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O aprendizado começa muito antes das crianças “aprenderem” a ler na escola. O sucesso
da leitura é o resultado de tudo o que a criança vivenciou até então.
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• Alcançar fluidez no idioma falado
• Aprender a ler e escrever
• Gramática e análise
1. Inserir o bebê em um ambiente com música dos grandes mestres. Dr. Suzuki recomenda
que deixe o bebê se familiarizar com uma obra, por exemplo, Mozart, deixando que a escute
repetidas vezes.
2. Deixe que a criança (ou bebê) absorva o repertório Suzuki que vai estudar.
Simplesmente coloque a música, e a criança vai escutar. Não o obrigue a escutar! (Pensem em
como as crianças absorvem sua linguagem. Eles não necessitam focar em escutar. Isso não é
responsabilidade deles). Este é um ponto muito importante. Se vocês obrigam as crianças a
escutar continuadamente, eles não irão querer fazer e serão resistentes a isso. Acreditem na sua
habilidade em absorver!
3. Deixem que a criança experimente e imite.
4. Cerquem a criança com amor e estímulo sempre.
5. A importância de sua participação no processo de aprendizagem.
6. Cerquem a criança com boa música sempre. A música que está estudando e a que vai
estudar.
7. Deixem que a criança aprenda absorvendo, imitando, desenvolvendo o ouvido e o uso
do corpo. Não a obrigue escutar explicações!
8. Deixem que a criança repita constantemente o repertório. Assim é como se desenvolve o
ouvido e a técnica.
9. Deixem que a criança continue absorvendo através dos seus sentidos.
10. Ajudem com a prática diária.
11. No momento apropriado, introduza a leitura musical.
12. Logo, introduzam a teoria musical, as formas e a análise.
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A FILOSOFIA SUZUKI
• Todas as crianças podem aprender bem
Nunca é muito tarde... mas quanto mais cedo se começa, melhor. A música se converte em uma
parte natural da vida das crianças pequenas e elas aprendem-na como outro idioma.
No lugar de pensar “Como posso mudar a criança?” necessitamos pensar “Como posso mudar o
ambiente para que este ambiente produza o desejo da criança mudar?”
Temos que compreender a importância das aulas coletivas, recitais e concertos, mesmo que o
aluno não participe de forma ativa. As crianças sempre estão aprendendo e assimilando.
Quando se domina bem um passo, o próximo passo já está preparado e com garantia de êxito.
Sempre!
Os bebês aprendem a falar com a estimulação constante dos adultos no seu ambiente. Quando os
pais demostram verdadeiro interesse no que está fazendo, o bebê estará motivado para seguir
fazendo.
O encorajamento sincero motiva, enquanto a crítica causa rejeição. Todos querem fazer o que nos
dizem que fazemos bem e nos distanciamos daquilo que cremos que nós fazemos mal.
• Passo a passo
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• Cada um ao seu ritmo
Durante o aprendizado de um idioma, cada bebê aprende de sua maneira e com seu próprio
ritmo. Nunca pensamos “o bebê tem 18 meses e somente sabe tantas palavras, então não serve
para falar”. Entendemos que cada bebê tem seu ritmo interno e vai aprender pouco a pouco. Na
música é igual. Existem crianças que aprendem rápido e outras que aprendem mais lentamente,
especialmente no início. Não é necessário comparar, necessitamos apreciar cada criança e sua
aprendizagem.
Devemos fomentar uma atitude de cooperação e não de competição entre as crianças, os pais e os
professores. Cada um desfrutando das realizações dos demais.
As crianças aprendem a desenvolver suas habilidades fazendo cada passo com muita repetição. A
repetição não deve ser algo mecânico e sim sempre um enfoque específico.
O objetivo de Suzuki não foi ensinar música, mas sim, através da música, educar a pessoa. Ele
sempre disse: “ O caráter primeiro e, depois, a música.”
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Uma comparação no ensino da
música com o Método
Tradicional e o Método Suzuki
Por Barbara Barber
Recentemente tive uma conversa com um amigo, um violinista de uma orquestra sinfônica
importante, que também dá aulas particulares.
Ao longo da nossa conversa, chegamos à conclusão que realmente nós estávamos fazendo
a mesma coisa: ensinando alunos a tocar violino. Comecei a pensar sobre o significado do que é
ser um professor Suzuki e como isto se compara ao que se conhece como professor tradicional.
Quais as diferenças? Quais as semelhanças? Por que percebe-se uma diferença entre os
dois? Como eles se completam? Existe uma transição entre um e outro? Em que ponto eles
pregam a mesma coisa? Estas são perguntas frequentes de professores e pais que eu gostaria de
tentar responder, através de uma perspectiva norte americana.
