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1

Vai marinheiro vai vai

Refrão
Vai marinheiro vai vai
Vai buscar a Laurindinha
Vai marinheiro vai vai todos
Que ela é tua não é minha.

I
A roupa do marinheiro
Não é lavada no rio mulheres
É lavada no mar alto
Á sombrinha do navio

Refrão

II
Outro dia fui à feira
Não sei como aquilo foi
Comprei uma vaca leiteira homens
Cheguei a casa era um boi.

Refrão

III
Não me ponha a mão na fita
Não me ponha a mão no peito
Atrás duma vai a outra mulheres
E assim se perde o respeito.

Refrão

IV
Se eu soubesse namorar
Como sei cantar cantigas
Fazia dançar as velhas homens
Quanto mais as raparigas.

Refrão (no fim duas vezes)

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3

Lendas do Douro

As águas do rio Douro a correr,


Vão murmurando baixinho.
Passam nas margens de leve a bater,
Com brandura e com carinho.

Barcos rabelos passando a vogar,


Com as velas remendadas.
Lendas antigas nos fazem lembrar,
Contos de reis e de fadas.

Refrão
Conta a lenda que Nobre Mouro,
À noitinha ia namorar, bis
Com as ninfas do rio Douro ao luar.

As águas levam segredos p’ro mar,


Das moças namoradeiras.
Porque nas margens as ouvem cantar,
Às bonitas lavadeiras.

Dizem que quando aparece o luar,


Em noites de lua cheia.
As ninfas do rio Douro ao luar,
Dançam o vira na areia.

Refrão
Conta a lenda que Nobre Mouro,
À noitinha ia namorar, bis
Com as ninfas do rio Douro ao luar.

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4

Eu ouvi o passarinho Tons: dó- sol

I IV
lá7
lá7 Alentejo terra rasa
Alentejo quando canta ré
ré Toda coberta de pão
Se esquece da solidão lá7
lá7 As suas espigas doiradas
Nasce a alma na garganta ré
ré Lembra mãos em oração.
O sonho no coração.
V
II
lá7
lá7
Eu ouvi o passarinho Eu ouvi o passarinho


Às quatro da madrugada Às quatro da madrugada
lá7
lá7
Cantando lindas cantigas Cantando lindas cantigas


À porta da sua amada. À porta da sua amada

III VI
lá7 lá7
Por ouvir cantar tão bem Por ouvir cantar tão bem
ré ré
A sua amada chorou A sua amada chorou
lá7 lá7
Às quatro da madrugada Às quatro da madrugada
ré ré
O passarinho cantou. O passarinho cantou.
(VI-repete duas vezes para acabar)
5

Ó Laurindinha
I
Ó Laurindinha, vem à janela
Ó Laurindinha, vem à janela
Ver o teu amor, ai, ai, ai
Que ele vai p’rá guerra, ai, ai, ai
Ver o teu amor, ai, ai, ai
Que ele vai p’rá guerra

II
Se ele vai p’rá guerra, deixai-o ir
Se ele vai p’rá guerra, deixai-o ir
Ele é rapaz novo, ai, ai, ai
Ele torna a vir, ai, ai, ai
Ele é rapaz novo, ai, ai, ai
Ele torna a vir.

III
Ele torna a vir, se Deus quiser
Ele torna a vir, se Deus quiser
Inda vem a tempo, ai, ai, ai
De arranjar mulher, ai, ai, ai
Inda vem a tempo, ai, ai, ai
De arranjar mulher.

IV
Ele torna a vir, virá ou não
Ele torna a vir, virá ou não
Ó Laurindinha, ai, ai, ai
Dá-me a tua mão, ai, ai, ai
Ó Laurindinha, ai, ai, ai
Dá-me a tua mão.

Ó Laurindinha, vem à janela


Ó Laurindinha, vem à janela
Ver o teu amor, ai, ai, ai
Que ele vai p’rá guerra, ai, ai, ai
Ver o teu amor, ai, ai, ai
Que ele vai p’rá guerra.

