Turma: 3º ano Semestre Letivo: 2022 – 1° Palavras e as Coisas
Disciplina: FILOSOFIA DA LINGUAGEM Prof.: Denis Diniz
Nome: MARCOS PAULO TEODORO DE FREITAS BORGES 06/04/2022
A objetivação da linguagem como correlação entre exegese e formalização e a
literatura como contestação à filologia
A linguagem assume um papel importante por conter diversos signos que
reagrupam, recortam e instauram diversas relações de identidade e atribuição. A linguagem historicamente sempre assume lugar no conhecimento, principalmente no que se diz respeito ao discurso – só se podiam conhecer as coisas do mundo pela linguagem, por ela também ter um carácter de representação. Há na linguagem dois movimentos que emergem diante do problema da autonomia e a incapacidade de apreender a linguagem no seu ser, exegese e formalização. Esses problemas aparecem, de certo modo, na constituição prática do conhecimento presente no conteúdo dos discursos e nas relações de intuição, juízo e raciocínio.
Para se supor uma linguagem formalizada é minimamente necessário a exegese,
nesse sentido, que se dá a correlação entre formalização e exegese. É essa correlação que permite a possibilidade do ser da linguagem.
A fenomenologia e o estruturalismo aparecem como novos campos que
permitem uma nova interpretação do sentido no próprio ser da linguagem, em direção a possibilidade de conhecimento da experiencia originária. Sendo que o estruturalismo, assume o papel de organizar e analisar as estruturas das possíveis conexões mecânicas do pensamento ou do diálogo.
Já a literatura, conforme o texto, se apresenta como uma nova foram de
expressão da linguagem, que possibilita atingir uma profundidade de entendimento, porque atua diretamente de forma subjetiva e intencional. Subjetiva, porque age diretamente em quem lê e intencional, porque parte de um autor que se expressa. A intencionalidade fica em segundo plano, pois a partir de quando o autor disponibiliza sua obra ela passa a não mais pertencê-lo. Dessa forma, a literatura está para uma nova forma de expressão da linguagem e assume essas características que estão opostas a filologia. A filologia apresenta uma análise semântica e cultural, que circunda as raízes da formação da linguagem e utiliza-se de instrumento a própria língua e sua estrutura.