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Resumo Economia

Tópico 3

Evolução do pensamento econômico

O pensamento econômico passou por diversas fases, que se diferenciam amplamente,


com muitas discrepâncias e oposições. No entanto, a evolução deste pensamento
pode ser dividida em dois grandes períodos: Fase Pré- Científica e Fase Científica
Econômica.
A fase pré-científica é subdividida em três períodos. A Antiguidade Grega, cuja
característica principal foi o desenvolvimento nos estudos políticos e filosóficos. A
Idade Média ou Pensamento Escolástico, com doutrinas teológicas e filosóficas. E, o
Mercantilismo, quando houve uma expansão dos mercados consumidores e,
conseqüentemente do comércio.
A fase científica pode ser dividida em Fisiocracia, Escola Clássica e Pensamento
Marxista. Esta primeira pregava a existência de uma "ordem natural", onde o Estado
não deveria intervir nas relações econômicas. Os doutrinadores clássicos acreditavam
que o Estado deveria intervir para equilibrar o mercado (oferta e demanda), através do
ajuste de preços ("mão- invisível"). Já o marxismo criticava a "ordem natural" e a
"harmonia de interesses" (defendida pelos clássicos), afirmando que tanto um como
outro resultava na concentração de renda e na exploração do trabalho.
Apesar de fazer parte da fase científica, convém ressaltar que a Escola Neoclássica e
o Keynesianismo, diferenciam-se dos outros períodos por elaborar princípios teóricos
fundamentais e revolucionar o pensamento econômico, merecendo, portanto,
destaque. É na Escola Neoclássica que o pensamento liberal se consolida e surge a
teoria subjetiva do valor. Na Teoria Keynesiana, procura-se explicar as flutuações de
mercado e o desemprego (suas causas, sua cura e seu funcionamento).

Mercantilismo
A partir do século XVI observa-se o nascimento da primeira escola econômica: o
mercantilismo.
O mercantilismo tinha algumas preocupações explícitas sobre a acumulação de
riquezas de uma nação. Continha alguns princípios de como fomentar o comércio
exterior e entesourar riquezas. O acúmulo de metais adquire grande importância e
aparecem relatos mais elaborados sobre a moeda. Considerava-se que o governo de
um país seria mais forte e poderoso quanto maior fosse seu estoque de metais
preciosos. Com isso, a política mercantilista acabou estimulando guerras e manteve a
poderosa e constante presença do Estado em assuntos econômicos.

Adam Smith (1723-1790)


Em sua obra A riqueza das nações, em 1776 tratou de forma abrangente sobre as
questões econômicas que vão desde as leis do mercado e aspectos monetários até a
distribuição do rendimento da terra, concluindo com um conjunto de recomendações
políticas. Smith acreditava que se deixasse atuar a livre concorrência, uma “mão
invisível” levaria a sociedade à perfeição, ele advogava a idéia de que todos os
agentes em sua busca de lucrar o máximo acabam promovendo o bem – estar de toda
sociedade. É como se uma mão invisível orientasse todas as decisões da economia,
sem necessidade de atuação do Estado. A defesa do mercado como regulador das
decisões econômicas de uma nação traria muitos benefícios para a coletividade,
independentemente da ação do Estado. É o principio do liberalismo. Para Adam Smith,
o papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade
contra eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e instituições
necessárias, mas não à intervenção nas leis de mercado e, consequentemente, na
prática econômica.

Teoria keynesiana (1883-1946)


Entendendo o contexto da década de 1930, onde a economia passava por uma
enorme crise, conhecida como a Grande depressão, a teoria geral de John Keynes
conseguiu mostrar que a combinação das políticas econômicas adotadas até então
não funcionavam adequadamente naquele novo contexto econômico, e apontou para
soluções que poderiam tirar o mundo da recessão. Para Keynes não existiam forças
de auto-ajustamento na economia, por isso se torna necessária a intervenção do
Estado por meio de uma política de gastos públicos. Tal posicionamento teórico
significa o fim da crença no laissez-faire (deixar fazer) como regulador dos fluxos real
e monetário da economia e é chamado principio da demanda efetiva. Nesse período
(1939-1945), houve desenvolvimento expressivo da teoria econômica. Por um lado,
incorporaram-se modelos por meio do instrumental estatístico e matemático, que
ajudou a formalizar ainda mais a ciência econômica.
Os argumentos de Keynes influenciaram muito a política econômica dos países
capitalistas. De modo geral, essas políticas apresentaram resultados positivos nos
anos que seguiram à Segunda Guerra Mundial .

