Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pindamonhangaba – SP
2014
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE PINDAMONHANGABA
Pindamonhangaba – SP
2014
Dedico, ao meu pai Luiz Gonzaga Alves e a minha Mãe Edna
M.A.Alves, pois foram de extrema importância em minha graduação
por me incentivarem e me apoiarem ao longo da realização deste
trabalho.
Élida M.A.Alves.
Dedico, aos meus amigos, pois foram de extrema importância em
minha graduação por me incentivarem e me apoiarem ao longo da
realização deste trabalho.
Fábio A. Bueno.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus e aos nossos familiares pelo apoio, e estimulo para a realização e
conclusão deste trabalho de graduação.
Ao orientador Msc. Carlos Eduardo Figueiredo dos Santos por ter nos ajudado a escolher o
tema pesquisado e nos orientar ao longo do desenvolvimento da pesquisa.
A professora Msc. Gisélia Alves de Souza, por nos orientar nas análises e realizações dos
ensaios Metalográficos.
Ao professor Dr. José Vitor Candido de Souza, por nos orientar na realização da pesquisa e
nos ataques químico para a realização dos ensaios Metalográficos.
Paulo Coelho
ALVES, E.M.A, AMADOR, B.F. Caracterização do revestimento soldado por eletrodo
revestido NiCrMo-3(Inconel 625).Monografia (Trabalho de conclusão de curso).
2014.Faculdade de Tecnologia de Pindamonhangaba 2014.
RESUMO
As aplicabilidades do revestimento atualmente é um dos procedimentos em soldagem muito
utilizado nas indústrias, para melhora de algumas características como corrosão e
resistência ao desgaste. Para aplicação podem ser utilizados vários processos de soldagem,
eletrodo revestido, Arame tubular, Arco submerso, MIG/MAG. Este trabalho foi realizado
pelo processo de soldagem eletrodo revestido (SMAW), utilizando eletrodo de E NiCrMo 3
(inconel625), no metal base aço AISI 4130. Foram executados 3 cordões de solda com
variação de parâmetros de corrente 110A, 140A e 170A, as amostras retiradas foram
analisadas pormicroscopia ótica para a visualização da micrografia e macrografia, ainda
executados ensaio de microdureza, medição da zona termicamente afetada (ZTA) e
medição da área de diluição. Os resultados mostraram que a diluição do Inconel 625 no
metal de base, tiveram dimensões diferentes de acordo com a amperagem, além de um
aumento na dureza nas regiões dos cordões de solda, podendo identificar uma corrente de
soldagem, com diluição e reforço recomendados.
ABSTRACT
The applicability of the coating is currently one of the welding procedures widely used in
industries for improvement of some characteristics such as corrosion and wear resistance.
For application can be used several welding processes, coated electrode, cored wire,
submerged arc, MIG / MAG. This work was carried out by the coated electrode welding
process (SMAW) using electrode E NiCrMo 3 (Inconel 625), the base metal steel AISI 4130
were performed 3 weld beads with varying current parameters 110A, 140A and 170A, the
samples taken were analyzed by optical microscopy to visualize the micrograph and
macrography also performed microhardness test, measuring the heat affected zone (HAZ)
and measuring the dilution area. The results showed that dilution of Inconel 625 in the base
metal, have different dimensions according to amperage, and an increase in hardness in the
region of the weld seams, which can identify a welding current and recommended dilution
reinforcement.
MB - Metal base;
ZF - Zonafundida;
A – Ampére;
Ab - Área Diluída;
D – Diluição;
t - Tempo (dia).
