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ÍNDICE

VOLUME II
HUESKER REPORT
CASOS DE OBRAS
ÍNDICE

PÁG. 04 APRESENTAÇÃO
PÁG. 05 Fortrac e HaTe - Aterro sobre solos moles
Beira-Mar Continental – Florianópolis/SC
PÁG. 11 Fortrac - Muro Terrae
Condomínio Alto do ltaigara - Salvador/BA
PÁG. 16 Fortrac - Muro Terrae
Condomínio Vale dos Cristais - Nova Lima/MG
PÁG. 21 Fortrac - Muro de Britador
Mineração Maracá – Alto Horizonte/GO
PÁG. 25 HaTe - Reforço de Plataforma de Trabalho
Eixo viário do novo acesso ao centro de Rio das Ostras/RJ
PÁG. 29 Fortrac PVA, Robutec e Ringtrac - Melhoramento de solos moles
CSA - Companhia Siderúrgica do Atlântico - Bacia de Sepetiba/RJ
PÁG. 36 Fortrac - Muro Terrae
BR 101/RS
PÁG. 41 Fortrac e Ringtrac - Aterro sobre Solos Moles
Interligação Via Dutra – Rod. Carvalho Pinto (2ª etapa) - SJCampos/SP
PÁG. 52 Fortrac - Aterro sobre solos moles
Centro Empresarial Engenho D’ Água - Rio de Janeiro/RJ
PÁG. 58 Fortrac - Muro Anti-Avalanche
PCH Riachão - Mambaí/GO
ÍNDICE

PÁG. 64 Fortrac - Murro Terrae


Rebaixamento da Linha Férrea de Maringá - Maringá/PR
PÁG. 72 Fortrac - Solo Reforçado / Muro de Britador
VALE - Projeto ltabirito - ltabirito e Nova Lima/MG
PÁG. 78 Fortrac e HaTe - Porto/Aterro sobre solos moles
Terminal portuário Embraport -Santos/ SP
PÁG. 90 HaTe - Reforço Construtivo
Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato - Caraguatatuba/SP
PÁG. 94 HaTelit C - Aeroporto/ Restauração de Pavimento
Aeroporto de Congonhas – São Paulo/SP
PÁG. 98 SoilTain DW - Dessecagem de Lodo
ETE Uberabina / DMAE – Uberlândia/MG
PÁG. 102 Fornit - Reforço de Base de Piso Industrial
Centro de Distribuição Translovato - São José dos Pinhais/PR
PÁG. 106 Fortrac - Aterro estaqueado
Readequação do Trevo de Jacareí - Via Dutra km 157 - Jacareí/SP
PÁG. 112 Fortrac - Contenção e Canalização de Córrego
Muro de contenção com o sistema Terrae - Contagem/MG
PÁG. 116 Fortrac e Fornit - Reforço de Base de Pavimento
Via 09 - Canal do Arroio Fundo - Trecho 2 - Rio de Janeiro/RJ
PÁG. 121 Incomat - Revestimento de Canal
ÍNDICE
Canal de Irrigação do Jaíba/MG
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APRESENTAÇÃO

HUESKER REPORT - Casos de Obras


é uma coletânea que reúne relatos
técnicos sobre as mais importantes
obras do Brasil e do mundo que
contaram com a aplicação de soluções
HUESKER.

Neste volume II, você terá acesso a


informações sobre obras realizadas
entre 2004 e 2008.

HUESKER Report
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ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC® E HATE®
Aterro sobre solos moles
Beira-Mar Continental - Florianópolis/SC

Local: Florianópolis, Santa Catarina, Brasil


Projeto: Prosul
Projeto executivo: Azambuja Engenharia
Executor: Consórcio Sulcatarinense - Ster Engenharia
Ano: 2004
Produto: Fortrac® HaTe®
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ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC® E HATE®
Aterro sobre solos moles
Beira-Mar Continental - Florianópolis/SC

Em 2004, deu-se início a implantação do


projeto da Av. Beiramar Continental, de Flo-
rianópolis/SC. Uma nova via expressa cos-
teira com pouco mais de 2km de extensão,
ligando a ponte Hercílio Luz aos bairros Es-
treito e Jardim Atlântico, no lado continen-
tal da cidade.
Para a implantação dessa nova avenida foi
necessário executar um aterro para ganho
de aproximadamente 60 metros de terreno
em direção ao mar, já que a área encontra-
va-se tomada por edificações do bairro Es- Vista da área da futura implantação da
ÍNDICE treito, já bastante conturbado. Av. Beira-Mar Continental em 2004
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O plano era implantar a avenida ao fundo das A concepção do projeto geotécnico ba-
casas e prédios já existentes para desafogar seava-se na execução de aterro hidráuli-
o trânsito local e ainda criar um boulevard co sobre terreno melhorado e estrutura-
para prática de esportes, convivência comu- do, uma vez que foi constatado que toda a
nitária e praça de estacionamento. área a ser aterrada era caracterizada su-
O projeto, desenvolvido pela Prosul, contem- perficialmente por argila marinha de baixa
plava não só o planejamento arquitetônico e resistência e elevada compressibilidade.
urbanístico do empreendimento, mas tam- Geogrelhas para estabilização do aterro,
bém o traçado do projeto viário. Contempla- colunas granulares para melhoramento do
va, também, soluções para as condicionan- solo e drenes verticais para aceleração de
tes geotécnicas do local. recalques eram elementos já contempla-

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dosno projeto básico. A execução da obra se executar uma obra sobre terreno alagado,
ficou a cargo do Consórcio Sulcatarinense com lâmina d’água que chegava a 2 metros
- Ster Engenharia. e com influência de maré.
Um desafio importante nesta obra consistia Esse desafio foi vencido pelo trabalho da
na definição do processo construtivo mais Azambuja Engenharia, que desenvolveu o
adequado, dadas as dificuldades naturais de projeto executivo da obra.

Para que a obra fosse executada em bom ritmo Seguindo o projeto executivo, “megapainéis”
e sem prejuízos ambientais de qualquer sor- compostos por 3 camadas de HaTe e 2 de
te, ficou estabelecido que os geotêxteis HaTe Fortrac, com os comprimentos necessários
40/40 e HaTe 80/80 seriam usados como ele- em cada uma, e 15 metros de largura no total
mentos de contenção do aterro hidráulico, com eram preparados por costura e bobinados
ÍNDICE aproximadamente 2 metros de espessura. conjuntamente em tubos, em uma praça
8
preparada para montagem dessas peças. do aterro. A escolha da geogrelha levou em
Os tubos com 15 metros eram transladados consideração o requisito de que esta permi-
para a posição de colocação dos tisse a cravação posterior de drenes verti-
geossintéticos e tinham suas extremidades cais sem maiores dificuldades.
tamponadas para que flutuassem. Através
de cabos de aço eram desenrolados até o
off-set do aterro e, em seguida, sacos de
areia eram lançados sobre os painéis para
acelerar sua submersão.
As camadas de HaTe eram apoiadas em um
pendural previamente montado no alinha- Preparação dos
mento do pé do aterro acabado, enquan- megapainéis de
geossintéticos
to as camadas de geogrelha, ao final deste
processo, encontravam-se já em posição.
Os painéis de HaTe eram mantidos no pen-
dural e, à medida que o aterro hidráulico
ganhava altura, este era envelopado, em 3
níveis.
O reforço estrutural foi contemplado por
duas camadas de Fortrac 110/110-30 T, Colocação dos
megapainéis de
de maneira que fosse garantida a resistên- geossintéticos
ÍNDICE cia necessária para a estabilização global
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Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH
HaTe® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH

Drenos verticais foram cravados a partir da


cota de aterro acima do nível d’água, em uma
malha de 1,45 x 1,45m. A partir daí o aterro foi
finalizado mecanicamente, com mais 3 me-
tros de espessura, totalizando 5 metros de es-
pessura típica de alteamento. A obra de terra-
plenagem teve duração aproximada de 2 anos.
Finalmente foi executado um enrocamento de
proteção do talude submerso do aterro.
Em 2006, a obra foi paralisada, sendo retoma-
da em 2011. Essa paralisação foi benéfica no
sentido em que houve um período de 5 anos
para ocorrência do processo de adensamento.
Neste ano, a obra foi finalizada com a pavimen-
tação, iluminacão e sinalizacão.
O desempenho da estrutura quanto a deforma-
ções e acabamento do pavimento é absoluta-
mente adequado. A Av. Beira-Mar Continental é
hoje, em Florianópolis, um dos mais agradáveis
espaços de convivência e uma das principais
ÍNDICE vias de trânsito da região.
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ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Terrae
Condomínio Alto do ltaigara - Salvador/BA

Local: Salvador, Bahia, Brasil


Projeto executivo: Terrae Engenharia
Executor: CST Expansão Urbana LTDA
Ano: 2005
Produto: Fortrac®

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11
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Terrae
Condomínio Alto do ltaigara - Salvador/BA

Um exemplo de tais desafios foi a necessi-


dade de garantir o acesso viário ao bairro do
Itaigara, na cidade de Salvador/BA, através
da execução de um aterro que, por restrição
da área disponível, demandava um projeto
que contemplasse uma estrutura de con-
tenção, um vez que a região à jusante do ta-
lude já se encontrava densamente ocupada.
Em cidade de grande densidade demográfi- Diversas alternativas foram levantadas e
ca e de relevo acidentado, a expansão urba- a opção selecionada foi a execução de um
na se dá frequentemente pela ocupação de Muro Terrae com face praticamente vertical
regiões altiplanas, impondo, muitas vezes, e altura de até 13,5 metros. Ao longo de seus
desafios interessantes à implantação da in- 120 metros de extensão, o muro possui dois
ÍNDICE fraestrutura urbana destas regiões. trechos retos de uma curva convexa de 90°
12
com aproximadamente 30 metros de raio. deformação calculada para uma camada de
O método de Ehrlich e Mitchell (1994) foi uti- Fortrac, durante o período construtivo, foi
lizado para a dimensionamento interno da de 3,34% e o maior valor de deformação por
estrutura. A referência para adoção desses fluência estimado foi de 0,96%, em concor-
critérios foi a Norma Inglesa para Projeto de dância com os critérios adotados. Desloca-
Estruturas Reforçadas, BS 8006 (1995), que mentos relativos médios de face foram es-
restringe alongamento específicos médios timados como 1,4% da altura total ao longo
dos reforços em 5% durante a construção de toda a vida de projeto. Para garantir esse
(deformação de trabalho mobilizado) e 1% a bom desempenho, foram utilizados na obra
longo prazo (deformação por fluência). cinco tipos geogrelha Fortrac, com módu-
A Figura 1 ilustra a seção típica para o trecho los de rigidez à tração nominais variando de
de maior altura. Vale destacar que para esta 260kN/m, para uma deformação de traba-
seção-tipo, pela análise descrita, a maior lho de 5%.