VI
Instrumental
6
Queda do Império (perguntei ao vento)
Letra e música: Vitorino
In: Flor de la mar/1983

C Am
Perguntei ao vento
F C G
Onde foiencontrar
E Am
Mago sopro encanto
D G
Nau da vela em cruz
F C
Foi nas ondas do mar
Am
Do mundo inteiro
F C G
Terras daperdição
E Am
Parco império mil almas
F C G C
Por paude canela e mazagão

E Am
Pata de negreiro
D G
Tira e foge à morte
F C
Que a sorte é de quem
Am
A terra amou
F C G
E no peito guardou
E Am
Cheiro a mata eterna
F C
Laranja, Luanda
G C
Sempre em flor
1° todos até ao fim
2° todos a primeira parte
3° segunda parte só as mulheres (pata de negreiro)
4° todos a segunda parte (pata de negreiro)
7
Manolo mio

Manolo mio a mi me han dicho


Que por três meses te vas de aqui
Esses três meses seran três siglos
Manolo mio lleva me a mi bis

Carolinita tu t’ vas servir


E lo que ganares dámelo a mi
Para tabaco, para papellos
Para cerillas, para encender bis

Manolo mio, no fumes tanto


Porque tu boca huele a tabaco
Huele a tabaco, huele a romero
Manolo mio por ti me muero bis

La premier carta caio en mis manos


E la segunda en el corazón
E la tercera caió en la hera bis
Onde Manolo se enamoro

Naquele cabeço hay un cadabre


E todos dicen de quién será
Seguramente ser’a Manolo
Que se habrá muerto de saludad bis
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9
Marião
10
Não quero que vás à monda

Não quero que vás à monda


nem à ribeira lavar,
só quero que me acompanhes, (bis)
no dia em que me eu casar.

No dia em que me eu casar,


hás-de ser minha madrinha;
não quero que vás à monda, (bis)
nem à ribeira sozinha.

Andas morta por saber


onde eu passo os meus serões:
nas vendas das vendedeiras, (bis)
encostadinho aos balcões.

Não quero que vás à monda


nem à ribeira lavar,
só quero que me acompanhes, (bis)
no dia em que me eu casar. (repete-se no fim)
11
Ponha aqui o seu pezinho
Ponha aqui o seu pezinho
Devagar devagarinho
Se vai à Ribeira Grande
Eu tenho uma carta escrita
Para ti cara bonita
Não tenho por quem a mande
I
Eu nasci à sexta-feira
Com barba e cabeleira
Mais parecia o anticristo
Até o senhor padre cura
Um homem de sabedura
Nunca tal houvera visto
II
Eu fui de Lisboa a Sintra
A casa da tia Jacinta
P’ra me fazer uns calções
Mas a pobre criatura
Esqueceu-se d’abertura
Para as minhas precisões
III
Toda a moça que é bonita
Se ela chora, se ela grita
Nunca houvera de nascer
É como a fruta madura
Na quinta do padre cura
Todos a querem comer.

Ponha aqui o seu pezinho


Devagar devagarinho
Se vai à Ribeira Grande
Eu tenho uma carta escrita
Para ti cara bonita
Não tenho por quem a mande
Fim (Para terminar o refrão repete-se 2 vezes)
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Maria Faia (Zeca Afonso)

Eu não sei como te chamas


oh Maria Faia!
Nem que nome te hei-de eu pôr
oh Maria Faia, oh Faia Maria!

Cravo não, que tu és rosa


oh Maria Faia!
Rosa não, que tu és flor
oh Maria Faia, oh Faia Maria!

Não te quero chamar cravo


oh Maria Faia!
Que te estou a engrandecer,
oh Maria Faia, oh Faia Maria!

Chamo-te antes espelho


oh Maria Faia!
Onde espero de me ver.
oh Maria Faia, oh Faia Maria!

O meu amor abalou


oh Maria Faia!
Deu-me uma linda despedida,
oh Maria Faia, oh Faia Maria!

Abarcou-me a mão direita


oh Maria Faia!
Adeus oh prenda querida.
oh Maria Faia, oh Faia Maria!
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14
Ao romper da bela aurora
I
Gosto de quem canta bem
Que é uma prenda bonita
Não empobrece ninguém
Assim como não enrica

II
Ao romper da bela aurora
Vem um pastor da choupana
Vem gritando em altas vozes
Muito padece quem ama

III
Muito padece quem ama
Mais padece quem namora
Vem um pastor da choupana
Ao romper da bela aurora

II
Ao romper da bela aurora
Vem um pastor da choupana
Vem gritando em altas vozes
Muito padece quem ama

I
Gosto de quem canta bem
Que é uma prenda bonita
Não empobrece ninguém
Assim como não enrica
Moleirinha 15

Ó que lindos olhos tem,


Trigueirinha me chamaste,
Ai, a filha da moleirinha.
Eu por isso não me zanguei.
Ó que lindos olhos tem,
Trigueirinha me chamaste,
Ai, a filha da moleirinha.
Eu por isso não me zanguei.
Tão mal empregada ela
Trigueira é a pimenta
Andar ao pó da farinha!
E vai à mesa do rei!
Tão mal empregada ela
Trigueira é a pimenta
Andar ao pó da farinha!
E vai à mesa do rei!

