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Novembro/2010

Farmácia Clínica
&
Atenção Farmacêutica

Farm. Dauana Pitano Eizerik

1
História

História
__________________________________________

3000 AC – práticas médicas descritas.

Chineses – fitoterápicos.

Egí
Egípcios – plantas, sais de chumbo,
cobre, unguentos de gordura animal.

Adaptado de William Rotea Junior, 2007


e Gilvan Luciano Lima

2
História
__________________________________________

1500 AC – India

460 - 367 AC – Hipócrates


Fundamentos ttos; sistematização grupos de
medicamentos (narcóticos, febrífugos e purgantes).

129-
129-200 – Galeno
Uso e classificação de ervas; precursor da
alopatia.

Adaptado de William Rotea Junior, 2007 e Gilvan Luciano Lima

História
__________________________________________

Século II

Árabes criam 1ª escola de farmácia com legislação


para exercício da profissão.

Adaptado de Gilvan Luciano Lima

3
História
__________________________________________

Século X

Medicina e Farmácia = uma só profissão.

França e Espanha

Apotecários

História
__________________________________________

Século XIII

Medicina e Farmácia = separação oficial.

Portugal

Boticários

http://www.ff.ul.pt/paginas/jpsdias/histsocfarm/Farmacia-e-Historia.pdf

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História
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Séculos XVI e XVII

Pesquisa sistemática dos PA de plantas e


minerais capazes de curar doenças.

Microorganismos úteis e nocivos.

http://pfarma.com.br/farmaceuticos/profissao-farmaceutico/77-o-farmaceutico.html

História
__________________________________________

Brasil Colônia

 Indígenas - conhecimentos e práticas semelhantes


às da Antiguidade (empirismo e magia).

 Tomé de Souza trouxe o 1º boticário (Diogo de


Castro).

Adaptado de Gilvan Luciano Lima

5
História
__________________________________________

 Manipulação baseada em farmacopéia e


prescrição.

 Jesuítas instituem enfermarias e boticas em seus


colégios.

Adaptado de Gilvan Luciano Lima

História
__________________________________________

Século XVII
 Ordenações do Reino - comércio de drogas e
medicamentos privativo dos boticários.

 Carta de Aprovação - bastava provar alguma


habilidade na manipulação de medicamentos
galênicos, caseiros ou tisanas.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

6
História
__________________________________________

Século XVIII
 Regimento de 1744 - legalização do profissional
responsável técnico.

=> Problemas: não fiscalização e defesa pela


Câmara e Senado do livre comércio de drogas e
medicamentos.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

História
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Século XIX
1808 - Criação da Botica Militar (ato de D. João VI)
embrião do Laboratório Químico Farmacêutico do
Exército.

1832 - Cursos de Farmácia ligados às Escolas de


Medicina do RJ e Bahia - separados em 1945.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

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História
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1839 - Fundação da Escola de Farmácia de Ouro


Preto – 1ª independente do curso de Medicina.

 Produção farmacêutica artesanal, com base nos


formulários internacionais e na flora medicinal
brasileira.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

História
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Final do sé
século XIX e iní
início do sé
século XX
1896 – 1898 - Fundação das Escolas de Farmácia de
Porto Alegre e São Paulo.

 Afirmação do papel político e social do farmacêutico


na farmácia comunitária, inclusive como formador de
opinião.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

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História
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 Necessidade de combate às endemias leva à


criação de institutos de pesquisa e produção de
medicamentos, vacinas e soros.

 Surgimento das primeiras indústrias farmacêuticas.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

História
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Século XX
20 de janeiro de 1916 - Fundação da Associação
Brasileira de Farmacêuticos.

1924 - Primeira Farmacopéia Brasileira, elaborada


por Rodolpho Albino Dias da Silva - patrono da
Farmácia Brasileira.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

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História
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Década de 30 - Auge da indústria farmacêutica de


capital nacional, porém tecnologia aquém da
internacional.

1931 - Primeiros Decretos Regulamentadores da


profissão e inclusão das Análises Clínicas e
Bromatológicas nas atribuições do farmacêutico.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

História
__________________________________________

Décadas de 40 e 50
Segunda Guerra e pós Guerra
Expansão do complexo farmacêutico internacional e
política de incentivo à entrada de capital estrangeiro.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

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História
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1960 - Criação dos Conselhos de Farmácia.

