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1) A violência inter-religiosa é causada pelo conflito entre condições socioeconômicas,

e políticas. Existe uma busca pela identidade que a religião endossa, que é uma forma
de justificar a guerra. A sensação de pertencimento que a religião promove motiva a
posição de ser contrário ao diferente. O autor comenta sobre o comunalismo, quando
outros valores, como política, são associados à questões religiosas, um bom exemplo
é a disputa entre palestinos e israelitas. O principal movimento tem relação com o
patrimônio e a ocupação da região, porém os grupos religiosos também se valem dos
conflitos na ocupação para referenciação da disputa. O islamismo e o judaísmo são
conflitos mais complexos que a convicção religiosa.

2) O fundamentalismo está em tentar impor a convicção de uma pessoa ou grupo,


como sendo a única resposta para aquela situação. A violência tem graus, porém o
fundamentalismo tem relação psicológica, onde a necessidade de se resolver um
problema e a ideologia é a resposta encontrada. O autor ao sugerir o diálogo como
única solução do problema, porém, na visão de Amós Oz, ao fazê-lo também usa de
ideologia e etnocentrismo, nesse caso é uma violência moral, contudo, essa é
permitida na sociedade. Dessa forma, podemos entender que o texto de Amaladoss
ganha aspecto diplomático, quando também não passa de movimento ideológico sobre
a convicção, ou seja, entender que tem a melhor forma para a solução de um conflito.
Partindo de valores próprios, Amaladoss dá a sua visão sobre religiosidade, que
entende como melhor forma, para que haja paz entre fundamentalistas religiosos.
3) A figura de uma outra perspectiva, seja ela qual for, implica em uma barreira
automática. É uma necessidade de proteção dos valores próprios para que os valores
diferentes não tomem o espaço do que é aplicado.

4) Para o autor, o comunalismo é o uso político de uma religião. São combinados


interesses políticos e sociais à religião, dessa forma a guerra tem uma resposta
religiosa a um conflito político. Para o autor as religiões são capazes também de
promover a conciliação pela palavra dos profetas.

5) O fundamentalismo, sendo uma característica pessoal, é buscado responder ao que se


entende como um problema do próximo. Esse problema, é reforçado pela sensação de
concerne, trago pela religião e pede que todos pensem igual sobre um assunto. Na
visão do autor no livro como curar um fundamentalista é perceber que ao tentar
curá-lo, também é usado o fundamentalismo, porém em um grau menos violento que
o terrorismo.

Referência:

OZ, Amós, Como curar um fanático: Israel e Palestina, entre o certo e o certo. Tradução de
Paulo Geiger. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

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