao Reuni foi feito
de forma precária, sem uma discussão ampla com a
comunidade acadêmica, como foi acompanhado por
todos. Vemos hoje os efeitos dessa “pressa” nos
graves problemas de infraestrutura que estão sendo
enfrentados na universidade, principalmente nos
campi e polos da expansão da Ufal para o interior.
Em relação a essa democracia e transparência da
qual você fala, como avalia a atual gestão e o
papel que exerceu nela o Consuni?
A Ufal precisa reconhecer-se como instituição
produtora de conhecimento, comprometida com sua
democratização e com a democratização da
sociedade, pautando-se em princípios éticos
capazes de construir ações que devem ser assumidas
por cada um, para que se tenha um tratamento
igualitário, balizado no acadêmico, no compromisso
social e ambiental.
Quem é Valéria?
Professora
« da Ufal desde 1994;
Doutora
« em Serviço Social;
Coordenadora do Grupo de
«
Pesquisa e Extensão Políticas Públicas,
Controle Social e Movimentos Sociais;
Autora de livros como: Desafios
« legítimos movimentos de reinvindicação tratados
para o controle social (2003), Reforma
Universitária (2005), Serviço Social e
Saúde (2005);
Pró-Reitora Estudantil da UFAL no
« universidade, sendo transformado em um órgão que
período 2003-2005;
Integra a Frente Nacional contra a
«
Privatização da Saúde;
Coordena o Fórum Alagoano de
« Reitor seu principal interlocutor, por ser ele na atual
conselhos de direitos, atividade
desenvolvida com os 102 municípios
alagoanos;
Representa o Nordeste no GT da
« universidade.
ABEPSS (Associação Brasileira de
Estudos e pesquisa em Serviço Social).
Outra Ufal é possível! Vote Chapa 01!
Carecemos de uma Política Acadêmica, de um
Projeto Político-Pedagógico, na perspectiva de
satisfazer as necessidades e os anseios da sociedade
alagoana, extremamente carente. Acredito na
perspectiva de que a Ufal possa ter, de fato, uma
gestão democrática, participativa e transparente,
servindo, da melhor forma, à sociedade que a
mantém.
Infelizmente não é isso que vemos hoje. O melhor
exemplo disso que estou falando é o atual modelo
de funcionamento do Conselho Universitário
(Consuni) que é o órgão máximo desta universidade,
mas que tem sua representação distorcida da
comunidade acadêmica,
inclusive com membros
indicados pela Adminis-
A Ufal é um
tração Central, como é o excelente exemplo de
caso dos pró-reitores que
não foram eleitos pelo que a direção que vem
voto de nenhum dos três
seguimentos que com- sendo dada à expansão
põem a Ufal (estudantes,
técnicos e docentes).
das universidades federais
precisa ser revista,
A votação que aprovou a
adesão ao Reuni se deu a
portas fechadas, com
com seriedade e
auxílio de forças da Polícia
responsabilidade.
Federal e com a insta-
lação, com alambrados, de uma verdadeira
barricada dentro do auditório do Hospital
Universitário, para impedir a expressão de
descontentamento e oposição de parcela
considerável da comunidade acadêmica,
particularmente dos estudantes que vêm tendo seus
como caso de polícia pela atual gestão.
Esse Conselho há alguns anos deixou de ser o
principal fórum político-administrativo da nossa
apenas referenda as decisões fechadas tomadas
pela Reitoria, ou às vezes, com anuência da maioria
dos Diretores de Unidade. Esses diretores
constituíram um Fórum paralelo que tem no Vice-
estrutura administrativa da reitoria, o ordenador de
despesas. Criou-se com isso um poder paralelo ao
Consuni e que na prática o esvazia de sua função,
também administrativa.
Diante desse quadro, não temos hoje um claro
projeto de universidade. Não sabemos como a atual
gestão pensa a universidade, pois ela tem
simplesmente respondido de forma reativa, em
detrimento de sua autonomia, às imposições do
governo federal.
Valéria, como você avalia a pesquisa na UFAL
hoje e o que você considera fundamental em
uma gestão para alavancar a atividade de
pesquisa na universidade? Quais suas
propostas?
