Você está na página 1de 27

UNIVERSIDADE POTIGUAR

ESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS

CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

ANDERSON IGOR CÂMARA DE ARAÚJO

LUÃ PAULO SILVA DE LIMA

PRISCILLA DE ARAÚJO ROCHA

FIREBIRD

NATAL-RN

2011

1
SUMÁRIO

2
1. INTRODUÇÃO

O banco de dados veio para otimizar, armazenar e recuperar os

dados, foi quando surgiu o Firebird para ser não só um banco de

dados, e sim um gerenciador de banco gratuito e open source. O

Firebird é um dos maiores banco de dados gratuito e mais seguros,

tem sido um banco relacional e multigenreciavel, podendo ter várias

conexões em execução.

O trabalho foi proposto para obter um entendimento das

funcionalidades do Firebird e entender melhor sua historia de

surgimentos, características, recursos e limitações.

3
2. CONCEITOS E DEFINIÇÕES

a. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE BANCO DE DADOS -


SGBD

Os SGBD’s são utilizados para como uma ponte entre os


usuários e o banco de dados físico de um computador. Ele
proporciona segurança, pois todas as solicitações de acesso ao banco
de dados passam pelo SGBD. Sua função principal é aperfeiçoar a
utilização e a construção do banco de dados, sem deixar os detalhes
de o hardware aparecer para os usuários, ou seja, permitindo a eles
apenas a visão de cliente.

O SGBD além de manter os dados, ele determina as formas


como serão armazenados os dados e como eles devem aparecer para
os clientes. Eles podem ser divididos em comerciais, como: Oracle,
DB2, Interbase e SQL e os open sources, como: MySQL, PostgreSQL,
além do firebird que é o tema deste trabalho.

b. STORED PROCEDURE

São procedimentos selecionáveis que possuem uma ou mais


SQL statements para realizar cálculos e fazer transformações em
determinadas linhas no lado servidor, um tanto úteis quando se quer
obter um determinado valor de uma tabela que seria impossível obter
numa instrução SELECT convencional. (MECENAS, 2006).

Exemplo:
CREATE PROCEDURE FU_ABS(
WVAR DOUBLE PRECISION)
RETURNS(
R_ABS DOUBLE PRECISION)
AS BEGIN
IF (:WVAR IS NOT NULL) THEN BEGIN
IF (:WVAR < 0.0000) THEN
R_ABS = :WVAR * -1;
ELSE
R_ABS = WVAR;
END

4
SUSPEND
END

c. TRIGGERS

Quando ocorre algum evento que esteja associado a uma tabela


condicionado a um INSERT, DELETE ou UPDATE um conjunto de
comandos são executados automaticamente, estes são chamados
triggers. Veja abaixo um exemplo de uma TRIGGER:

Exemplo:
CREATE TRIGGER TableView_Delete FOR TableView BEFORE DELETE
AS
BEGIN
DELETE FROM Table1
WHERE ColA = OLD.ColA;
DELETE FROM Table2
WHERE ColA = OLD.ColA;
END

d. VIEW

São tabelas virtuais, ou seja, não existem fisicamente por isso o


nome de visões. No intuito de facilitar a consulta é criada uma tabela
que contém todos os dados das outras três. Elas são criadas através
de outras tabelas para se poder consultar dados ilimitadamente.
Assim é dado um Select na view e é consultado todos dados das três
tabelas que formam a view de acordo com a necessidade do usuário.
Exemplo de View:

Exemplo:
CREATE VIEW TableView AS
SELECT Table1.ColA, Table1. ColB, Table2. ColC
FROM Table1, Table2
WHERE Table1.ColA = Table2.ColA

e. GENERATIONS

Juntamente com triggers e stored procedures o generator é


usado como um contador de inteiros onde se pode incrementar ou
decrementar este contador, serve também para evitar chaves
duplicadas em campos que correspondem a números inteiros. O valor

5
de um generator pode ser obtido usando a função GEN_ID. Exemplo
de um generator sendo incrementado:

Exemplo:
GEN_ID(Gen_Cliente_Codigo, 1)

Pode-se também atribuir o valor de um generator a um campo


de uma tabela, como esta no exemplo abaixo:
Exemplo:
CREATE TRIGGER TRIG_Cliente_Inclusao FOR Cliente BEFORE INSERT
AS
BEGIN
NEW.Codigo = GEN_ID(Gen_Cliente_Codigo,1)
END

Um generator também pode ter sua contagem reiniciada, veja o


exemplo abaixo:
Exemplo:
SET Gen_Cliente_Codigo TO 0.

