Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
4. Espaços Vectoriais
O Espaço IRn .
Definição de Espaço Vectorial
Subespaço Vectorial
Combinação linear
Subespaço Gerado
Independência Linear
Base e dimensão
Espaço das colunas de A, R(A)
Espaço nulo ou núcleo, N(A)
Maria Antónia Forjaz DMat 4 de novembro de 2021 1 / 45
Espaço Vectorial IRn
o
Seja n um n natural (n ∈ IN).
Recorde-se que: IRn = {(x1 , x2 , . . . , xn ) : x1 , x2 , . . . , xn , ∈ IR}
é o conjunto das sequências ordenadas de n números reais.
Conjunto algebrizado com uma operação de:
adição - dados x, y ∈ IRn ,
sendo x = (x1 , . . . , xn ) e y = (y1 , . . . yn ) com xi , yi ∈ IR, i = 1, . . . , n,
xn
Maria Antónia Forjaz DMat 4 de novembro de 2021 3 / 45
Teorema
xn
Maria Antónia Forjaz DMat 4 de novembro de 2021 3 / 45
Demonstração: Demonstração apenas de (v)
Denotando x = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ IRn e y = (y1 , y2 , . . . , yn ) ∈ IRn ) e
tendo-se α ∈ IR, deduz-se
α(x + y ) = α(x1 + y1 , x2 + y2 , . . . , xn + yn )
= αx + αy
x
R3 = y , x, y , z ∈ IR
z
Demonstração:
1. Suponhamos que existem dois elementos neutros para a adição
z, z 0 ∈ V , tais que, para todo o v ∈ V , se tem;
z +v =v +z =v e z0 + v = v + z0 = v
Considerando v = z 0 na primeira equaçãoo, vem z + z 0 = z 0 .
Por outro lado, considerando v = z na segunda equação, tem-se
z + z 0 = z.
Assim tem-se z = z 0 .
2. Suponhamos que v ∈ V tem dois simétricos v 0 e v 00 , ou seja, que
v + v0 = v0 + v = z e v + v 00 = v 00 + v = z
onde z é o neutro para a adição. Então,
v 0 = v 0 + z = v 0 + (v + v 00 ) = (v 0 + v ) + v 00 = z + v 00 = v 00 .
Maria Antónia Forjaz DMat 4 de novembro de 2021 9 / 45
Definição de Subespaço Vectorial
Definição
Seja U um subconjunto de um espaço vectorial real V .
U diz-se um subespaço vectorial de V, se:
U um subconjunto, não vazio,
x + y ∈ U, ∀x, y ∈ U, [U é fechado para +]
αx ∈ U, ∀x ∈ U, ∀α ∈ IR. [U é fechado para ·]
Exemplos
x1
• O conjto dos vectores x = é um subespaço vectorial real, de IR2 .
0
x1
• O conjto dos vectores x = x1 é um subespaço vectorial real, de
x1
IR3 .
Definição
Sejam x1 , x2 . . . xn vectores de um espaço vectorial real V . Diz-se que
x ∈ V é combinação linear dos vectores dos x1 , x2 . . . xn se
x = α1 x1 + α2 x2 + · · · + αn xn ,
com α1 , α2 , . . . , αn ∈ IR.
Definição
Sejam x1 , x2 . . . xn vectores de um espaço vectorial real V . Diz-se que
x ∈ V é combinação linear dos vectores dos x1 , x2 . . . xn se
x = α1 x1 + α2 x2 + · · · + αn xn ,
com α1 , α2 , . . . , αn ∈ IR.
1
Escrevemos: U =< >
0
logo
2 10
IR =< , >=< e1 , e2 >
01
1 0
considerando e1 = e e2 = .
0 1
α
tendo-se S = 0 , α, β ∈ IR
β
α
tendo-se S = 0 , α, β ∈ IR
β
α
tendo-se S = 0 , α, β ∈ IR
β
α
tendo-se S = 0 , α, β ∈ IR
β
Demonstração:
Seja U =< a1 , a2 , . . . an > e U 0 =< a1 , a2 , . . . an , b >.
• U ⊂ U0
seja x ∈ U então
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an
= α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + 0b
logo x ∈ U 0 .
Demonstração:
Seja U =< a1 , a2 , . . . an > e U 0 =< a1 , a2 , . . . an , b >.
• U ⊂ U0
seja x ∈ U então
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an
= α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + 0b
logo x ∈ U 0 .
Demonstração:
Seja U =< a1 , a2 , . . . an > e U 0 =< a1 , a2 , . . . an , b >.
• U ⊂ U0
seja x ∈ U então
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an
= α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + 0b
logo x ∈ U 0 .
Demonstração:
Seja U =< a1 , a2 , . . . an > e U 0 =< a1 , a2 , . . . an , b >.
• U ⊂ U0
seja x ∈ U então
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an
= α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + 0b
logo x ∈ U 0 .
• U0 ⊂ U
seja x ∈ U 0 então x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 b
mas b é combinação linear de a1 , a2 , . . . an ,
ou seja b = β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an
donde, se pode escrever
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 (β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an )
= (α1 + αn+1 β1 )a1 + (α2 + αn+1 β2 )a2 + · · · + (αn + αn+1 βn )an
logo x ∈ U.
• U0 ⊂ U
seja x ∈ U 0 então x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 b
mas b é combinação linear de a1 , a2 , . . . an ,
ou seja b = β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an
donde, se pode escrever
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 (β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an )
= (α1 + αn+1 β1 )a1 + (α2 + αn+1 β2 )a2 + · · · + (αn + αn+1 βn )an
logo x ∈ U.
