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A GLÓRIA É DE DEUS

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 1º TRIMESTRE / 2020 - REVISTA CPAD - JUVENIS

LIÇÕES BÍBLICAS - CONSELHOS SOCIAIS E ESPIRITUAIS DOS PROFETAS MENORES

LIÇÃO 9 – HABACUQUE – AS QUEIXAS DE UM PROFETA

INTRODUÇÃO

Habacuque profetizou os oráculos de Deus para Judá denunciando os pecados desta sociedade no
âmbito espiritual, moral e social, bem como, anunciando o juízo de Deus sobre este reino utilizando como
instrumento de punição a Judá o perverso império da Babilônia que posteriormente, por causa de seus
terríveis pecados, seria também punido pelo Senhor. Nesta lição estudaremos sobre o contexto social,
moral e espiritual de Judá no tempo do profeta Habacuque, as interpelações a Deus feitas pelo profeta
com as respectivas respostas do Senhor, as punições de Judá e da Babilônia e a oração, em forma de
salmo, do profeta Habacuque.

I – CONTEXTO HISTÓRICO

1. SÍNTESE BIOGRÁFICA DE HABACUQUE

Habacuque, profeta de Deus, cujo nome significa “abraçar”, por ordenança do Senhor foi chamado a
pregar no período de 609 a 598 a. C. para o reino do Sul, Judá, no que concerne a anunciação dos
pecados desta nação e ao iminente domínio babilônio sobre Judá .(Hc 1:1)

2. ESTADO MORAL E ESPIRITUAL DO REINO DE JUDÁ NO TEMPO DO PROFETA HABACUQUE

Habacuque retrata a degradação moral e espiritual de Judá fazendo perguntas a Deus no que diz
respeito a indiferença do Senhor diante de uma sociedade judaica cheia de violência, opressão, litígios,
injustiças, soberba e corrupção, onde sempre os maus levavam vantagem sobre os bons e a justiça era
deturpada. (Hc 1:2-4)

II – ESTRUTURA DO LIVRO

O livro de Habacuque quanto a sua estrutura apresenta 3 capítulos relatando no capítulo 1 – As queixas
de Habacuque por meio de perguntas a Deus diante de sua indiferença aos pecados cometidos pelo povo
de Judá e a primeira resposta do Senhor ao profeta anunciando a punição de Judá – no capítulo 2 – A
segunda resposta de Deus a Habacuque, a anunciação dos pecados do povo da Babilônia e o castigo de
Deus sobre eles - no capítulo 3 – A oração de Habacuque em forma de salmos.

III – A MENSAGEM DE HABACUQUE

Considerando a estrutura do livro de Habacuque, podemos dividir a mensagem em 3 partes, a saber:

1. AS QUEIXAS DE HABACUQUE E A 1ª RESPOSTA DE DEUS ANUNCIANDO A PUNIÇÃO DE JUDÁ

O profeta Habacuque apresenta a sua primeira queixa ao Senhor quanto a sua aparente indiferença
diante dos pecados de Judá. (Hc 1:2-4)

Em contrapartida a esta queixa do profeta, Deus responde a Habacuque dizendo que enviaria um povo
cruel e violento, organizado com um poderoso exército conquistador de terras, e com um aparato militar
que espalha medo e terror para as nações com o objetivo de punir Judá. (Hc 1:5-11)

Habacuque fica extremamente intrigado com esta resposta de Deus, pois não entendia como uma
nação ímpia, cruel, sanguinária, no caso a Babilônia, poderia fazer justiça contra Judá, o povo de Deus,
parecendo-lhe isto injusto, principalmente como uma decisão de um Deus Puro, Santo, Justo e Eterno.(Hc
1:12-17)

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2. A 2ª RESPOSTA DE DEUS E O CASTIGO DO POVO DA BABILÔNIA

2.1. A 2ª RESPOSTA DE DEUS AO PROFETA HABACUQUE

O profeta Habacuque sobe a torre de vigia e espera a resposta de Deus que ordena-lhe que escreva
em grandes tábuas, com o objetivo de que até mesmo quem passar correndo possa ler com facilidade a
seguinte mensagem de Deus: “os maus não terão segurança, mas as pessoas corretas viverão por serem
fiéis a Deus, tipificando a condição de que a aplicação disciplinar de Deus se estenderia tanto a Judá
como a Babilônia, mas que naquele momento a disciplina recairia sobre Judá ainda que Deus se
utilizasse de um povo ímpio para este objetivo de castigar Judá pelas suas iniquidades. O justo deve viver
pela fé e não pelo que contempla com os olhos. (Hc 2:1-4)