- Processo de afastamento farmacêutico -


população.

http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/14.asp

Introdução a Farmácia Clínica


Anos 60

 Indústria Farmacêutica
Reposicionamento profissional

Farmácia Clínica

 Qualidade de vida

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Introdução
__________________________________________

Qualidade de vida – 1998: conceito universal

“A percepção do indivíduo de sua posição na vida


no contexto da cultura e sistema de valores nos
quais ele vive e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações”.

OMS. WHOQOL, 1998

1969 - Criado grupo de trabalho europeu para


implantação da nova estratégia de Farmácia
Hospitalar.

 Participaram farmacêuticos hospitalares de


diferentes países (25-30).
 Oito representantes lideraram o movimento.
 Reuniões anuais.
Bonal, J. Barcelona, 2004

12
Representantes

Holanda (2)
Reino Unido
Alemanha
Suiça
Itália
Finlândia
Espanha

1979 - Criação da “European Society of Clinical


Pharmacy”
- Estabelecimento da sede na Holanda.
- Criação dos estatutos.

Bonal, J. Barcelona, 2004

13
Farmá
Farmácia Clí
Clínica - conceito

“Ciência da saúde cuja responsabilidade é


assegurar que o uso de medicamentos seja
seguro e apropriado, ...”

Commitee on Clinical Pharmacy

Farmácia Clínica
__________________________________________

Fundamentos
 Aplicação de conhecimentos e funções
relacionadas com o cuidado dos pacientes.
 Educação especializada e treinamento
estruturado.

 Coleta e interpretação, imparcial, dos dados.

 Motivação pelo paciente.

 Relações interprofissionais.

14
Atenç
Atenção Farmacêutica - conceito

“Provisão responsável de terapia farmacológica com


objetivo de alcançar resultados definidos de saúde
que melhorem a qualidade de vida do paciente, …”

Farmacêutico = colaborador

Hepler, CD; Strand, LM. Am J Hosp Pharm, 1990; 47: 533-43

Farmacêutico 7 estrelas

FIP Statement of Policy on Good Pharmacy Education Practice, 2000


Preparing the Future Pharmacist. OMS, 1997

15
Farmacêutico 7 estrelas
 Prestador de cuidados
 Decisor
 Comunicador
 Líder
 Gestor
 Estudante permanente
 Formador

FIP Statement of Policy on Good Pharmacy Education Practice, 2000


Preparing the Future Pharmacist. OMS, 1997

Atenç
Atenção Farmacêutica (AF)

“Adaptação da farmácia clínica para o meio


comunitário…”
Bonal, J. Barcelona, 2004

“Método sistemático para detecção, prevenção


e solução de PRMs.”

Martínez-Olmoz, J; Baena, MI. Ars Pharmaceutica, 2001; 42 (1): 39 - 52

16
Metas da AF

 Melhorar a qualidade de vida do paciente.

 Alcançar os resultados pré-definidos no plano


terapêutico.

 Detectar, prevenir e solucionar PRMs.

ASHP. Statement on Pharmaceutical Care, 1998

Ferramentas da AF

 Comunicação
 Buscas bibliográficas
 Dispensação
 Indicação farmacêutica (OTC)
 Seguimento farmacoterapêutico
 Educação sanitária

ASHP. Statement on Pharmaceutical Care, 1998

17
Atividades da AF

Orientadas ao medicamento
 Aquisição
 Guarda
 Armazenamento
 Conservação

Dader, M J. F Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos tradução e


revisão Witzel, M D- SP: RCN Editora, 2008 .

Atividades AF
__________________________________________

Orientadas ao paciente
 Dispensação
 Formulação magistral
 Consulta ou indicação terapêutica
 Formação em uso racional do medicamento
 Educação sanitária
 Farmacovigilância

Dader, M J. F Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos tradução e


revisão Witzel, M D- SP: RCN Editora, 2008 .

18
Problemas Relacionados a Medicamentos (PRMs)

“... resultados clínicos negativos, derivados de


farmacoterapia ...”

Arbeláes, C et al. Boletín Farmacolvigilancia: Colombia, 2004


Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17.

