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Capitulo 8 PE 336 ‘Amas Coentapo De Urrs SONOGRAFIA MUSCULOESQUELETICA IBINTRODUCAO cstudo ultra-sonogriico do peé € feito por rastreamento dinimico, nos planos longitudinal e transversal em rclagio & e- ‘rutura que se examina. Via de regra o exame é direcionado para a regio de suspeigao clinica. Entretanto, seguir como habito um pprotocolo de investgagao ¢ importante pois amplia as possi dades de acerto. ITECNICA Propomos a manera de examinar iniciando pelo dorso na regido tarsal onde os tendées tibial anterior, extensor longo do hélux e extensor comum dos dedos sio vistos em transversal ¢ se necessirio em longitudinal. A artéria pediosa serve como referén- cia entre o extensor longo do hélux ¢ 0 extensor comum dos de- dos ¢ junto com ela segue o nervo fibular profundo. Em seguida, 0s ossos eas articulagées do tarso sao individua- lizados e estudados com calma, iniciando de medial para lateral, terminando nas transigdes tarsometatarsianas. A asteocondrite de Killer (fragmentago do navicular em criangas), 0 navicular acess6rio, cistos € sinovites sdo patologias a serem lembradas. ‘A insergio do fibular curto na base do quinto metatarsiano € a possibilidade do diagnéstico e do controle de tratamento das fraruras de Jones. A osteocondrite de Iselin na base deste meta- tarsiano. O comeco para o estudo longitudinal dos metatarsi nos deve ser de lateral para medial, e as poss{veis fraturas de es- tesse tém que ser pensadas neste momento; a infracao de Friberg, (necrose e fragmentagio da cabega do segundo ou terceiro meta- ‘tarsiano) também deve ser aventada quando em jovens. A avalia- ‘lo transversa mostra as estruturas profundas como os interdsse- os dorsais ¢ o ligamento intermetatarsiano, Nestes espagos inter- ‘metatarsianos ainda podemos observar a presenca do neuroma dde Morton na topografia da cabega dos metaarsos, via de regra no terceiro espago, podendo também ocorrer no segundo ¢ no quarto espagos. As metatarsofalngicas sio investigadas de medial para late- ral, ea comparagio com os lados contralateras é importante para defini pequenos derrames articulares ¢ mesmo pequenas altera- ‘ses na cpsula articular, Neste momento a atengio para possive- is luxagies ou subluxagoes metatarsofalingicas ou mesmo pe- quenas fraturas intra-articulares, cistos ¢ tenossinovite dorsal. As interfalangianas sio observadas dorsalmente, eo término do estudo dorsal ¢ sobre as unhas com 0 devido cuidado e 0 co- nhecimento das patologias dessa regio como: onicomicoses, par roniquias, lesio distal do extensor, traumas ungueais ¢ tumor lomico, priiximo passo ¢ a avaliagio plantar que deve ser iniciada « partir da regido calcaniana, onde o importante coxim gorduro- so deve ser avaliado. A origem da fiscia plantar no tubérculo cal- caniano plantar é um dos pontos que mais sofrem espessamento fibtoedematoso diante da fascfte plantar calcaniana, e 0 esporio plantar do calcaneo ¢ freqiiente neste sitio. (© rastreamento com visio dirgida para afiscia plantar deve ser feito em coda a extensio da mesma. A fascifte no arco plantar medial & também freqiiente sobretudo em jovens com espessa- ‘mento difuso e dor coma palpacio, Quando observamos veda deiras nodulagSes seqtienciais ou coalescidas nesta fiscia frc- didentemente na sua bonda medial, estamos diante dafibromato- se plantar, a doenca de Ledderhose. Observamos que a deformi- dade em cavismo do pé favorece esta condicio. s corpos estranhen so vistos em qualquer profundidade até 0 plano dsseo plantar e normalmente esto situados antes da fascia, ¢ 0 envoltério glanulomatoso é uma condigio esperada pds uma semana da esio. Os coxpos estranhos com infecgio € ttajeto fistuloso sio mais ficcis de serem identifcados. Outros ‘tumores superficiais como lipomas, fibromas, hemangiomas ¢ também o comprometimento da pele por hiperceratose podem ser failmente identificados. [Na avaliagdo plantar do antepé iniciamos transversalmente ‘estudando os esambides, 0 posicionamento em relagio & cabesa do primeiro metatarsiano (no halux valgus hi tendéncia a luxa- fo ou subluxacio lateral). Os sesameides podem se apresentar ‘com bipartigfo e diante da histéria de trauma, as faturas ou as sesamoidites traumaticas. A visio plantar transversal e longitudinal na topografia da cabega dos metatarsianosé mais fivorivel para.oestudo ecogréfi- co e medidas do neuroma de Morton. A metatarsalgia de Morton foi descrta primeiramente por TT.G. Morton em 1876, onde falou de crises paroxisticas de dor nevrlgjca entre a terceirae quarta aticulagées metatasofalangia- nas, com suspeigio para neuroma ou mesmo processo inflama- tério do nervo digital lateral, McElvenny em 1949 descreveu assim: “O dedo de Morton uma dor afltiva no pé, reqilentementeresistente aos tratamen- tos conservadores” Betts em 1940 comentou também: “A metatarsalgia de Morton é uma neurite do quarto nervo digital eom pronunciado neuroma em todos 0s casos’. Viladot em 1971 descreveu que: “A imagem duza considerar 0 caso camo um process ibropkisti traneural com diversos sinais de degeneragbes axénicas © aspecto patolégicn realmente & de processo inflamatério agudo ¢ crénico do ssa nervorum, com deposisio de fibroblas- tos, coligeno etecido gorturoso de substtuigéo, promovendo a nodulagio. O que leva alguns autores questionarem o diagnés- tico de neuroma, sob o onto de vista pacolégico. A histéria cinica éde dorintermitente na ponta do pé, mais na fice plantar e também dorsal até a regiao anterior da perna Dor que di sensacao de “queimagao” e/ou “formigamento” eque piora apés longos periodos de pé e rambém com uso de calgados novos. Conta 2 maioria dos pacientes que, apds ceriménias de

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