Para se excluir um generator deve-se usar o seguinte comando:


Exemplo:
DROP GENERATOR NOME_DO_SEU_GENERATOR;

f. EXTERNAL FUNCTIONS

Uma função externa ou UDF como é mais conhecida consiste


em construir a função em DLL “Delphi, C, C++, VB”, e após isto,
declarar a função no Firebird. Exemplo abaixo:
Exemplo:
DECLARE EXTERNAL FUNCTION ABREVIAR_NOME CHAR(60) RETURNS
CHAR(60) BY
VALUE ENTRY_POINT “MINHAUDF” MODULE_NAME “MINHADLL.DLL”

Algumas funções externas são:


• addDay - Retorna o primeiro argumento com
o number dias adicionados. Usar números negativos para
subtrair.

6
• addHour - Retorna o primeiro argumento com
o number horas adicionadas. Usar números negativos para
subtrair.
• addMillisecond - Retorna o primeiro argumento com
o number milissegundos acrescentou. Usar números negativos
para subtrair.

g. DOMAINS

Como na linguagem da matemática o domínio no firebird


também define um bloco de valores para uma determinada situação.
A utilização do domínio é essencial para a organização do seu banco
de dados, por exemplo: se um usuário tiver que alterar a estrutura ou
as características de um campo que está contido em várias tabelas,
ele terá que alterar tabela por tabela essas informações, mas se tiver
sendo usado um domínio ele irá alterar apenas o domínio e
conseqüentemente todas as tabelas terão suas informações
atualizadas conforme o domínio. Criação de um domínio:
Exemplos:
CREATE DOMAIN DATAHORA AS TIMESTAMP
Sem Domains:
CREATE TABLE Cliente(
Codigo INTEGER NOT NULL,
Nome VARCHAR(40) NOT NULL,
Fone VARCHAR(20),
Fax VARCHAR(20),
Celular VARCHAR(20),
Renda NUMERIC(9,2) DEFAULT 0 NOT NULL,
CONSTRAINT PK_Cliente PRIMARY KEY(Codigo),
CONSTRAINT CHK_Cliente_Codigo CHECK(Codigo > 0),
CONSTRAINT CHK_Cliente_Renda CHECK(Renda >= 0));

Com Domains:

CREATE DOMAIN DM_ChavePrimaria INTEGER NOT NULL CHECK(VALUE > 0);


CREATE DOMAIN DM_NomePessoa VARCHAR(40) NOT NULL;
CREATE DOMAIN DM_Fone VARCHAR(20);
CREATE DOMAIN DM_Renda NUMERIC(9,2) DEFAULT 0 NOT NULL
CHECK(VALUE >= 0);

CREATE TABLE Cliente(

7
Codigo DM_ChavePrimaria,
Nome DM_NomePessoa,
Fone DM_Fone,
Fax DM_Fone,
Celular DM_Fone,
Renda DM_Renda,
CONSTRAINT PK_Cliente PRIMARY KEY(Codigo));

8
3. HISTÓRIA

Inicialmente 1984, o Firebird se chamava InterBase, este foi


desenvolvido por Jim Starkey e Ann Harrison. Em 1991 a companhia
na qual o InterBase nasceu foi comprada pela Ashton Tate, sendo
comprada posteriormente pela Borland. Esta empresa se
responsabilizou pelo desenvolvimento do InterBase até 1999. Foi
quando resolveu abrir o código, a abertura do código tinha como
objetivo o interesse de programadores em estudar e melhorar o
código do produto da Borland que já se encontrava na versão 6.0.
Assim programadores do mundo inteiro se associaram, identificando
e corrigindo os erros da versão original, estes códigos melhorados
resultariam no Firebird. Em 2001 Borland criou uma nova versão do
InterBase, trazendo melhorias ao Firebird com recursos adicionais
desenvolvidos por ela e acrescentando as melhorias que tinham
resultado no Firebird. Este SGBD possui o código aberto e não possui
licença dupla, fazendo com que o usuário possa utilizá-lo em qualquer
tipo de aplicação, seja ela comercial ou não, sem pagar nada por isso.