A Escola Tradicional
Somente devido ao tremendo impacto que o ensino Suzuki tem promovido na educação
de instrumentistas de cordas é que agregamos o termo “educação tradicional” ao nosso
vocabulário de cordas. Antes que as idéias de Shinichi Suzuki fossem introduzidas no Japão, há
quase 30 anos, o que agora chamamos de estilo tradicional era o modo normal de ensinar
instrumentos de cordas. É um verdadeiro desafio definir o que hoje conhecemos como estilo
tradicional de ensino, uma vez que ele está baseado centenas de anos de desenvolvimento das
escolas européias de pedagogia e repertório passados de geração para geração. Nós podemos
traçar a nossa própria linhagem musical através dos professores com quem estudamos – a minha
própria volta à Ysaye, Auer e Persinger. Todos os violinistas podem se considerar descendentes de
Corelli, “o antecessor de todos os grandes violinistas” . Muitos violinistas e violistas formaram-se
baseados estritamente em Si︎, Sevcik, Kreu︎er, Galamian e Flesch; violoncelistas em Do︎auer,
Dupont, Feulliard e Popper; contra-baixistas em, Billé e Simandl; violonistas em Sor, Aguado,
Giuliani, Carulli e Carcassi; e harpistas em Boscha, Renié, Salzedo e Grandjany. Estes são apenas
alguns dos precursores da escola tradicional. Cada um desses compositores/pedagogos contribuiu
significativamente para a arte do ensino de cordas; porém, muitos outros geraram um impacto na
técnica de cordas apenas pelo seu próprio modo de ensinar (Vários dos grandes pedagogos nunca
na realidade foram solistas, como exemplo temos Dorothy DeLay e o próprio Suzuki).
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Shinichi Suzuki
Apesar de seu sistema ser publicado e constantemente referido como “método”, ele é na
realidade uma filosofia educacional que pode ser aplicada ao ensino de qualquer conteúdo ou
técnica para aluno de qualquer idade. A base do material do Método Suzuki para violino, viola,
cello, contra-baixo, violão, harpa, piano e flauta é agora publicada pela Sammy Birchard, Inc. Uma
vez que o próprio Suzuki é violinista, o repertório original foi concebido para violino. Por esta
razão, e porque o violino é talvez o instrumento com mais facilidade de adaptação para crianças
pequenas por ser portátil e não tão caro, o método é mais popular para violino. Seus 10 volumes
para violino tem sido chamados “uma série de bem graduada de composições para o
desenvolvimento técnico e musical da criança”.
Não é raro o uso indevido do nome Suzuki. Pais e alunos acham que eles estão “fazendo
Suzuki” quando na verdade eles estão estudando violino (ou cello, viola, contrabaixo, violão,
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harpa, flauta, piano). Crianças pequenas tem sido chamadas de “aqueles Suzukinhos bonitinhos”
quando na realidade eles estão utilizando idéias “tradicionais” e literatura tradicional de vários
pedagogos e compositores. O Dr Suzuki é o primeiro a admitir o ecletismo da sua filosofia e
sugere ao professor “Suzuki” que, ao invés de nomear-se assim, se apresente como “Suzuki da
Silva” ou “Suzuki de Oliveira”. Nota-se então que não há um “professor puramente Suzuki “, uma
vez que cada um de nós adapta várias técnicas e idéias no desenvolver da nossa própria maneira
de ensinar. A maneira Suzuki de ensinar, baseada na sua filosofia educacional, não é uma
metodologia técnica, mas possui características que a distingue da maneira de ensino tradicional.
Vejamos como algumas dessas idéias são compartilhadas até certo ponto por professores
tradicionais. Meus comentários (em itálico) contrastam esses conceitos com os do ensino
tradicional. A filosofia Suzuki é baseada no preceito de que as crianças podem ser educadas
através do seu ambiente.
O Dr. Suzuki acredita que toda criança nasce com um potencial extraordinário e, exposta a
um ambiente musical e recebendo excelente treinamento, ela pode aprender a tocar um
instrumento. Daí o nome “Educação do Talento”. Suzuki mudou o conceito tradicional de que
sucesso ou fracasso da habilidade musical de uma criança é resultado de um talento inato.
Enquanto algumas crianças podem adaptar-se mais rapidamente e de forma mais sensível que
outras, haja vista cada uma tem seu próprio ritmo de aprendizado, todas podem aprender a tocar
bem, seja qual for o nível alcançado. Talento não é inato ou herdado, mas sim treinado e educado.
