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MAOMÉ – Islamismo

Maomé fundou o islamismo de modo dramático: atacou Meca, a


sua cidade natal (hoje, por isto mesmo, cidade considerada sagrada
por seus seguidores) em aliança com os judeus (hoje, curiosamente,
inimigos mortais dos mesmos muçulmanos). Havia 622 anos, Jesus
tinha nascido.
Maomé tinha 52 anos e seis filhos – todos de sua única mulher
Cadija, morta três anos antes. Foi um homem monogâmico em uma
cultura que lhe dava o direito de ter uma companheira e mais vinte
concubinas. Depois da morte de Cadija – sem a qual jamais teria sido o
líder que se tornou -, decidiu lançar mão de sua prerrogativa de
homem árabe: casou-se de novo e chegou a três mulheres ao mesmo
tempo. Uma delas aos 9 anos de idade.
Para conquistar Meca, Maomé enfrentou a poderosa aristocracia
comercial da cidade, a mais rica e mais importante de Hijaz, nação que
hoje corresponde à Arábia Saudita. Meca não chegava a ser uma
capital porque o mundo árabe se organizava em tribos independentes.
Não havia governo unificado nem religião própria. Muitos árabes
eram cristãos. A maioria seguia doutrinas antigas, vindas do Egito e da
Pérsia. A confusão espiritual era tão grande que, só em Meca, se
adoravam 360 deuses. Parece que Maomé enxergou aí uma
oportunidade. E tratou de vender entre os árabes uma postura
contrária ao politeísmo.
Para tanto, Maomé inspirou-se no cristianismo e no judaísmo, cuja
idéia central era a existência de deus único. Surgia ali ALAH, o
Criador, ao qual todos deveriam demonstrar “submissão” (em árabe,
Islã). Maomé admirava Abraão, Jesus Cristo e a sua mãe, Maria.
Simpatizava com o monoteísmo desde a juventude pobre. Ainda
menino, Maomé perdeu os pais. Foi educado por um tio e acabou se
tornando, a exemplo do seu tutor, condutor de caravanas. Foi assim
que conheceu Cadija, mulher rica, que o contratou para levar
mercadorias à Síria. Casaram-se – ele com 25 anos, ela com 40 anos,
viúva-, e Maomé tornou-se rico.
Maomé sabia que seria perseguido pelos aristocratas de Meca se
tentasse mudar os costumes. Os cimitarras tirariam a sua cabeça de
cima do pescoço se ele não tirasse logo da cabeça aquelas idéias sobre
monoteísmo. É aí que Cadija começa a exercer o seu papel histórico.
Sua inteligência e coragem foram virtudes decisivas quando em 610,
Maomé começou a disseminar as suas idéias – ou a palavra de ALAH,
como você preferir – e atrair ódio e perseguições. (É curioso que a

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relevância de Cadija não tenha garantido melhor lugar para as
mulheres árabes).
Em 617, seus poucos seguidores, enxotados de todos os lugares,
foram forçados a se refugiar em um bairro afastado de Meca, logo
cercado por guardas e espiões dos aristocratas e transformado em
bunker. Esses primeiros muçulmanos ficaram cinco anos cercados,
recebendo comida por contrabando. O cerco e as adversidades
esgotaram a saúde de Cadija, levando-a a morte, conta a historiadora
americana Karen Armstrong, biógrafa de Maomé, pouco antes de o
Grupo de Maomé fugir de Meca, em 622. Essa fuga dramática, a
hégira, tornou-se a data inicial da nova religião e o ano zero do
calendário muçulmano.
Maomé e seus seguidores se refugiaram em Yathrib, atual Medina.
Ali o futuro líder dos árabes se preparou para voltar a Meca e
subjugar os aristocratas da cidade. Apesar da perseguição, Maomé foi
aos poucos conquistando os corações e as mentes do povo. Muitos
moradores de Yathribe eram judeus e, portanto, monoteístas como
Maomé. Ou seja: solo fértil para a mensagem do Islã, que começou a
crescer. De fato, as orações islâmicas, que hoje são feitas com o rosto
voltado para Meca, eram na época dirigidas a Jerusalém, cidade
sagrada dos judeus. Em 625, Maomé deflagrou a guerra contra Meca,
que terminou dois anos depois com a vitória dos muçulmanos.
Não demorou a Maomé provar que era um dos grandes líderes da
História. Com seu carisma e sua vocação para o poder, dez anos depois
de subjugar Meca, todas as tribos de Hijaz (hoje Arábia Saudita)
estavam reunidas sob o seu governo. E vinte anos depois da sua morte,
aos 62 anos, em 632, o novo Estado já havia crescido e derrotado dois
maiores impérios vizinhos, o bizantino e o persa. Menos de 100 anos
depois de fundar o Islã, o território muçulmano tinha 4000 quilômetros
de extensão – os seguidores de Maomé se estendiam da Líbia, no
Mediterrâneo, até o Irã, na Ásia.

MAOMÉ ERA FÃ DE JESUS CRISTO E FUNDOU UMA


RELIGIÃO QUE HOJE SÓ PERDE PARA O PRÓPRIO
CRISTIANISMO EM NÚMERO DE FIÉIS. É A SEGUNDA DO
MUNDO.

