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Ordem dos tópicos

1 o que é a lei de resíduos sólidos?


A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é
bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao
País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos
decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de


hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o
aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor
econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente
adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes,


importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo
dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-
consumo e pós-consumo.

Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui
instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microregional,
intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem
seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos


no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de
materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta
Seletiva.

Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do
Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de
resíduos de 20% em 2015.

2 Importância da Instituição da Política Nacional de Resíduos


Sólidos
Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, o município passou a ser um
ente federativo autônomo, dotado de competências próprias, independência
administrativa, legislativa e financeira e, em particular, com a faculdade de legislar
sobre assuntos de interesse local; suplementar a legislação federal e a estadual e, ainda,
organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local de caráter essencial (Artigo 30 incisos I, II e V), daí
derivando a interpretação de que o município é, portanto, o detentor da titularidade dos
serviços de limpeza urbana e toda a gestão e manejo e dos resíduos sólidos, desde a
coleta até a sua destinação final.

No entanto, embora existam normas que abordam a temática dos resíduos sólidos,
especialmente Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, ainda
não há, no País, um instrumento legal que estabeleça diretrizes gerais aplicáveis aos
resíduos sólidos para orientar os Estados e os Municípios na adequada gestão desses
resíduos.

3 historico da lei

A partir do ano de 2004, o Ministério do Meio Ambiente concentrou esforços na


elaboração de proposta para a criação de diretrizes gerais aplicáveis aos resíduos sólidos
no País. e assim instituir uma Política Nacional de Resíduos Sólidos. Foi instituído o
grupo de discussão interministerial sobre o assunto. Em agosto do mesmo ano, o
CONAMA promoveu seminário intitulado "Contribuições à Política Nacional de
Resíduos Sólidos", com o objetivo de formular proposta de projeto de lei do governo
federal que incorporasse subsídios colhidos nos diversos setores da sociedade ligados à
gestão de resíduos sólidos.

A partir daí o MMA criou grupo interno de discussão que consolidou e sistematizou
essas contribuições e os anteprojetos de lei sobre o assunto existentes no Congresso
Nacional. Foi elaborada uma proposta de anteprojeto de lei da "Política Nacional de
Resíduos Sólidos", que foi debatida entre todos os Ministérios com temáticas correlatas.
A proposta final foi discutida com a sociedade por meio dos "Seminários Regionais de
Resíduos Sólidos - Instrumentos para Gestão Integrada e Sustentável", promovidos em
conjunto pelos Ministérios do Meio Ambiente, das Cidades, da Saúde, FUNASA e
Caixa Econômica Federal. Desse processo resultou nova proposta, mais enxuta, que foi
levada à Casa Civil em dezembro de 2005.

A esse tempo, desde 1991, tramitava no Congresso Nacional - na Câmara dos


Deputados - o PL no 203/91, que dispunha "sobre o acondicionamento, a coleta, o
tratamento, o transporte e a destinação final dos resíduos de serviços de saúde" e, em
julho de 2006, a Comissão Especial criada para avaliar esse Projeto de Lei aprovou seu
substitutivo. Entretanto essa versão não incorporava diversas questões discutidas no
âmbito do governo federal, junto à sociedade e ao setor produtivo.
O projeto em elaboração pelo Governo Federal após dezembro de 2005 foi rediscutido
entre os Ministérios ligados ao tema e foi acordada uma proposta final. Em setembro de
2007 o governo encaminhou o anteprojeto à Câmara dos Deputados, que foi editado
como Projeto de Lei no 1991/2007 e apensado e juntado a outros mais de cem projetos
relacionados e que já tramitavam na Câmara Federal apensados ao PL 203/91, mais
antigo.

O MMA, em sua posição de coordenador do Programa de Resíduos Sólidos no PPA do


Governo Federal, por intermédio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente
Urbano (SRHU), tem liderado o processo de construção da proposta de Política
Nacional de Resíduos Sólidos junto aos demais órgãos da esfera federal.