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Na fase construtiva, uma atenção especial foi conexão dupla entre os blocos Terrae e
dada à compactação, responsável pela indu- as geogrelhas Fortrac para garantir a
ção das deformações imediatas. A compac- estabilidade local de face. Esse tipo de
tação pesada (executada com equipamento conexão é patenteado pela HUESKER e
de tipo rolo vibratório com patas) foi adota- adotado em projetos específicos com base
da conforme indicação do projeto. As tensões em resultados de ensaios de conexão bloco-
induzidas durante o processo construtivo fo- geogrelha.
ram estimadas e considerações no dimensio- A obra foi projetada pela Terrae Engenharia e
namento. Dessa forma, as deformações e os executada pela construtora CST Expansão Ur-
deslocamentos no período pós-construtivo bana Ltda. O fornecimento do sistema Terrae
foram minimizadas. O solo utilizado no aterro foi realizado pela HUESKER através de seu re-
do muro foi um solo típico areno-siltoso dis- presentante no estado da Bahia, a Ativo Enge-
ponível localmente. nharia. A descrição mais detalhada deste pro-
ÍNDICE Vale destacar também que foi utilizada jeto encontra-se em Brugger et al (2005).
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Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH

Referências Bibliográficas
• Ehrlich, M and Mitchell, J.K. (1994) “Working
Stress Design Method For Reinforce Soil
Walls”. Journal os Getechnical Engineering.
ASCE, Vol. 120, Nº. 4, pp. 625-647.
• BS 8006 (1995). “Code os Practice for
Strengthened / Reinforced Soils and Other
Fills”. British Standard, UK.
• Brugger, P.J., Silva, A.E.F., Rodrigues, V.J.
e Saramago, R.P. (2005) Muro em Solo Re-
forçado com Geogrelhas e Blocos Segmen-
tais - Um Caso de Obra com Altura de 13,50
metros. Cobrae 2005, Salvador, Brasil.
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15
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Terrae
Condomínio Vale dos Cristais - Nova Lima/MG

Local: Nova Lima, Minas Gerais, Brasil


Projeto executivo: Eng. Paulo José Brugger
Executor: Construtora Norberto Odebrecht
Ano: 2005
Produto: Fortrac®

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16
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Terrae
Condomínio Vale dos Cristais - Nova Lima/MG

Em 2005, a Construtora Norberto Odebrecht


iniciou as obras de contenção necessária
para a implantação do Condomínio Vale dos
Cristais, no município de Nova Lima, região
metropolitana de Belo Horizonte, às mar-
gens da Rodovia MG 030. Localizado em uma
área de mananciais, o empreendimento ne-
cessitava satisfazer algumas exigências
relativas à preservação do meio ambiente.
Além disso, havia grande preocupação com
a qualidade estética de toda infraestrutura
interna do condomínio.
Para o licenciamento ambiental do empreen-
ÍNDICE dimento, o projeto deveria prever a preserva-
17
culação interna e o acesso principal com o
sistema Terrae (blocos segmentais Terrae e
geogrelhas Fortrac como reforço de solo).
Os muros de contenção foram executados,
em sua maioria, com blocos Terrae F, que
integram as obras às áreas de proteção
ambiental, pois permitem o plantio de
vegetação ornamental na sua parte frontal.
ção de 70% da área verde natural. Dessa for- No total, foram 20 locações distintas,
ma, para evitar que em diversos pontos nas totalizando 5600m² de face em situações
ruas de acesso interno invadissem a mata variadas, alguns muros chegando a 12
virgem, foi imperativa a previsão de estrutu- metros de altura. A execução dos muros
ras de contenção das saias dos aterros das Terrae ficou a cargo das empresas Agrogeo
estradas, visando, em alguns casos, prote- Engenharia e Dutra Engenharia. Foram
ger as nascentes. utilizados blocos Terrae-W e Terrae-F,
No estudo de viabilidade, diversas opções em conjunto com as geogrelhas Fortrac
foram descartadas por apresentarem di- de resistência nominais variando de 35 a
ficuldades construtivas e/ou inadequação 110kN/m na direção principal.
estéticas. Diante das características parti- Os blocos Terrae-F foram utilizados do topo
culares que o projeto exigia, a Construtora até 5 metros de profundidade, possibilitan-
Norberto Odebrecht optou, por exemplo, em do a construção de uma floreira na parte
ÍNDICE executar contenções em aterros das de cir- superior do muro, e os blocos Terrae-W, na
18
parte inferior, conforme a altura total. Para às dificuldades impostas pelo terreno aci-
o dimensionamento interno dos muros, uti- dentado. Os muros foram executados em
lizou-se o método proposto pelo professor menos de 10 meses.
Mauricio Ehrlich (1994), que considera os A adoção do sistema Terrae como padroni-
esforços resultantes da comparação e a ri- zação das estruturas de contenção no con-
gidez relativa entre o solo compactado e o domínio Vale dos Cristais atendeu não só
reforço. aos requisitos ambientais e estéticos, mas
A facilidade de execução e a flexibilidade do se mostrou uma alternativa economica-
sistema Terrae garantiram alta produtivida- mente viável e muito adequada ao rigoroso
ÍNDICE de e adequação da metodologia construtiva cronograma de obras pré-estabelecido.
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Referência Bibliográfica
Ehrlich, M and Mitchell, J.K.(1994) “Working
Stress Design Method For Reinforced Soil
Walls”. Journal of Geotechnical Engineering.
ASCE, Vol. 120, Nº. 4, pp. 625-647.

Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.


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ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro de Britador
Mineração Maracá – Alto Horizonte/GO

Local: Alto Horizonte, Goiás, Brasil


Projeto executivo: Consulgeo e Lyon Engenharia
Executor: Construtora Cesb S.A.
Ano: 2005
Produto: Fortrac®

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21
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro de Britador
Mineração Maracá – Alto Horizonte/GO

A cidade de Alto Horizonte, em Goiás, a cer-


ca de 350km de Goiânia, recebeu recente-
mente a instalação de um complexo de ex-
ploração e beneficiamento de cobre e ouro,
Mineração Maracá, do Grupo Yamana Gold.
Para a instalação da estrutura de britagem
primária do complexo, previu-se, uma conten-
ção em face vertical, com 15 metros de altura
e dimensionada para receber uma sobrecarga
equivalente de até 10 +/m², aplicada pelos ca-
minhões fora de estrada.
De setembro a novembro de 2005, foi execu- a partir de projeto elaborado pela Consulgeo,
tada pela Construtora Cesbe S.A. um muro de sob a coordenação da Lyon Engenharia. Uti-
ÍNDICE contenção em forma de “U” (vista em planta), lizou-se a técnica de solo reforçado com a
22
geogrelha de alto módulo Fortrac e envelo- Foram utilizados na obra cinco tipos de
pamento de face. Com essa técnica cons- geogrelhas Fortrac, com módulos de rigidez
trutiva, obteve-se um maciço em aterro nominais variando de 400kN/m a 1500kN/m,
compactado, reforçado, rígido, autoestabi- para uma deformação de trabalho de 5%.
lizado, com face vertical, capaz de supor- Com o intuito de evitar a fuga de material
tar elevadas cargas de utilização sob baixos pelas aberturas da geogrelha, foram insta-
níveis de deformação de trabalho. As exi- lados painéis de geotêxtil não-tecido como
gências quanto à deformação da estrutura elementos de retenção do solo na face, cujo
eram bastante restritivas, permitido deslo- revestimento foi executado em concreto
camentos da face de no máximo 0,6% altura projetado. A drenagem de águas pluviais foi
ÍNDICE do muro. garantida pelo “envelopamento” do aterro
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Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.

reforçado com material granular e calhas de extensão total de 40 metros.


captação e escoamento de água. A solução adotada procurou aliar flexibilida-
O aterro foi executado utilizando-se solo de de construtiva a uma técnica segura econô-
jazida local e foi apoiado sobre uma fundação mica. A utilização do Fortrac neste projeto,
em reaterro compactado. A seção-tipo do otimizando, garantiu todos estes fatores.
projeto apresenta uma altura de 15 metros, A Mineração Maracá, hoje em operação, pode
distribuídos em 25 camadas de Fortrac, contar com uma estrutura de alta qualidade
ÍNDICE com espaçamento de 40 a 60cm, em uma e segurança.
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ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

HATE®
Reforço de Plataforma de Trabalho
Eixo viário do novo acesso ao centro de Rio das Ostras/RJ

Local: Rio das Ostras, Rio de Janeiro, Brasil


Projeto executivo: PFM Engenharia
Executor: Engetecnica Engenharia & Construção Ltda
Ano: 2006
Produto: HaTe®

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25
ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

HATE®
Reforço de Plataforma de Trabalho
Eixo viário do novo acesso ao centro de Rio das Ostras/RJ

De setembro de 2006 a abril de 2007, a


HUESKER forneceu o geotêxtil de laminetes
HaTe 35/35 para a implantação do eixo viário
do novo acesso ao centro de Rio das Ostras/
RJ.
A obra, de grande importância para a cidade de
Rio das Ostras, cidade litorânea do estado do
Rio de Janeiro, foi executada pela Engetecnica
Engenharia & Construção Ltda, empresa
contratada pela Prefeitura Municipal.
O novo eixo viário de acesso ao centro de Rio
das Ostras foi implantado para desafogar o
trânsito local e ligara Rodovia do Contorno às
ÍNDICE ruas Duque de Caxias, no bairro Operário, e
26
Santa Mônica, no bairro Nova Cidade. Grande parte da via
implantada cruza, ao longo de 8km, uma área de solo mole
composta por argila orgânica saturada com resistência in-
ferior a 2 golpes SPT nas camadas superficiais.
Em virtude da presença de solo mole neste trecho, o projeto,
elaborado pela PFM Engenharia, previa a construção lenta
do aterro sobre colchão drenante e a utilização de drenos
verticais para aceleração do adensamento e dos recalques
previstos.
Para implantação do projeto foi previsto o uso do geotêxtil
HaTe 35/35 como reforço construtivo do aterro de conquis-
ta e plataforma de trabalho, principalmente para a empresa
de fundação Tecnogeo Engenharia, responsável pela insta-
lação dos drenos verticais.
Inicialmente o terreno recebeu uma limpeza grossa com-
posta pelo destocamento e retirada de materiais graúdos.
Em seguida o HaTe 35/35 foi aplicado e sobre ele lançado
o colchão de areia, camada que serviu de colchão drenante
ÍNDICE e plataforma de trabalhos para equipamentos pesados de
27
terraplanagem, e para a instalação dos dre-
nos verticais, cravados em malha triangular
de 2,0 x 2,0m. Acima do colchão drenante
foi feita a execução lenta do aterro compac-
tado, atingindo-se a cota de terraplenagem
para pavimentação.
O desempenho do geotêxtil HaTe 35/35 exer-
ceu importante papel no sucesso das obras de
implantação do eixo viário do novo acesso ao
centro de Rio das Ostras, inaugurado no início
de 2008.
Sua utilização no projeto garantiu a rapidez da
entrada dos equipamentos na obra, o que pro-
porcionou uma excelente condição de tráfego
e trabalho, contribuindo portanto para o bom
funcionamento do aterro rodoviário implantado.

