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A afirmação das elites urbanas..............................9


Conclusão..............................................................11

O PAÍS URBANO E CONCELHIO

Os concelhos eram criados através da carta de


foral. A autonomia dos concelhos era
reconhecida na carta de foral, onde estavam
escritos os privilégios, a administração local,
justiça, direitos e obrigações dos habitantes, a
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exploração económica e os poderes do rei. O


território concelhio era composto pela sede a
cidade ou vila e o termo.
Dentro das muralhas da cidade ficavam os
edifícios do poder, as moradias das elites
sociais e o mercado, fora dos muros ficavam os
arrabaldes com as hortas, os bairros das
minorias étnico-religiosas, as habitações de
lojas de alguns mesteirais. Mais distante ficava
o termo, espaço circundante de olivais, vinhas,
searas e aldeias, era de lá que vinham os
produtos que semanalmente abasteciam a
cidade ou vila.
Os vizinhos eram os habitantes do concelho,
apenas eles tinham direitos, possuíam casa
própria, família e bens que lhes permitia pagar
os tributos exigidos. Entre os vizinhos, havia
distinção entre os moravam no centro e os que
moravam no termo, os que moravam no termo
tinham menos direitos. Também entre os
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vizinhos que habitavam o centro havia


distinções entre cavaleiros-vilãos e peões.
Na Idade Média os cavaleiros-vilãos eram
homens livres, do povo, dotado de bens de um
determinado valor, ou seja, era estabelecido
pelos monarcas, que prestavam serviços
militares a cavalo. Tinham diversos privilégios
como por exemplo, eles estavam dispensados
de pagar jugada (jugada era um tributo pago
em vinho, milho, trigo ou linho, nas terras que
os reis reservavam especialmente para si
quando concediam alguns dos forais. Essas
terras eram lavradas pelos peões) como o do
infanção, o juramento tinha valor de prova em
julgamentos; e entre outros que eram
variáveis. No século XIII, a obrigação de
fossado (chamava-se fossado ao serviço militar
que os vilãos tinham que cumprir conforme os
preceitos fixados ora pelo respetivo foral, ora
pelo costume da terra) foi substituída pelo
pagamento de um imposto.
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Os judeus e mouros habitavam bairros


próprios.

Carta Foral

A carta foral, era concedido pelo rei ou por um


senhor eclesiástico, a um determinado local,
concedendo a autoridade legítima na
regulação da vida coletiva da população,
embora a extensão e o conteúdo das cartas
florais fossem variáveis, elas caracterizavam-se
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em termos gerais, por ser uma lei escrita (carta


fixa, testemunhada e confirmada), orgânica ou
seja ,organizadora de um determinado
ajuntamento social, local que atua dentro das
fronteiras territoriais , ou relativa são aplicáveis
às relações económico-sociais internas, mútuas
entre habitantes e a autoridade constituinte.

O exercício comunitário de poderes


concelhios
Para pertencer á comunidade vizinha teria que
ser : um homem livre e maior de 18 anos.
Homens-bons eram as elites dos concelhos,
competindo-lhes o exercício dos principais
cargos administrativos, nomeadamente:
Alcaides ou juízes- administravam a justiças;
Chanceler- guardam o selo e a bandeira do
concelho;
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Almotacés- obras públicas e atividades


sanitárias.
Procurador- era o tesoureiro e representava o
concelho no exterior;
Almoxarife- cobrava os direitos régios,
Mordomo- administrava os domínios régios
nos concelhos;
Vereadores- eram nomeados entre os vizinhos
da comunidade concelhia.
Os símbolos do poder concelhio são o
pelourinho, o selo e a bandeira.
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A afirmação das elites urbanas

A elite social era órgãos deliberativos que


regulamentavam as questões económicas e
elegiam os magistrados.
Todos os magistrados faziam parte da elite
social do concelho, que constituía propriedades
rurais, localizado nos concelhos rurais e nas
cidades do litoral. O papel que
desempenharam na reconquista e defesa do
território a sul no Mondego, isso fez com que
eles fossem promovidos a cavaleiros-vilãos, por
isso mereciam tratamento judicial igual ao dos
infanções, como a isenção de pagamentos de
alguns impostos.
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Os homens-bons monopolizavam as
magistraturas municipais, para evitar os
mesteiras a ocupassem.
Depois da reconquista a sociedade portuguesa
sofreu alterações na passagem de uma matriz
guerreira para uma matriz económica.
O mercador ultrapassou o cavaleiro, pois ele se
destacou nos concelhos e a importância leva à
criação a associações que tinham como
objetivo proteger os seus interesses.
Os juristas assumiram um papel em atos
públicos, ou seja, faziam serviços ao rei e em
atos privados, testamentos e doações.
No inicio do séc.XIV, as elites com poder nos
concelhos virão a ação limitada, na sequência
da afirmação e centralização do poder régio.
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Conclusão

1. Os concelhos apoiavam-se no Rei e nos


direitos consagrados na Carta Foral para
impedirem o exercício abusivo dos
senhores nobre e da Igreja.
2. A sociedade urbana, os mercadores,
juristas e mesteiras, afirma-se pelo poder
económico e pelo conhecimento da
escrita e das leis que eram feitas.
3. Os concelhos vão ao longo do tempo
perder a autonomia à medida que o poder
que o Rei tinha ao seja, o poder central se
fosse desenvolvendo e se estendendo
pelo país.

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