Gênio é o respeitoso nome dado aqueles que são expostos e treinados a ter uma alta habilidade.
Suzuki aconselha professores e pais a nutrirem suas crianças e alunos em uma atmosfera
de amor, construindo a auto-estima com constante paciência, tolerância, oferecendo elogios e
reforçando positivamente estas idéias. Sua proposta não é transformar alunos em profissionais de
carreira, mas enriquecer suas vidas através da apreciação de boa música e torná-los seres humanos
sensatos , sensíveis e pacíficos. Enquanto todo professor abraçaria os conceitos de criar um
ambiente favorável ao aprendizado, mostrando a todas as crianças a experiência da música
clássica e seus benefícios, alguns professores de outros métodos de ensino estão mais inclinados a
encorajar os alunos mais talentosos que desde cedo demonstram considerável potencial.
Professores que usam esta filosofia têm uma afinidade particular para ensinar crianças
pequenas. Eles podem começar alunos de qualquer idade a partir de três anos até nove ou dez. O
ideal é permitir um início vagaroso e cuidadoso, permitindo que a criança domine
completamente cada nível antes de seguir para o próximo. A instrução inicial para a criança
consiste em observar as aulas de outros alunos, ouvir as gravações e frequentemente aprender a
posição do instrumento e do arco com uma espécie de pré-violino/violoncelo.
Professores tradicionais normalmente iniciam alunos quando eles são mais velhos. No
entanto, a base construída em qualquer idade é crucial, pois o futuro dos alunos será um reflexo
desta. Professores descuidados na escolha do método de iniciação podem provocar danos
irreparáveis ao mover demasiadamente rápido seus alunos, independente de sua idade.
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O professor Suzuki estabelece uma sociedade com os pais.
Um dos pais atende a todas as aulas com a criança, tomando notas cuidadosa- mente e
fazendo perguntas para então ela/ele se tornar o professor em casa durante o resto da semana. Os
pais normalmente atendem a sessões de orientação, algumas vezes mesmos aprendem a tocar as
primeiras peças no instrumento. Isto requer organização e um compromisso substancial em
termos de tempo e energia dos pais. Qualquer professor aprecia o auxílio e encorajamento dos
pais. No entanto, eles geralmente não exigem que os pais tenham um papel ativo no processo de
aprendizado.
O ensino pelo Suzuki ensina as crianças a tocar um instrumento antes de introduzir a leitura de
partitura musical.
Suzuki Chama o seu plano de “filosofia da língua materna,” uma vez que ele segue o
mesmo procedimento usado pelas crianças quando estas aprendem a falar a sua língua nativa:
exposição, imitação, encorajamento, repetição, adição e refinamento. Os alunos aprendem a tocar
imitando as peças gravadas as quais eles escutam várias vezes por dias. Eles primeiramente
interiorizam cada peça e posteriormente são mos- trados como recriá-la no instrumento. Eles
vencem muitas das dificuldades técnicas do instrumento e aprendem a comunicar-se através do
instrumento antes de aprender a ler partituras, exatamente como eles aprendem a falar antes de
ler.
Quando as idéias educacionais de Suzuki foram introduzidos nos Estados Unidos, muitos
professores norteamericanos ficaram tão entusiasmados com esta nova maneira de ensinar
crianças a tocar sem a responsabilidade de usar a música impressa que, verdade seja dita, a leitura
musical foi frequentemente negligenciada. Aprendendo através de erros passados e adaptando o
método à nossa cultura, muitos professores perceptivos agora ensinam o instrumento e a leitura
geralmente do começo, mas como duas tarefas separadas. Muitos principiantes atendem às aulas
de leitura ou teoria, onde são expostos ao básico da notação musical, bem como ao prazer de
cantar e de participar de jogos musicais. Mas quando é que o aluno Suzuki começa a ler música
com o instrumento? Na hora apropriada, determinada pela própria criança em seu comando
técnico do instrumento e a habilidade de concentrar-se na música escrita ao mesmo tempo.
O professor julga cada aluno separadamente. A maioria dos professores incorpora a
leitura à aula no Volume 2 ou em idade escolar. Novos materiais foram desenvolvidos para este
propósito, e professores estão ensinando leitura mais cedo e com maior sucesso do que
anteriormente.
Alunos Suzuki são frequentemente criticados por não ler música tão bem quanto tocam.