Trigueirinha me chamaste.
Eu de sangue não o sou.
Trigueirinha me chamaste.
Eu de sangue não o sou.
Isto de andar à farinha,
Foi o sol que me crestou!
Isto de andar à farinha,
Foi o sol que me crestou!
16
Coro das Maçadeiras
1
Este linho é mourisco,
a fita dele namora;
quem aqui não tem amores,
tire o chapéu, vá-se embora!
Refrão
Ai, la-li-la! ai, la-lé-la !
ai, la-li-la-ló, meu bem !
regala-te ó meu amor,
regala-te e passa bem!
2
Ó minha mãe dos trabalhos
para quem trabalho eu?
trabalho mato, o meu corpo,
não tenho nada de meu.
Refrão
Ai, la-li-la! ai, la-lé-la !
ai, la-li-la-ló, meu bem !
regala-te ó meu amor,
regala-te e passa bem!
3
Maçadeiras lá de baixo
maçai-me o meu linho bem;
não olheis para o portêlo,
que a merenda logo vem.
Refrão
Ai, la-li-la! ai, la-lé-la !
ai, la-li-la-ló, meu bem !
regala-te ó meu amor, (no fim duas vezes)
regala-te e passa bem!
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Cantar da Emigração

I
Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão.
Galiza, ficas sem homens
Que possam cortar teu pão.

II
Tens em troca órfãos e órfãs,
Tens campos de solidão,
Tens mães que não têm filhos,
Filhos que não têm pai.

III
Coração, que tens e sofres
Longas ausências mortais,
Viúvas de vivos mortos,
Que ninguém consolará.

Rosália de Castro e
Adriano Correia de Oliveira

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Grândola Vila Morena
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Viva la Quinta Brigada
I
Viva la Quinta Brigada V
Rumba, la rumba, la rumba la En los frentes de Granada
Viva la Quinta Brigada Rumba , la rumba, la rumba la
Rumba, la rumba, la rumba la En los frentes de Granada
Que nos cubrirá de gloria Rumba , la rumba, la rumba la
Ai Carmela, ai Carmela No tenemos días lunes
Que nos cubrirá de gloria Ai Carmela, ai Carmela
Ai Carmela, ai Carmela No tenemos días lunes
Ai Carmela, ai Carmela
II
Luchamos contra tiranos
Rumba, la rumba, la rumba la VI
Luchamos contra tiranos Ni tenemos días martes
Rumba, la rumba, la rumba la Rumba, la rumba, la rumba la
Mercenarios e fascistas Ni tenemos días martes
Ai Carmela, ai Carmela Rumba, la rumba, la rumba la
Mercenarios e fascistas Con los tanques i granadas
Ai Carmela, ai Carmela Ai Carmela, ai Carmela
Con los tanques i granadas
III Ai Carmela, ai Carmela
El ejército del Ebrio
Rumba, la rumba, la rumba la
El ejército del Ebrio VII
Rumba, la rumba, la rumba la Viva la Quinta Brigada
La otra noche el rió paso Rumba, la rumba, la rumba la
Ai Carmela, ai Carmela Viva la Quinta Brigada
La otra noche el rió paso Rumba, la rumba, la rumba la
Ai Carmela, ai Carmela Que nos cubrirá de gloria
Ai Carmela, ai Carmela
IV Que nos cubrirá de gloria
I a las fuerzas invasoras Ai Carmela, ai Carmela
Rumba , la rumba, la rumba la
I a las fuerzas invasoras
Rumba , la rumba, la rumba la
Grande paliza les dio
Ai Carmela, ai Carmela
Grande paliza les dio
Ai Carmela, ai Carmela
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NATAL DOS SIMPLES
Dó sol
I
Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos bis
Às raparigas solteiras.