A tecnologia usada no Firebird tem mais de 20 anos, fazendo


com que ele seja um produto muito maduro e estável e sempre em
evolução.

a. VERSÃO 1.0

A primeira versão do Firebird foi a open source na época do


Interbase, onde foi desenvolvido em C. Sendo totalmente livre para
distribuição e sem limitações, os custos eram mínimos. Onde garantia
a transparência do projeto e a colaboração em equipes de
desenvolvimento.

b. VERSÃO 1.5

9
Essa versão foi quando começou a distanciar do Interbase, e foi
desenvolvido em C++ consolidando um único SGBD de conversão de
linguagem, só que chegou um ponto que essa versão foi se tornando
maior, pois foram muitas implementações, e sendo assim foi preciso
um SGBD maior.

De uma versão para outra algumas mudanças ocorreram, onde


as principais foram nos nomes de arquivos de extensão de .gdb
para .fbd. E nesse momento foi desvinculando completamente o
Firebird do Interbase.

Foram criadas duas versões nesse modulo, onde a Classic era


utilizada em servidores Windows e a Embedded em servidores
completo Firebird e fosse composto somente de arquivos. Assim era
possível executar varias servidores simultaneamente na mesma
maquina.

c. VERSÃO 2.0

Em 2006 numa conferencia foi o lançamento desse modulo,


onde tinha a principal característica de ter o código mais robusto.
Levando aos desenvolvedores e gerenciadores de SGDB a
tranqüilidade e a facilidade de utilização pois continuava código
aberto, mostrando que a equipe da Firebird não ficou parada no
tempo, mais sim com movimentação intensa para evoluir e melhorar
o banco de dados e tornando o mais confiável e um excelente
performance.

d. LINGUAGEM PSQL

Linguagem nativa para stored procedures e trigger com grande


procedimento em sistemas de importante gerenciamento de banco

10
de dados. Onde suas principais características estão no suporte de
variáveis, com exceção do Array e Blob, os blocos de códigos terão
que ser finalizados por END, onde poderá possibilitar exceções
dinâmicas podendo criar e mostrar mensagens no momento que o
mesmo foi gerado. Foi criado um comando chamado EXECUTE
PROCEDURE, onde terá possibilidade de chamar a stored procedures
em triggers de SP. Onde as store procedures terá o mesmo valor que
uma view sendo utilizada em tabelas originadas de outras tabelas do
banco de dados.

e. FUTURO DO FIREBIRD

“O projeto Vulcan atingiu a meta de usabilidade geral, com


algumas poucas pontas soltas, e desejamos juntar ambas as bases de
código o mais cedo possível. Dessa junção resultará no Firebird 3.0
com total suporte a multiprocessamento simétrico (SMP), arquitetura
unificada (sem mais nenhuma necessidade de compilações classic /
superserver / embedded) e outros melhoramentos.” (IBPHOENIX,
2007)

f. TIPOS DE DADOS

No Firebird existem 3 tipos de dialetos que foram


disponibilizados desde da versão inicial do Interbase. A primeira é
compatível com a Versão 1.0, o segundo dialeto foi utilizado somente
para testes de incompatibilidade entre os dialetos e por fim o terceiro
foi indicado somente ao desenvolvimento, sendo até hoje o mais
atual com novas características e suporte aos dados. E na definição
de dialeto foi utilizado outro tipo de dialeto que suportava caráter
como:

• Char e Varchar;
• Date/ Time/ Timestamp;
• Integer , Smallint e Bigint;

11
• Float;
• Double precision;
• Numeric e Decimal;
• Array;
• Blob;

g. EMPRESAS QUE UTILIZAM O FIREBIRD

Com a tecnologia a mais de 20 anos no mercado, com


segurança e performance trabalhando juntos muitas empresas
nacionais e internacionais utilizaram o Firebird.