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 17
2.1 Soldagem..............................................................................................................................19
2.2 Processos Com Eletrodos Revestidos (SMAW) ...............................................................19
2.2.1 Vantagens......................................................................................................................21
2.2.2 Desvantagens ...............................................................................................................22
2.2.3 Tipos de Eletrodos ........................................................................................................22
2.3 Soldagem das Ligas de Níquel com Eletrodos Revestidos .............................................23
2.4 Soldagens de Materiais Dissimilares .................................................................................24
2.5 Aplicação e Especificação das Ligas de Níquel ................................................................24
2.6 Estudos Recentes Sobre Inconel .......................................................................................25
2.7 Revestimentos por Solda de Ni com Inconel.....................................................................26
2.8 Eletrodos Revestidos NiCrMo - 3 (Inconel625) .................................................................27
2.9 Aço 4130 ...............................................................................................................................27
2.9.1 Aplicações do Aço 4130 ...............................................................................................28
2.10 Diluições (Dilution) .............................................................................................................28
2.11 Macroestruturas de soldas por fusão ...............................................................................29
2.11.1 Zona Termicamente Afetada (ZTA) ..........................................................................30
2.11.2 Zona Fundida (ZF) ......................................................................................................31
2.11.3 Metal de Base (MB) ....................................................................................................31
2.12 Dureza ................................................................................................................................31
2.12.1 Dureza Vickers ............................................................................................................32
2.13 Macrografia.........................................................................................................................32
2.14 Micrografia ..........................................................................................................................33
3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 34
1. INTRODUÇÃO
As ligas de Inconel 625(NiCrMo),contém, níquel(metal de transição de coloração
branco-prateada, excelente condutor de eletricidade e calor dúctil e maleável), Cromo (metal
de transição,duro, frágil, de coloração cinza semelhante ao aço), muito resistente á
corrosão,é empregado principalmente em metalúrgica.Molibdênio (metal de transição de
coloração branca prateado, com elevada da dureza). Em pequenas quantidades,é aplicado
em diversas ligas metálicas de aço para endurecimento e torna-los resistente á corrosão
refere-se a uma família de superligas de alta resistência térmica e a corrosão
(SOUZA,2010).
1.1 Objetivo
Neste trabalho, serão analisados os resultados obtidos, em laboratório, para a
discussão e verificação da influência das variações nos cordões de solda, para fins de
revestimento de aços carbono de baixa liga SAE4130, visando melhorar as características
de resistência à abrasão e a corrosão executado com um por processo de eletrodo
revestido.
19
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Soldagem
O processo de união através de fusão entre duas superfícies metálicas, utilizando-se
fonte de calor com ou sem o uso de aplicação de pressão é denominado solda. De modo a
formar uma junção que possua as propriedades mecânicas desejáveis ao fim que se destina
a determinada aplicação. Esta operação visa obter a união de duas ou mais peças,
assegurando na junta soldada a continuidade de propriedades físicas, químicas e
metalúrgicas (FOGAGNOLO, 2005).
Em geral, o eletrodo revestido é usado para soldar materiais com espessuras acima
de 1,6mm. Materiais mais finos, no entanto, podem ser soldados por esse processo se
utilizados gabaritos e equipamentos adequados (FOGAGNOLO, 2011).
FONTE:FORTES, 2005
Esse Processo teve início no princípio do século, com a utilização de arames nus
para cercas, ligados á rede elétrica. Os resultados dessa prática era geralmente pobre,
com sérios problemas de instabilidade de arco e depósitos de solda contaminados.
Observou-se que arames enferrujados de solda, cobertos com cal, proporcionavammelhor
estabilidade de arco, tendo-se adotado o eletrodo com revestimento ácido ainda no
começo da primeira década. Observou-se também que, revestindo o arame com asbestos,
o depósito era protegido da contaminação enquanto que o algodão aumentava a
penetração do arco. Esses fatos marcaram, em meados daquela década, advento do
revestimento celulósico. Desde esses estágios iniciais, o desenvolvimento tem sido
contínuo, podendo-se mencionar o advento dos eletrodos rutílicos, em meados da década
de 30; do revestimento básico, no inicio da década seguinte; e da adição de pó de ferro,
em meados da década de 50 (TECCO, 2005).
A Figura 2 mostra a norma AWS 5.1, que especifica os eletrodos revestidos para a
soldagem de aços-carbono, adota o seguinte formato:
21
FONTE:FOGAGNOLO, 2011.
2.2.1 Vantagens
São várias as vantagens do processo de soldagem por eletrodos revestidos. É o
processo de soldagem mais simples disponível. Tudo o que se necessita é de uma fonte de
energia de corrente constante, dois cabos elétricos e o eletrodo. É o processo de soldagem
mais flexível no sentido que pode ser empregado em qualquer posição de soldagem para
quase todas as espessuras dos aços carbono (ESAB, 2014).