Infelizmente, eles são alvos tão somente porque tocam bem, e porque normalmente são
mais jovens do que seus tradicionais contemporâneos; suas habilidades de leitura simplesmente
ainda não alcançaram o seu nível técnico e musical de execução do instrumento. Geralmente, eles
estão lendo em um nível apropriado à sua idade. Nós não culpamos nossas crianças de cinco anos
e seis anos quando eles podem já falar inglês fluentemente mas não podem ainda ler!
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Muitos alunos de outros métodos também não leem bem, mas, como eles normalmente
também não tocam bem, eles não são culpados por sua fracas habilidades de leitura. Muitos
músicos talentosos não leem música no mesmo nível nível que eles realmente tocam. Alguns dos
maiores músicos de jazz, música popular e gospel aprendem a tocar exclusivamente de ouvido.
Simplificando, o ensino tradicional coloca a escrita antes o som e o ensino Suzuki coloca o som
antes da escrita, o que é de fato o mais “tradicional” meio de educação no mundo.
Suzuki eliminou o uso de estudos no seu curso e usa escalas e arpejos apenas moderadamente.
Novas técnicas são introduzidas nas próprias peças ou com curtos exercícios introduzidos
antes delas nos livros. Professores também criam dezenas de pequenos exercícios quando
necessário nos primeiros volumes, adicionando em volumes adiantados as escalas padronizadas e
estudos técnicos. As primeiras peças de Suzuki foram escritas e adaptadas para crianças pequenas;
elas são curtas, cheias de movimento, divertidas de tocar, e funcionam bem em grupos. Elas são
escritas na tonalidade de Lá, Ré e Sol, viabilizando o uso dos sons das cordas soltas. Seus registros
geralmente favorecem as cordas superiores, já que estas cordas soam melhor em instrumentos
pequenos. A genialidade do primeiro ritmo das Estrelinhas (sendo este empréstimo da abertura
do Concerto Duplo de Bach) baseia-se na introdução às arcadas em detaché e staccato. Toda
criança se deleita ao ver que já pode tocar o seu primeiro “Mississipi Stop Stop” ( apenas um dos
muitos nomes pelo qual é conhecido). Eles estão prontos para tocar um solo! o Ritmo é tocado no
meio do arco, usando primeiro os grandes músculos do braço; as arcadas são prolongadas
gradualmente até tornarem-se arcos inteiros no final do volume 1.
A maioria dos professores ensinam os primeiros quatro volumes em sequência, mas nos
volumes seguintes, a ordem das varia frequentemente, e materiais de várias diferentes fontes são
misturados à literatura Suzuki. A maioria dos professores que usa o repertório Suzuki é bem
flexível, usando o material para servir às diferentes necessidades de cada aluno. No entanto, não é
todo aluno que quer as mesmas peças que os outros estão tocando.
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Alunos Suzuki revisam continuamente o repertório previamente aprendido.
Novas peças são acrescentados ao repertório assim como crianças acrescentam palavras ao
seu vocabulário. Elas estão prontas para apresentar a qualquer momento. Peças revisadas são
usadas para introduzir novas técnicas (mudança de posição, spiccato e assim por diante) e
proporcionar a viabilidade para que alunos desenvolvam um alto nível de musicalidade. Alguns
professores abstém-se de exigir a revisão contínua do repertório aos seu alunos mais adiantados.
O aluno tradicional geralmente abandona uma peça do repertório quando começa uma nova.
Quando solicitado a tocar, o aluno normalmente “ não tem nada pronto”.
Eles desde o começo aparecem no palco tanto como solistas ou membros de grupos de
professores. O repertório em comum serve como um mecanismo de motivação embutido: eles
estão ansiosos para aprender as peças que os alunos mais avança- dos estão tocando. Aulas de
grupo, concertos na comunidade, recitais e cursos de verão dão a eles razão suficiente para
estudar e compartilhar com os outros suas realizações. Quando eles entram nas orquestras das
escolas, o que eles quase sempre fazem, eles já têm vasta experiência em grupo.
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faculdade e no nível universitário, bem como as aulas em escolas públicas. O enfoque não está no
credenciamento, mas desenvolvimento e crescimento contínuo do professor.
É necessário que professores que se proclamem adeptos ao método Suzuki sejam filiados à
SAA. Nenhuma outra organização oferece este tipo sistemático e compreensivo de educação
contínua a professores de cordas, nem devem os professores serem afiliados à nenhuma outra
associação.
Alunos Suzuki ganham atenção da mídia por causa dos concertos em grandes grupos
frequentemente apresentados, dando a falsa impressão de que este é modo em que eles são
treinados. Ao contrário do que alguns acreditam, a base do programa é na realidade a chamada
aula individual. Este pode ser o modo mais apropriado de aula particular, uma vez que outros
alunos, pais e professores são também estimulados a comparecer.