Empresas essas que são bem conceituadas no mercado, onde temos


o exemplos de bancos como Caixa Econômica Federal e Banco do
Brasil, faculdades, industrias, comercio, folha, estoque e outros.

h. VERSÕES DE SERVIDOR

Ao começar a desenvolver com Firebird, surge a necessidade de


escolher qual versão do servidor optar. O Firebird possui três versões
distintas, Classic, SuperServer e Embedded. A versão Embedded é
uma inovação e é utilizada em distribuições de programas em CD-
ROM. No site Firebase foi divulgada uma pesquisa de utilização de
versões, finalizada em setembro de 2005, em vários países
(FIREBASE, 2007).

• SuperServer 69%
• Embedded 24%
• Classic 5%
• Indefinido 2%.

i. Classic

Versão com mais compatibilidade com a versão Interbase, onde


cada conexão com cliente será disparado um processo, e assim cada
processo será independente e não utilizará mais de 2MB da memória.

12
ii. Supersever

Trazendo um conceito novo, pois um processo irá gerenciará


varias conexões simultâneas, mais utilizado 115K consumo de
memória.

iii. Embedded

A partir da versão 1.5, com acessos limitados permitindo


conexão com um único usuário, só poderá ser executada em uma
máquina se a mesma estiver com a versão completa do Firebird e
com os dois servidores sem acesso ao mesmo tempo no banco de
dados. E terá controle de store procedure, trigger, e outros. Sendo
possível a criação de versões demonstração, sem qualquer mudança
no código da aplicação.

13
4. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

a. FERRAMENTAS

Para administrar o banco de dados, o Firebird não possui ainda


uma ferramenta gráfica nativa. Juntamente com o servidor Firebird, é
disponibilizado um conjunto de ferramentas de linha de comando,
como:

Fbmgr Interface Shell com o serviço do Super Server no


ambiente Linux.
Instsvc Interface com o serviço Super Server em plataformas
Windows para instalação, iniciação e desligamento do
servidor.
Gbak Utilizado para gerar cópias de segurança e restaurar
bancos de dados.
Gsec Ferramenta de manutenção de senhas e usuários.
Gfix Ferramenta para reconfigurar propriedades, fazer
pequenos reparos e executar tarefas de limpeza no
banco de dados.
Gstat Ferramenta para extração de relatórios estatísticos sobre
índices e dados.
fb_lock_pri Ferramenta para recuperação de estatísticas de bloqueio
que o servidor Firebird mantém para controle das
nt
alterações feitas por múltiplas transações.
Isql Interactive SQL, incorpora ferramentas e técnicas para
uso de SQL na manutenção de objetos dos bancos de
dados, gerenciamento de transações, exibição de
metadados e gerenciamento de scripts de definição de
bancos de dados.

Além das ferramentas de linha de comando que acompanham o


servidor, a comunidade Firebird tem a sua disposição inúmeras
interfaces gráficas, muitas delas com acesso gratuito. Entre as mais
conhecidas estão:
• Database Workbench (comercial)
• IBExpert (comercial)
• IBOConsole (gratuita)
• MDOConsole (gratuita)
• EMS SQL Database Management Solutions (gratuita)

14
Uma lista completa de ferramentas gráficas disponíveis no
mercado pode ser obtida no site da IBPhoenix. A concorrência entre
os fornecedores de ferramentas tem sido outro fator interessante no
trajeto de desenvolvimento do servidor Firebird.
b. COMPONENTES

O usuário do Firebird tem a seu dispor uma quantidade enorme


de componentes de acesso ao banco de dados, tanto na tecnologia
de acesso direto através da API do banco, como na de acesso através
de uma camada intermediária, entre a aplicação e a API do banco,
tendo compatibilidade com diversas linguagens de programação,
como Java, Delphi, C, C++, Visual Basic, C#, entre outras.
• IB Objects (IBO)
• dbExpress
• Interbase Express (IBX)
• JDBC
• Zeos
• Mercury DataBase Objects (MDO)
• SIBProvider (OLEDB)