HaTe® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH


ÍNDICE
28
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC PVA®, ROBUTEC® E RINGTRAC®


Melhoramento de solos moles
CSA - Companhia Siderúrgica do Atlântico - Bacia de Sepetiba/RJ

Local: Bacia de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil


Projeto executivo: SM&P Alemanha
Executor: Thyssenkrupp Bautechnik do Brasil
Ano: 2006
Produto: Ringtrac®

ÍNDICE
29
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC PVA®, ROBUTEC® E RINGTRAC®


Melhoramento de solos moles
CSA - Companhia Siderúrgica do Atlântico - Bacia de Sepetiba/RJ

Na área litorânea da Bacia de Sepetiba, no


Rio de Janeiro, encontra-se em operação a
Companhia Siderúrgica do Atlântico [CSA].
pertencente à ThyssenKrupp Steel AG. A
planta, construída entre 2006 e 2010, foi
considerada o maior investimento privado
no Brasil da década e um marco mundial na
engenharia com geossintéticos para refor-
ço de solos. Ocupando uma área de 9km2, o
local é destinado hoje à produção de cinco
milhões de placas de aço por ano.
A Companhia Siderúrgica do Atlântico conta
ÍNDICE com diversas estruturas, como alto-fornos,
30
usina elétrica, aciaria, coqueria, sinterização suras de até 20 metros e nível d’água na su-
e um porto com dois cais de atracação, além perfície. A camada mais superficial com 8 a
de pátios para estocagem de matérias-pri- 10 metros de espessura, considerada a mais
mas, como carvão, coque e minério de ferro, crítica, foi caracterizada como solo mole sa-
que apresentam área de 380mil m2. turado de alta plasticidade e normalmente
Ao lado das pilhas de materiais com até 113 adensada. Essa camada apresentava módu-
metros de altura os pátios incluem trilhos ou lo edométrico inferior a 500kN/m2 e resis-
pistas de movimentação (runways) para as tência não-drenada variando de 5 a 15kPa.
recuperadoras (stacker reclaimers). simila- As condições de estabilidade local e global
res às escavadeiras de grande porte de mi- calculadas para as pilhas de estocagem e os
nas a céu aberto. trilhos de movimentação eram insuficientes.
A baixa capacidade de suporte do terreno Além disso, os recalques e deslocamentos
e os constantes alagamentos na área após horizontais estavam muito além dos limites
chuvas intensas impuseram a construção de aceitáveis para a operação dos pátios.
uma plataforma de trabalho com areia dra- Para contornar estes problemas, uma solu-
gada sobre uma camada de geotêxtil HaTe ção otimizada foi considerada, não somente
de reforço construtivo, com espessura de por aspectos técnicos, mas também do pon-
1,5 a 2,0 metros, de forma a permitir o aces- to de vista de redução de custos, e do tempo
so dos equipamentos de terraplenagem. de execução, que deveria se restringir a dois
O perfil geotécnico da área de implantação anos para toda a área de 380mil m2.
dos pátios apresentava solos moles com ca- Foram avaliados também, requisitos dife-
ÍNDICE pacidade de carga muito baixa com espes- renciados para cada partimentação dos pá-
31
tios, aspectos de logística e disponibilidade Esses deslocamentos poderiam colocar em
das diversas técnicas de melhoramento de risco, não somente a estabilidade, como
solos moles no Brasil. também o funcionamento adequado das
O projeto de fundação do pátio de carvão stacker reclaimers, de suma importância
e coque foi desenvolvido para garantir as para a operação de toda a planta de aço.
condições de estabilidade local e global, Neste sentido, toda a área de implanta-
minimizar recalques totais diferenciais e, ção dos aterros de infraestrutura para as
principalmente, limitar os deslocamentos runways foi tratada com colunas granulares
horizontais nas runways devido ao empuxo Ringtrac, para garantir um aumento signifi-
das pilhas de estocagem. cativo da capacidade de suporte do terreno
e limitar recalques produzidos pelo carrega-
mento dos equipamentos, especialmente os
de longo prazo.

ÍNDICE
32
Sobre as colunas, na base do aterro, foram
utilizados reforços horizontais compostos por
uma camada de geotêxtil tecido Robutec por
toda extensão, tanto das runways quanto das
pilhas de estocagem, alinhada ao eixo Norte-
Sul, seguida por uma camada intermediária
de areia compactada com 15cm de espessura
e uma camada superior de geogrelha de PVA
Fortrac M, paralela ao eixo Leste-Oeste. Essa
configuração foi necessária para garantir os
níveis desejados de desempenho e segurança
operacional dos pátios de estocagem
em quaisquer condições, uma vez que há
grande dinamismo no que diz respeito ao
layout e geometria destas pilhas durante a
contínua operação. Foram também levadas
em consideração as restrições a recalques
diferenciais e totais para a adequada
operação dos stacker-reclaimers e as cargas
resultantes de sua operação propriamente
dita, já que esses equipamentos apresentam
ÍNDICE movimentações translacionais e rotacionais
33
severas quando em serviço. do de 500 a 1600kN/m, conforme a necessi-
Todas as bobinas desses materiais saíram dade em cada área a ser tratada, segundo o
da fábrica com etiquetas indicando informa- projeto geotécnico desenvolvido pela SM&P
ções específicas sobre suas propriedades e Alemanha com apoio da HUESKER.
seu posicionamento na obra. Aproveitando- A grande maioria das colunas Ringtrac foi
-se da flexibilidade da solução adotada e da executada pela própria ThyssenKrupp, uti-
ampla gama de produtos, assim como da efi- lizando-se martelos vibradores hidráulicos
ciência logística oferecida pela HUESKER, o Müller, da divisão de Fundações da empresa.
projeto foi desenvolvido buscando a máxima Nessa obra, foram também executadas co-
otimização possível de custos. Neste senti- lunas Ringtrac preenchidas com brita em
do, foram utilizados geotêxteis Ringtrac com uma parcela significativa do pátio adjacen-
três níveis distintos de resistência (200, 250 te de estocagem [pátio de minério de ferro).
e 275kN/m) e reforços horizontais Robutec e fato que não trouxe nenhuma dificuldade ao
ÍNDICE Fortrac M com resistências nominais varian- processo. Em função do encamisamento ge-
34
Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH
Ringtrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH

metros lineares de colunas Ringtrac e insta-


lados mais de 1 milhão de metros quadrados
de geotêxteis e geogrelhas com resistência
à tração nominal de até 1.600kN/m para re-
forço horizontal dos pátios de estocagem,
justificando o posto de maior obra de enge-
nharia com geossintéticos de reforço de so-
los do Brasil. O desempenho da solução foi
monitorado através de densa instrumenta-
ção, desde o princípio, planejada pelo pro-
jeto executivo. Medidores de recalques, de
ossintético, foi possível estimar com maior deslocamentos horizontais, piezômetros,
precisão o consumo de material granular além da execução contínua de investiga-
necessário para a execução das colunas, ção geotécnica foram previstos para aferi-
pois não houve perda de material por for- ção das estimativas de projeto e tomada de
mação de bulbos no solo mole. Além disso, decisões ao longo do período construtivo.
o geotêxtil tubular evitou a contaminação Os resultados do monitoramento continua-
do material drenante, promovendo a sepa- mente demonstraram a elevada eficácia da
ração entre a coluna granular e o solo mole, solução adotada para tratamento do solo e
e garantindo a integridade das colunas pe- estabilização dos pátios de carvão e coque
rante a solicitação. da CSA.
ÍNDICE No total, foram executados cerca de 270mil
35
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Terrae
BR 101/RS

Local: BR 101, Rio Grande do Sul, Brasil


Projeto executivo: Eng. Paulo José Brugger
Executor: Construtora Queiroz Galvão
Ano: 2007
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
36
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Terrae
BR 101/RS

No contexto das obras de duplicação e re-


vitalização da BR 101 no trecho do estado
do Rio Grande do Sul, estavam previstas a
implantação de diversas obras de arte es-
peciais, pontes, viadutos e passagens em
desnível. O objetivo era promover a travessia
rápida e segura da rodovia por importantes
municípios na região. Neste contexto, todas
as estruturas de contenção requeridas para
implantação dos viadutos foram executadas
em Muro Terrae, com distintas geometrias
e condições construtivas, sempre utilizando
geogrelhas Fortrac como elemento de refor-
ÍNDICE ço e estruturação dos maciços.
37
A BR 101 faz parte da malha viária federal Construtora Queiroz Galvão e a supervisão do
gerenciada pelo Departamento Nacional de Consórcio Ecoplan-Magna-ETEL-STE. Trata-
Infraestrutura de Transportes (DNIT), sendo -se do trecho entre os kms O (divisa RS-SC
uma das mais importantes rodovias do país, no município de Torres) e 52 (município de
pois é uma das ligações norte-sul do Brasil. Terra de Areia).
Os trechos em questão compreendiam os Foi grande a diversidade de condições cons-
lotes 1 e 2, cuja execução ficou a cargo da trutivas, conforme o detalhamento do pro-
jeto executivo e as restrições geométricas
impostas em cada caso. Foram executados
muros em ala de viadutos e galerias, de fe-
chamento frontal, de montante, em pé de ta-
lude, em greide, de encabeçamento, etc.
Muros com até 10 metros de altura foram
executados, sempre seguindo as diretrizes
básicas de montagem de Muros Terrae. No
total, foram implantados 25 muros, compre-
endendo 7 encabeçamentos de viadutos, 5
de passagens inferiores e outros 2 trechos
não vinculados a obras de arte.
ÍNDICE Em cada locação, especial atenção foi dada
38
à terraplenagem, com compactação pesada resistências variadas, entre 35 e 110kN/m
do aterros acompanhada de rigoroso contro- de resistência nominal longitudinal. O con-
le tecnológico. Também se deu atenção es- trole de qualidade de cada lote de todos os
pecial às condições adequadas de fundação materiais entregues na obra era uma exi-
(que em alguns casos exigiu trabalhos de re- gência, e a grande extensão do trecho em
forço e melhoramento), drenagem, e acaba- obra e o andamento paralelo de várias fren-
mento final, com revestimento de talude, vi- tes de trabalho exigiu do executor um bom
gas de coroamento, barreiras NJ e canaletas, planejamento de logística e estocagem dos
sempre que ocorresse demanda por algum materiais.
destes itens. Além de garantir esta flexibilidade logística
O blocos Terrae utilizados seguiram o pa- demandada pela obra com estas caracterís-
drão do modelo MW com resistência míni- ticas, o Muro Terrae foi escolhido como o sis-
ma à compressão de 8MPa. As geogrelhas tema de contenção adotado na totalidade do
ÍNDICE Fortrac T, por sua vez, foram fornecidas com projeto por diversas razões, entre as quais:
39
Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.

• Compatibilidade com o material de aterro disponível


nas jazidas licenciadas localmente, que apresenta-
vam escassez de material granular;
• Boa estética, adequada ao ambiente urbano dos tre-
chos de ocorrência das obras de arte previstas;
• Possibilidade de se executar em áreas de trabalho exí-
guas, não pertubando o tráfego contínuo nos trechos
de desvio e nas vias laterais, durante todo o período
construtivo;
• Elevada produtividade na execução, adequando-se ao
apertado cronograma de execução das obras.
As obras de contenção foram finalizadas em meados
do ano 2010 e todos os objetivos foram alcançados. Os
Muros Terrae da BR 101, no trecho do RS compõem as
estruturas de travessia em desnível com aspecto es-
tético muito valorizado e, durante a fase construtiva, o
sistema se adequou muito bem às demandas e condi-
cionantes da obra, tanto tecnicamente quanto de custo
e de produtividade. Esta se tornou uma importante re-
ferência de aplicação do sistema Terrae com geogrelhas
ÍNDICE Fortrac em um importante projeto rodoviário nacional.
40
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC® E RINGTRAC®
Aterro sobre Solos Moles
Interligação Via Dutra – Rod. Carvalho Pinto
(2ª etapa) - SJCampos/SP

Local: São José dos Campos, São Paulo, Brasil


Projeto executivo: Planservi e Vecttor Engenharia
Executor: Construtora Andrade Gutierrez
Ano: 2007
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
41
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC® E RINGTRAC®
Aterro sobre Solos Moles
Interligação Via Dutra – Rod. Carvalho Pinto
(2ª etapa) - SJCampos/SP

A implantação da 2ª etapa da via Interligação trecho de 900m em áreas de solos argilosos


entre as rodovias Presidente Dutra e Carva- moles seguintes nesta 2ª etapa, diversas
lho Pinto (Av. Mário Covas) em São José dos soluções envolvendo geossintéticos de
Campos (SP) promoveu uma verdadeira vi- alta performance (geogrelhas Fortrac e
trine de soluções geotécnicas envolvendo geocompostos Ringtrac) foram adotadas
geossintéticos para reforço de solos. para possibilitar, da mesma forma que na
O uso de geogrelhas e drenos verticais etapa anterior, a execução da obra em um
como solução básica para a implantação prazo curto e com um custo adequado.
dos aterros viários em áreas de solo mole A seguir descrevem-se, por cada sub-tre-
na 1ª etapa da obra, ao longo de seus cho, as diversas concepções de soluções
1,5km em 2000, foi considerado um dos projetadas para o trecho de aproximada-
principais fatores do marcante êxito da mente 900m onde o eixo da rodovia (via du-
ÍNDICE obra naquele momento. Assim, para o pla com 2 faixas de rolamento mais acosta-
42
mento separadas por defensa New Jersey)
margeia a lagoa do CTA, em um trecho de
argila orgânica mole:

