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Teste info:
5.2.22
18:00-19:00
1 turno
Key info:
- Depleção de O2 do solo
○ Geralmente as raízes obtêm oxigénio suficiente para a respiração aeróbia diretamente a
partir do espaço gasoso do solo. Poros cheios de gás em solos bem drenados e bem
estruturados permitem facilmente a difusão de O2 gasoso a profundidades de vários
metros. Consequentemente, a concentração de O2 em profundidade é semelhante à do ar
húmido
○ Quando há alagamento por fortes chuvas, a água escorre com certa dificuldade e fica
concentrada na superfície do solo, tapando os espaços aéreos do solo e bloqueando a
difusão de O2 na fase gasosa. Apenas alguns centímetros de solo perto da superfície
permanecem oxigenados
○ Não há, dessa forma, trocas gasosas entre o solo e a atmosfera, havendo depleção do
oxigénio no solo para as plantas a medida que este vai sendo consumido e esgotado. Tal
decréscimo é diretamente proporcional com o aumento da temperatura (mais evidente a
temperaturas acima de 20ºC), uma vez que a temperaturas mais elevadas o metabolismo da
planta se encontra acelerado, pelo que passa a consumir mais oxigénio do que de costume
○ A temperaturas mais elevadas (acima de 20ºC), o consumo de O2 pelas raízes das plantas, a
fauna e os microrganismos do solo pode esgotar totalmente o oxigénio do solo em cerca de
24 horas
- As raízes sofrem danos em ambientes anóxicos
○ A pressão de oxigénio critica (COP - Critical Oxygen Pressure) é a pressão de oxigénio à qual
a taxa de respiração começa a diminuir devido à falta de O2. As raízes não tem todas a
mesma pressão de oxigénio; as regiões mais ativas (meristemas terminais) necessitam de
mais oxigénio que a restante parte da raiz
○ Para as pontas das raízes em crescimento a COP é cerca de 0.20 atm (20 kPa OU 20% O2 por
volume)
○ A COP também é menor quando a respiração fica mais lenta a temperaturas mais baixas
○ Na ausência de O2, o transporte de eletrões e a fosforilação oxidativa nas mitocôndrias
cessa, o CAC não pode funcionar, e o ATP apenas pode ser produzido pela fermentação -
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volume)
○ A COP também é menor quando a respiração fica mais lenta a temperaturas mais baixas
○ Na ausência de O2, o transporte de eletrões e a fosforilação oxidativa nas mitocôndrias
cessa, o CAC não pode funcionar, e o ATP apenas pode ser produzido pela fermentação -
acumulação de poder redutor que não consegue gerar ATP pelas cadeias respiratórias
○ Quando O2 não é suficiente, as raízes começam a fermentar piruvato em lactato através da
ação da lactato desidrogenase (LDH)
○ Na ponta das raízes a fermentação do lactato é transitória, porque o pH intracelular diminui
e leva rapidamente a uma troca da fermentação lática para fermentação etanólica. A
alteração ocorre devido ao pH ótimo das enzimas citosólicas envolvidas
○ Os danos no metabolismo da raiz provocados pela deficiência de O2 são originados, em
parte, pela falta de ATP para mentar os processos metabólicos essenciais
○ A produção de H+ na glicólise, noutras vias metabólicas, e a diminuição da translocação de
H+ através da membrana e do tonoplasto leva ao abaixamento do pH citosólico
○ A pHs mais baixos, a atividade da LDH é inibida e a piruvato descarboxilase é ativada
○ Isto leva ao aumento da fermentação etanólica e à diminuição da fermentação lática a pHs
baixos. A via da fermentação etanólica consome mais H+ do que a via da fermentação lática.