Uma pesquisa realizada pela FireBase, maior comunidade


brasileira sobre Firebird, aponta os componentes de acesso mais
utilizados pelos desenvolvedores brasileiros:

15
16
5. PRINCIPAIS RECURSOS

a. SISTEMA MULTI-GERENCIONAL

Um dos recursos mais vantajosos e comentados do Firebird é o


uso de um sistema otimista de concorrência no acesso ao banco de
dados. Na maioria dos SGBDs, se tem um bloqueio de páginas
inteiras, já no Firebird, se guarda várias versões dos registros durante
uma transação, mantendo dessa forma uma visão segura dos dados,
mesmo que alguma informação já tenha sido alterada após o início da
transação.

b. REPLICAÇÕES

O Firebird não possui uma ferramenta nativa para replicação do


banco de dados, porém existem vários componentes de terceiros:
• IBReplicator
• ReplicadorBR
• FBReplicator

c. SOMBREAMENTO

Para se precaver contra a perda de dados, ou corrupção do


banco de dados em caso de falha no disco rígido, na rede ou de um
usuário que pode excluir acidentalmente o banco de dados, o Firebird
tem o recurso de sombreamento, que pode recuperar o banco de
dados nesses e em outros casos. Vantagens do sombreamento:

• Recuperação rápida
• Necessita de pouca ou nenhuma manutenção
• Não utiliza um processo separado
• Alocação de disco rígido pode ser controlada

d. SUPORTE A DIVERSOS PROTOCOLOS DE CONEXÃO

17
Impossível imaginar, atualmente, empresas que não utilizam
redes em seus ambientes de trabalho, pois as redes de computadores
estão no centro da competição empresarial moderna. Partindo dessa
ótica, um banco de dados que promete ser uma ótima opção para o
desenvolvimento de softwares cliente/servidor deve dar suporte aos
principais protocolos de conexão. O Firebird está neste contexto,
dando suporte aos seguintes protocolos:

• Local
• TCP / IP (Transmission Control Protocol / Internet Protocol)
• NetBEUI (Net Bios Extended User Interface)

e. INSTALAÇÃO REDUZIDA

Outro recurso muito atraente no Firebird, principalmente do


ponto de vista do desenvolvedor de software, é o tamanho do
instalador (menos de 5mb na versão 2.0.1.12855), que torna o seu
envio em conjunto com a instalação do sistema extremamente
simples, mesmo que o sistema tenha que ser baixado de algum
servidor na internet. A instalação do cliente necessita de apenas 3
arquivos e fica com menos de 1Mb, já a instalação completa do
server fica em 13Mb.

f. UDF

O Firebird possui suporte a UDF’s, que podem ser criadas em


qualquer linguagem de programação que gere bibliotecas
compartilhadas, conhecidas como “dll” no Windows e “so” no Linux.
Podem ser utilizadas em comandos SQL (com select), ou em Stored
Procedures e Triggers, aumentando o poder do banco de dados, pois
uma única biblioteca pode conter inúmeras funções (UDF s).

g. TAMANHO DO BANCO

18
O tamanho máximo de um arquivo de banco de dados Firebird,
teoricamente é de 32Tb. O número máximo de tabelas por banco de
dados Firebird é 65.536, sendo este o limite do Firebird, podendo
ainda ser limitado pelo sistema operacional.
O Firebird é limitado a capacidade de processamento do
sistema operacional, podendo atingir a ordem de Terabytes e
manusear essa quantidade de informação com tranquilidade.
Um bom exemplo foi mostrado na Softool, onde o Avarda (ERP russo)
estava rodando com um servidor Firebird 2.0 Classic e um número
médio de 100 conexões simultâneas, acessando um banco de dados
de 120GB com 700 milhões de registros.
Os arquivos de banco de dados crescem dinamicamente,
conforme a necessidade, não sendo necessário um planejamento
minucioso do tamanho que o banco de dados pode alcançar para pré-
alocar esse espaço. Havendo espaço no HD, o Firebird o utilizará
automaticamente sempre que se fizer necessário. Índices,
procedures, triggers, enfim, todos os objetos do banco de dados ficam
armazenados em um único arquivo, com a extensão .fdb. Podemos
ter, em teoria, bases com alguns Terabytes de informação.