Sub-trecho entre as estacas 1093 + 1,5 a


1100 + 4,3
Neste sub-trecho, praticamente o início da
nova etapa de implantação, em função da
proximidade do aterro viário com a estrutu-
ra da eclusa da lagoa, a falta de espaço para
implantação do aterro com taludes laterais
geometricamente estáveis, obrigou o pro-
jeto a considerar estruturas de contenção
para a conformação dos aterros com late-
ÍNDICE rais mais verticalizadas.
43
Foi executado um Muro Terrae com até 6 me- Fortrac 55/30-20 e Fortrac 35/20-20.
tros de altura ao longo deste sub-trecho. Em
função da existência de solo mole já neste Sub-trecho entre as estacas 1102 + 7,5 a
sub-trecho, foi executada uma fundação em 1109 + 3,6
laje estaqueada, para apoio do aterro e do Também neste trecho, um Muro Terrae tam-
próprio Muro Terrae. bém com até 6 metros de altura foi executa-
Na execução do Muro Terrae-W, com face 1:10v, do para evitar que o off-set do aterro inva-
ÍNDICE neste sub-trecho foram utilizadas geogrelhas disse o leito da lagoa do CTA.
44
ÍNDICE
45
Neste sub-trecho, para garantir a estabili- argila com lentes de camada orgânica com
dade do aterro e evitar recalques observa- resistências baixas, de até 2 golpes SPT até
dos neste sub-trecho, foi implantada uma uma profundidade média de 8 metros.
solução de aterro sobre estacas pré-mol- Como no sub-trecho anterior, foram
dadas com capitéis e geogrelha bidirecio- utilizadas geogrelhas Fortrac 55/30-20
nal Fortrac 100/100-30. Neste sub-trecho, e Fortrac 35/20-20 na execução do Muro
as sondagens demonstravam a presença de Terrae-W.

ÍNDICE
46
Sub-trecho entre as estacas 1109 + 3,6 a 3 metros a partir da superfície do terreno. Foi
1111 + 10,0. executado um colchão granular para compo-
Neste trecho, as sondagens apontavam para sição da espessura de reaterro e sobre este foi
um sub-leito composto por argila mole e len- colocada uma geogrelha Fortrac 900/100-30
tes matéria orgânica em uma espessura de 8 para garantir a estabilidade global do aterro.
metros. Neste sub-trecho, foi executado um aterro re-
Neste caso, foi adotada uma solução envol- forçado sobre solo mole, com altura de 5 a 6
vendo a remoção parcial do solo mole de até metros para atingir a cota de terraplenagem.

ÍNDICE
47
Sub-trecho entre as estacas 1117 + 0,0 a
1120 + 0,0
Neste sub-trecho, solução similar à ante-
riormente descrita foi adotada. Aqui, no en-
tanto, o solo de baixa capacidade de suporte
apresentava menor espessura (4 metros de
argila orgânica). Desta forma, pôde-se re-
duzir a resistência da geogrelha. Adotou se
uma solução de aterro reforçado sobre solo
mole com uma geogrelha Fortrac 500/100-
ÍNDICE 30 na base.
48
Sub-trecho entre as estacas 1120 + 0,0 a Sub-trecho entre as estacas 1130 + 0,0 a
1130 + 0,0 1137 + 0,0
Neste sub-trecho, o aterro atingia maiores Neste sub-trecho, com 140 metros de exten-
alturas e o solo mole maiores espessuras que são, o último em área de solo mole, encon-
em sub-trechos anteriores. trou-se a situação mais crítica de projeto. As
O solo mole neste sub-trecho foi caracteriza- alturas de aterro atingiam 8 metros e o solo
do como argila orgânica sobrejacente a uma mole apresentava-se ao longo de uma espes-
espessa camada de areia média fofa. No to- sura de 8 a 10 metros, compondo-se de argi-
tal, a camada de solo de baixa capacidade de la orgânica superficial, que reaparecia como
suporte, com resistências evoluindo de 0,5 a um bolsão a 5 metros de profundidade.
4 golpes SPT, apresentava uma espessura de Para a estabilização do aterro neste trecho,
7 a 8 metros. garantindo não só sua condição de estabili-
Neste sub-trecho foi adotada a solução de dade, mas também o controle de recalques
aterro reforçado sobre solo mole tratado com evitando adensamento em períodos longos,
drenos verticais para aceleração de recal- optou-se pela adoção de um sistema de me-
ques. lhoramento de solo através do uso de colunas
O aterro chegava a 7 metros de altura e a granulares Ringtrac.
geogrelha utilizada foi o Fortrac 900/100- As colunas Ringtrac foram instaladas em
30 na base do aterro para garantir sua malhas triangulares variando de 1,80 a 2,20
ÍNDICE estabilidade global. metros de espaçamento. O reforço sintético
49
Ringtrac 2000 PM, de alto módulo de rigidez, As obras de implantação da 2ª etapa da Av.
foi dimensionado para garantir elevada Mário Covas em São José dos Campos, com
capacidade de carga às colunas de areia. aproximadamente 6km de extensão foram re-
Sobre as colunas, como elemento de reforço alizadas ao longo de aproximadamente 1 ano.
horizontal e paltaforma de distruição de cargas, Nos seus 900 metros iniciais, importantes
foram usadas geogrelhas Fortrac 300/100-30, desafios foram vencidos com o uso de solu-
Fortrac 400/100-30 ou Fortrac 500/100-30, ções em reforço de solos com geossintéticos
de acordo com a variação na altura do aterro de alto desempenho. As soluções emprega-
ÍNDICE ao longo do sub-trecho. das mostraram-se adequadas sob todos os
50
aspectos: excelente relação benefício-cus- cidade, tendo sido, durante sua implanta-
to, boa adequação a restrições ambientais e ção, uma excelente oportunidade de utili-
de cronograma. Em julho de 2007, a 2ª eta- zação, com grande sucesso de algumas das
pa da Av. Mário Covas foi liberada ao tráfego soluções de alta tecnologia, hoje ampla-
e é uma das importantes vias de acesso à mente à disposição da geotecnia brasileira.

Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.


ÍNDICE
51
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Aterro sobre solos moles
Centro Empresarial Engenho D’ Água
Rio de Janeiro/RJ

Local: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil


Projeto executivo: VF Engenharia de Fundações
Executor: Craft Engenharia
Ano: 2007
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
52
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Aterro sobre solos moles
Centro Empresarial Engenho D’ Água
Rio de Janeiro/RJ

A localização privilegiada de uma área jun- dimento será implantado caracteriza-se


to à Av. Ayrton Senna e a Linha Amarela no basicamente pela presença de aterro de
bairro de Jacarepaguá, na cidade do Rio de argila arenosa, muito mole, com espessura
Janeiro, levou um grupo de empreendedo- média de 1,50 metros, sobreposta a uma
res a idealizar a construção do Condomínio camada de argila orgânica, de cor escura,
Centro Empresarial Engenho D’Água. com consistência muito mole (índices de
O empreendimento tem como objetivo a resistência à penetração nulos obtidos so-
construção de galpões para futuras ins- mente com o peso do equipamento) e com
talações de indústrias e centros de distri- espessura média em torno de 6 metros.
buição. O nível d’água foi detectado em média a 1
A subsuperfície do local onde o empreen- metro da superfície do terreno.

ÍNDICE
53
Dadas as características do solo local, vonas O projeto de terraplenagem do empreen-
alternativas foram avaliadas para combater dimento foi dividido em 3 fases distintas,
os problemas de aterros sobre solos moles, sendo que para a fase l ficou estabeleci-
que isoladas ou associadas a outras, resol- do que em uma área de aproximadamente
veriam o problema em questão. 65.000m2 a obra de terraplenagem deveria
O projeto foi elaborado pela empresa VF estar concluída em no máximo 6 meses.
Engenharia de Fundações, com consultoria Para que o cronograma fosse cumprido den-
da Nouh Engenharia, que avaliou as seguintes tro do tempo previsto, optou-se pela alter-
ÍNDICE alternativas: nativa de associar aterro de sobrecarga com
54
emprego da geogrelha Fortrac 300 como re- aos aspectos técnicos de cronograma de
forço associados a drenos fibro-químicos, obra e principalmente por apresentarem o
para aceleração dos recalques, para atender menor custo.

ÍNDICE
55
Nas áreas destinadas à construção das edifi- lha triangular de 2,00 x 2,00m, uma geogrelha
cações do empreendimento, de forma a evitar Fortrac 300kN/m x 300kN/m e aterro de so-
recalques diferenciais, foram utilizados dre- brecarga cuja altura máxima está em torno de
nas fibra-químicos distribuídos segundo ma- 2 metros.

ÍNDICE
56
Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.

A obra seguiu as seguintes etapas:


• Limpeza de toda área para retiradas de raízes e entulhos do local;
• Lançamento de 60cm de aterro mecânico em toda área e posterior
lançamento de 60cm de areia;
• Instalação dos Geodrenos (drenas fibra-químicos);
• Instalação de equipamentos de Monitoramento (placas de recalque,
piezômetro, etc.);
• Lançamento da primeira camada de aterro com espessura de 1 metro;
• Instalação das Geogrelhas Fortrac sobrepostas as emendas através de
conectores plásticos;
• Lançamento de aterro mecânico em camadas até atingira cota final
estabelecida em projeto.

A utilização da geogrelha Fortrac como reforço contribuiu para a solu-


ção do problema local encontrado, assim como viabilizou a implantação
do projeto, com excelente relação custo-benefício.
A execução da obra ficou a cargo da Craft Engenharia.
O fornecimento e assistência técnica para a instalação do Fortrac foi
realizada pela HUESKER através de seu representante no estado do Rio
ÍNDICE de Janeiro, a Geomaks Comércio de Geossintéticos.
57
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Anti-Avalanche
PCH Riachão - Mambaí/GO

Local: Mambaí, Goiás, Brasil


Projeto executivo: Ltec Engenharia
Executor: Vertical Green do Brasil
Ano: 2007
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
58
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Muro Anti-Avalanche
PCH Riachão - Mambaí/GO

Pela necessidade de se proteger a Casa de


Máquinas da PCH Riachão, instalada na ci-
dade de Mambaí, interior de Goiás, a Vertical
Green do Brasil apresentou uma solução de
projeto à proprietária, a Brookfield Energia,
que contemplava a construção de um maci-
ço de terra reforçada.
O conceito seria a construção de um ante-
paro capaz de absorver a energia de pedras
e detritos desprendidos da encosta vizinha
ao prédio, retendo o volume por períodos
ÍNDICE entre manutenção, eliminando, portanto, o
59
risco de danos a uma das instalações mais
relevantes do complexo.
A Vertical Green foi contratada para execu-
tar a obra em 2010 conforme projeto elabo-
rado pela Ltec Engenharia.

ÍNDICE
60
Utilizando solo local, foi executado um estabilização do maciço, geogrelhas
maciço em aterro reforçado no sistema Fortrac MPT, de PVA com deformação
Vertical Green Wall, com altura de 7,5 nominal inferior a 5%, com 80 e
metros e base de 6 metros em uma 110kN/m de resistência nominal foram
extensão de cerca de 40 metros. Para utilizadas.