PRMs – Classificaç
Classificação inicial
 Indicação sem prescrição
 Medicamento sem indicação
 Seleção inapropriada
 Dose subterapêutica
 Não uso
 Sobredose
 Interações
 RAM

Cipolle, et al. Pharmaceutical Care Practice, 1998


Naranjo, CA et al. Clin Pharmacol Ther, 1981; 30 (2): 239 – 45

19
Interaç
Interações medicamentosas

Físico-químicas

Terapêuticas

Destruti, A B. Cálculos e conceitos em farmacologia. 5 ed. SP: Editora SENAC, 2003

Interações medicamentosas
__________________________________________

Físico-químicas
 Incompatibilidades (seringa, copo, frasco de
soro).
Ex: ácido + base = sal

Terapêuticas
 Ocorrem no organismo do paciente após
administração do medicamento.

Destruti, A B. Cálculos e conceitos em farmacologia. 5 ed. SP: Editora SENAC, 2003

20
Interações medicamentosas
__________________________________________

Terapêuticas

Farmacocinéticas

Farmacodinâmicas

Destruti, A B. Cálculos e conceitos em farmacologia. 5 ed. SP: Editora SENAC, 2003


Oga, S. Guia Zanini-Oga de interações medicamentosas: base teórica das interações. SP: Atheneu,
2002.

Interações medicamentosas
__________________________________________

Farmacocinética

Fármaco Organismo
Farmacodinâmica

Contreras, S; Kramer, V. Farmacocinetica – Serie Cientifica Basica. Santiago: Universidade de Chile,


1998.

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Interações medicamentosas - Terapêuticas
__________________________________________

Farmacocinéticas
 Caminho do medicamento no organismo
(absorção, distribuição, biotransformação e eliminação)

 aumenta ou diminui efeito dependendo do

sistema afetado.

Destruti, A B. Cálculos e conceitos em farmacologia. 5 ed. SP: Editora SENAC, 2003

Interações medicamentosas – Terapêuticas


__________________________________________

Farmacodinâmicas

 Durante atuação dos medicamentos.

Sinergismo (mesma ação): aumenta efeito

Antagonismo (ação contrária): diminui efeito

Destruti, A B. Cálculos e conceitos em farmacologia. 5 ed. SP: Editora SENAC, 2003

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Interações medicamentosas
__________________________________________

Interações com alimentos

 Alteração na ingestão de alimentos


Ex. Medicamento que cause, como EA, náusea e vômitos
levará o paciente a se alimentar mal.

 Alterações na ação dos medicamentos


Ex: dieta pobre em sódio pode causar reabsorção de lítio.

Destruti, A B. Cálculos e conceitos em farmacologia. 5 ed. SP: Editora SENAC, 2003

Reaç
Reações Adversas a Medicamentos

 Resposta nociva e não intencional a medicamento.

mecanismo Classificação conduta


envolvido

23
Classificaç
Classificação RAMs

Leve
Gravidade Moderada
Grave

Provada
Causalidade Provável
Possível
Duvidosa

Classificação RAMs
__________________________________________

Algoritmos de tomada de decisão

 Questionamentos ordenados.
 Força de relação causa-efeito medicamento /
RAMs.

24
Classificação RAMs
__________________________________________

Algoritmos mais utilizados

 Naranjo
 Karch e Lasagna
 Jones
 Kramer
 Laporte e colaboradores
 FDA (Food and Drug Administration)

FUCHS, F.D; WANNMACHER, L.; FERREIRA, M.B.C. Farmacologia Clínica:


Fundamentos da Terapêutica Racional. 3. ed. RJ: Guanabara Koogan, 2004.

Morbidade
Capacidade de produzir doença num indivíduo ou
num grupo de indivíduos.

Iatrogenia
Alteração patológica provocada no paciente por
tratamento de qualquer tipo.

Sougey, E B; Carvalho, TF. Iatrogenia dos Medicamentos

25
Iatrogenia

Ação = imprudência ou imperícia

Omissão = negligência

Pereira, A C et al. Iatrogenia em Cardiologia.Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol 75


(1), 2000.

Iatrogenia terapêutica
1. Prescrição não entendida.
2. Erro diagnóstico clínico.
3. Doses ou duração do tratamento inadequadas;
4. Ocorre efeitos indesejáveis danosos, sobretudo
os inesperados;
5. Há morbidade e/ou mortalidade;
6. Ocorre interações prejudiciais.

Pereira, A C et al. Iatrogenia em Cardiologia.Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Vol 75


(1), 2000.