Thomas Malthus
Foi o primeiro economista a sistematizar uma teoria geral sobre a população. Deu
apoio à teoria dos salários de subsistência.
Para Malthus, a causa de todos os males da sociedade residia no excesso
populacional.

A partir da contribuição dos economistas clássicos, a Economia passa a formar um


corpo teórico próprio e a desenvolver um instrumental de análise específico para as
questões econômicas

David Ricardo

David Ricardo é outro expoente do período clássico. Partindo das idéias de Smith,
desenvolveu alguns modelos econômicos com grande potencial analítico. Ricardo
analisou entre outras coisas, o comércio entre as nações e quais deveriam ser os
produtos comercializados por elas. Esse estudo ficou conhecido pelo nome de
Vantagens Comparativas.

A maioria dos estudiosos considera que os estudos de Ricardo deram origem


as duas correntes antagônicas: a neoclássica pelas suas abstrações simplificadoras e
a marxista pela ênfase dada à questão distributiva da renda.

De acordo com Smith, o comércio mutuamente benéfico exige que cada nação seja o
produtor de menor custo de pelo menos um bem que ela pode exportar a seu parceiro
comercial.
Mas se uma nação for mais eficiente que seu parceiro comercial na produção
de todos os bens? Insatisfeito com a fragilidade da teoria de Adam Smith, David
Ricardo desenvolveu um princípio para demonstrar que o comércio mutuamente
benéfico pode ocorrer mesmo quando uma nação é totalmente mais eficiente na
produção de todos os bens.

A teoria de comércio de Ricardo tornou-se conhecida como PRINCÍPIO DA


VANTAGEM COMPARATIVA. De acordo com a teoria, mesmo se uma nação possui
uma desvantagem de custo absoluta na produção de ambos os bens, ainda pode
existir uma base para um comércio mutuamente benéfico. A nação menos eficiente
deveria especializar-se e exportar o bem para o qual é relativamente menos eficiente
(para o qual sua desvantagem absoluta é menor). A nação mais eficiente deveria
especializar-se a exportar aquele bem para o qual ela é relativamente mais eficiente
(para o qual sua vantagem absoluta é maior).

Karl Marx

No século XIX, Karl Marx fez a crítica mais influente à economia de mercado e a
ciência econômica, em sua obra O Capital, publicadae em 1867, ao defender que esta
forma de organização econômica é uma forma de exploração do homem pelo homem.
Marx defendia que toda riqueza era produzida pelo trabalho humano e que os donos
do capital se limitavam a apropriar-se da riqueza produzida pelos trabalhadores

Marxismo

Marxismo é o conjunto de idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais elaboradas


primariamente por Karl Marx e Friedrich Engels e desenvolvidas mais tarde por outros
seguidores. Interpreta a vida social conforme a dinâmica da luta de classes e prevê a
transformação das sociedades de acordo com as leis do desenvolvimento histórico de
seu sistema produtivo.

Teoria neoclássica
O período neoclássico teve inicio na década de 1870 e desenvolveu-se até as
primeiras décadas do século XX. Nesse período, privilegiavam-se os aspectos
microeconômicos da teoria, pois a crença na economia de mercado e em sua
capacidade auto-reguladora fez com que os teóricos econômicos não se
preocupassem tanto com a política e o planejamento macroeconômico. Os
neoclássicos sedimentaram o raciocínio matemático, procurando isolar os fatos
econômicos de outros aspectos da realidade social.
Alfred Marshall (1842-1924) foi um grande destaque dessa corrente com o livro
Princípios de economia. Nesse período, a formalização da analise econômica
(principalmente a Microeconomia) evoluiu muito. O comportamento do consumidor é
analisado em profundidade. O desejo do consumidor de maximizar sua utilidade
(satisfação no consumo) e o do produtor de maximizar seu lucro são a base para
elaboração de um sofisticado aparato teórico.

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