ÍNDICE
61
O sistema Vertical Green Wall contempla a Para possibilitar a face nivelada, a colocação
composição do paramento frontal do muro adequada das camadas de geogrelha e
(neste caso, em ambas as faces do maciço) a compactação do aterro, gabaritos em
vegetalizada, de maneira a integrar o aspecto tela metálica são utilizados, garantindo a
visual ao ambiente de inserção da estrutura. qualidade do sistema.

ÍNDICE
62
Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.

A obra foi concluída em um prazo muito cur-


to, a uma velocidade média de execução de
40m2 de face acabada por dia. Desde então,
a casa de máquinas da PCH Riachão opera
sem riscos e a estrutura de proteção com-
põe as instalações de forma eficiente e sem
prejuízo à mobilidade e à estética do espaço.
ÍNDICE
63
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Murro Terrae
Rebaixamento da Linha Férrea de Maringá
Maringá/PR

Local: Maringá, Paraná, Brasil


Projeto executivo: Vega Engenharia
Executor: CR Almeida Engenharia de Obras
Ano: 2007
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
64
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Murro Terrae
Rebaixamento da Linha Férrea de Maringá
Maringá/PR

Como parte importante do projeto Novo Cen-


tro de revitalização do centro da cidade de
Maringá, município ao noroeste do Paraná,
a Prefeitura Municipal investiu, com apoio
financeiro federal, em um projeto de rebai-
xamento da linha ferroviária no trecho que
corta a região central da cidade. Trata-se da
segunda fase de implantação do rebaixa-
mento, com aproximadamente 6km no total,
juntando-se aos 1,6km então existentes.
A linha fora rebaixada anos antes em um
ÍNDICE trecho de 1,6km através de uma estrutura
65
de concreto simulando um falso túnel, com
Situação gabarito para até três vias férreas. A segunda
original fase, no entanto, por questão de maior ade-
da via
quação paisagística e por apresentar menor
custo de implantação, a alternativa adotada
foi o rebaixamento em valor aberto, com pre-
visão de estruturas de contenção das duas
laterais. A extensão total da segunda fase
chega a aproximadamente 3km para cada
lado do falso túnel, chamadas de segmento
leste e oeste, sendo cerca de 2km em estru-
tura de contenção e mais 1km para o trecho
de transição em cada segmento.
A implantação da obra ficou a cargo da cons-
trutora CR Almeida Engenharia de Obras, e
teve os trabalhos iniciados em 2007. Ao longo
do trecho, exceto nas extremidades onde a
linha retoma a cota original, a vala tem 9 me-
tros de profundidade em média, resultando
em contenções com até 10 metros de altura
com face 1h:10v em ambas as laterais.
ÍNDICE A opção para o sistema de contenção
66
foi o Muro Terrae em solo reforçado com
geogrelhas Fortrac e blocos segmentais de
face Terrae- W.
As geogrelhas foram especificadas pela pro-
jetista e gerenciadora da obra Vega Enge-
nharia, com base nas análises técnicas e
detalhamento das estruturas de contenção
elaboradas por sua consultora de geotecnia
Winner Consultoria de Geotecnia. A especifi-
cação técnica dos materiais restringia a de-
formabilidade máxima, o módulo de rigidez
mínimo e a suscetibilidade à fluência pela de-
finição de 4 geogrellhas distintas com resis-
tência à tração em longo prazo pré-definidas.

ÍNDICE
67
Foram fornecidas através da Viacelo, repre- de 260 a 800kN/m. A utilidade de geogrelhas
sentante HUESKER no estado do Paraná, com 4 valores de rigidez distintas possibili-
para cumprir o especificado, as geogrelhas tou a redução do custo global da obra pela
Fortrac, linha de geogrelhas da HUESKER otimização do consumo com resistências
com 12% de deformação, máxima com mó- adequadas à solicitação em cada cota de
dulo de rigidez a 5% de deformação variado posicionamento das camadas de reforço.

Os blocos, por sua vez, foram blocos Terrae-W que cruzam a linha no trecho rebaixado fo-
intertravadas com grandes dimensões a 12 ram executados viadutos. De um total de 7
Mpa de resistência à compreensão. viadutos, 5 foram executados apoiados na
ÍNDICE No contexto do projeto, para todas as ruas crista do Muro Terrae, que nestes trechos
68
foram dimensionados como estrutura por- culação na região central. Esta alternativa
tante para uma sobrecarga de 200kN/m² ainda propiciou a implantação de vias ex-
nesta região. pressas paralelas à linha, para os quais as
Esta alternativa restringiu o volume de es- estruturas de contenção fazem o arrimo.
cavação e bota-fora, permitiu a operação A obra foi executada com uma velocidade
praticamente ininterrupta da linha fér- muito elevada. A não exigência de grande
rea por parte da Concessionária do trecho frota de equipamento e a possibilidade de
(América Latina Logística – ALL) e resultou se trabalhar internamente à área de im-
em uma estrutura mais confortável, sem, plantação estrutura em todas as fases de
no entanto, fugir ao objetivo que era o de execução do muro de contenção foram de-
isolar a linha férrea da cidade, para que cisivas para a manutenção da operação da
ÍNDICE esta não mais interferisse no tráfego e cir- linha durante a obra.
69
ÍNDICE
70
Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.

Outro aspecto importante foi a possibilidade


do uso do solo local como material de aterro
para as estruturas de contenção em solo re-
forçado, o que, não só evitou bota-fora, mas
também grandes distâncias de transporte
e contribuiu para a agilidade da obra. Basi-
camente, o solo escavado à frente era utili-
zado como material de aterro para o trecho
anterior em fase de execução do muro.
Foram atingidas produtividade superiores a A solução empregada motivou a visita de
120m² de face de contenção acabada/dia. representantes de diversos municípios que
A estrutura tem um aspecto estético muito possuem linhas férreas cortando áreas ur-
interessante e valorizou muito o ambiente banas.
da região central da cidade. Os objetivos da Trata-se, sem dúvidas, de uma obra de
obra, traçada desde a sua concepção e pro- grande importância e muito valorizada atu-
ÍNDICE jeto, foram plenamente alcançados. almente no município de Maringá. 71
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Solo Reforçado / Muro de Britador
VALE - Projeto ltabirito
ltabirito e Nova Lima/MG

Local: Itabiro e Nova Lima, Minas Gerais, Brasil


Projeto executivo: Consulgeo e Minerconsult Engenharia
Executor: Marajá Engenharia Ltda e Construtora Terrayama
Ano: 2007
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
72
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Solo Reforçado / Muro de Britador
VALE - Projeto ltabirito
ltabirito e Nova Lima/MG

Em minas localizadas nos municípios de


ltabirito e Nova Lima, no estado de Minas
Gerais, as margens da rodovia BR-356 e a
70km de Belo Horizonte, a Companhia Vale
do Rio Doce (VALE) implantou três muros de
contenção de grande porte executados no
entorno de estruturas de britagem.
Os três muros foram projetados com altura
de 12 metros e 130 metros de comprimento,
com face vertical em concreto projetado.
Nos dimensionamentos do reforço do solo
ÍNDICE destes muros foram utilizadas as geogrelhas
73
Fortrac T de poliéster de alta tenacidade e Dois muros foram implantados na Mina do
baixa fluência, com revestimento protetor Pico, no município de ltabirito, tendo a finali-
polimérico, com resistência à tração dade de conter a face externa dos aterros de
nominal variando de 55kN/m a 200kN/m, aproximação à estrutura de britagem, deno-
com deformação máxima na ruptura de até minado de galinheiro e sapecado. O terceiro
10%. muro, implantado na Mina de Vargem Gran-
Para a execução dos aterros reforçados fo- de, tem a finalidade inicial de servir de apoio
ram utilizados solos lateríticos disponíveis para a estrutura da correia transportadora
no local, denominados canga de minério, de minério para a desmontagem do brita-
que, no Quadrilátero Ferrífero, constitui-se- dor existente e posteriormente, aumentar a
ÍNDICE de limonita quase pura. área de estocagem.
74
Minado Pico Mina de Vargem Grande
Os muros da Mina do Pico foram projetados Os muros de solo reforçado em Mina de Var-
para suportar elevadas sobrecargas, supe- gem Grande, no município de Nova Lima
riores a 50 toneladas, pois esta plataforma foram projetados para suportarem cargas
criada permitiu o tráfego e descarregamen- muito maiores que os da Mina do Pico, pois
to dos caminhões nos britadores. sobre a estrutura opera uma retomadora de
Esses muros foram executados simultane- minérios, que tem um peso de aproximada-
amente ao longo de um período de 3 me- mente 250 toneladas. Essas retomadoras
ses, entre os períodos de outubro de 2007 de minérios têm a finalidade principal de
e janeiro de 2008, pela construtora Marajá empilhar e homogeneizar o minério de ferro.
Engenharia Ltda. Esta obra foi executada em duas etapas
pela Construtora Terrayama. A primeira eta-
pa consistia na execução de dois muros no
formato de “L” em volta de um silo de penei-
ramento para apoiar a correia transporta-
dora e dar condições de desmontagem des-
ta estrutura. Essa etapa foi executada entre
os meses de outubro de 2007 e fevereiro de
2008.
Após a desmontagem da estrutura do silo
foi executado o fechamento do vão entre as
ÍNDICE duas faces, o que possibilitou a passapassa-
75
gem da retomadora de minério sobre o muro borda do muro. Essa segunda etapa foi exe-
em solo reforçado com geogrelha Fortrac T, cutada entre os meses de outubro e novem-
operando à aproximadamente 2 metros da bro de 2008.

ÍNDICE
76
Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH

Ambos os muros de contenção foram proje-


tados pela Consulgeo, sob a coordenação da
Minerconsult Engenharia. O fornecimento e
assistência técnica das geogrelhas Fortrac
T foram realizadas pela HUESKER através
de seu representante no estado de Minas
Gerais, a Bimig Comércio e Representação
Ltda.

Referências bibliográficas
• CONSULGEO (2007). Relatório Técnico no
2, Belo Horizonte, MG, 50p.
• HUESKER (2007). Relatório de Visita Técni-
ca, São José dos Campos, SP.
• SILVA, A. E, et al. (2008). Muros de Conten-
ção em Solo Reforçado em Estruturas de
Britagem em Mineradoras -Caso de Obras.
ln: 120 CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOE-
LOGIA DE ENGENHARIA E AMBIENTAL, Porto
ÍNDICE de Galinhas, 2008.
77
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC® E HATE®
Porto/Aterro sobre solos moles
Terminal portuário Embraport
Santos/SP

Local: Santos, São Paulo, Brasil


Projeto executivo: Mecasolo Engenharia e Consultoria
Executor: Ster Engenharia e Construtora
Norberto Odebrecht
Ano: 2007
Produto: Fortrac® HaTe®
ÍNDICE
78
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC® E HATE®
Porto / Aterro sobre solos moles
Terminal portuário Embraport
Santos/SP

Maquete
do terminal
Embraport

O Terminal Embraport, localizado na margem


esquerda do Porto de Santos, na ilha Bar-
nabé, representa um dos maiores terminais
portuários privados do país. Em sua primeira
fase de implantação, já em operação desde
Vista aérea do
julho de 2013, o terminal conta com 650 me-
ÍNDICE terreno original tros de cais e pouco mais de 200mil m2 de
79
retroárea, grande parte desta destinada à Perfil Geotécnico da Área
movimentação de contêineres, com capaci- O terreno da área de implantação do Ter-
dade para até 1,2 milhão de TEUs. minal Embraport apresenta características
A implantação do empreendimento foi inicia- geotécnicas típicas dos conhecidos solos
da em 2007 com a construção de um ater- moles da baixada santista, contemplando
ro piloto de 20.000m2 para estudo do solo e até 40 metros de espessura de argila de ele-
balizamento do projeto geotécnico. vada compressibilidade e de baixa resistên-
Dois dos grandes desafios à concretização cia, com resistência não-drenada de projeto
do projeto eram as condições geotécnicas inferior a 25kPa a 20m de profundidade. A
adversas da faixa litorânea da baixada san- figura 1 apresenta um perfil típico descrito
tista e a necessidade de se trabalhar em por sondagem SPT.
grande área alagada, com até 5 metros de
lâmina d’água na faixa de terraplenagem Aterro Piloto (2007-2008)
durante a obra. Com o objetivo de observar o desempenho
Em 2009, após análise dos resultados de do aterro projetado mediante as condicio-
monitoramento do aterro piloto e reavalia- nantes geotécnicas locais e permitir uma
ção do projeto geotécnico, foi elaborado o eventual reavaliação do projeto geotécnico,
projeto executivo e dado início à implanta- um trecho do aterro foi executado previa-
ção da primeira fase do projeto. A constru- mente ao início das obras da primeira fase
ÍNDICE ção foi concluída em 2013. de implantação do terminal.
80
Foi executado um aterro de aproximada-
mente 20.000m2 (10.000m2 de plataforma).
ao longo de 200m no alinhamento da borda
externa da retroárea projetada, até a cota
final de terraplenagem do projeto geométri-
co (cota + 3 metros).

