Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AUTONOMIA E AUTOGESTÃO
Claudio Nascimento
BIBLIOTECA BÁSICA DO
MUNDO DO TRABALHO ASSOCIADO
Claudio Nascimento
2ª edição
LUTAS ANTICAPITAL
Marília - 2019
Editora LUTAS ANTICAPITAL
Nascimento, Claudio.
N17r Rosa Luxemburgo e Solidarnosc. / Claudio
Nascimento– Marília: Lutas anticapital, 2018.
148 p. - (Biblioteca básica do mundo
do trabalho associado)
ISBN 978-85-53104-1-12
CDD 334
Ficha elaborada por André Sávio Craveiro Bueno CBR 8/8211
FFC – UNESP – Marília
www.lutasanticapital.com.br
Sumário
Apresentação.........................................................................7
Nota do Autor......................................................................11
Parte I
A classe operária.................................................................21
Parte II
Parte III
Parte IV
Bibliografia........................................................................143
Claudio Nascimento | 7
Apresentação
Nota do autor
Introdução
Parte I
22 | R o s a L u x e m b u r g o e S o l i d a r n o s c
Claudio Nascimento | 23
A classe operária
Centrais sindicais
A insurreição de Varsóvia
A reconstrução sindical
professores.
O sindicalismo oficial
As reivindicações sindicais
autonomia.
A importância de 1956
As ilusões
A ruptura
A ambiguidade de 1970
Comércio exterior
independente do Estado.
Nascimento do "ROBOTINIK"
As greves de 1980
Claudio Nascimento | 49
Cronologia
da repressão de 1970.
16 de agosto de 1980 —• As empresas da região de
Gdansk criam uma comissão de greve interempresas, que
toma como sede os estaleiros navais "Lenine" e elabora um
caderno reivindicatório de 21 pontos (ver anexo).
19 de agosto de 1980 — As greves se estendem aos
estaleiros de Szczecin e aos transportes da cidade do mesmo
nome. Greves surgem em muitas cidades, e os operários criam
comissões de greve.
20 de agosto de 1980 — Prisão de 20 militantes do
KOR; as greves estendem-se a outras regiões. Os mineiros
ameaçam entrar em greve.
23 de agosto de 1980 — Início da edição do Boletim de
Greve "Solidariedade", impresso no canteiro naval de
Gdansk.
Realiza-se nos estaleiros "Lenine" a reunião diária da
comissão de greve interempresas, agora admitida pelo poder
como interlocutora. 700 delegados estão presentes. Nessa
fase, a comissão é assessorada por intelectuais dissidentes. A
Igreja aconselha a volta dos operários ao trabalho,
para evitar efusão de sangue.
Parte II
62 | R o s a L u x e m b u r g o e S o l i d a r n o s c
Claudio Nascimento | 63
O Grupo de Lublin
Conselhos Operários.
Vários documentos foram utilizados para o debate:
uma brochura intitulada Estatuto dos conselhos operários,
produzida em Lodz, em março; uma outra brochura contendo
diferentes "projetos de estatutos de conselhos de autogestão" e
de "comitês preparatórios dos conselhos de autogestão"; um
relatório sobre a crise econômica e a autogestão, seguido de
proposições concretas de organização; um documento sobre "o
funcionamento da autogestão na Polônia e na Iugoslávia".
As atividades continuaram a partir do grupo de
trabalho conhecido como Grupo de Lublin, que publicou um
Programa de ação imediata para os conselhos operários e os
Dez critérios para a autogestão operária hoje, publicado em
Autogestão (Samorzard), n. 1, de Lublin, e no n. 109 do
boletim cotidiano de Varsóvia, Independência Sindical
(Niezaleznosc). O grupo publicou também as Teses sobre as
relações entre o Solidarnosc e os conselhos operários e as
Teses sobre a estrutura de organização do movimento
autogestionário. Apoiou e divulgou os documentos elaborados
pela "Rede das grandes empresas".
A partir da iniciativa de Lublin, várias conferências
regionais de autogestão operária foram realizadas. Em
outubro de 1981, durante uma reunião nacional dos
conselhos operários, foi eleita uma comissão nacional, ainda
por iniciativa do Grupo de Lublin. Em 13 e 14 de setembro,
tinha sido realizada em Lublin a primeira conferência
nacional sobre condições de trabalho.
O Grupo de Lodz
Autogestão
A autogestão numa fábrica significa que os seus trabalhadores
e os seus representantes — o Conselho de Trabalhadores —
constituem a mais alta autoridade de gestão. A dependência
organizacional e oficial dos dirigentes de fábrica em relação à
administração e à nomenclatura do partido deve ser eliminada
e deve-se introduzir o princípio que só o conselho de
Claudio Nascimento | 73
Autofinanciamento
Em lugar de subvencionar os "déficits planificados", é
necessário introduzir o princípio do autofinanciamento, em que
a fábrica cobre todas as suas despesas a partir de seus
próprios lucros (ou eventualmente de créditos bancários). (...) Os
salários dos trabalhadores dependem dos lucros da fábrica,
assim como os trabalhadores podem se beneficiar diretamente
da qualidade do seu trabalho. (...)