• U0 ⊂ U
seja x ∈ U 0 então x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 b
mas b é combinação linear de a1 , a2 , . . . an ,
ou seja b = β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an
donde, se pode escrever
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 (β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an )
= (α1 + αn+1 β1 )a1 + (α2 + αn+1 β2 )a2 + · · · + (αn + αn+1 βn )an
logo x ∈ U.
• U0 ⊂ U
seja x ∈ U 0 então x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 b
mas b é combinação linear de a1 , a2 , . . . an ,
ou seja b = β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an
donde, se pode escrever
x = α1 a1 + α2 a2 + · · · + αn an + αn+1 (β1 a1 + β2 a2 + · · · + βn an )
= (α1 + αn+1 β1 )a1 + (α2 + αn+1 β2 )a2 + · · · + (αn + αn+1 βn )an
logo x ∈ U.
< (1, 0, 0), (1, 2, 3), (3, 4, 6) >=< (1, 0, 0), (1, 2, 3) >
Definição
Os vectores x1 , x2 , . . . , xn de um espaço vectorial V são linearmente
independentes se
α1 x1 + α2 x2 + · · · + αn xn = 0V
se verifica apenas quando α1 = α2 = · · · = αn = 0.
1 0
Exemplo Os vectores e1 = e e2 = de IR2 são linearmente
0 1
independentes.
Definição
Os vectores x1 , x2 , . . . , xn de um espaço vectorial V são linearmente
independentes se
α1 x1 + α2 x2 + · · · + αn xn = 0V
se verifica apenas quando α1 = α2 = · · · = αn = 0.
1 0
Exemplo Os vectores e1 = e e2 = de IR2 são linearmente
0 1
independentes.
⇒ α1 = α2 = α3 = 0
2
2. Os vectores e1 , e2 e f = −5 de IR3 são linearmente
0
dependentes. De facto, tem-se 2e1 − 5e2 − f = 0̄
⇒ α1 = α2 = α3 = 0
2
2. Os vectores e1 , e2 e f = −5 de IR3 são linearmente
0
dependentes. De facto, tem-se 2e1 − 5e2 − f = 0̄
α1 x1 + α2 x2 + · · · + αn xn = 0
com, pelo menos um, dos coeficientes diferente de zero.
Suponhamos que α1 6= 0.
Então podemos escrever:
α2 αn
x1 = − x2 − · · · − xn
α1 α1
logo x1 é combinação linear dos restantes vectores.
α1 x1 + α2 x2 + · · · + αn xn = 0
com, pelo menos um, dos coeficientes diferente de zero.
Suponhamos que α1 6= 0.
Então podemos escrever:
α2 αn
x1 = − x2 − · · · − xn
α1 α1
logo x1 é combinação linear dos restantes vectores.
x1 = α2 x2 + · · · + αn xn
tendo-se então
x1 − α2 x2 − · · · − αn xn = 0
donde, se tem uma combinação linear nula com pelo menos um dos
coeficientes (o de x1 ) não nulo. Os vectores x1 , x2 , . . . , xn são portanto
linearmente dependentes.
Exemplos:
0 1
• O conjunto , constitui uma base de IR2 .
1 0
Os vectores constituem a base canónica de IR2
1 0 0
• O conjunto 0 , 1 , 0 constitui uma base de IR3 .
0 0 1
Os vectores constituem a base canónica de IR3
1 1
• O conjunto , constitui uma base de IR2 .
1 −1
Exemplos:
0 1
• O conjunto , constitui uma base de IR2 .
1 0
Os vectores constituem a base canónica de IR2
1 0 0
• O conjunto 0 , 1 , 0 constitui uma base de IR3 .
0 0 1
Os vectores constituem a base canónica de IR3
1 1
• O conjunto , constitui uma base de IR2 .
1 −1
• dim(IR2 ) = 2
• dim(IR3 ) = 3
• dim(IRn ) = n
• se V = {0} então dim(V ) = 0.
α β
• se V = , α, β ∈ IR então dim(V ) = 2.
−β α
1 0 0 1
note-se que V =< , >
0 1 −1 0
1 0 0 1
e que a e b, com a = ,b = , são linearmente
0 1 −1 0
independentes.
Maria Antónia Forjaz DMat 4 de novembro de 2021 30 / 45
O próximo resultado mostra que, ao indicar uma base de um espaço
vectorial, pode interessar também a ordem em que os vectores aparecem.
Teorema:
Seja (v1 , v2 , . . . , vn ) uma base ordenada de um espaço vectorial real V .
Cada vector v ∈ V pode ser escrito de uma única forma
v = α1 v1 + α2 v2 + · · · + αn vn
como combinação linear dos vectores v1 , v2 , . . . , vn . Os coeficientes
α1 , α2 , . . . , αn são chamados as coordenadas de v relativamente à base
(v1 , v2 , . . . , vn ).
R(A) = hc1 , c2 , . . . cn i
R(AT ) = hl1 , l2 , . . . , lm i.
R(A) = hc1 , c2 , . . . cn i
R(AT ) = hl1 , l2 , . . . , lm i.
R(A) = hc1 , c2 , c3 , c4 i
{αc1+ βc3
= : α, β ∈IR}
1 −1
= α 4 + β 0 : α, β ∈ IR
−2 1
α−β
= 4α : α, β ∈ IR
−2α + β
Note-se que dim(R(A) = 2 (c1 , c3 são l.i. e por isso formam uma base de R(A)).
Teorema
Seja Ax = 0 um sistema homogéneo de m equações a n incógnitas.
O conjunto das soluções deste sistema, ou núcleo de A, constitui um
subespaço linear de R n .
Teorema
Seja A uma matriz de ordem m × n. A soma da caracterı́stica de A com a
dimensão do núcleo ou espaço nulo de A é igual a n isto é:
n = dim(N(A)) + c(A)
n = dim(N(A)) + c(A) ⇔ 4 = 2 + 2