Ocorre assim aumento do pH citosólico e a capacidade da planta sobreviver a um episódio
de anóxia
- As raízes danificadas por níveis baixos de O2 provocam danos nas partes aéreas
○ As raízes anóxicas (ausência de O2) ou hipóxicas (falta de O2, mas presente) não têm
energia suficiente para absorver iões e nutrientes para os transportar para o xilema e de lá
para a parte aérea, e as folhas passam a demonstrar sintomas da falta de nutrientes
○ As folhas mais velhas começam a secar e caem prematuramente devido à redistribuição dos
elementos moveis (facilmente deslocáveis) no floema (N, P, K) para as folhas mais jovens
(locais de meristemas)
○ Nem todos os nutrientes são tão moveis (Ca2+, também necessário para as partes novas)
○ A hipóxia acelera a produção de ACC (nome completo não é importante), precursor de
etileno nas raízes. Através da seixa xilémica, o ACC vai para a parte aérea, onde, em
contacto com o O2, é convertido pela ACC oxidase em etileno
Etileno ("hormona do amadurecimento"): hormona vegetal que promove a
senescência das plantas e dá o efeito de murchidão provocado pelo crescimento
excessivo dos pedúnculos das folhas (igual em aparência à murchidão de plantas
plasmolisadas)
O etileno induz a epinastia, crescimento para baixo das folhas de modo que estas
parecem estar a cair. Ao contrário da murchidão, a epinastia não envolve a perda de
turgescência
- Os órgãos submersos conseguem adquirir O2 através de estruturas especializadas
○ Acontece muito em espécies de zonas húmidas, tais como o lírio de água (Nymphoides
peltata)
○ O etileno endógeno vai estimular o crescimento das células do pecíolo e as tornam
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○ Acontece muito em espécies de zonas húmidas, tais como o lírio de água (Nymphoides
peltata)
○ O etileno endógeno vai estimular o crescimento das células do pecíolo e as tornam
rapidamente capazes de atingir a superfície da água e deste modo o ar
○ O alongamento também é promovido pela acidificação da água circundante causada pela
acumulação do CO2 proveniente da respiração
○ Outra adaptação são os aerênquimas (podem servir como condutas diretas de ar da parte
aérea para as raízes), espaços grandes, cheios de gás, que formam um tecido. Este tecido
desenvolve-se nas raízes independentemente dos estímulos ambientais. No entanto, em
algumas espécies não aquáticas (incluindo mono e dicotiledóneas) a deficiência de O2 induz
a formação de aerênquima na base do caule e nas raízes novas em desenvolvimento.
○ Algumas espécies aquáticas formam uma barreira apoplástica nas camadas celulares
exteriores das raízes que reduzem a parda de oxigénio radial (ROL) dos aerênquimas e
impedem que compostos tóxicos entrem na raiz
○ Esta barreira forma-se após a deposição de suberina na hipoderme/exoderme das raízes,
impermeabilizando as raízes de forma a não perderem oxigénio
- A maioria dos tecidos vegetais não consegue tolerar condições anaeróbias
○ A capacidade dos órgãos das plantas aquáticas toleram a anoxia crônica pode depender de
estratégias semelhantes às que vimos, mas produzindo efeitos muito maiores
○ As características mais sensíveis parecem ser o controlo do pH, citosólico, a produção
continua de ATP pela glicólise e pela fermentação e o armazenamento suficiente de
combustível para a respiração anaeróbica durante longos períodos de tempo. A síntese de
alanina, succinato, e ácido gama-aminobutírico consome H+ sob anoxia e minimiza a acidose
citosólica
○ Em plantas aquáticas que vivem permanentemente em regiões alagadas, essas adaptações
são permanentes. Mas em plantas que vivem temporariamente nessas condições, ou seja,
nas que vão voltar à situação não alagada, as plantas de repente veem-se com enormes
concentrações de O2, e enquanto não readaptam o seu metabolismo vão sofrer um stress
oxidativo transitório. Espécies de oxigénio altamente reativas (ROS) são geradas durante o
metabolismo aeróbico, e são normalmente destruídas por mecanismos de defesa celulares
que envolvem a superóxido dismutase (SOD). Esta enzima converte o superóxido em
peroxido de hidrogênio, que é então convertido em água por peroxidases e pela catalase
- A aclimatação ao déficit de O2 envolve a síntese de proteínas relacionadas com o stress
anaeróbio
○ Quando as raízes se encontram em anóxia, a síntese de proteínas cessa exceto a produção
de cerca de 20 polipéptidos. A maior parte destas proteínas foram identificadas como
enzimas das vias glicolítica e da fermentação
○ Um dos primeiros acontecimentos a ocorrer a seguir a redução dos níveis de O2 é o
aumento do Ca2+ intracelular. Os dados sugerem que este sinal de Ca2+ está envolvido na
transdução do sinal da anóxia. Minutos após o início da anóxia, ocorre um aumento na
concentração de Ca2+ citosólico que atua como um sinal que conduz a um aumento nos
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○ Um dos primeiros acontecimentos a ocorrer a seguir a redução dos níveis de O2 é o
aumento do Ca2+ intracelular. Os dados sugerem que este sinal de Ca2+ está envolvido na
transdução do sinal da anóxia. Minutos após o início da anóxia, ocorre um aumento na
concentração de Ca2+ citosólico que atua como um sinal que conduz a um aumento nos
níveis dos mRNAs da álcool desidrogenase (ADH) e da sacarose sintase
○ Esquema: mapa metabólico que mostra as alterações que ocorrem quer ao nível da folha
quer da raiz de uma planta em situação de anaerobiose
Em azul são metabolitos que aumentam em condições de anoxia
Em vermelhos os que diminui
Os verdes não sofrem grandes alterações (em casos aumentam e outros diminuem)
Justificar no teste por que a sacarose desce por exemplo
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