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Uma vida de gratidão

Textos: Salmo 103 / 1 Tessalonicenses 5:16-18

Dia 25 de novembro é comemorado o Dia de Ação de Graças. É um dia que nós separamos
para agradecer! Pela vida, pela saúde, pelas famílias, e por muitas outras bençãos. Mas será
que apenas um dia é suficiente para agradecermos a Deus por tudo?

Como cristãos, somos ensinados a sermos gratos todos os dias, não só a Deus, mas também
àqueles que nos cercam, e isso é muito importante. Palavras e sentimentos de gratidão
precisam fazer parte do nosso esforço e rotina. Porém, dizer “muito obrigada” não faz de nós
pessoas com vidas de gratidão.

Podemos pensar no exemplo do povo hebreu. O povo hebreu foi escravizado no Egito por
diversas gerações, sofrendo nas mãos de faraós por centenas de anos. Quando finalmente
foram libertos, atravessando o Mar Vermelho e presenciando outros sinais e milagres pelo
caminho, o povo passou a reclamar continuamente, desejando até mesmo voltar à vida de
escravos no Egito.

Quando agradecemos a Deus por apenas um momento especial nas nossas vidas, no caso dos
hebreus, o dia da libertação, as reclamações e insatisfações chegam com mais força e rapidez
do que pensamos. Em um dia, ganhamos um presente, no outro, reclamando porque é mais
uma coisa para guardar. Em um dia, fazemos aniversário, e no outro, ficamos tristes porque
estamos ficando mais velhos. E assim temos esse ciclo, de esperarmos de Deus aquilo que
queremos agradecer (dinheiro, saúde, aniversário, brinquedos, bons relacionamentos) e,
pouco tempo depois, a ingratidão de rotina. Muitas vezes não conseguimos desenvolver uma
vida de gratidão, pois não compreendemos ou reconhecemos de onde fomos tirados, nem o
que seriam de nós sem as bençãos e a graça de Deus.

Pare para pensar: eu e você estávamos sendo escravizados no deserto do nosso pecado,
cercados de maldade, sem conhecer o amor que é Cristo, cegos para Deus, mortos nos nossos
delitos e pecados (Colossenses 2.13). Mas, pelo sangue de Jesus, que sofreu perseguição,
traição, injustiça e uma morte terrível e humilhante, fomos resgatados para que tivéssemos
acesso à presença de Deus. Quando compreendemos que a verdadeira gratidão não nasce
apenas de esforço e disciplina, mas sim da revelação de quem Jesus é para nós e o que nos
tornamos através Dele, é impossível permanecermos indiferentes, ou consumidos pela rotina
da ingratidão.

A presença extraordinária de Deus é revelada a nós todos os dias, e ainda sim, somos gratos
apenas em datas ou momentos comemorativos. Nós nos esquecemos de ser gratos por quem
Deus é, e isso deveria ser suficiente. Deus é bom, Deus é amor. Esses atributos de Deus, assim
como vários outros, são imutáveis e permanentes, independente de nós, e graças a Ele por
isso. Não precisamos de uma data no calendário para termos uma vida de gratidão, mas sim da
revelação de Jesus em nossos corações, pois isso não se restringe a um momento específico,
mas uma vida cheia D’Ele.

A gratidão é o primeiro passo para uma vida de adoração e, consequentemente, intimidade


com Deus. Se não buscarmos diariamente conhecer ao Deus que falamos que amamos, não
conseguiremos reconhecer verdadeiramente a sujeira e o pecado do nosso coração. Como diz
em Romanos 8:8-11: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo
seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos
reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,
seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por
nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.”

Que a gratidão seja o nosso combustível diário e que possamos ter uma vida de gratidão, e não
apenas momentos, tendo a perspectiva correta de quem Deus é para nós e de quem nós
somos para Ele, justificados e chamados de filhos amados.

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