h. BACKUPS ONLINE

Para realizar backup no Firebird, não há necessidade de se


parar o servidor, pois um processo captura a imagem da base de
dados no momento em que ele inicia. Desta forma os usuários podem
continuar realizando conexões normalmente com o servidor, num
processo ininterrupto, enquanto o backup é executado, com isso
podemos efetuar manutenções no banco de dados sem a necessidade
de acesso exclusivo.

19
6. VANTAGENS

a. SUPORTE

Um diferencial no uso do Firebird é a comunidade crescente que


participa do desenvolvimento do projeto, seja trabalhando no código
fonte, ou sugerindo novas implementações e relatando falhas e bugs.
O Brasil possui uma das maiores comunidades de Firebird no mundo,
e tem vários especialistas no país.

b. PORTABILIDADE

Ao escolher um banco de dados, em muitos casos o sistema


operacional em que está baseado o servidor, já está definido. Por
outro lado, o banco de dados deve propiciar ao DBA uma transição
para o maior número possível de sistemas operacionais. Nesse
contexto o Firebird dá garantias necessárias ao DBA, estando
disponível em diversos sistemas operacionais ao qual podemos
destacar:

• Windows
• Linux
• Solaris
• Mac OS
• Windows CE (Smartphones)

A portabilidade do banco de dados entre múltiplas plataformas


o torna também indicado para aplicações que operam com
atualizações de bases off-line e que tenham necessidade de
integração centralizada.

c. OPEN SOURCE

O Firebird é baseado no conceito open source, visto que os


sistemas que são desenvolvidos com ele não precisam pagar
20
qualquer quantia a Fundação que o desenvolve, nem mesmo permitir
que os usuários que adquirem a licença do sistema possam vendê-lo,
sem o seu consentimento.
Existem diversas soluções de armazenamento de dados
disponíveis no mercado, e as de código livre vêm ganhando destaque
devido ao número cada vez maior de recursos oferecidos.

21
7. LIMITAÇÕES

a. SEGURANÇA

A maior preocupação dos administradores de banco de dados,


desde o surgimento do ambiente de rede corporativa, é a segurança
dos dados.
A questão da segurança em nível de banco de dados no
Firebird, apesar das mudanças realizadas na versão 2.0, ainda
merece atenção redobrada por parte dos desenvolvedores, para
contornar certas limitações, visto que na época do surgimento do
Interbase muito pouco se falava em questões de segurança da
informação.
O Firebird arquiva tudo que está relacionado à segurança, em
um banco de dados central, independente de quantos outros bancos
de dados existam no computador. Na versão 2.0 o arquivo se chama
Security2.fdb.

b. USUÁRIO SYSDBA

Todos os servidores Firebird possuem um administrador de


banco de dados denominado SYSDBA, este usuário é imune às regras
de segurança dos bancos de dados. Sua senha, por default, é
masterkey, ele é o único usuário, que pode alterar o banco de dados
de segurança. Uma medida de segurança indicada é mudar a senha,
pois a mesma é de conhecimento público. Apesar de vários avanços
no Firebird 2.0, principalmente na área de segurança, o projeto
manteve o usuário SYSDBA com todos os seus privilégios.

c. CRIPTOGRAFIA

A criptografia tem a finalidade de proteger a “mensagem” de


pessoas não autorizadas, pois mesmo que elas obtenham meios de

22
acessá-la, não terão como decodificá-la, pois não possuem a chave
que a abre.