Desde junho de 2008, foi instituído pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados o
Grupo de Trabalho de Resíduos, para examinar o substitutivo aprovado pela Comissão
Especial ao PL 203/91. Foram realizadas audiências públicas, visitas, debates e reuniões
técnicas externas e, em 16 de junho de 2009, foi apresentada a "Minuta de Subemenda
Substitutiva Global de Plenário ao PL 203/1991 e seus apensos", a qual foi aprovada
pelo Plenário da Câmara em 10/03/2010.
O texto aprovado pela Câmara dos Deputados foi encaminhado ao Senado Federal, onde
também foi aprovado, em 07/07/2010, com pequena alteração.

Em 02/08/2010 o texto aprovado pelo Congresso Nacional foi sancionado pela


Presidência da República, sem nenhum veto. A Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, que
instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi então publicada no Diário Oficial
da União.

Posteriormente, em 23/12/2010, em ato acontecido em São Paulo - SP, durante a EXPO


CATADORES 2010, o ex Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, assinou o
Decreto Nº 7404/2010, que regulamentou a Lei no 12.305/2010.

Na fase dos trabalhos desenvolvidos pelo Congresso Nacional, a SRHU teve uma
atuação estratégica, não apenas em relação ao aperfeiçoamento do texto do Projeto de
Lei, mas também no que se trata do acompanhamento dos trâmites nas Casas
Legislativas e das atividades correlatas promovidas pelo Grupo de Trabalho de
Resíduos da Câmara.

Essa atuação da SRHU teve continuidade durante a etapa referente à elaboração do


regulamento.

4 – contextualizando a Coleta de lixo formal e informal


w Os catadores funcionam como uma disfunção dos pólos público e privado, uma vez
que é a deficiência desses setores no tratamento da questão que permite o surgimento
dessa atividade (SOARES-BAPTISTA, 2003). De acordo com a BRACELPA –
Associação Brasileira e Celulose e Papel (2007) esse tipo de atividade é muito antiga e
está concentrada nos moradores de rua e mendigos que encontravam dessa forma meios
de complementar suas estratégias de sobrevivência. A reestruturação produtiva, ocorrida
principalmente após a década de 1960 gera uma reorganização no mercado de trabalho
que relega uma parcela significativa da população ao desligamento do trabalho formal
vinculado a atividade empresarial obrigando-os a construírem outras formas de
sobrevivência. Segundo Antunes (1995) e Rifkin (1995) não se trata de desemprego,
mas fundamentalmente de funções que desapareceram da estrutura produtiva e
excluíram definitivamente um tipo de mão de obra incapaz de migrar para outro tipo de
profissão até então conhecida.

5 O trabalho dos catadores e contexto social


A coleta e destinação do lixo constituem-se em redes formais, semi-informais e
informais no contexto de uma mesma cadeia, uma vez que envolvem catadores
individuais, organizações formais, associações independentes, o setor público e
empresas privadas. Os catadores funcionam como uma disfunção dos pólos público e
privado, uma vez que é a deficiência desses setores no tratamento da questão que
permite o surgimento dessa atividade (SOARES-BAPTISTA, 2003). De acordo com a
BRACELPA – Associação Brasileira e Celulose e Papel (2007) esse tipo de atividade é
muito antiga e está concentrada nos moradores de rua e mendigos que encontravam
dessa forma meios de complementar suas estratégias de sobrevivência. A reestruturação
produtiva, ocorrida principalmente após a década de 1960 gera uma reorganização no
mercado de trabalho que relega uma parcela significativa da população ao desligamento
do trabalho formal vinculado a atividade empresarial obrigando-os a construírem outras
formas de sobrevivência. Segundo Antunes (1995) e Rifkin (1995) não se trata de
desemprego, mas fundamentalmente de funções que desapareceram da estrutura
produtiva e excluíram definitivamente um tipo de mão de obra incapaz de migrar para
outro tipo de profissão até então conhecida.