26
Iatrogenia Terapêutica
__________________________________________

Solução

 Formação profissional
 Uso racional de medicamentos
 Farmacovigilância

Uso racional de medicamentos

 Medicamentos apropriados.
 Dose correta.
 Por período de tempo adequado.
 Custo acessível.

http://www.opas.org.br/medicamentos

27
Farmacovigilância

“Ciência e atividades relativas à detecção,


avaliação, compreensão e prevenção de efeitos
adversos ou quaisquer outros possíveis problemas
relacionados com medicamentos.”

(WHO, 2002)

Primeiro Consenso de Granada

 Definição e classificação de PRM em seis


categorias.

Consenso de Granada, 1998.

28
Segundo Consenso de Granada

 Atualização da definição e classificação de PRM.

Segundo Consenso de Granada, 2002.

Terceiro Consenso de Granada

 Revisão da definição e classificação de PRM.

 Melhorar a identificação dos problemas e


sistematizar as intervenções necessárias após
avaliação.

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

29
PRMs – novo conceito

“Aquelas situações que no processo de uso de


medicamentos causam ou podem causar a aparição
de um resultado negativo associado a medicação
(RNM).”

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

Processo Resultado

PRM RNM

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

30
Lista de PRMs (processo)

 Administração errônea de medicamento


 Características pessoais
 Conservação inadequada
 Contra-indicação
 Dose, pauta e/ou duração não adequada
 Duplicidade

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

PRMs (processo)
__________________________________________

 Erros na dispensação
 Erros na prescrição
 Não adesão terapêutica
 Interações
 Outros problemas de saúde que afetam ao tratamento
 Probabilidade de efeitos adversos
 Problema de saúde insuficientemente tratado
 Outros

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

31
Resultados Negativos a Medicamentos (RNMs)
RNMs)

“Resultados na saúde do paciente não adequados


ao objetivo da farmacoterapia e associados ao uso
ou falha no uso de medicamentos.”

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

Suspeita de RNM

“Situação na qual o paciente está em risco de sofrer


um problema de saúde associado ao uso de
medicamentos, geralmente pela existência de um ou
mais PRM, o que podemos considerar como fatores
de risco deste RNM.”

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

32
Classificaç
Classificação RNMs
• Necessidade
– Problema de saúde não tratado.
– Efeito de medicamento desnecessário.
• Efetividade
– Inefetividade não quantitativa.
– Inefetividade quantitativa.
• Seguranç
Segurança
– Insegurança quantitativa.
– Insegurança não quantitativa.

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

Seguimento farmacoterapêutico

 Farmacêutico se responsabiliza pelas


necessidades do paciente relacionadas com os
medicamentos.

 Detecção de PRM para a prevenção e


resolução de RNM.

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

33
Seguimento Farmacoterapêutico
__________________________________________

Implicaç
Implicações
 Compromisso
 Provisão continuada, sistematizada e
documentada.
 Colaboração com o paciente e profissionais do
sistema de saúde.
 Objetivo de alcançar resultados concretos que
melhorem a qualidade de vida do paciente.

Tercer Consenso de Granada. Ars Pharm 2007; 48 (1): 5-17

Seguimento Farmacoterapêutico
__________________________________________

Estrutura bá
básica

 Seleção de pacientes (critérios).


 Levantamento de dados.
 Análise da informação.
 Intervenção.

Moreno, E. Barcelona: HSCSP, 2003.

34
Avaliaç
Avaliação Farmacoterapêutica
 Antecedentes
 Indicação
 Posologia
 Via de administração
 Interação
 Efeitos adversos
 Seleção FT hospital

Servicio de Farmacia – Equipo de Atención Farmacéutica. Barcelona: HSCSP, 2003.

Método SOAP
__________________________________________

Intervenç
Intervenção

 Prévia à prescrição: presença na decisão ou


protocolos / guias de padronização.
 Posterior à prescrição.
 Documentada e registrada.

XXXI Curso de Farmácia Clínica, 2004.

35
Modelos de Atenç
Atenção Farmacêutica

SOAP
PWDT
TOM
Dader

Métodos
• SOAP (Subjetivos, Objetivos, Avaliação e
Plano).
• PWDT (Pharmacist´s Workup of Drug Therapy).
• TOM (Therapeutic Outcomes Monitoring).
• Dader

36
SOAP
S (subjective)
O (objective)
A (assessment)
P (plan)
 Análise individual de cada problema
farmacoterapêutico.
 Uso hospitalar e ambulatorial.
XXXI Curso de Farmácia Clínica, 2004.