Como nós já vimos, não ensinar alunos a ler música não é um dos princípios da Educação
do Talento. Se alunos usando este sistema não leem bem, os responsáveis por isto são os
professores e os pais.
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alunos Suzuki e passam a ser alunos tradicionais; não há uma transição de um para outro já que
ambos são a mesma coisa.
Quando professores usam imagens criativas e jogos engenhosos tanto nas aulas individuais
quanto nas aulas de grupo, especialmente com alunos pequenos, isto quase sempre é feito, com
finalidades técnicas ou musicais. Professores tradicionais também usam muitas das mesmas
táticas de ensino. Isso realmente depende muito da personalidade individual o professor e sua
filosofia de ensino. Qualquer fórmula de aprendiza- do pode ser divertida.
Muitos professores Suzuki adotam o costume japonês de pedir ao aluno que se curve (em
reverência) no começo e no final da aula como sinal de respeito, instigando-lhe a concentração
durante a aula e ensinando-lhe a portar-se propriamente no palco. Alguns professores ensinam
seus alunos principiantes a segurar o arco com o polegar voltado para fora do talão.
Como dito anteriormente, não existe uma licença do professor, apenas o registro na SAA
das unidades de treinamento que o professor completou. Muitos professores intitulam-se
professores Suzuki sem se importar com a quantidade de treinamento ou diplomas em música
que eles tem. Sem o completo entendimento ou dedicação a filosofia, alguns professores usam o
nome “Suzuki” ou “Educação do Talento” por causa da atenção que atrai pais e crianças a este
conhecido sistema educacional. Muitos professores trabalham muito bem sob a estrutura de um
círculo organizado. Outros podem desencorajar esta identificação ou evitá-la inteiramente para
que não se restrinjam; eles não querem ficar conhecidos como instrutores apenas de crianças
pequenas, como muitas vezes são associados pelos mais desinformados. Existe também aqueles
que usam o que pode ser chamado de uma metodologia Suzuki modificada, empregando somente
parte dos princípios envolvidos. A maioria das idéias de Suzuki não são novas, mas tem sido
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codificadas como uma metodologia sistematizada. Ele tem oferecido a professores exemplos
maravilhosos de como ensinar crianças pequenas. Muitos professores tradicionais usam alguns
dos mesmos princípios em aulas individuais e em conservatórios.
Riscos e Problemas
Espero deixar aqui claro que minha intenção ao escrever este artigo não é a de somente
expor as virtudes da metodologia Suzuki. A Educação do Talento certamente não é imune a
alguns riscos do ensino de cordas em geral. Como qualquer processo educacional, seu sucesso
depende do professor que o ensina. Durante meus 15 anos de experiência ensinando Suzuki, pude
constatar as seguintes situações:
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tem uma tendência natural de “correr e tocar muito forte” se seu professor não ensina nuances
como sotto voce e controle do tempo desde o começo.
Portanto, vemos que as diferenças entre o ensino Suzuki e o ensino tradicional estão mais
relacionadas ao começo e são diferentes mais filosóficas do que técnicas. William Primrose
descreve seu ceticismo no que ele acredita ser uma filosofia de ensino em “linha de montagem” do
ensino de violino, uma atitude típica de muitos músicos de sua geração. Depois de viajar ao Japão
com sua esposa Hiroko, visitando Suzuki e ouvindo seus alunos no Instituto da Educação do
Talento em Matsumoto, Primrose surpreendeu-se do quanto a sua educação foi similar à
ideologia Suzuki: ele tinha sido criado desde cedo por pais dedicados em um ambiente musical
inspirador. Ele era “imitador”, como qualquer outra criança. O método do Suzuki de ensinar
violino não é tão diferente de tantos outros. Sua singularidade está na habilidade impressionante
de desenvolver crianças pequenas e enriquecer suas vidas.
Nós construirmos nossa reputação como professores, seja ela boa ou ruim, através de
nossos alunos e nos exemplos que estes passam aos outros. Nossos passos iniciais podem ser
diferentes, mas nossas esperanças e objetivos são no final os mesmos: ter uma influência positiva
em crianças cujas vidas nós ajudamos a formar, ensinando-as a arte de tocar um instrumento e
instigando sempre a apreciação da boa música.
Título original em inglês: A Comparison of Tradicional and Suzuki Teaching, Barbara Barber. 1991
Translated and Reprinted by permission of author, Suzuki Association of the Americas and American
Strings Teachers Association.
Reservam-se os direitos desta tradução à Eloisa Padilha.
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