2.2.2 Desvantagens
As desvantagens do processo são a baixa produtividade, os cuidados especiais que
são necessários no tratamento e manuseio dos eletrodos revestidos e o grande volume de
gases e fumos gerados durante a soldagem. Por isso que os eletrodos revestidos
apresentam taxas de deposição mais baixas que os outros processos, tornando-o menos
eficiente. Além disso, o uso de eletrodos revestidos para aços carbono requer mais
treinamento dos soldadores novos que os processos de soldagem semiautomáticos e
automáticos (ESAB, 2014).
O material de que é feita a alma independe do material a ser soldado; pode ser da
mesma natureza do metal de base ou não, uma vez que há a possibilidade de utilizar
revestimentos que complementem a composição química da alma. Os revestimentos são
muito mais complexos em sua composição química, pois têm diversas funções que são
conseguidas pela mistura dos diversos elementos adicionados. A tabela abaixo mostra os
23
FONTE:INFOSOLDA, 2014.
Alto aporte de energia durante a soldagem das ligas de níquel pode resultas em
alterações indesejáveis de ordem metalúrgica. Excessiva liquação constitucional, micro
segregação, precipitação de carbonetos e crescimento de grão na zona afetada pelo calor
(ZAC) são alguns dos problemas observados. A energia de soldagem e a temperatura de
preaquecimento /interpasse irão determinar a extensão destas alterações. Estes fenômenos
podem causar trincas ou perdas de resistência á corrosão (KOU, SINDO. 2003; WANG,
ZHINDU. 1993).
O tamanho de grão de metal de base (ou dos passes iniciais) deve ser levado em
consideração na escolha da técnica de soldagem a ser empregada. Maiores tamanhos de
grão aumentam a tendência á trinca-sob-cordão, devido ao fato da região dos contornos
possuírem um maior nível de carbonetos e outros compostos intermetálicos que promovem
trincas de liquação(KOU, SINDO. 2003; WANG, ZHINDU. 1993).
24
Eletrodos em ligas de níquel produzem um metal de solda fundido menos fluído um metal de
solda resultante de aços em geral, impedindo o processo de espalhamento e molhamento
das eventuais faces que compõem da junta. A menor fluidez da poça de fusão resulta
também em movimentos convectivos menos intensos no metal de solda em estado líquido,
podendo, diferentemente dos aços, resultam em gradientes de composição química e por
consequência descontinuidades das propriedades relacionadas(KOU, SINDO. 2003; WANG,
ZHINDU. 1993).
Quando possível à soldagem deve ser feita na posição plano devido á facilidade do
controle do fluxo fundido, e o comprimento de arco deve ser mantido tão curto quanto
possível. Poças de soldagem muito grande podem resultar tanto em insuficiente proteção
gasosa, quanto em possíveis inclusões de escória(KOU, SINDO. 2003; WANG, ZHINDU.
1993).
A adição de elementos de liga como, Cu, Cr. Mo,Fe,e Co não introduzem efeitos
adversos á solda, ao contrário, na maioria das vezes apresentam efeitos benéficos sobre a
soldabilidade(HUNT et al).
Assim como os aços inoxidáveis austeníticos, as ligas de níquel possuem uma única
estrutura cristalina até seu ponto de fusão. Desta forma, não mudam de fase e o tamanho
de grão do metal ou metal de solda não pode ser refinado somente pelo tratamento térmico.
(HUNT et al)
Vale ressaltar que não foram encontrados muitos estudos sobre o Inconel sob o
enfoque específico de corrosão-fadiga em soluções que simulassem ambientes marítimos,
com e sem a presença de micro-organismos, principalmente a temperatura ambiente. Um
estudo nesse sentido foi realizado no próprio LAPEC, no qual se realizaram ensaios de
fadiga e corrosão-fadiga em presença de solução contendo íon cloretos saturado com CO 2
para avaliação da liga de Inconel625, obtida a partir de um depósito de solda em uma
“cama” de aço carbono contendo sendo os corpos de prova usinados a partir desse depósito
e ensaiados a fadiga e a corrosão-fadiga. Este estudo interessa diretamente ás indústrias
petrolíferas, que podem vir utilizar essa liga em plataformas marítimas, e tem tido muitos
problemas principalmente em plantas offshore,uma vez que o movimento das águas podem
causar corrosão por fadiga sobre os risers,que saem da plataforma em direção ao fundo do
mar(PFINGSTAG,E.M,2009).