PWDT (Pharmacist´s Workup of Drug Therapy)

 Desenvolvido em Minnesota (EUA).

 Utilização em Farmácias Comunitárias.

37
PWDT
__________________________________________

Principais componentes:

1. Análise de dados

2. Plano de Atenção

3. Monitorização e Avaliação

PWDT
__________________________________________

Sete passos fundamentais:

1. Coletar e interpretar informações relevantes do


paciente.
2. Identificar PRM.
3. Descrever os objetivos terapêuticos desejados.
4. Descrever as alternativas terapêuticas.

38
PWDT - passos
__________________________________________

5. Selecionar e individualizar o tratamento.

6. Implementar a decisão terapêutica.

7. Delinear o plano de monitorização para


alcançar os resultados.

TOM (Therapeutic Outcomes Monitoring)

 Desenvolvido na Universidade da Flórida (EUA).


 Criado para Farmácia Comunitária.
 Deriva-se do PWDT.

39
TOM
__________________________________________

Oito passos

1. Coleta de informações relevantes.


2. Identificação dos objetivos da prescrição.
3. Avaliação da viabilidade do plano terapêutico.
4. Desenvolvimento do plano de monitorização.

TOM
__________________________________________

5. Dispensação do medicamento e orientação do


paciente.
6. Implantação do plano terapêutico e novo
agendamento.
7. Avaliação do uso do medicamento em relação
aos resultados.
8. Resolução dos PRM e/ou reavaliação do plano
terapêutico.

40
Dader

 Desenvolvido pela Universidade de Granada (Es).


 Aplicado em Farmácias Comunitárias.
 Baseado no PWDT.
 Seguimento farmacoterapêutico sistematizado,
continuado e documentado.

Dader, M J. F Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos tradução e


revisão Witzel, M D- SP: RCN Editora, 2008 .
Santos, H M et al. Introdução ao Seguimento Farmacoterapêutico. GICUF, 2007.

Dader
__________________________________________

Passos
 Oferta do serviço.
 Primeira visita: anamnese farmacológica.
 Estado de situação.
 Fase de estudo.
 Fase de avaliação.

Dader, M J. F Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos tradução e


revisão Witzel, M D- SP: RCN Editora, 2008 .
Santos, H M et al. Introdução ao Seguimento Farmacoterapêutico. GICUF, 2007.

41
Dader - passos
__________________________________________

 Plano de atuação.
 Intervenção farmacêutica (IF).
 Resultado da IF.
 Novo estado de situação.
 Entrevistas sucessivas.

Dader, M J. F Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos tradução e


revisão Witzel, M D- SP: RCN Editora, 2008 .
Santos, H M et al. Introdução ao Seguimento Farmacoterapêutico. GICUF, 2007.

ais
S in e
as
n tom
si co
n ó s ti
Diag

mes
Exa ento
am
Trat

42
Qual o melhor modelo de
Atenção Farmacêutica?

 Dader = documentação extensa e completa.

 PWDT = processo de pensamento como diretriz.

 SOAP = farmacêutico experiente (não tem


formulários específicos).

 TOM = doenças específicas (paciente = avaliação


segmentar).

43
Entrevista Farmacêutica

 Abrangente
 Objetiva
 Estruturada / semi-estruturada
 Registrada
 Confidencial

Sánches-Caro, J; Abellán, F. La Relación Clínica Farmacéutico-paciente Cuestiones


prácticas de Derecho Sanitário y Bioética. Granada: Editorial Comares, 2007.

Entrevista Farmacêutica
__________________________________________

 Perguntar
 Escutar ativamente
 Empatizar ativamente
 Resumir
 Reforçar
 Retroalimentar

Dader, M J. F Atenção Farmacêutica: conceitos, processos e casos práticos / Dader, M J; Muñoz, P


A; Martínez-Martínez, F; tradução e revisão Witzel, M D- SP: RCN Editora, 2008 .

44
Informaç
Informação sobre medicamentos

Passiva

Ativa

Castro, I. Barcelona: CIM – HSCSP, 2003.

Informação sobre medicamentos


__________________________________________

Informaç
Informação passiva

 Solicitação de paciente.
 Solicitação profissionais de saúde.