Figura 1 - Perfil
geotécnico
típico da área de
implantação da
Embraport
(extraído de Terminal
Embraport - Relatório
de Projeto do Aterro
Piloto, tomo 1,
Foto aérea do Mecasolo Engenharia e
ÍNDICE aterro piloto Consultoria, abril 2007)
81
Essa área foi composta por três segmentos, Em toda a área, o aterro foi reforçado na
cada um com uma configuração de drenas base com uma geogrelha especial desen-
verticais para aceleração de recalques, con- volvida e fabricada pela HUESKER, denomi-
forme ilustrado na figura 2. nada Gigagrid® 800/100-300 820.
Trata-se de uma geogrelha de poliéster, sem
revestimento, de 800kN/m de resistência
nominal na direção longitudinal e malha de
grande abertura de 30 x 30cm.
A concepção da geogrelha partiu da neces-
sidade de se facilitar ao máximo sua insta-
lação sob água, assim como de possibilitar
a cravação dos drenas verticais que seria
executada posteriormente à instalação da
geogrelha.
A estrutura do Gigagrid® permitia a união em
terra de diversos painéis, que poderiam ser
Figura 2 - Desenho
esquemático transladados em grandes dimensões e com
do aterro piloto certa facilidade, puxados por embarcações
executado
(extraído de Terminal rebocadoras, até o local de posicionamen-
Embraport - Relatório
de Projeto do Aterro
to. O padrão de abertura de malha, por sua
Piloto, tomo 1, vez, permitia a adequação da malha proje-
Mecasolo Engenharia e
ÍNDICE Consultoria, abril 2007) tada de geodrenos para que fossem crava-
82
dos sem atingir os membros resistentes da to adotado pela Ster Engenharia, contratada
geogrelha. para a execução do aterro piloto, para a ins-
A sequência de fotos ilustra o procedimen- talação submersa do Gigagrid.

ÍNDICE
83
A instrumentação do aterro piloto, planejado Implantação da Primeira Fase (2009-2013)
pela Mecasolo Engenharia e Consultoria, A obra de implantação do Terminal Embra-
empresa de consultoria e projeto geotécnico, port foi iniciada no segundo semestre do ano
contemplou a instalação de piezômetros, de 2009. A obra ficou a cargo da Construtora
inclinômetros, perfilômetros, placas de Norberto Odebrecht.
recalque e células de carga no Gigagrid® Entre diversas empresas subcontratadas en-
(figura 3). volvidas no planejamento, projeto e construção,
Como principal conclusão do trabalho prévio, destaca-se a participação do escritório de con-
como as três áreas do aterro piloto não de- sultoria geotécnica A. H. Teixeira, responsável
monstraram diferenças substanciais quanto pelo projeto geotécnico (figura 4), que incluía o
à magnitude dos recalques ocorridos, deci- acompanhamento da investigação geotécnica,
diu-se pela exclusão dos drenas verticais do definição da solução de estabilização dos ater-
projeto executivo final. ros e acompanhamento de seu desempenho.

Figura 3 - Desenho
esquemático
da seção-tipo
do aterro piloto
projetado
(extraído de Terminal
Embraport - Relatório
de Projeto do Aterro
Piloto, tomo 1,
Mecasolo Engenharia
e Consultoria,
ÍNDICE abril 2007)
84
Figura 4 - Seção típica dos aterros estabilizados com geogrelha
(extraído de Projeto Executivo TERMINAL PORTUÁRIO EMBRAPORT / Projeto de Terraplanagem / Seções, desenho DE-B-0000-MSF-002 rev. E, abril 2010)

A solução de estabilização dos aterros consti- ções: estabilização e reforço construtivo dos
tuiu-se essencialmente do reforço de base com aterros de conquista da área e fechamento e
geogrelhas e bermas na periferia dos aterros, contenção das bordas do aterro, executado hi-
em uma área total superior a 600.000m2• draulicamente até a cota de nível d’água.
Geogrelhas de diversas resistências foram es- Os geotêxteis e as geogrelhas utilizadas na
pecificadas, com valores de até 600kN/m de obra foram integralmente fornecidos pela
resistência nominal. HUESKER. No total, 650.000m2 de geotêxteis
Geotêxteis tecidos de polipropileno também HaTe® e mais de 1.000.000m2 de geogrelha
ÍNDICE foram previstos para cumprirem duas fun- Fortrac® foram consumidos na obra.
85
Geotêxteis tecidos HaTe® como reforço Geogrelhas Fortrac® Geotêxteis tecidos HaTe® como elemento
construtivo de aterro de conquista instaladas em condição seca de contenção de borda de aterro

A utilização do HaTe® como reforço constru- fotos ilustra esta fase da obra e a utilização
tivo do aterro de conquista de toda a área do HaTe® como reforço construtivo.
construída permitiu grande agilidade às As geogrelhas Fortrac foram fornecidas pela
obras de terraplenagem. HUESKER conforme modulação previamen-
O controle dos volumes de solo de aterro foi te definida, de maneira a evitar trabalhos de
plenamente controlado e houve grande ga- corte de painéis na obra e desperdícios de
nho na mobilidade dos equipamentos envol- material. A figura 5 ilustra a modulação pla-
ÍNDICE vidos nos serviços iniciais. A sequência de nejada para o projeto.
86
Figura 5a - Desenho ilustrativo da distribuição
das geogrelhas Fortrac® nas áreas 2 e 3 Figura 5b - Desenho ilustrativo da
(extraído de projeto executivo TERMINAL PORTUÁRIO modulação das geogrelhas Fortrac®
EMBRAPORT / Mapeamento Geogrelhas/planta, (extraído de EMBRAPORT / Modulação Fortrac
ÍNDICE desenho DE-B-0000-MSF-003, rev. B, abril 2010) 600/50-30T, HUESKER, desenho 2, outubro 2011)
87
Uma etapa de grande desafio da obra ao local de posicionamento sob o aterro,
foi a instalação da geogrelha nas áreas à medida que este ia avançando.
alagadas. Esse trabalho foi executado Rebocadores transportavam os painéis
pela empresa de serviços subaquáticos até o local e mergulhadores procediam
Tec-Sub. com a sua submersão e posicionamento.
Para a execução deste serviço, os painéis O procedimento adotado está ilustrado
de geogrelha eram emendados próximo na sequência de fotos a seguir.

Rolos de Confecção dos


Fortrac® mega-painéis
posicionados de Fortrac®
para confecção
prévia dos
mega-painéis

Confecção dos Transporte dos


mega-painéis mega-painéis
de Fortrac® na de Fortrac® e
água posicionamento

ÍNDICE
88
A implantação do Terminal Embraport em deste importante empreendimento e de sa-
Santos é um caso emblemático e de grande ber que suas soluções para reforço de solos
sucesso da engenharia geotécnica brasileira. foram fatores de grande relevância para per-
A HUESKER tem orgulho de ter participado mitir o êxito alcançado.

Vista aérea do Terminal Embraport

Fortrac®, HaTe® e GigaGrid® são marcas registradas da HUESKER Synthetics GmbH


ÍNDICE
89
ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

HATE®
Reforço Construtivo
Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato
Caraguatatuba/SP

Local: Caraguatatuba, São Paulo, Brasil


Projeto executivo: AH Teixeira Consultoria e Projetos
Executor: Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e IESA
Ano: 2007
Produto: HaTe®

ÍNDICE
90
ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

HATE®
Reforço Construtivo
Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato
Caraguatatuba/SP

Para implantação da Unidade de Tratamento


de Gás Monteiro Lobato, em Caraguatatuba,
litoral norte de São Paulo, a Petrobrás se-
lecionou uma grande área de aproximada-
mente 1 milhão de km2, antes pertencente à
Fazenda Serramar, numa região de baixada
no pé da Serra do Mar, área de alagamento e
vegetação rasteira, cujo terreno se caracte-
riza superficialmente por camadas de solo
de baixa capacidade de suporte e elevado
índice de umidade.
A unidade, com capacidade projetada de
ÍNDICE tratamento de 15 milhões de m3 de gás por
91
dia, irá receber gás produzido na reserva do
Mexilhão através de dutos submarinos, pro-
cessá-lo e direcioná-lo para a unidade de
Taubaté através de gasodutos subterrâneos.
O Consórcio Caraguatatuba formado pelas
empresas Queiroz Galvão, Camargo Corrêa
e IESA começou as obras de terraplenagem
no final de 2007.
Devido às características do solo local, cujo
terreno apresentava baixa capacidade de su-
porte e água aflorante, o consórcio constru-
tor optou pelo uso de um tecido para reforço O uso do HaTe, não só garante capacidade
construtivo do aterro de conquista da área. de suporte para equipamentos pesados du-
O material utilizado foi o HaTe 50/50 que rante o início dos trabalhos de terraplena-
cumpria com as especificações definidas gem, mas também a separação e filtração,
pelo projeto da AH Teixeira Consultoria e preservando o material de aterro lançado,
Projetos. evitando a contaminação com o solo mole
O HaTe 50/50, fabricado pela HUESKER e for- que compõe o terreno e o carreamento de
necido na obra através de sua representante material de aterro por ação da água no local.
comercial Fixsolo, é um geotêxtil tecido de la- De maneira geral, com a adoção desta al-
minetes de polipropileno de alto módulo de ri- ternativa, o processo construtivo tornou-se
ÍNDICE gidez inicial, ideal para este tipo de aplicação. muito simples e ágil.
92
O HaTe era lançado diretamente sobre o terreno, de for-
ma manual. A emenda era executada no próprio local por
costura feita com equipamentos portáteis. Em seguida,
a primeira camada de aterro era lançada como ponta de
aterro e compactada, possibilitando assim, de forma rá-
pida e eficiente, a conquista da área de trabalho.
Neste contexto o HaTe se encarregava de permitir o tráfe-
go dos equipamentos nesta fase inicial, sem rupturas ou
afundamentos do aterro de conquista.
Esse processo foi utilizado em toda a área de implantação
industrial da unidade, que se encontra ainda em obras.
O ótimo resultado obtido com a utilização do HaTe logo
na primeira etapa da obra, certamente colaborou com a
logística de execução, com o cronograma de implantação
e para o sucesso do empreendimento.

