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INTRODUÇÃO
1 - DEFINIÇÃO DE TERMOS
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ÁREA
Espaço físico.
Ex: Quartos, Enfermarias, Salas, Corredores, etc.
ÁREA CRÍTICA -
São aquelas onde existe o risco aumentado de transmissão de infecções, por serem
locais onde se realizam um grande volume de procedimentos de risco (invasivos)
ou se encontram pacientes com seu sistema imunológico deprimido e áreas onde
ocorre o manuseio de materiais contaminados em grande quantidade.
Ex: CTI, Centro Cirúrgico, Hemodiálise, Laboratórios, Banco de Sangue,
Lavanderia (área suja), etc.
ÁREA SEMICRíTICA
São as demais áreas do hospital nas quais os pacientes são atendidos ou onde se
encontram internados, mas cujo risco de transmissão de infecção é menor do que nas áreas
críticas.
Ex: Enfermarias em geral, Corredores, Ambulatórios de doenças não infecciosas.
DESCONTAMINAÇÃO
È a remoção de matéria orgânica de uma superfície com o auxilio de uma solução
desinfetante.
• Técnica: remover a matéria orgânica com papel absorvente ou pano descartável,
desprezar em lixo para material contaminado (saco branco para material infectante)
e aplicar a solução germicida, hipoclorito de sódio a 1%, e a seguir realizar a
limpeza da área.
Obs: É obrigatório o uso de EPIs durante toda a execução da técnica.
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DESINFECÇÃO
LIMPEZA
É o processo de remoção física ou mecânica de sujidades das superfícies
inanimadas, com a utilização de água e detergente, diminuindo assim a população
microbiana no ambiente.
VARREDURA ÚMIDA
Seu objetivo é remover os detritos soltos no chão, os quis não apresentam material
biológico infectante.
LIMPEZA CONCORRENTE
É o procedimento de limpeza das superfícies horizontais que inclui: pisos,
instalações sanitárias, mesas de cabeceira e refeição, suporte de soro, mobiliário, cama,
mesa, painéis, equipamentos, maçanetas e interruptores, troca de saco de lixo, reposição de
materiais e arrumação em geral. É executada diariamente em áreas ocupadas por pacientes
ou ao término de um procedimento ou quando necessário.
LIMPEZA TERMINAL
É o procedimento de limpeza, simultânea ou não à desinfecção, que abrange todas as
superfícies, internas ou externas, horizontais e verticais (teto, paredes, pisos, portas, janelas,
luminárias, mobiliário). Como por exemplo, a limpeza terminal da unidade de um paciente
internado deverá ser realizada após sua alta, transferência ou óbito.
LIMPEZA SECA
É a remoção da sujeira sem utilização de água. Proibida em ambiente hospitalar.
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LIMPEZA ÚMIDA
É a limpeza feita com a utilização de mops, rodos, panos ou esponjas umedecidas
em solução detergente e enxágüe posterior com pano umedecido em água limpa.
2.1. ESPÉCIE
Baldes (de cores diferentes);
Carro: para transporte e guarda do material de limpeza;
Desentupidor de pia e ralos;
Escadas: diversos tamanhos;
Latões de lixo (15, 35 e 100 litros);
Mops;
Palha de aço;
Panos para limpeza (de mesa, pia, etc.);
Pá de lixo (cabo longo e curto);
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Saco de plástico (cor branco leitoso resistente, para acondicionar lixo biológico
(infectante), de 15, 35 e 100 litros e saco preto, para o lixo administrativo);
Suporte (para pendurar vassouras, rodos, etc.);
BALDES
Ser de plástico, em cores diferentes. Ex.: Vermelho para soluções detergentes ou
desinfetantes e Azul para água.
ESCADAS
Do tipo doméstica, antiderrapante com degraus de borracha corrugado, com
plataforma superior e dispositivo para colocar utensílios de limpeza.
PANOS-ESFREGÕES
Pequenos sem fiapos de tecido, resistentes para limpeza manual.
PANOS DE CHÃO
De tecido forte e frouxo de tamanho suficiente para envolver o rodo.
MOPS
De fios de algodão, com diversas extensões de fios (substitui o pano úmido).
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Desinfetantes
ÁGUA
É utilizada para remover as sujeiras, resíduos de detergentes e sabões usados na
limpeza.
ALVEJANTES
Geralmente à base de cloro, promovem, além de algum efeito desinfetante, o
clareamento de determinados pisos.
DETERGENTES
Produtos que contém, necessariamente, em sua formulação tensoativos que têm a
finalidade de limpar através da redução da tensão superficial, dispersão e suspensão da
sujeira.
DESINFETANTES
São usados para limpeza e desinfecção das áreas e artigos críticos e semi-críticos.
Ex.: hipoclorito de sódio à 1% e álcool etílico à 70%.
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PROCEDIMENTO DA LIMPEZA
A limpeza é feita apenas com água e sabão, usando-se, inicialmente, o pano úmido
(varredura úmida), para recolhimento de resíduos. A seguir proceder a limpeza com água e
sabão, retirando toda a sujidade, e enxágüe. Utilizar sempre dois baldes, de cores diferentes.
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OBS.:
1. Nunca varrer superfícies a seco, evitando assim a dispersão de microorganismos e
partículas de pó.
2. Realizar a limpeza, obedecendo aos sentidos corretos:
• Paredes: de cima para baixo.
• Tetos: utilizar uma direção única, iniciando do fundo da sala para a saída.
• Piso de enfermarias, quartos e salas: limpar em sentido único, evitando o
vaivém, iniciando do fundo para a porta de saída.