Na condição de pesquisadora, estabeleço diálogos
com colegas de várias universidades do país e posso
dizer, sem medo de errar, que a existência e a
expansão da pós-
graduação na Ufal é um
mérito quase que
exclusivo de professores
que têm o compromisso
com a pro-dução do
conhecimento e que
enfrentam problemas e
dificuldades das mais
diversas ordens para
desempenhar suas ativi-
dades e dar andamento a
sua qualificação, desde a
especialização e o mestra-
do até o doutorado e o
pós-doutorado. Não é por
acaso que temos vivido, nos últimos anos na Ufal,
uma “fuga” de pesqui-sadores de peso para outras
instituições, buscando melhores condições de
produção do conhecimento. Além disso, ainda é
pequeno o número de pesquisadores que são
bolsistas-produtividade do CNPq e é grande o
número de cursos com a nota mínima da Capes. É
preciso que se defina uma política de pós-graduação
para a Ufal como forma de enfrentar esta situação.
Nossa chapa tem várias propostas para o tema, mas
destaco aqui a criação de um Fórum Permanente de
Coordenadores da Pós, visando à discussão e à
elaboração de uma política institucional que
redefina, inclusive, como devem ser investidos os
recursos a cargo da Propep. Comparada com outras
universidades públicas brasileiras até menores que a
nossa, a capacidade de expansão da pós-graduação
stricto e lato sensu na Ufal ainda é tímida e precisa
ser efetivamente estimulada, na direção do
fortalecimento do caráter público, gratuito, de
qualidade e socialmente referenciado da nossa
Outra Ufal é possível! Vote Chapa 01!
Valéria, qual sua posição acerca da expansão
universitária? A expansão realizada pela atual
gestão refletiu as necessidades da sociedade
alagoana?
Entendemos que a Universidade pode e deve chegar
aos mais diversos pontos do estado, interiorizar e
expandir, ampliando o número de vagas e de cursos
onde já existe a Ufal, e pensando a expansão, como
por, exemplo pra o litoral norte. Mas, quando
falamos em expansão, precisamos dizer que
expansão pensamos. De acordo com dados da Ufal
houve um crescimento de alunos de 2005 para 2010
de 129,85%, crescimento de professores: 33,16% e
crescimento de técnicos: 5,51%. A proporção de
alunos para professor em 2005 era 10,98 alunos por
professores. Em 2010 a média ficou em 18,96 alunos
por professores. Mesmo que o Reuni/Ufal preveja a
abertura de concursos para professores e técnicos
até 2012, o descompasso na expansão permanece.
Esse é um ponto a ser discutido. A atual gestão da
Ufal quer provocar um “choque dos números”,
alardeando os resultados da equação “expansão
Por que mudar é preciso?
Porque a UFAL não tem correspondido às
necessidades de sua comunidade, tão pouco da
sociedade alagoana.
Os problemas da UFAL são infindáveis:
insegurança; falta de infraestrutura adequada;
inúmeros cursos de graduação sem conceito;
cursos de pós-graduação com conceito mínimo; a
falta de servidores técnicos e professores; uma
expansão que contemplou apenas o número de
estudantes, sem o mesmo cuidado para o
crescimento do número de professores e técnicos;
excessivo número de horas/aula para um grande
grupo de professores; inexistência de concursos
que supram a real necessidade da Universidade;
utilização indevida de bolsistas que deveriam estar
executando atividades pedagógicas, mas estão
deslocados para funções administrativas,
substituindo os técnicos.
Após a Reestruturação Universitária (Reuni)
tivemos a oportunidade de receber uma grande
quantidade de recursos atrelados ao aumento no
número de vagas, porém faltou planejamento, que
apontasse as reais necessidades da Universidade;
com menos recursos”. Menos recursos porque,
considerando a retração do ensino superior público
ocorrida nos anos 1990, os recursos que vêm sendo
destinados às universidades federais, além de
escassos, desconsideram a existência de
necessidades estruturais sérias, resultantes de mais
de uma década de sucateamento das universidades
federais. A Ufal é um excelente exemplo de que a
direção que vem sendo dada à expansão das
universidades federais precisa ser revista, com
seriedade e responsabilidade, sob pena do
sucateamento conviver com canteiros de obras que
também correm risco de virar sucata, diante da
morosidade e da baixa qualidade de muitas
construções.