5.1 a visão social sobre os catadores

dificuldades também estariam vinculadas aos aspectos simbólicos atribuídos a atividade.


Considerando que a atividade de catar lixo é uma degradante, restrita a pessoas de baixa
renda, produz dificuldade de construção de uma identidade coletiva capaz de facilitar os
processos de organização e também de uma identidade profissional. Segundo os autores a
catação não seria vista como um projeto de vida, mas uma situação transitória. A reversão
desse quadro só poderia ocorrer através da construção de um capital social capaz de elevar a
auto-estima desses trabalhadores. Nesse sentido, a vertente ambiental assume importância
marcante para a inclusão desse agente de forma positiva no contexto social.

6 compreensão dos resíduos sólidos como mercadoria de valor

Desde que o lixo começa a ser compreendido como uma mercadoria e, portanto,
passível de valor, se estabelece um contexto de competição, pois pessoas que ocupam
posições profissionais clássicas, como porteiros, domésticas, faxineiras de empresas,
montadores e entregadores de móveis e eletrodomésticos, constituem um mercado
concorrencial, uma vez que tem acesso direto ao lixo que não está marcado por uma
semântica negativa, uma vez que seu recolhimento não depende de um trabalho de
arqueologia em containers, sacos de lixo e outros tipos de depósito. De outro lado, esses
novos concorrentes, desfrutam da confiabilidade daqueles que disponibilizam tal
material, ocupando uma posição preferencial. Nesse sentido restam duas alternativas.
De um lado, a constituição de uma organização capaz de construir uma reputação que
lhe possibilite o acesso a clientes estáveis, ou por outro lado, o trabalho isolado que
sobrevive da garimpagem dos depósitos de lixo. Nesse sentido, segundo Carmo (2005)
a semântica negativa do lixo é um fator que preserva esse elo da cadeia produtiva, qual
seja, aquele resíduo que está misturado com matéria orgânica e outros, que por sua vez
oferecem maior periculosidade para a atividade.

7 Cooperativas de catadores
a atividade de catar lixo só é possível porque os elos do processo de industrialização são
falhos, ou seja, não se responsabilizam pelo retorno do rejeito da sua produção (seja em forma
de embalagem, descarte do produto após o uso). Considerando que uma ação dessa natureza
depende de medidas em longo prazo, tanto por parte das empresas como da cultura da
sociedade em re-destinar esse tipo de descarte para o local responsável pela sua destinação,
algumas medidas paliativas têm sido gestadas. A principal delas são as cooperativas de
catadores que reúnem trabalhadores dessa área com o intuito de melhorar o preço dos
produtos através da quantidade para comercialização e também algum beneficiamento inicial
capaz de agregar maior valor.

8 O conceito da reciclagem

A expressao reciclar vêm do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo), reciclagem é
reaproveitamento de materiais já utilizados ou já consumidos, sendo matéria-prima para
um novo produto.

Os materiais reciclados comuns são o papel, metal e o plastico. Essa atividade tem sua
importancia na redução de residuos contribuindo com o meio ambiente. É importante
diferenciar o termo reciclar e reutilizar. Quando nos referimos a reutilizar é usar um
produto mais de uma vez, independente de sua utilização, ja a reciclagem transforma
materiais já utilizados em novamente em matéria-prima.

Segundo a Compam – Comercio de Papaeis e Aparatas Ltda (2010) a reciclagem é um


conjunto de tecnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutiliza-los no ciclo
de produção de que sairam. É o resultado de uma serie de atividades, pela qual materiais
que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e
processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.