• Piso de corredores, escadas e hall: sinalizar a área, dividindo-a em 2 faixas,
possibilitando o trânsito em uma delas (vide 7.6).
• Utilizar luvas de borracha de cores diferenciadas para a limpeza, por exemplo,
de pisos e banheiros.
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PROCEDIMENTO
• Preparar dois baldes: um com água e detergente e outro apenas com água.
• Mergulhar o pano no balde com água e detergente, torcendo-o bem para retirar o
máximo possível de água (substitui a operação de remover o pó seco, e ao
mesmo tempo promover a limpeza).
• Abrir o pano umedecido, dobrando-o em 2 ou mais;
• Limpar as superfícies, desdobrando o pano para utilizar todas as dobras limpas.
• Limpar em faixas paralelas, com movimentos ritmados, longos e retos.
• Lavar o pano no balde que contém apenas a água, após utilizar todas as dobras.
• Voltar a mergulhar o pano no balde com água e sabão, para se necessário,
reiniciar o procedimento de limpeza.
• Repetir a operação quantas vezes for necessário para promover a limpeza.
• Trocar a água dos baldes, sempre que apresentar sujidade, quantas vezes forem
necessárias.
• Jogar a água suja no esgoto.
• Limpar e guardar todo o material após o uso.
• Lavar as mãos antes de seguir para outra tarefa.
5. MÉTODOS DE LIMPEZA
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PROCEDIMENTO
• Recolher das mesas, bancadas, etc., todo material a ser desprezado.
• Preparar dois baldes, um com água e sabão, outro apenas com água.
• Colocar as luvas destinadas à limpeza do chão.
• Proceder à limpeza do chão com água e sabão usando a técnica do pano úmido.
• Utilizar movimentos retos e paralelos, obedecendo ao sentido do interior para a
porta de saída dos ambientes.
• Lavar o pano no balde com água pura.
• Passar o pano úmido com água pura para retirar todo o sabão quantas vezes for
necessário.
PROCEDIMENTO
• Proceder como indicada na limpeza diária (5.1), após a limpeza criteriosa da
unidade do paciente.
5.3. LIMPEZA SEMANAL
É a chamada “faxina”, que deve ser realizada criteriosamente uma vez por semana,
nas áreas críticas e semi-críticas.
PROCEDIMENTO
• Proceder como indicada na limpeza diária (5.1) incluindo a limpeza criteriosa
de: teto, paredes, canalização e tubulação exposta, portas, chão, ralos, baldes de
lixos, etc.
LAVAGEM
É uma operação que visa à remoção da sujidade acumulada com utilização de máquinas,
solução de detergente neutro e água para enxágüe.
COMO PROCEDER:
· Preparar os dois baldes: Balde Azul com solução de detergente neutro e balde vermelho
com água limpa;
· Levar o material até a área a ser limpa;
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• Lavar as mãos.
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• Antecedendo o início dos trabalhos diários realizar uma revisão da limpeza das
salas (limpeza preparatória) limpando as superfícies horizontais do mobiliário e
dos equipamentos com pano úmido embebido em álcool 70%.
• Após cada cirurgia, proceder à limpeza diária (5.1) e, em presença de matéria
orgânica, desinfecção concorrente (6.4.1);
• Usa-se a técnica do pano úmido, seguindo roteiro da limpeza diária e
desinfecção diária, ao término da programação cirúrgica;
• Lavar todo o material e guardar;
• Lavar as mãos ao término de cada tarefa;
• Uma vez por semana executar a limpeza semanal (5.2) utilizando máquinas
enceradeiras/aspiradoras de água.
7.5. NEFROLOGIA
7.5.1. SALA BRANCA (PACIENTES Hbs-Ag NEGATIVO)
• Realizar limpeza terminal diária ao final do dia.
• Fazer limpeza concorrente diária após cada sessão.
• Desinfecção quando houver necessidade.
• Limpeza semanal.
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ERRADO CORRETO
(B)
(A) (C)
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Vidraças e Visores
• Limpar as esquadrias e vidros usando a técnica do pano úmido;
• Usar pano limpo e seco e passar no vidro;
Cortinas e Carpetes
• Cortinas e carpetes devem ser evitadas nas áreas de atendimento aos
pacientes, em virtude de serem excelentes agregadores de pó.
• Recomenda-se a aspiração diária dos carpetes e mensalmente uma lavagem com
máquinas lavadoras aspiradoras. Existe ainda a possibilidade da utilização de
máquinas a vapor d’água.
• A varredura do carpete a seco dispersa partículas de poeira e microorganismos
ali presentes.
• As cortinas devem ser retiradas periodicamente para lavagem (sugere-se
mensalmente).
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Telefones e fios
• Limpar diariamente com pano úmido com água e sabão.
• Fazer a desinfecção, friccionando álcool 70%.
8. CUIDADOS ESPECIAIS
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9. LIXO HOSPITALAR
• Acondicionar, transportar e dispor o lixo hospitalar requer cuidados especiais,
uma vez que as operações impróprias ou inadequadas, bem como a presença de
insetos e roedores acabarão por disseminar doenças infecto-contagiosas.
• Todas as etapas do trato com o lixo hospitalar são importantes, iniciando-se pelo
acondicionamento, transporte correto e depósitos apropriados, enquanto aguarda
a operação de coleta municipal.
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A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior
importância na prevenção e controle das infecções hospitalares, devendo ser
praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.
12.2. PROTEJA-SE
• Lave corretamente as mãos;
• Utilize corretamente (Equipamentos de Proteção Individual – EPI).
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Drª Ana Lúcia Lyrio de Oliveira Olcinei Alves de Oliveira
Presidente CCIH/NHU/UFMS Efrº executor CCIH/NHU/UFMS
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