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Os textos de filosofia antiga e de filosofia moderna sã o textos que sã o filologicamente díspares.

Os textos antigos estã o marcados pela realidade oral: os textos tem uma relaçã o muito marcada
com a oralidade. (93-98)

A filosofia antiga marcava-se pela sua concepçã o como modo de vida, como escolha de vida e
como teraupeutica. A filosofia tinha um aspecto comunitá rio e pessoal (99)
Apó s a descripçã o do sentimento oceâ nico (23): «philosophie cette conscience de l'existence, de
l'être-au-monde».

«J'ai toujours considéré la philosophie comme une transformation de la perception du monde»


(24) - é com isto que Hadot descobre uma diferença essencial entre a vida quotidiana que é
vivida numa «semi-inconscience» (24) e na qual os automaticsmo e os há bitos nos giuam, sem
que tenhamos consciência no mundo: entre a vida quotidiana e «étatis privilégiés» (25) nos
quais vivemos intensamente e temos consciencia de estar no mundo (24-25)
O sentimento oceâ nico «se situe au pur niveau du pur sentiment d'exister» - nã o é o sentimento
de maravilhamento perante a natureza.

maneira de viver, o que nã o quer dizer que ela seja só e apenas uma conduta moral, mas que ela
é igualmente um maneira de existir no mundo, que deve ser praticada a cada instante, que deve
transformar toda a vida (290)
A ideia da filosofia, como amor da sabedoria, é suficiente, para exprimir a concepçã o de filosofia
acima: Platã o, no Banquete, torna Só crates o homem que sendo ignorante, sabe procurar a
sabedoria - a filosofia aparece assim como um excercício do pensamento, da vontade,de todo o
ser, para tentar de alcançar um estado, a sabedoria, que estaria quase inacessível ao homem. A
filosofia é um método de progresso espiritual que exigeria uma conversã o radical da maneira de
ser: maneira de viver, a filosofia seria, no seu esforço, no seu exercício, para atingir a sabedoria,
mas ela seria igualmente, no seu objectivo, a sabedoria ela-pró pria (290-291) - a sabedoria nao
faz somente connhecer, mas faz ser diferentemente.

Que a filosofia seja uma forma de vida nã o é algo que seja apenas na filosofia helenística,
também o é desde Só crates: a filosofia é um modo de vida, uma técnica da vida interior (295-
296)

O acto filosó fico é uma conversã o (15)


A filosofia é uma metamorfose total da maneira de ver o mundo e de estar nele (15)
A filosofia é uma conversã o, isto é, um exercício vivido
A filosofia é um convite a cada homem para se transformar ele-mesmo. A filosofia é assim uma
conversã o, transformaçã o da maneira de ser e de maneira de viver, busca da sabedoria. (304)
A filosofia é um modo de vida que exige do filó sofo uma transformaçã o de toda a sua vida
anterior e um envolvimento pessoal em cada um dos instantes da vida (316): «c'est précisement
le propre de la philosophie de tout transformer en philosophie, c'est-à -dire de rationaliser et
d'intérioriser tout ce qu'elle recontre» (317

ética como perfecionismo (busca do melhor eu, ideia do aperfeiçoamento de si) No Timeu Platao
diz que a parte mais exelente de nó s se deve por em harmonia com o tudo, como o mundo (378
e 379)
Na Antiguidade há uma ética discursiva e uma ética vivida: a vivida trata-se de exercícios
espirituais: prá ticas destinadas a transformar o meu e a faze-lo antingir um nível superior e uma
perspectiva universal, nomedamente graças à física, à consciencia da relacao ao mundo, ou
graças à conscienca da realacao com a humanidade no seu conjunto (380)

A ética tem um sentido existencial, para Hadot?

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