HaTe® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH


ÍNDICE
93
ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

HATELIT® C
Aeroporto/ Restauração de Pavimento
Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP

Local: Santos, Sao Paulo, Brasil


Projeto executivo: Eng. Carlos Eduardo de F. Klüppel
Executor: Consórcio OAS / Camargo Correa / Galvão Engenharia
Ano: 2007
Produto: HaTelit®

ÍNDICE
94
ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

HATELIT® C
Aeroporto/ Restauração de Pavimento
Aeroporto de Congonhas - São Paulo/SP

O Aeroporto de Congonhas foi inaugurado em 1936, na


região central de São Paulo/SP, sendo hoje o segundo ae-
roporto com maior movimentação de aeronaves do Brasil.
O pavimento existente consistia de placas de 3,50 x 7,0m
de Concreto de Cimento Portland (CCP), com 25cm de es-
pessura e barras de transferência de cargas nas juntas,
recapeado com Concreto Asfáltico (CA) com espessura
de 8cm. Em 2008, todas as juntas do pavimento rígido
apresentavam-se refletidas na camada asfáltica super-
ficial do pavimento. Apesar de se poder considerar esta
uma consequência natural das movimentações horizon-
tais e de empenamento de caráter térmico das placas de
ÍNDICE concreto, o problema precisava ser reparado.
95
No mesmo ano, a pista auxiliar com 1435 me-
tros foi, então, reabilitada pelo consórcio OAS/
Camargo Corrêa/Galvão. Nesta nova interven-
ção, para inibir a propagação das trincas exis-
tentes para a nova camada asfáltica foi utili-
zada a geogrelha HeTelit C.
HaTelit C é uma geogrelha flexível de alto mó-
dulo e possui revestimento betuminoso de
elevada aderência, sendo, por isso, o material
ideal para este tipo aplicação.
Por ser um material de elevada ductilidade,
HaTelit C não rompe nem se torna quebradiço
quando submetido à fadiga (cargas cíclicas
de abertura e fechamento das paredes das
trincas). Devido à perda de geometria longitudinal
No início dos trabalhos de restauração do pa- e transversal, foi necessária a execução de
vimento foi utilizado o “Crack Activity Meter” uma fresagem de parte da camada asfáltica
para medir as movimentações horizontais e existente, para o nivelamento da pista. Após
verticais das juntas do pavimento rígido, o qual a fresagem foi feita uma selagem das trin-
indicou uma baixa movimentação entre as jun- cas com abertura maior que 3mm.
tas, denotando que a estrutura do pavimento Essas juntas foram seladas com uma massa
ÍNDICE apresentava-se em condição adequada. asfáltica fina.
96
HaTelit® C é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH

Após a fresagem de regularização da superfí- recapeamento de 8cm.


cie e selagem das juntas foi feita uma pintura Os resultados obtidos mostram o excelente
de ligação e, então, o HaTelit C foi instalado. desempenho da geogrelha HaTelit C como sis-
Sobre o HaTelit C foi aplicada uma camada de tema antirreflexão de trincas. O HaTelit C blo-
binder com 3cm de espessura e uma camada queou a propagação das trincas provenientes
de concreto asfáltico (CBUQ) com 5cm de es- das camadas subjacentes que não podem ser
pessura, perfazendo uma espessura total de observadas na superfície do pavimento atual.

ÍNDICE
97
ENGENHARIA AMBIENTAL

SOILTAIN® DW
Dessecagem de Lodo
ETE Uberabinha/DMAE – Uberlândia/MG

Local: Uberlândia, Minas Gerais, Brasil


Projeto executivo: DMAE Uberlândia
Executor: DMAE Uberlândia
Ano: 2007
Produto: SoilTain® DW

ÍNDICE
98
ENGENHARIA AMBIENTAL

SOILTAIN® DW
Dessecagem de Lodo
ETE Uberabinha/DMAE – Uberlândia/MG

Para solucionar um problema momentâneo promovida de forma acelerada, possibilitando


de sobrecarga no sistema de tratamento de o descarte do material consolidando em
esgoto da Estação de Tratamento de Esgoto aterro sanitário e o alívio do sistema de
Uberabinha, o Departamento Municipal de tratamento da ETE Uberabinha.
Água e Esgoto de Uberlândia adquiriu junto O processo de dessecagem através do sis-
à HUESKER duas unidades do SoilTan DW. tema SoilTain DW apresenta grande pro-
Em função desta sobrecarga de lodo no dutividade e alta eficiência. A retenção do
sistema, o excedente era reinjetado do material sólido e a filtração da parte líquida
início do processo. Com a utilização do através do tecido que compõe os tubos, não
sistema SoilTain DW de consolidação de só resulta em um material confinado com
lodo, o material excedente captado no menores taxas de umidade, como também
canal de flotação era injetado nos tubos de a água escoada apresenta-se com baixos
ÍNDICE grandes dimensões e tinha sua dessecagem níveis de contaminação (DQO/DBO).
99
Os módulos de SoilTain DW com perímetro de 20 resistência mecânica e capacidade de reten-
e 60 metros de comprimento cada um, foram ção e permeabilidade, de forma a se adequar
instalados sobre tapete drenante de brita para ás condições de enchimento e características
rápido escoamento do líquido efluente. O tapete do lado a ser tratado. Um cordão de referência
drenante, por sua vez, foi lançado sobre superfí- foi instalado sobre os módulos para indicar a
cie impermeabilizando com geomembrana. altura máxima permitida para cada módulo
O SoilTain DW foi dimensionado em termos de durante o enchimento. Ao atingir a altura re-

ÍNDICE
100
SoilTain® DW é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH

confinado apresentava teores de sólidos che-


gando a 25% (o teor de sólidos inicial médio
do lado tratado era de 4%, ver gráfico), valor
suficiente para garantir total condição opera-
cional de coleta e transporte mecânico do ma-
terial para disposição em aterros sanitários.
O sistema demostrou-se eficiente não só pe-
los resultados obtidos na consolidação, mas
por todos os fatores monitorados: a turbidez
do efluente ao final do processo apresentava-
ferenciada, cada módulo era deixado em pe- -se abaixo de 10NTU. A Eficiência de Filtração
ríodo de consolidação, sem enchimento, em variou sempre entre 99 e 100% e a Eficiência
um processo alternado, de forma a otimizar o de Dessecagem também apresentou sempre
prazo de operação. elevada, nunca menor que 350%.
Ao final do processo de dessecagem do lado, Por todos estes fatores, o SoilTain DW utili-
floculado na entrada dos módulos o material zado pelo DMAE de Uberlândia apresentou
desempenho bastante eficaz e mostrou-se
um sistema viável e de alta produtividade na
consolidação do lodo de esgoto doméstico,
desempenhando importante papel na nor-
malização do sistema de tratamento do es-
ÍNDICE goto na ETE Uberabinha.
101
ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

FORNIT®
Reforço de Base de Piso Industrial
Centro de Distribuição Translovato - São José dos Pinhais/PR

Local: São José dos Pinhais, Paraná, Brasil


Projeto executivo: Centro de Distribuição Translovato - São José dos Pinhais/PR
Executor: Diase Construções
Ano: 2008
Produto: Fornit®

ÍNDICE
102
ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

FORNIT®
Reforço de Base de Piso Industrial
Centro de Distribuição Translovato - São José dos Pinhais/PR

No início do ano de 2008, a Transportadora pavimento de acesso externo de caminhões


Translovato, uma das grandes empresas de às docas.
logística rodoviária do país, com mais de 30
anos de atividades e diversas bases opera-
cionais em diferentes estados, investiu em
um novo centro de distribuição na cidade de
São José dos Pinhais/PR, região metropoli-
tana de Curitiba. A área escolhida apresen-
tava algumas dificuldades de implantação
pela característica do terreno, sendo que um
reforço de solos foi a solução adotada para
se atingir a capacidade de carga necessária
ÍNDICE para implantação do piso do galpão e para o
103
to em concreto asfáltico foi dimensionado
para cargas de caminhões trucados e carre-
tas carregadas com carga por eixo de 8,2t.
O Fornit J400, geogrelha bidirecional de fi-
lamentos de polipropileno de alto módulo
Essa alternativa técnica foi detalhada pela inicial, com 400kN/m de módulo de rigidez,
empresa de projeto geotécnico do empre- foi desenvolvido pela HUESKER, especifica-
endimento Consenge Engenharia e Consul- mente para este tipo de aplicação. O forne-
toria. Foi especificada a geogrelha Fornit cimento do material na obra foi feito através
J400 em ambos os casos, para reforço da do representante HUESKER no estado do
base do piso industrial e do pavimento. O di- Paraná, Viacelo Representações Comerciais.
mensionamento do piso foi feito para uma A obra foi executada pela empresa Diase
carga operacional de 5t/m2 . O pavimen- Construções.

ÍNDICE
104
A solução adotada, por sua simplicidade e facilidade
construtiva, possibilitou a execução da obra em prazo
bastante curto, o que era uma das exigências do em-
preendedor.
O resultado foi muito positivo. O centro de distribui-
ções da Transportadora Translovato, com capacidade
de movimentação de 2.500 toneladas de carga/dia,
está em plena operação desde o início do ano de 2009
e, tanto o piso quanto o pavimento encontram-se em
perfeita condição de trabalho, sem a necessidade de
nenhuma intervenção até o momento.

Fornit® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH


ÍNDICE
105
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Aterro estaqueado
Readequação do Trevo de Jacareí
Via Dutra km 157 - Jacareí/SP

Local: Jacareí, São Paulo, Brasil


Projeto executivo: Canhedo & Beppu Engenheiros Associados e Vecttor Engenharia
Executor: Ellenco Construções
Ano: 2008
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
106
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Aterro estaqueado
Readequação do Trevo de Jacareí
Via Dutra km 157 - Jacareí/SP

O programa brasileiro de concessões de PIB brasileiro. Principal rodovia do país, foi


rodovias teve início no Brasil na década de construída há mais de 50 anos com apenas
1990, como alternativa para os escassos fi- uma pista e duas faixas de rolamento. Seu
nanciamentos para a manutenção e expan- traçado antigo mostrava as marcas do tem-
são da malha rodoviária nacional. po mesmo depois dos trabalhos de duplica-
Um dos maiores desafios do programa bra- ção executados pelo poder público em 1968.
sileiro de concessões é a rodovia Presiden- Para recuperar, operar e administrar a ro-
te Dutra que liga, nos seus 402km, as duas dovia foi estabelecido um cronograma de
regiões metropolitanas mais importantes obras e serviços.
do país: Rio de Janeiro e São Paulo. Atraves- Pavimentação, dispositivos de drenagem,
sa os centros industriais dos dois estados, sinalização e cercas nas faixas de domínio,
abrangendo uma região altamente desen- pontes, viadutos e passarelas foram refor-
ÍNDICE volvida, que responde por cerca de 50% do mados. Novas vias marginais foram abertas,
107
barreiras rígidas de concreto no canteiro cen- Engenharia.
tral e nova sinalização foram implantadas. O novo traçado do ramo 100 resultou na ne-
Dentro deste cronograma de melhorias, a cessidade de execução de um aterro a meia
concessionária Nova Dutra, do Sistema CCR, encosta com altura variável de 4 a 7 metros,
realizou em 2008 a readequação do trevo do sobre uma camada de solo mole com es-
Km 157, acesso à cidade de Jacareí, no Vale pessura que variava de 6 a 8 metros.
do Paraíba. Havia ainda como fatores limitantes para a
O projeto foi elaborado pela empresa implantação do aterro a existência de um
Canhedo & Beppu Engenheiros Associados, córrego à jusante e a proximidade do limite
ÍNDICE com consultoria geotécnica da Vecttor da faixa de domínio.
108
Foram estudadas três alternativas para a
construção do aterro:
• Drenos verticais para aceleração dos re-
calques e bermas de equilíbrio, o que não
se mostrou viável pois, para a estabiliza-
ção do aterro, as mesmas teriam dimen-
sões que invadiriam a faixa de preservação
do córrego existente; Foi executada uma malha quadrada de 2,0 x
2,0m de estacas pré-moldadas com, diâ-
• Utilização de geogrelhas como reforço na metro de 33cm e 42cm, comprimento mé-
base do aterro, que ficou inviabilizada uma dio de 17m e capacidade de carga variando
vez que, para garantir o comprimento de de 40-48ton.
ancoragem da geogrelha seria necessário Sobre as estacas foram assentados capi-
a execução de uma escavação próximo a téis com dimensões de 1,10 x 1,10 na base,
um aterro existente que avançaria além da altura de 0,30m com chanfros nas bordas,
faixa de domínio da rodovia; para evitar cantos vivos, resultando em uma
• A terceira alternativa estudada e implanta- dimensão de 0,80 x 0,80m no topo.
da foi a construção de um aterro estaque- Com a finalidade de distribuir as tensões
ÍNDICE ado, com capitéis e geogrelhas Fortrac. verticais para as estacas e suportar a carga do
109
aterro nas regiões não cobertas por capitéis,
em substituição à solução tradicional com
laje de concreto armado, foram utilizadas
geogrelhas Fortrac de 400/100, 300/100
e 200/100, fabricadas pela HUESKER, com
resistência nominal à tração de 400kN/m,
300kN/m e 200kN/m, respectivamente, na
sua direção principal e de 100kN/m na direção
transversal.
Fortrac possui um alto módulo de rigidez e
baixa suscetibilidade à fluência, caracterís-
ticas fundamentais que devem ser apresen-
tadas pelo elemento de reforço neste tipo
de obra, pois os níveis de deformação per-
mitidos são muito baixos.
A instalação das geogrelhas ocorreu sem
qualquer tipo de dificuldade ou imprevisto e
foi sendo feita à medida que as áreas eram
liberadas, após a cravação das estacas e
colocação dos capitéis.
ÍNDICE A adoção da moderna solução de aterro es-
110
taqueado com geogrelhas foi decisivo no que em junho de 2008.
se refere ao tempo de execução e qualidade O fornecimento e assistência técnica para a
da obra. instalação do Fortrac foram realizados pela
A execução da obra esteve a cargo da em- HUESKER através de seu representante no
presa Ellenco Construções e foi concluída estado do São Paulo, a Fixsolo.

Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.


ÍNDICE
111
ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Contenção e Canalização de Córrego
Muro de contenção com o sistema Terrae
Contagem/MG

Local: Contagem, Minas Gerais, Brasil


Projeto executivo: Brugger Engenharia Ltda
Executor: Construtora Terrayama
Ano: 2008
Produto: Fortrac®

ÍNDICE
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ENGENHARIA GEOTÉCNICA

FORTRAC®
Contenção e Canalização de Córrego
Muro de contenção com o sistema Terrae
Contagem/MG

Em cidades de grande densidade demográ- tindo, além da proteção das margens, o alar-
fica, a ocupação das áreas próximas a cór- gamento da plataforma sobre a contenção e
regos vem sendo cada vez mais intensa. Foi o acesso viário para implantação da Avenida
o que aconteceu com o córrego da Avenida Gandhy.
Gandhy, que teve seu leito estrangulado pela Diversas alternativas foram levantadas e a
necessidade de implantação de vias laterais opção selecionada foi a execução do Muro
para dar acesso às residências já construídas Terrae com face praticamente vertical (1 :20)
seu entorno. e altura variando de 1 a 3 metros.
A solução adotada foi à execução de duas No dimensionamento do Muro Terrae consi-
contenções laterais formando um canal cen- derou-se o bloco W e sobrecarga no aterro de
tral com o sistema Terrae ao longo de um 10kPa. A execução da contenção se deu em
ÍNDICE trecho de 1200 metros de extensão, garan- terrenos alagados e com baixa capacidade de
113
suporte, por isso foi necessário a execução de um
reforço de fundação do muro com rachão envolto
por um geotêxtil tecido e nãotecido (ver seção).
Um importante desafio a ser vencido foi a restri-
ção no comprimento de ancoragem da geogrelha,
pois o espaço de escavação era bastante reduzido.
Além disso, a compactação do solo de aterro foi
realizada com equipamentos mais leves (CM20)
e em seguida feita a compactação com “sapo”
(CP70).
O método de Ehrlich e Mitchel foi adotado para
o dimensionamento interno da estrutura. Foram
utilizadas geogrelhas Fortrac T, com módulo de ri-
gidez nominal de 350kN/m, para uma deformação
ÍNDICE de trabalho de 10%.
114
A obra foi projetada pela Brugger Engenharia Ltda. e executada pela
Construtora Terrayama.
O fornecimento e assistência técnica do sistema Terrae foi realizado
pela HUESKER através de seu representante no estado de Minas Ge-
rais, a Bimig Comércio e Representação.

Fortrac® é marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH & Co.


ÍNDICE
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ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

FORTRAC® E FORNIT®
Reforço de Base de Pavimento
Via 09 - Canal do Arroio Fundo - Trecho 2
Rio de Janeiro/RJ

Local: Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil


Projeto executivo: CCY e ABS
Executor: Construtora Metropolitana
Ano: 2008
Produto: Fortrac® Fornit®

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ENGENHARIA DE PAVIMENTAÇÃO

FORTRAC® E FORNIT®
Reforço de Base de Pavimento
Via 09 - Canal do Arroio Fundo - Trecho 2
Rio de Janeiro/RJ

Com a implantação dos complexos educa-


cionais do SESC e SENAC em uma área na
Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, próxima
ao canal do Arroio Fundo, foi necessária a
implantação de toda a infraestrutura para
a urbanização da Via 09, que é o principal
acesso à Av. Ayrton Senna, altura do número
5677.
O perfil geológico do local apresentava uma
espessa camada de solo mole da ordem de
17 metros e um aterro antigo existente com
espessura variável, que passaram a ser con-
ÍNDICE dicionantes importantes para a elaboração do
117
projeto e execução da obra. Para a execução do talude reforçado pro-
Para a implantação da Via 9, paralela ao cedeu-se a uma pequena remoção da argi-
canal do Arroio Fundo, fazia-se necessário la mole e recomposição em solo compac-
a recomposição do talude do canal. tado, a 100% do Proctor Normal, reforçado
O projeto foi desenvolvido pela CCY, com com 3 camadas de geogrelhas Fortrac
consultoria da ABS, que adotou como de 85kN/m na longitudinal e 35kN/m na
solução para a estabilização do talude transversal, espaçadas a cada 0,60m, for-
uma inclinação de 2H:1V, reforçado com mando assim uma estrutura em solo re-
geogrelha Fortrac. forçado com altura de 1,80m.

ÍNDICE
118
Como o aterro existente sobre o qual seria A utilização do Fornit J 400, instalado como
implantado o pavimento projetado apresen- reforço do subleito, possibilitou a implanta-
tava uma baixa capacidade de suporte (CBR≤ ção da estrutura do pavimento dentro da es-
5) se fazia necessário reforçar o subleito. pessura disponível.
Outro fator limitante para o projeto foi a ca-
racterística topográfica do local. Como tra- A sequência construtiva obedeceu às se-
ta-se de uma área bastante plana e com guintes etapas:
edificações já implantadas, o espaço para • Limpeza do terrenos;
ÍNDICE implantação do pavimento ficou limitado. • Remoção de 0,60m de solo mole local;
119
• Lançamento de uma camada de 0,60m de • Execução de 0,15m de BGTC com 100%
areia grossa; Proctor Normal CBR > 20;
• Aplicação de uma camada de separação • Execução de 0,18m de BGS com 100%
de geotêxtil; Proctor Normal e CBR > 80;
• Lançamento de 0,60m de aterro mecânico; • Execução do revestimento em CBUQ com
• Instalação da primeira camada de Fortrac espessura de 0,08m.
85kN/m transversal ao eixo da pista;
• Lançamento da nova camada de aterro A obra foi contratada pela Escola SESC de
com espessura de 60cm; Ensino Médio e executada pela Construtora
• Instalação da segunda camada de Fortrac Metropolitana, no período de junho de 2008
85kN/m; a dezembro de 2009.
• Lançamento da segunda camada de ater- O fornecimento e assistência técnica
ro com espessura de 60cm; para a instalação das geogrelhas Fortrac
• Instalação da terceira camada de Fortrac e Fornit foram realizados pela HUESKER
85kN/m; através de seu representante no estado
• Lançamento de 0,30m de argila com CBR > 7; do Rio de Janeiro, a Geomaks Comércio de
• Instalação da geogrelha Fornit J 400; Geossintéticos.

Fortrac® e Fornif® são marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH


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ENGENHARIA HIDRÁULICA

INCOMAT®
Revestimento de Canal
Canal de Irrigação do Jaíba/MG

Local: Jaíba, Minas Gerais, Brasil


Projeto executivo: CODEVASF - Companhia de
Desenvolvimento do Vale do Rio São Francisco
Executor: Colive - Construtora Oliveira e Segala
Construtora e Serviços
Ano: 2008
Produto: Incomat Standard®

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121
ENGENHARIA HIDRÁULICA

INCOMAT®
Revestimento de Canal
Canal de Irrigação do Jaíba/MG
Localizada na região denominada Mata da
Jaíba, entre os rios São Francisco e Verde
Grande, no Norte de Minas Gerais, o Pro-
jeto Jaíba, implantado na década de 70, é
constituído de um canal de irrigação reves-
tido totalmente em concreto, com 248km
de extensão, que atende aproximadamente
55.000 ha.
Após vários anos de operação desse canal,
alguns pontos apresentaram problemas de
vazamentos devido ao trincamento das pla-
cas de concreto. O canal tem seção trape-
zoidal, com 7 metros de largura de fundo,
8,5 metros de altura, perímetro de 31 me-
ÍNDICE tros e lâmina d’água de 7 metros.
122
Figura 1 -
Aspecto interno
da geoforma
Incomat
Standard

Diversas alternativas foram levantadas para fabricação do Incomat tem 45kN/m de re-
solucionar os problemas que atingiam apro- sistência à tração no sentido longitudinal e
ximadamente 65 metros de extensão. A op- 25kN/m no sentido transversal.
ção adotada foi a vedação das trincas com Na fase construtiva, atenção especial foi
material à base de epóxi e a utilização do dada à instalação do Incomat: foram con-
Incomat Standard com 10cm de espessu- feccionados painéis com o comprimento de
ra, revestindo toda a área afetada. Todo este 31 metros, suficiente para revestir, de uma
trabalho foi realizado por mergulhadores, só vez, todo o seu comprimento.
pois não seria possível esvaziar o canal para Estas seções, de 5 x 31 metros, eram as-
fazer os reparos. A obra foi executada com o sentadas primeiro no fundo do canal e pos-
canal em operação. teriormente nos dois taludes, por mergulha-
O Incomat Standard é uma forma têxtil para dores, de forma a revestir toda a superfície
concretagem, constituindo-se de uma dupla do canal. Após este procedimento, o mesmo
camada de tecidos sintéticos conectados era ancorado para receber o preenchimento
por espaçadores (figura 1) que determinam de argamassa de cimento portland.
a espessura do colchão de concreto após O preenchimento foi feito através de bom-
ÍNDICE seu preenchimento. O geotêxtil utilizado na beamento, iniciando-se pelo fundo do canal
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Incomat® é a marca registrada de HUESKER Synthetic GmbH

Figura 2 -
Canal na
condição inicial

e posteriormente estendendo-se aos taludes.


A obra foi projetada pela CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento
do Vale do Rio São Francisco e executada pela Colive – Construtora Oli-
veira e Segala Construtora e Serviços.
O fornecimento e assistência técnica do sistema Incomat Standard foi
realizado pela HUESKER através de seu representante no estado de
ÍNDICE Minas Gerais, a Bimig Comércio e Representação.
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ÍNDICE

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