Em um banco de dados, é de suma importância que somente


pessoas autorizadas possam ter acesso ao arquivo de banco de dados
físico, e nesse ponto o Firebird, até a versão 2.0, disponibiliza essa
segurança apenas nas senhas de usuários. Sendo assim um dos
pontos fracos do Firebird é não possuir dispositivo para criptografar
dados.

d. ATAQUE DE FORÇA BRUTA

No inicio do projeto Interbase, ataques de força bruta não eram


considerados um motivo de alerta, visto que o poder de
processamento das máquinas era baixo, mas atualmente com
desktops de alguns Gigahertz, o risco é real.
O Firebird 2.0 inovou das demais versões, devido a
preocupação com o monitoramento do número de tentativas de
conexão que um usuário ou IP tenta estabelecer em um determinado
espaço de tempo. Caso detecte que está em andamento um ataque
de força bruta, o Firebird passa a recusar os pedidos de conexão
desse usuário ou IP por alguns segundos.

e. NÚMERO MAXIMO DE CLIENTES OU CONEXÃO


SIMULTÂNEAS

O Firebird, como outros SGBD’s, depende muito do sistema


operacional escolhido, e a limitação do número de conexões
simultâneas está totalmente ligada ao sistema operacional escolhido.
Na versão Classic é necessário para cada conexão iniciada, uma
reserva de 2MB de memória RAM, e se tivermos 250 conexões
simultâneas, teremos um consumo de 500MB de memória, estando

23
claramente limitado o número de conexões a disponibilidade do
hardware.

f. INTERFACE PARA ADMINISTRADOR DO BANCO

O Firebird ainda não possui ferramentas nativas para


gerenciamento via interfaces gráficas, possuindo apenas
componentes de linha de comando, mas existe um projeto bem
difundido de interface gráfica, de código aberto, em andamento,
denominado FlameRobin, com versões para Windows, Mac OS,
FreeBSD, Solaris e Linux nas distribuições (Debian, Ubuntu, Mandriva)
e que deverá fazer parte do pacote de instalação do Firebird,
suprindo essa necessidade.
Esta limitação é sanada naturalmente pelo desenvolvedor, pois
existem inúmeras ferramentas de terceiros, implementadas
exclusivamente para o Firebird, uma das ferramentas mais completas
é o IBExpert, ao qual possui uma versão Free (com algumas
limitações) e uma versão shareware completa.

24
8. CONCLUSÃO

Talvez o maior fator limitante na adoção do Firebird [..] frente


aos bancos comerciais não seja a falta de um ou outro recurso, mas
sim o medo que algumas empresas ainda tem na adoção de um
software livre. Felizmente, com a popularização do Linux e de outros
softwares abertos em grandes empresas e corporações, assim como o
investimento de gigantes como a IBM em alguns desses softwares,
esse medo tende a deixar de existir em um futuro próximo. (CANTU,
2004, p.22). Assim surgiu o banco de dados open source, sendo
utilizados por diversas empresas nacionais e até internacionais.
Pela facilidade de configurar o Firebird está sendo o banco de
grande autonomia e com funcionalidades muito interessantes, não só
para pequenas empresas, mais sim para médias e grandes porte. E a
cada dia buscando a melhoria das suas ferramentas.

25
REFERENCIAS

ARAÚJO, Carlos Alberto Pedroso. Programação Cliente/Servidor com


Firebird.

Florianópolis: Visual Books, 2006.

CANTU, Carlos Henrique. Firebird Essencial. Rio de Janeiro: Editora


Ciência

Moderna Ltda, 2005.

CANTU, Carlos Henrique. Firebird 2.0 o banco de dados do novo


milênio. Rio

de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda, 2006.

MECENAS, Ivan. Firebird. SQL magazine, Rio de Janeiro, ano 3, n. 37,


2006

<http://www.devmedia.com.br/post-4838-3--Usando-Stored-
Procedures-com-Firebird-e-InterBase.html> Acessado em 21.05.2011

<http://www.firebirdsql.org/refdocs/langrefupd15-udf.html> Acessado
em 21.05.2011

<http://www.firebase.com.br/fb/polls.php?resultado=14> Acessado
em: 25.05. 2011.

<http://www.ibphoenix.com/downloads/VulcanOverview.pdf>.
Acessado em: 23i.05.2011.

26
27

Você também pode gostar