O controle da produção
Durante a greve de ocupação passiva, as comissões de
fábrica do Solidarnosc, transformadas em comitês de greve,
tomaram automaticamente o poder no interior da fábrica.
Agirão da mesma forma durante a greve ativa. A diferença
entre estas duas formas de greve de ocupação é que após uma
breve paragem da produção, isto é, uma greve passiva, os
comitês de greve asseguram a recolocação em funcionamento
da fábrica, controlam a produção e de um modo geral toda a
atividade da fábrica. E, após o fim da greve, contrariamente ao
que se passa em caso de greve passiva, o poder na fábrica não
retorna aos que o exerciam antes, mas aos órgãos de
autogestão operária.
Nas fábricas de trabalho contínuo, não se pode fazer
greve passiva; isto não significa que não hajam greves. Nelas
os trabalhadores passam diretamente à greve ativa. Os comitês
de greve controlam plenamente os serviços públicos, isto é, as
78 | R o s a L u x e m b u r g o e S o l i d a r n o s c
Conclusão
PRESIDIUM PROVISÓRIO
DO COMITÊ CONSTITUTIVO DE COOPERAÇÃO
DOS CONSELHOS OPERÁRIOS DA REGIÃO DE LODZ
1° de setembro de 1981
84 | R o s a L u x e m b u r g o e S o l i d a r n o s c
A República autogestionária
A República autogerida
representações territoriais;
participação na elaboração dos projetos de lei do
parlamento e de outros atos, com a apresentação de
suas próprias elaborações neste terreno;
verificação das leis e outros atos existentes, em vista de
aboli-los ou modificá-los;
representação da posição dos conselhos de autogestão
em face das autoridades do Estado, das organizações e
das instituições;
organização de consultas no que concerne aos
problemas econômicos no sentido amplo, e inclusive sob
a forma de referendos;
explicação do seu ponto de vista sobre a reforma
socioeconômica;
atividades tendo por objetivo a criação das câmaras
socioeconômicas no parlamento nacional e nos
parlamentos territoriais;
proposição das vias e das formas de socialização da
economia e do Estado;
preparação e circulação das informações;
cooperação com outras organizações e iniciativas
sociais no que concerne aos objetivos de ações comuns.
Parte III
102 | R o s a L u x e m b u r g o e S o l i d a r n o s c
Claudio Nascimento | 103
Parte IV
112 | R o s a L u x e m b u r g o e S o l i d a r n o s c
Claudio Nascimento | 113
A II Internacional
Bibliografia
3. ROSA LUXEMBURGO:
LUXEMBURGO, Rosa, Scritti Politici, Roma, Editori Riuniti,
1976.
Rosa Luxemburgo Aujourd'hui, Paris, PUF, 1986.
GERAS, Norman, A atualidade de Rosa Luxemburgo, Lisboa,
Antídoto, 1978.
WWY, Michael, Marxisme et romantisme révolutionnaire,
Paris, Le Sycomore, 1979.
---, Dialettica e rivoluzione, Milão, Jaca Book, 1974.
LENK, Kurt, Teorias de la revolución, Barcelona, Editorial
Anagrama, 1978.
UHL, Petr, Le socialisme emprisonné, Paris, Éditions Stock-La
Bréche, 1980.
PANNEKOEK, Anton, Lcs Conseils Ouvriers, Paris, Spartacus,
1982.
BERNARDO, João, Para uma teoria do modo de produção
comunista, Porto, Afrontamento, 1975.
MATTICK, Paul, "Rosa Luxembourg: une rétrospective" in Le
marxisme hier, aujourd'huit et demain, Paris, Spartacus,
1983.
NEGT, Oskar, "Rosa Luxemburg e il rinnovamento del
marxismo" in Storia tiel Marxismo, vol. 2, Turim, Giulo
Einaudi Editore,
KORSCH, KARL, Marxisme et philosophie, Les Éditions de
Minuit, Paris, 1967.
ROSENBERG, Arthur, Historia âel bolchevismo, Paris,
Cuadernos de Pasado y Presente, n. 70.
LUK.ACS, Georg, Htstoire et conscience de classe, Éditions de
Minuit, Paris, 1967.
DUNAYEVSKAYA, Raia, Rosa Luxemburgo, la liberación
feminina y la filosofía marxista de la Revolución, México, FCE,
1985. ---, Filosofía y revolución, Siglo Veintiuno Editores,
1977.
146 | R o s a L u x e m b u r g o e S o l i d a r n o s c