Pan-parabiri, pan-pararabiri
pan pan pan pan bis

II
Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos bis
Às raparigas casadas.

Pan-parabiri, pan-pararabiri
pan pan pan pan bis

III
Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdido
Foi-se embora o vento norte. bis

Pan-parabiri, pan-pararabiri
pan pan pan pan bis

IV
Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos bis
Quem anda à noite à ventura.

Pan-parabiri, pan-pararabiri
pan pan pan pan bis

(No fim 4 vezes a diminuir na última vez)

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A Todos Um Bom Natal
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Canção dos Reis (Trás-os-Montes)
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Noite Feliz
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Oh da casa Nobre Gente…
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A loja do Mestre André
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Lá vem o pato
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João Barandão
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São João Bonito
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Feliz Natal
44
Serenata popular
(Estudantina de Coimbra)
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47
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A Portuguesa (Hino Nacional)
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A machadinha
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Ao Passar a Ribeirinha
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Azeitona miudinha
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Foi Deus
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Josezito
57
Minha mãe, minha mãe
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59
A Ciranda
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64
Cantiga de Janeiras (Região de Lafões)
Nós estamos contentes 65

Nós estamos tão contentes. Tão contentes Nós estamos tão contentes. Tão contentes
Que temos de brincar. Que temos de brincar Que temos de cantar. Que temos de cantar

Nós estamos tão contentes. Tão contentes Nós estamos tão contentes. Tão contentes
Temos de festejar. Temos de festejar Que temos de bailar. Que temos de bailar

Ora vá de roda. E vá de rodar Ora vá de roda. E vá de rodar


Mas nesta roda. Como é bom pular. Quem vier na roda. Bem há-de gostar

E viva José. E viva Maria Vivam os da casa. Com muita alegria


E viva Jesus. Além deste dia Vivamos nós todos. Além deste dia.
Eu subi ao cerro 66
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Carlos do Carmo

Lisboa Menina e Moça


No castelo, ponho um cotovelo
Em Alfama, descanso o olhar
E assim desfaz-se o novelo
De azul e mar
À ribeira encosto a cabeça
A almofada, na cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo

Lisboa menina e moça, menina


Da luz que meus olhos vêem tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta, ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça, amada
Cidade mulher da minha vida

No terreiro eu passo por ti


Mas da graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha, sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
Aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar

Lisboa menina e moça, menina


68
Rama da Oliveira
Ó rama, ó que linda rama,
Ó rama da oliveira!
O meu par é o mais lindo
Que anda aqui na roda inteira!

Que anda aqui na roda inteira,


Aqui e em qualquer lugar,
Ó rama, que linda rama,
Ó rama do olival!

Eu gosto muito de ouvir


Cantar a quem aprendeu.
Se houvera quem me ensinara,
Quem aprendia era eu!

Não m´invejo de quem tem


Parelhas, éguas e montes;
Só m´invejo de quem bebe
A água em todas as fontes.

Fui à fonte beber água,


Encontrei um ramo verde;
Quem o perdeu tinha amores,
Quem o achou tinha sede.

Debaixo da oliveira
Não se pode namorar;
A folha é miudinha,
Deixa passar o luar.
69
Zeca Afonso

Vejam bem
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar

Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar

E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de febre a arder

Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer

Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão

E se houver
uma praça de gente madura
ninguém vai
ninguém vai levantá-lo do chão
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Cristina Branco

Canção de embalar
Dorme meu menino a estrela d’alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será pra ti

Outra que eu souber na noite escura


Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas


Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d’alva o seu fulgor

Perde a estrela d’alva pequenina


Se outra não vier para a render
Dorme que à noite é muito menina
Deixa-a vir também adormecer
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Tinta Verde
Vitorino
Composição: Vitorino

Tinta verde dos teus olhos


Escreve torto no meu peito
Amores tenho eu aos molhos bis
Se pró teu me faltar jeito

Tinta verde dos teus olhos


Escreve torto no meu peito

No meu peito escreve torto


Na minha alma a dar a dar
Nunca mais eu chego ao Porto bis
Se lá for por este andar

No meu peito escreve torto


Na minha alma a dar a dar

instrumental

Nunca mais eu chego ao Porto


Ao porto de Matosinhos
Adeus verde dos teus olhos bis
Estão cá outros mais escurinhos

Nunca mais eu chego ao Porto bis


Ao porto de Matosinhos

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