O Ni e suas ligas são aplicados como revestimentos soldados sobre aços carbono,
aços ligas e outras matérias base(PEREZ,G.J.A.,2005).
27
-ASTM (American Society for Testing and Materials), B443, B444, B446;
A liga de aço 4130 é um material com pouco carbono que contém cromo e
molibdênio para conferir maior resistência a esse composto e melhorarsuas propriedades
mecânicas. As características físicas do aço 4130 dependem de sua composição química e
da sua microestrutura, podendo esta ser alterada, dependendo de seu processo de
formação. As propriedades físicas superiores do aço cromo-molibdênio 4130 o tornam
adequado para aplicações em estruturas aeroespaciais (EHOW,2013).
Figura 3: Diluição.
𝑩
𝑫𝒊𝒍𝒖𝒊çã𝒐 = × 𝟏𝟎𝟎
𝑨
Onde:
A – Metal de Solda;
Zona Termicamente Afetada (ZTA) ou Zona Afetada pelo Calor (ZAC): Região não
fundida do metal de base que teve sua microestrutura e/ou propriedades alteradas pelo ciclo
térmico de soldagem.As temperaturas de pico nessa região foram superiores á temperatura
crítica do material em questão e inferiores á sua temperaturas de
fusão(MARQUES,MODENESI,BRACARENSE,2009).
Metal de Base (MB): Região mais afetada do cordão de solda e que não foi afetada
pelo processo de soldagem. As suas temperaturas de pico são inferiores á temperatura
crítica do material (MARQUES,MODENESI,BRACARENSE,2009).
30
Figura 4: Regiões de Solda por Fusão (Esquemática). A –Zona Fundida (ZF), B-Zona Termicamente
Afetada (ZTA) e C-Metal de Base (MB).
Num ponto da ZTA logo além da borda da poça de fusão a temperatura aumenta
rapidamente a um nível próximo do da poça de fusão e diminui rapidamente produzindo um
efeito como o de têmpera. Em aços essa região torna-se austenítica durante o aquecimento
e pode conter o constituinte duro conhecido como martensita quando se resfria. Essa região
desenvolve grãos grosseiros (região de crescimento de grão) porém um pouco mais além,
onde a temperatura não foi tão alta, entrando na faixa acima da temperatura de
transformação mas não atingindo a região austenítica, o tamanho de grão é menor (região
de refino de grão). Mais além ainda, não há alteração no tamanho de grão, mas o calor é
suficiente para reduzir a dureza dessa região e eliminar até certo ponto os efeitos de
qualquer encruamento(região intercrítica), (ESAB,2012).
Efeitos metalúrgicos similares são também observados na ZTA após cortes com
aporte térmico. Em materiais endurecíveis por solução sólida como ligas de alumínio, por
exemplo, a região próxima à poça de fusão torna-se efetivamente solubilizada por
tratamento térmico e terá sua dureza aumentada com o tempo ou com um tratamento
térmico subsequente a baixas temperaturas, causando endurecimento por precipitação
(ESAB,2012).
31
Raramente a condição de soldagem é tão simples como foi descrita acima porque os
metais de base são frequentemente imperfeitos quando observados detalhadamente, sendo
também possível para a poça de fusão introduzir hidrogênio na zona termicamente afetada.
Esta é, portanto, uma região potencial de defeitos e seu comportamento em um material
qualquer é um aspecto importante da consideração de soldabilidade. Soldabilidade, no
entanto, é uma propriedade do material que não pode ser definida precisamente porque
varia com o processo empregado e com a maneira como o processo é utilizado. Materiais
com soldabilidade ruim podem ser soldados satisfatoriamente desde que seja tomado muito
cuidado na seleção do consumível, no controle da soldagem e na inspeção final. Isso
frequentemente significa muitos testes antes da produção e naturalmente um aumento nos
custos (ESAB, 2012).