Em semanas chuvosas, há salas de aula mais antigas
que não podem ser utilizadas e professores e alunos
precisam excursionar pela Ufal em busca de um local
para desempenharem suas tarefas. Milhares de
alunos, de todos os campi, têm que onerar seus
orçamentos para se alimentarem e para se alojarem
nas cidades de seus cursos, porque os restaurantes e
as residências universitárias, nessa política de
expansão, não passam de discursos. Além disso,
prevalece uma perversa “divisão social” do trabalho
acadêmico, na qual as atividades de pesquisa e de
extensão são menosprezadas frente às atividades de
ensino, especialmente nos novos campi.
E qual o modelo de expansão que vocês
defendem?
Defendemos uma séria e responsável reavaliação e
redefinição dos rumos da expansão da UFAL,
considerando a autonomia da universidade, de
forma que os recursos investidos possam
efetivamente garantir: condições dignas de trabalho
para professores e técnicos e condições dignas de
estudo para os estudantes; condições
infraestruturais para as atividades de ensino, de
não existiu fiscalização do andamento das obras;
foi constante a morosidade no uso do dinheiro
público e recursos importantes retornaram ao MEC;
acima de tudo, faltou vontade para corrigir os
erros.
No vocabulário popular se diz que “o pior cego é
aquele que não quer vê”, e se a própria gestão
afirma que “não falta dinheiro com o Reuni”, então,
de quem é a culpa do Campus do Sertão ainda não
ter uma sala sequer funcionando em sua sede? Dos
alunos deste Campus continuarem dividindo as
aulas com os alunos secundaristas sem previsão de
término das obras da sede? De vários cursos do
Campus Arapiraca continuarem sem conceito após
cinco anos de atividades? Da Unidade de Viçosa
não apresentar as estruturas mínimas para o Curso
de Medicina Veterinária? De quem é a culpa das
obras serem inauguradas já com problemas de
infiltração, como a academia do curso de Educação
Física em Maceió, ou do Centro de Extensão de
Penedo? Da educação à distância (EaD) funcionar
de forma precária em cidades onde os alunos
acreditaram que a Universidade realmente tinha
chegado e descobriram que eles representavam
pesquisa e de extensão, pensadas de forma
indissociada; redefinição das normativas
regimentais e estatutárias da Ufal, considerando a
nova realidade da organização da Ufal com a criação
dos novos campi; valorização da capacidade
participativa e propositiva da comunidade
acadêmica por meio do fortalecimento dos espaços
democráticos de discussão e deliberação; diálogo
intenso com o MEC, para a ampliação de recursos
para a Ufal e para a ampliação de vagas para
concursos; construção de uma Ufal segura, alegre,
convidativa e aberta para a sociedade alagoana;
enfim, valorização de estudantes, técnicos e
professores do leste, do agreste e do sertão porque
todos, indiscriminadamente, merecem respeito.
Quem é Ricardo Cabús?
Servidor
« Técnico da Ufal de 1982 à
1987;
Professor
« da Ufal desde 1987;
Engenheiro
« Civil com PhD em
Arquitetura na University of Sheffield
(onde lecionou por dois anos);
Coordenou a Pós-graduação em
«
Arquitetura e Urbanismo (2004/2007);
Membro da Comissão Internacional
«
de Iluminação (CEI);
Foi membro do Consuni-Ufal no
«
período 2008-2010;
É produtor do programa ‘Minuto de
«
Poesia’ da Radio Educativa FM
(Maceió-AL);
Coordena o Projeto ‘Papel no
«
Varal’.
apenas números para a construção de um relatório.
Queremos uma outra Ufal, que cada vez mais
privilegie o conhecimento, a criatividade e a
autonomia. Que construa um Plano Diretor que
balize a expansão da Universidade e contemple a
articulação entre os prédios de cada unidade, a
construção de centros de convivência e a
instauração de um sistema de coleta seletiva. Que
apresente também um Plano de Manutenção, que
preserve o patrimônio da UFAL e não permita que
prédios recém-inaugurados sejam subutilizados.
Por tudo isso queremos uma outra Ufal, e sabemos
que isso é possível. Queremos a construção de uma
universidade pública, gratuita, estatal,
socialmente referenciada, comprometida com o
fortalecimento das atividades de ensino, pesquisa
e extensão. Mas queremos esta universidade para
todos, por toda Alagoas com a mesma qualidade
exibida nos cursos da capital, comprometida com
os problemas sociais deste estado e atendendo as
suas reais demandas.
Sim, outra Ufal é possível!