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6 Teu Espaço
ESPAÇO PARA PENSAR
Maria
Ellen Madalena Schiessl Moreira
Naômy
O QUE O SEU CORAÇÃO DESEJA?
Se dirigíssemos essa per-
gunta para alguém que está num corre-
dor humanitário, fugindo dos canhões
e das bombas na Ucrânia, a resposta
seria óbvia; meu coração suspira pela
paz, que acabe a guerra. Se perguntas-
se para um doente acamado, sofrendo
com as dores do corpo a resposta seria
a saúde, não quero mais sentir dor.
Questionado um agricultor quando faz
a semeadura responderia com o coração
cheio de esperança, meu coração sus-
pira pela colheita, que a safra seja boa.
Se perguntarmos para um canoinhense
nestes dias em que a desonestidade e a
corrupção são os destaques do noticiário,
a resposta para essa pergunta com cer-
teza seria que a honestidade prevaleça
e que a justiça seja feita. Continue caro
leitor, interrogando a si mesmo sobre
quais são seus anseios, sobre o que você
deseja, seja individual ou coletivamente
pensando. Quanto mais penso em meus
sonhos, mais profundamente tenho a
convicção e o discernimento de que os
mais importantes e realmente necessá-
rios, são aqueles sonhados para o bem
comum. Aquelas aspirações que vem
para atender não só as minhas necessi-
dades, mas também a de meus irmãos,
socialmente falando. Mas onde quero
chegar com esse parafraseado tão ino-
cente, à princípio.
Um belo dito popular que diz que
“bananeira não dá pera”, talvez possa
ilustrar aquilo que pretendo provocar
neste espaço para pensar. Se a guerra está
acontecendo é porque existem homens
ambiciosos, sem escrúpulos, pessoas
do mal fazem o mal, praticam o mal. Se
políticos corruptos, sem princípios, man-
charam nossa cidade com a pior marca da
desonestidade, é porque na sua essência
já eram corrompidos. Pois é, bananeira
não dá pera. Não se dá aquilo que não
tem. Mesmo que em discursos vorazes
e manipuladores se berre o contrário,
pessoas de má índole, tenderão a se
revelar em algum momento. Mas como
então, num canteiro tão grande de gente
que vai e vem, poderemos identificar as
bem intencionadas daquelas nas quais
não deveríamos confiar? Ah! Se fosse
fácil encontrar uma resposta! Quantos
hoje, quem sabe, lastimam escolhas
erradas que fizeram, seja numa relação
amorosa, na escolha de um funcionário,
de um diretor, de um representante. Essa
liberdade chamada cidadania que nos dá
o direito e o dever de escolher nossos
representantes através do voto, que in-
felizmente só vem trazendo decepção
para a maioria daqueles que exercem
esse direito. O fato, meus queridos, é
que estamos vivendo uma das maiores
crises que a história já registrou, a crise
política. E isso, no Brasil se dá em todas
as esferas, federal, estadual e munici-
pal, lamentavelmente tão evidente em
nossa bela Princesa Gentil do Planalto.
Sejamos mais atentos às máscaras
para percebermos a essência daqueles
que escolhemos para nos representar.
Não deixemos nos enganar por palavras
bonitas, belos discursos. Procuremos
olhar o coração, as atitudes, pesquisar
o passado. Procuremos aprender com
tudo isso, pois, talvez tenhamos fa-
lhado também, quando, próximos aos
corruptos, fechamos os olhos, quando
na verdade deveriam estar abertos para
perceber as falcatruas. Falhamos quan-
do sabíamos que eram de má índole e
nos calamos, deixamos o barco correr.
Falhamos quando nos deixamos mover
pelas paixões e fizemos escolhas erra-
das. Mas agora o leite já derramou. E
a nossa história, para todo o sempre
ficará manchada com a negra marca da
corrupção. Acreditemos na justiça divina
e na justiça dos homens.
Deixo aqui o meu apelo, acima de
tudo saibamos educar, impregnar valores
nas novas gerações, sendo exemplos para
nossos filhos, nossos netos. Se semeio
joio, não posso colher trigo. Acredito sim,
que podemos garantir o futuro, através
de uma boa educação! E que, o Bom Deus
nos dê sabedoria e discernimento e que
Jesus Ressuscitado possa renovar nossas
esperanças e garantir uma Canoinhas
melhor e mais santa para as gerações
que virão. Feliz Páscoa!