Conforme a sentença do Senhor, a cidade de Jerusalém foi destruída, e o povo de Deus foi levado em
cativeiro para a Babilônia e com este ensino disciplinar lá no cativeiro começaram a ter saudades da
pátria e do tempo em que adoravam ao Senhor no templo. (Jr 39:1-10; Sl 137:1-9)

2.2. O CASTIGO DO POVO DA BABILÔNIA (A JUSTIÇA DE DEUS SOBRE OS SOBERBOS)

Nº ADVERTÊNCIAS DESCRITIVO

2.2.1 Ai contra a ganância Os gananciosos babilônios se enriqueciam às custas da tomada das


riquezas dos povos conquistados, de forma agressiva, porém, num
futuro próximo seriam despojados destas riquezas da mesma forma
pelos povos despojados por eles. Neste contexto, consagra-se a lei da
semeadura: “O que se planta é o que se colhe” . Lei extensiva a todos
os homens. (Hc 2:6-8)

2.2.2 Ai contra a cobiça, Os crueis babilônios pela cobiça acumularam bens roubados em suas
crueldade e casas, pondo a confiança de que nas riquezas obteriam toda a proteção
autossuficiência e invulnerabilidade contra os inimigos. Nesta situação, pessoas que
roubam serão envergonhadas e terão muitos inimigos, conforme Deus
falou através do profeta Habacuque (Hc 2:9-11)

2.2.3 Ai contra crimes e Os injustos babilônios cometeram horrendos crimes e injustiças se


injustiças utilizando de trabalho forçado para a realização de monumentais
construções. Nesta condição, o Senhor promete destruí-las pelo fogo e
que a terra se encheria do conhecimento da glória de Deus.(Hc 2:12-14)

2.2.4 Ai contra bebedices, Os imorais babilônios se embriagavam com vinho, cometiam toda a
imoralidade e sorte de imundícias sexuais e praticavam muita violência para com os
violências povos conquistados destruindo até mesmo a natureza e a vida dos
animais. Neste contexto, os babilônios seriam destruídos pela
destruição da natureza e teriam medo dos animais. (Hc 2:15-17)

2.2.5 Ai contra a idolatria Os idolatras babilônios faziam ídolos de madeira para serem adorados,
porém, estes ídolos não podem andar, falar, fazer milagres. Deus
abomina a idolatria e que todos se calem diante de sua majestosa
presença, pois, somente Deus deve ser adorado. (Hc 2:18-20)

3. A ORAÇÃO DE HABACUQUE EM FORMA DE HINOS


.
Nº TEMÁTICA DA ORAÇÃO DESCRITIVO

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3.1 Súplica para um reavivamento O profeta ora ao Senhor enaltecendo os seus prodígios no
meio do povo e súplica por um reavivamento e misericórdia
(Hc 3:1-2)

3.2 A tranquilidade do profeta do Habacuque enaltece o poder do Senhor sobre todos os reinos,
Senhor planeta terra e os elementos da natureza, estando no controle
de tudo, bem como, a sua disposição em guardar e proteger o
seu povo dos inimigos, o que trouxe uma tranquilidade na
alma do profeta. (Hc 3:3-16)

3.3. A alegria do profeta do Senhor Habacuque manifesta que mesmo que venha a vivenciar
circunstancialmente na calamidade, ele sempre louvará ao
Senhor dando-lhe graças com um coração alegre por ser
servo e profeta do Senhor (Hc 3:17-18)

3.4. A fé sobrenatural do profeta do Habacuque demonstra a sua fé sobrenatural colocando a sua


Senhor confiança no Senhor onde ele estará sempre firme e seguro.
(Hc 3:19)

IV - CONCLUSÃO

Habacuque teve uma profunda intimidade com Deus e aprendeu do Senhor dois preciosos
ensinamentos, onde o primeiro foi que Deus é soberano e realiza o que quer, na hora que quer, ao seu
modo, não nos cabendo questionar os seus desígnios e o segundo foi que o justo sempre viverá pela fé.

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