2.12 Dureza
Propriedade mecânica cujo conceito se segue à resistência que um material, quando
pressionado por outro material ou por marcadores padronizados, apresenta formação de um
risco ou marca penetrante. Está diretamente relacionada com forças de ligações entre
átomos, íons ou moléculas, como também a resistência mecânica. Os resultados dos
ensaios de dureza podem ser utilizados para medir a resistência do material a deformação
plástica, o aumento da dureza dos metais pode ser realizado por alguns tratamentos
especiais: tratamento a frio, tratamento térmico, tratamento termoquímico, tratamento
superficial, entre outros (ASKELAND, PHULÉ, 2008).
Neste trabalho foi empregado o método para determinar a microdureza por penetração,
utilizando a técnica de microdureza Vickers. Para medir a resistência à penetração é
necessária a realização de uma pequena marca feita na superfície da peça, pela aplicação
de pressão com uma ponta de penetração, essa marca reduzida é avaliada com o auxilio de
um microscópio óptico para determinar as dimensões da impressão e gerar os valores da
microdureza Vickers (ASKELAND, PHULÉ 2008).
2.13 Macrografia
Macrografia consiste no exame do aspecto de uma peça ou amostra
metálica,segundo uma seção plana devidamente polida e ,em geral atacada por um reativo
apropriado.O aspecto,assim obtido,chama-se macroestrutura, o exame é feita á vista
desarmada ou com auxílio de uma lupa.No preparo de corpos – de- prova para macrografia,
consiste em abrange em as seguintes fases:(REIS, M.C; RUTTER, W.H., 2014).
2.14 Micrografia
O objetivo da microscopia é a obtenção de imagens ampliadas de um objeto, nas
quais permitem distinguir detalhes não revelados a “olho nu”(REIS, M.C; RUTTER, W.H.,
2014).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Materiais
Para a realização deste trabalho foi utilizado uma chapa de aço SAE 4130 (190 mm x
15mm x 30mm) cuja composição química está apresentada na tabela 2.
ABNT/SAE/AISI C Si Mn Cr Mo
AISI 4130 0,20 0,25 0,50 0,95 0,20
ABNT/SAE/AISI C Si Mn Cr Mo Ni Nb Fe
AISI 4130 0,04 0,50 0,60 22,0 9,0 61,6 3,30 3,0
O eletrodo de Inconel 625 possui altos teores de níquel, cromo, molibdênio e nióbio.
As composições químicas, que fornece resistência á corrosão e a altas temperaturas,
propicia excelente soldabilidade quando utilizados metais de base ferrosos.
(KEJELINETAL,Soldagem Dissimilar do Aço X-60 com Inconel 625 Artigo da UFCS). Como
é mostrado na figura 6.
Figura 7: Estufa.
Zona Descrição
1 Zona Fundida
2 Zona Termicamente Afetada
3 Metal de Base
FONTE: AUTOR, 2014
Foram retiradas três amostras dos cordões de solda da peça soldada,portanto, trata-
se de materiais dissimilares e sendo assim,teve se a necessidade de dois ataques
químicos diferentes,porque o reagente que revela a microestrutura do aço,não revela a
microestrutura do Inconel 625.
Para a retirada das amostras foi utilizado um equipamento para o corte (cut-off).E
depois das amostras cortadas executou se, o embutimento a quente, utilizando a máquina
embutidora, depois de realizar esse processo as amostras as amostras ficaram com o
diâmetro de 35 mm.
No metal base (MB), foi utilizada uma solução de nital 3% e para fazer o ataque do
metal depositado inconel625, foi utilizado o reagente vilela. A tabela 6mostra as descrições
dos reagentes químicos utilizados.