Castro, I. Barcelona: CIM – HSCSP, 2003.

45
Informação sobre medicamentos
__________________________________________

Informaç
Informação ativa

 Informes CFT
 Boletim informativo
 Novidades terapêuticas
 Educação sanitária
 Sessões bibliográficas

Castro, I. Barcelona: CIM – HSCSP, 2003.

Informação sobre medicamentos


__________________________________________

Caracterí
Características
 Agilidade / rapidez
 Fonte confiável (base científica)
 Relevante (útil)
 Clara
 Objetiva
 Nova
 Detalhada

Castro, I. Barcelona: CIM – HSCSP, 2003.

46
Informação sobre medicamentos
__________________________________________

Tipos de consulta
 Dose
 Uso terapêutico
 Efeitos adversos
 Identificação (disponibilidade comercial)
 Interações farmacológicas
 Compatibilidade farmacêutica
 Toxicidade
 Teratogenicidade
Castro, I. Barcelona: CIM – HSCSP, 2003.

Informação sobre medicamentos


__________________________________________

Farmacêutico - habilidades necessá


necessárias

 Conhecer as fontes de informação.


 Avaliar a literatura científica.
 Critério clínico.
 Capacidade de comunicação

Castro, I. Barcelona: CIM – HSCSP, 2003.

47
Informação sobre medicamentos
__________________________________________

Fontes de informaç
informação – acesso rá
rápido
 Micromedex
 Up to date
 Martindale
 Trissel
 Handbooks específicos (pediatria, geriatria,...)
 Sanford guide
 Protocolos institucionais

Medicina Baseada em Evidências (MBE)

Processo de tomada de decisões que tem por


objetivo aplicação de método científico para
auxiliar nos cuidados em saúde.

”Uso consciencioso, explícito e judicioso da melhor evidência atual.”


* Leitura crítica da literatura.

http://www.evidencias.com/mbe/

48
Leitura crí
crítica

Metodologia para avaliar qualidade dos estudos


científicos.

Leitura Crítica – guia estudos observacionais


__________________________________________

• STROBE

www.strobe-statement.org

49
50
Leitura Crítica – guia EC
__________________________________________

• CONSORT 2010 statement

www.consort-statement.org

51
Leitura Crítica – guia metanálise
__________________________________________

• QUORUM

The Lancet, 1999

52
Grau de recomendaç
recomendação

A Estudos experimentais ou observacionais de melhor


consistência.
B Estudos experimentais ou observacionais de menor
consistência.
C Relatos de casos estudos não controlados.
D Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em
consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

http://www.cebm.net/index.aspx?o=1025

53
Categorias de risco - Interaç
Interações

Risco Ação Descrição

A Sem interação ...


conhecida
B Não necessita ação ...

C Monitorar terapia ...

D Considerar modificação ...


na terapia
X Evitar combinação ...

www.uptodol.com

Classificaç
Classificação de risco - medicamentos na
gestaç
gestação

A – Não há evidência de risco em mulheres.


B – Não há estudos adequados em mulheres.
C – Não há estudos adequados em mulheres.
D – Há evidências de risco em fetos humanos.
X – Estudos revelaram anormalidades no feto ou
evidências de risco para o feto.
www.fda.gov

54
Implantaç
Implantação da Farmá
Farmácia Clí
Clínica

 Serviço
 Rotinas
 Estrutura física
 Equipe
 Instrumentos
 Impacto

Apresentaç
Apresentação de caso clí
clínico

Paciente
 Dados demográficos
 Dados do ingresso hospitalar (*)
 Antecedentes
 Evolução

XXXI Curso de Farmácia Clínica, 2004.

55
Apresentação de Caso clínico
__________________________________________

 Lista de problemas farmacoterapêuticos


detectados.
 Análise de cada problema.

XXXI Curso de Farmácia Clínica, 2004.

Farmacêutico clí
clínico no Hospital
 CIM
 CFT
 NPT - QT
 Farmácia semi-industrial (formulações).
 AF nas distintas especialidades (andar,
emergência, críticos, semi-críticos, UTI, CC).

56
Farmacêutico clí
clínico no ambulató
ambulatório

 Dispensação
 Seguimento farmacoterapêutico
 Educação sanitária (verbal / escrita)

Prá
Prática clí
clínica

 Chile
 Espanha
 Portugal
 Brasil

57
Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Obrigada!

58

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