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A música na educação de infância

J. Craig Peery

Peery faz uma compilação da grande investigação existente acerta da música no


desenvolvimento da criança. Apresenta um modelo representativo do papel da música no
desenvolvimento em que distingue dois ramos: a música como um bem cultural inerente e a
música como meio de promover e fomentar a competência pessoal e social. No primeiro ramo
estudos indicam que a repetição fomenta o aumento do gosto pela música clássica em criança a
partir do 4ºano e que a exposição continua a determinado estilo musical vai aumentar o gosto
pela mesma. A preferência de estilo é afetada pelo meio socio-cultural. A partir dos 5 ou 6 anos
há um desvio do gosto pelo clássico para o pop. É também de salientar que quanto maior a
exposição das crianças à música, maior será o seu desenvolvimento cognitivo. Cunningham e
Sterling (1988) concluem que as crianças compreendem estados emocionais transmitidos pela
música (alegre, triste…). No entanto, em relação á aptidão musical, os estudo não são tão
conclusivos, pois uma criança pode ser avaliada por um professor que ateste a sua capacidade
auditiva e gosto musical, mas que lhe falte apetência motora para execução instrumental, e
depois ainda há a possibilidade de o professor não ser o mais indicado na avaliação dessa
criança (Rubenger, 1979). Freeman é da opinião que a aptidão não depende do talento inato,
mas sim da oportunidade de encorajamento dado pelos pais.

No segundo ramo de estudos (música como meio de promover e fomentar a competência social
e pessoal), a investigação feita não deixa claro se o envolvimento com a música é a principal
influencia ou se existem outras variáveis associadas ao estudo da música que representam a
força cívica.

Só porque a música esta ligada a determinadas características nas crianças, não quer dizer que
as vá desenvolver, ainda não foram desenvolvidos estudos suficientes que atestem isso. Apesar
da música desempenhar um papel fundamental na vida da criança, pois favorece o seu
desenvolvimento cognitivo, físico e social. No entanto, o estudo da múisca tem que ser
estimulado em casa pelos pais, para que as crianças tenham essa oportunidade, pois o
desenvolvimento pela prática musical é mais favorecida pela oportunidade de ter o contacto com
os instrumentos do que pelo talento inato. Mais, desenvolver o gosto musical pela criança não é
algo que deva ser deixada apenas ao encargo do sistema de ensino público ou pela emissora de
rádio ou televisão.

Os estudos revelam que existem grandes vantagens em estimular as crianças desde os 4-5 anos
na aprendizagem de música, e esse estímulo tem que vir do seu ambiente domestico. Não que
isso dizer que todas as crianças que aprendam música desde muito cedo sejam talentos
musicais, muitas delas ate desistem, no entanto, há maior probabilidade de desenvolver esses
talentos desde cedo.

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