3.3.2 Macrografia
Foi utilizado um estereoscópio com um aumento que varia entre 6.7x e 45x para
obter as imagens macrografica, no corpo de prova soldado, é importante verificar ao
fazero ensaio de macrografia, sua geometria (altura, largura dos reforços de soldas e
dimensões da zona fundida) e como isso verificando se ocorreu presença ou não de
41
3.3.3 Micrografia
Para o analise das imagens micrograficas, tivemos o auxílio do microscópio ótico
com ampliação de 50x ate 1000x, das imagens obtidas foi verificado as regiões conforme
a figura 15.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 15: Amostra 1, Ampliação 6,7x, Ataque Nital 3%, Medida da ZTA
Figura 16: Amostra 2, Ampliação 6,7x, Ataque Nital 3%, Medida da ZTA
Figura 17: Amostra 3, Ampliação 6,7x, Ataque Nital 3%, Medida da ZTA
Figura 18: Perfil Geométrico do Cordão de Solda. A) União da Junta Soldada (aplicações
convencionais); b) Soldagem de Revestimento
As Figuras 20,21, 22 e 23, são baseadas nas medidas da diluição,que foi realizado
em cada amostra soldada e com o auxílio do gráfico 2 ,mostra a porcentagem da diluição
em relação aos parâmetros usados para cada cordão de solda realizado.
46
Baseando-se nos dados obtidos o cordão que melhor apresentou o resultado foi o
cordão de 110 A. Pois para o trabalho de revestimento a necessidade de ter uma boa
interação entre a fusão do metal de adição e o metal de base,sem perder a principal
caracterização de reforço excedente.
a influência pela temperatura .Os resultados ainda mostram que é notável uma variação
diretamente proporcional, entre o aumento da amperagem com o aumento da dureza da
ZTA.
450
400
350
300
250 Cordao 1
Cordao 2
200
Cordao 3
150
100
50
0
MB ZF ZTA
Nas Figuras 27, 28 e 29, com uma maior ampliação é possível confirmar a
presença da perlita esferoidizada.
FONTE:COLPAERT, 2008.
58
Na figura 34, nota-se a transformação dos grãos pela diferença da temperatura, uma
região mais grosseira refinada a partir da linha de fusão, até uma granulometria mais
grosseira do metal de base. Próximo à linha de fusão há crescimento de grão por isso é
uma região mais grosseira, conforme se afasta da linha de fusão percebe-se o refinamento
dos grãos.
Nas Figuras a seguir foi feita uma comparação entre as amostras, para verificar
quais mudanças ocorreram na microestrutura dessa região.
59
5.CONCLUSÃO
Conclui-se que o melhor parâmetro para fins de revestimento no SAE 4130, foi a
corrente de 110A, pois não apresentou uma grande diluição, comparados com os
paramentos de maior corrente, e para fins de revestimento não há necessidade de grande
diluição, entretanto, maior quantidade de material depositado.
63
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• EISELSTEIN, H.L., TillackD.J. Ed. Loria Superalloy 718, 625, and Various Derivates, TMS
Warrendale PA pag 1,1991.
• KIM, J.;MOONJ.;C-ring stress corrosion test for inconel 600 and Inconel 690 sleeve joint
welded byNd: YAG laser. Corrosion science.V.46,p.807-818,2004
• http://www.esab.com.br/br/por/Instrucao/biblioteca/upload/1901097rev0_ApostilaEletrodos
Revestidos.pdf.Acesso em 04 de junho de 2013 ás 14:35 horas
• (http://www.ehow.com.br/quais-propriedades-fisicas-aco-cromomolibdenio-4130-
info_55388/.Quarta-feira 29 de maio 2013, Escrito por Andrew Richard | Traduzido por
Kelly isay
• http://www.metalica.com.br/soldagem-eletrodo-revestido-consumiveis-e-variaveis.Acesso
em 04 de junho de 2013 ás 18:42
64
• www.villaresmetals.com.br/portuguese/files/FT_40_VL30FO.pdf.Acesso de 29 de maio de
2013 ás 19:57
• http://www.metalica.com.br/otimizacao-de-multiplos-objetivos-na-soldagem-de-
revestimento-de-chapas-de-aco.Acesso de 10 de outubro 2014.
• http://www.infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/metalurgia/135-soldabilidade-dos-
acos-inoxidaveis.html. Acesso dia 18 de novembro de 2014, as 20h00.
• FORTES, C.; ARAÚJO, W.; Metalurgia da Soldagem. 1º ed. Ultima revisão em 15 de abril
de 2004. Esab.