Este vocabulario "reciclagem" surgiu na decada de 70, quando as questoes ambientais


passaram a ser encarado com maior importancia pelo mundo, ficando bem explicito na
crise do petroleo em 1973, onde as empresas passaram a processar materiais ja
utilizados para obterem menor custo e maior vantagem estrategica (CAMPO, 2010). Na
decada de 1980 em uma nova crise do petroleo, o mundo verificou e concluiu que os
recursos naturais fonte de materia-prima eram limitados e cada vez mais escassos.

9 Vantagens da reciclagem

A reciclagem proporciona expressivos resultados no ambiente, na economia e social. No


ambiente através da redução do acumulo de residuos, uso racional dos recursos naturais
por meio do re-aproveitamento.

Pelo lado social com maior participação da sociedade, conscientização ambiental,


melhorias ambientais e envolvimento das camadas mais pobres da sociedade. No âmbito
econômico temos injeção de recursos financeiros, redução de custos produtivos e
criação de emprego, renda permanente, aquecimento e etimulos a outros mercados
resultando numa melhor qualidade de vida. No lado politico colabora para elaboração
de politica de destinação de residuos solidos adaptados as diferentes regioes do país.

9 Processo de reciclagem
Análisar o que a organização recebe para então estabelecer o programa de coleta;Separar o
material recebido em: recicláveis e não-recicláveis, dentro dos recicláveis separe papel, metal,
vidro e plástico;Escolher local adequado para o material coletado até o momento da coleta
para o processo de manufatura. É importante fazer a limpeza desse material ou até mesmo
diminuir o volume de alguns materiais como plasticos e aluminios.

10 processo de reciclagem no Brasil

O mundo vivencia um momento de grade catastrofes ambienatais como sofrido no Rio


de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas na China e India, somente no ano de 2010.

A população global cada vez maior movida pelo capitalismo vêm pressionando o meio
ambiente, levando autoridades governamentais, ONGS e sociedade a debater o uso dos
recursos naturais, lidando com os desequilibrios e com o grande lixo formado por uma
sociedade consumidora.

Segundo a Copam (2010) nos EUA, cada habitante produz em média 2,5 kg de lixo por
dia, alcançando um total anual de 190 trilhões de Kg. No Brasil cada brasileiro produz
em média 1Kg/dia, sendo no ano 55 trilhoes de Kg.

A secretaria execultiva da Unicef Heliana Katia Campos, afirma que as autoridades


brasileiras e sociedade não dão importancia as questões ambientais, onde os varios
residuos são despejados em rios, igarapes e aterros sanitarios (COMPAM, 2010).

Katia Campos chama atenção para o desperdicio e oportunidade de emprego além do


ganho social que proporciona as classes mais carentes. Outro ponto o qual a
administradora chama atenção é a ausencia do estado nesse setor, a falta de
conhecimento da sociedade o que demonstra a necessidade de se introduzir nos
curriculuns educacionais etica e meio ambiente.

11 impactos ambientais
Aspectos Ambientais

Efeito Estufa:

É a liberação de gases com dióxido de carbono (CO²) e matano na atmosfera. A


reciclagem reduz a omissão de CO², com menos lixo tem-se menos gases.

Poluição da Água:

A água é contaminada por vários elementos químicos despejados por fabricas ou


residências. A reciclagem resulta numa redução de líquido tóxico e dejetos industriais.

Destruição da Camada de Ozônio:

É uma camada que protege os efeitos dos raios ultravioletas do sol que são destruídos
por gases clorofluorcarbonos (CFCs ou HCFCs) ameaçando á saúde humana, as
colheitas e a fauna. Reciclando impede a emissão CFCs na atmosfera.

Erosão do Solo:
Os desmatamentos promovidos pela pressão capitalista aumentam a erosão. Reciclando
reaproveitam-se melhor os recursos diminuindo assim i desmatamento.

Chuva Ácida:

São gases de dióxido de enxofre e oxido de nitrogênio que estão associados ás gotas de
umidade da atmosfera que quando chove danifica a fauna e flora. Reciclando
consequentemente reduz a queima de combustíveis e a chuva ácida.

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