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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

CURSO: LETRAS LÍNGUAS E LITERATURA PORTUGUESA


DISCIPLINA: LITERATURA BRASILEIRA I
PROFESSOR: DANIEL CAVALCANTI ATROCH
ALUNA: CRISTIANE MARINHO SOARES

ATIVIDADE 1- ASSÍNCRONICA
O texto que encontrei na internet foi da Revista Ícone, Revista de divulgação cientifica em língua
portuguesa e literatura volume 18, n.2- Setembro de 2018. O tema do artigo é: Relações
Intertextuais entre a Carta de Pero Vaz de Caminha e algumas poesias de poetas modernistas. Os
textos são dos autores André Luis Batista de Lima e Altamir Botoso. No artigo eles procuraram
estudar a intertextualidade que ocorre entre a Carta de Caminha e os poemas de Murilo Mendes,
Cassiano Ricardo e Oswald de Andrade, respectivamente mostrarei apenas os poemas dos autores
Murilo Mendes e Cassiano Ricardo escritores que pertence ao movimento modernista brasileiro.

Carta de Pero Vaz


A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
.
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muito,
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais
Diamantes tem à vontade
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca,
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora daqui. (MENDES,
1994).
A primeira analise foi do poema do autor Murilo Mendes, onde o diálogo já começa no título
do poema, “Carta de Pero Vaz de Caminha”. As informações contidas no poema quase se
identificam com a carta original, a diferença esta no toque de humor, mas também carrega um tom
de ironia o poema também é uma obra de caráter descritivo igual a da Carta de Caminha.

O toque de humor esta na primeira estrofe quando ele diz “No chão espeta um caniço” e
quando ele diz que “... nasce bengala de oiro”. A ironia esta na segunda estrofe, quando ele diz que
na terra tem diamantes à vontade, “Diamantes tem à vontade. Esmeralda é para os trouxas”. Ironia,
pois na Carta de Caminha não diz nada sobre encontrar metais preciosos. No fundo era bem o que
eles queriam que tivesse escrito na carta. Apesar de um tom de humor e ironia o poema faz uma
descrição da terra, do chão, das frutas encontradas, dos bichos mesmo sendo de brincadeira.

Os nomes dados a terra descoberta


Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome
de ilha de Vera-Cruz.
Ilha cheia de graça
Ilha cheia de pássaros
Ilha cheia de luz.

Ilha verde onde havia


mulheres morenas e nuas
anhangás a sonhar com histórias de luas
e cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés.

Depois mudaram-lhe o nome


pra terra de Santa Cruz.
Terra cheia de graça
Terra cheia de pássaros
Terra cheia de luz.

A grande terra girassol onde havia guerreiros de tanga e


onças ruivas deitadas à sombra das árvores
mosqueadas de sol

Mas como houvesse em abundância,


certa madeira cor de sangue, cor de brasa
e como o fogo da manhã selvagem
fosse um brasido no carvão noturno da paisagem,
e como a Terra fosse de árvores vermelhas
e se houvesse mostrado assaz gentil,
deram-lhe o nome de Brasil.

Brasil cheioescreveu
Cassiano Ricardo, outro autor do modernismo, de graçaum poema sobre os nomes dados para
Brasil cheio de pássaros
a terra descoberta. No caso Ilha de Vera-Cruz por se parecer com uma ilha, depois Terra de Santa
Brasil cheio de luz. (RICARDO, 2017).
Cruz por ser uma terra farta em riquezas naturais, por fim chegou a ser nomeada Brasil devido a
abundancia da madeira cor de sangue, cor de brasa. Vários trechos do
/ poema faz referência a Carta
de Caminha. O título do poema “Os nomes dados a terra descoberta”, faz menção aos nomes dado a
nova terra, não só aos nomes mas também o cenário natural da nova terra.

BATISTA DE LIMA, André Luis. BOTOSO Altamir. Relações intertextuais entre a Carta de Pero
Vaz de Caminha e algumas poesias de poetas modernistas. Disponível em
˂https://www.revista.ueg.br/index.php/icone/article/view/6967˃. Acesso em: 06 Setembro. 2021.

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