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21/02/08
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade fazer uma comparação das normas contábeis
adotadas no Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade, focando os
procedimentos sugeridos pela Internacional Standards Board (IASB), nas denominadas
Internacional Accountig Standards (IAS) números 02 e 16 que fazem referências ao
estoque e ao ativo imobilizado respectivamente. No Brasil os órgãos responsáveis pela
elaboração das práticas contábeis são o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil (IBRACON).
Neste processo as empresas captam capital onde ele é mais barato, produzem onde os
custos são mais baixos e busca mercados onde a aceitação de seus produtos e serviços
sejam maiores.
No ano de 2001, foi criado o International Accounting standards Board (IASB) com o
objetivo de melhorar a estrutura técnica de formulação e validação dos novos
pronunciamentos internacionais emitidos com o novo nome de International Financial
Reporting Standard (IFRS).
A CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda que tem por finalidade
disciplinar, fiscalizar e promover o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários
no Brasil (MADEIRA, 2004, p. 9).
4 ESTOQUE - IAS 2
4.1 Conceito
Os estoques são ativos tangíveis mantidos para a venda no curso dos negócios, podem
estar em processo de produção ou como materiais e suprimentos a serem consumidos no
processo produtivo ou na prestação de serviços. Os estoques compreendem também
mercadorias compradas e destinadas à revenda, incluindo terrenos e imóveis. No caso
de um prestador de serviços, os estoques incluem o custo dos serviços para o qual a
entidade ainda não reconheceu a respectiva receita (NORMAS INTERNACIONAIS DE
CONTABILIDADE, 2001, p.109).
5.1 Conceito
“Os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da
companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial e comercial”. Os itens classificados na categoria de ativo imobilizado incluem
bens tangíveis e bens intangíveis (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE,
2005, p.01).
· Custo do bem
Na Norma Internacional de Contabilidade é registrado como custo o item do ativo
imobilizado que futuramente e comprovadamente irá trazer benefícios econômicos para
a empresa, já a Norma Brasileira define que o item será registrado no ativo imobilizado
no momento de sua aquisição, considerando como custo o valor pago, o valor
equivalente a aquisição do bem ou o valor de mercado.
A Norma Brasileira não define um método para tratar a depreciação de partes isoladas
de um bem, encontra-se apenas a figura da depreciação acelerada que leva em
consideração o registro do desgaste do bem em relação aos vários turnos de trabalho
que este estiver operando.
A Norma Brasileira não permite o registro de uma reavaliação negativa que não possua
um saldo anterior positivo, caso seja
apurado um valor negativo de reavaliação serão reduzidos os saldos das contas de
imobilizado e da reserva de reavaliação. É determinado ainda que se faça uma provisão
para perdas quando a parcela do valor do imobilizado superar o valor reavaliado
devendo, porém haver saldo de reserva de reavaliação.
· Impairment
Nas Normas Internacionais há a figura da proteção dos ativos de uma organização
conhecida como Impairment, feito através da avaliação dos ativos imobilizados em
relação ao seu valor recuperável. Quando esse valor recuperável for menor que o valor
contabilizado a empresa deverá reduzi-lo a seu valor justo (CARVALHO, LEMES,
COSTA, 2006, p. 142).
Essa redução no ativo deve atender a alguns critérios para que sua avaliação seja correta
e evidencie a real situação dos valores não recuperáveis pela empresa em relação ao
valor justo:
a) A baixa no custo do ativo deverá ser contabilizada somente quando o valor contábil
do ativo for maior que o valor recuperável;
b)A cada balanço a empresa deverá avaliar se há condições que poderão representar
risco de desvalorização dos ativos;
c) O valor recuperável é o maior entre o preço líquido de venda e o valor de uso;
d) Ao longo do tempo as taxas de descontos dos ativos devem ser ajustadas a ponto de
refletir as avaliações do mercado;
e) Os ativos devem estar agrupados por grupo de itens, isso na falta de um controle
analítico;
f) Na apuração de uma redução no ativo registrado pelo custo de aquisição, sua
contrapartida deverá ser lançada em conta de resultado;
g) No caso de ativos reavaliados a contra partida da redução do ativo ocorrerá na conta
de reserva de reavaliação já constituída;
h) Não deve ser contabilizado o excesso de uma reversão de redução se este ultrapassar
o valor contábil;
i) A contrapartida de uma reversão de redução de ativos mantidos pelo custo de
aquisição deverá ser lançada como receita;
j) O excesso de uma reversão da redução deverá ser lançado na conta de reavaliação;
k) Quando houver uma reversão de redução de um bem reavaliado a contra partida do
lançamento deverá ser o aumento da conta de reserva de reavaliação.
6 CONCLUSÃO
O presente trabalho procurou apontar as divergências contábeis existentes entre as
Normas Internacionais e Brasileiras de Contabilidade, e evidenciar a necessidade de se
conciliar às práticas contábeis em beneficio do desenvolvimento econômico e financeiro
das empresas.
Já no Brasil, as normas estão mais voltadas para atender a legislação tributária, fazendo
com que o papel da Contabilidade que é o de registrar, mensurar dados e informações,
com o objetivo de demonstrar as mutações no patrimônio de uma empresa e
principalmente prestar auxílio à tomada de decisão, seja colocado em segundo plano.
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artigo.id=226.606&expressao=&formas= acesso em 03.04.09