A VISÃO ESPÍRITA DE MAOMÉ – Islamismo

Antes da fundação do Papado, em 607, as forças espirituais se


viram compelidas a um grande esforço no combate contra as sombras
que ameaçavam todas as consciências. Muitos emissários do Alto

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tomam corpo entre as falanges católicas no intuito de regenerar os
costumes da Igreja. Embalde, porém, tentam operar o retorno de
Roma aos braços do Cristo, conseguindo apenas desenvolver o máximo
de seus esforços no penoso trabalho de arquivar experiências para as
gerações vindouras.
Numerosos Espíritos reencarnam com mais altas delegações do
plano invisível, Entre esses missionários, veio àquele que se chamou
Maomé, ao nascer em Meca no ano 570. Filho da tribo dos Coraixitas,
sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos
cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento forte de
restauração do Evangelho de Jesus Cristo, em oposição aos abusos
romanos nos ambientes da Europa. Maomé, contudo, pobre e humilde
no começo de sua vida, que deveria ser, de sacrifício e exemplificação,
tornou-se rico após o casamento com Cadija e não resiste ao assédio
dos Espíritos da Sombra, traindo nobres obrigações espirituais com as
suas fraquezas. Dotado de grandes faculdades mediúnicas inerentes ao
desempenho dos seus compromissos, muitas vezes foi aconselhado por
seus mentores do Alto, nos grandes lances da sua existência, mas não
conseguiu triunfar das inferioridades humanas. É por essa razão que o
missionário do Islã deixa entrever, nos seus ensinos, flagrantes
contradições. A par do perfume cristão que se evola de muitas das suas
lições, há um espírito belicoso, de violência e de imposição; junta
doutrina fatalista encerrada no Alcorão (Bíblia Árabe), existe a
doutrina da responsabilidade individual, divisando-se através de tudo
isso uma imaginação superexcitda pelas forças do bem e do mal, num
cérebro transviado do seu verdadeiro caminho. Por essa razão o
Islamismo, que poderia representar um grande movimento de
restauração do ensino de Jesus, corrigindo os desvios do Papado
nascente, assinalou mais uma vitória das Trevas contra a Luz e cujas
raízes era necessário extirpar.

AS GUERRAS DO ISLÃ

Maomé nas recordações do dever que o trazia a Terra, lembrando


os trabalhos que lhe competiam na Ásia, a fim de regenerar a Igreja de
Jesus, vulgarizou a palavra “infiel” entre as várias famílias do seu
povo, designando assim os árabes que lhe eram insubmissos, quando a
expressão se aplicava, perfeitamente, aos sacerdotes transviados do
Cristianismo. Com o seu regresso ao plano espiritual, toda a Arábia
estava submetida à sua doutrina, pela força da espada; e, todavia os
seus continuadores não se deram por satisfeitos com semelhantes
conquistas. Iniciaram no exterior as “guerras santas” subjugando toda

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a África setentrional, no fim do século VII. Nos primeiros anos do
século imediato, atravessaram o estreito de Gibraltar, estabelecendo-se
na Espanha, em vista da escassa resistência dos visigodos
atormentados pela separação, e somente não seguiram caminho além
dos Pirineus porque o plano espiritual assinalara um limite às suas
operações, encaminhando Carlos Martel para as vitórias em 732.
(Emmanuel).
Atualmente, o Islamismo, continua sem nenhuma alteração
dogmática. Os países que seguem esta doutrina permanecem como se
vivessem no período medieval, no trato com o governo, a justiça, as
mulheres, em um totalitarismo fundamentalista e são administrados
por feudos governados por famílias que tem o poder absoluto do poder
e da riqueza. Muitos são radicais denominados por xiitas e realizam o
terrorismo suicida, na suposição, que serão recompensados por ALAH
o Deus dos Islâmicos. Na visão Espírita serão?

A DOUTRINA ESPÍRITA

Finalizando, o Espiritismo tem a sua origem no mundo


espiritual, por certo, irá regenerar a Terra (gerar novamente uma
nova geração). Portanto, por ser de origem divina, naturalmente, a sua
contribuição já está modificando os costumes, a moral, os sentimentos,
a justiça e a visão do homem no mundo em nosso planeta. Coube ao
Codificador Allan Kardec, nos trazer as bases iniciais deste grande
edifício espiritual para a transformação da nova Era. No dia em que os
Árabes conhecerem a Doutrina Espírita, terão por certo, uma nova
concepção de vida e de mundo. Mãos à obra Espíritas do Mundo.
Agora, façamos, pois, a nossa parte!

SALVE ALLAN KARDEC NO ANO DO SEU BICENTENÁRIO

BIBLIOGRAFIA:

ÂNGELO, Cláudio, Revista Superinteressante, agosto, de 2000, Brasil.


CABRAL, João, Pesquisas da ADE-Sergipe, 2004, Brasil.
XAVIER, Francisco Cândido/Emmanuel, A Caminho da Luz, 9ª.
Edição, Federação Espírita Brasileira, 1978, Brasil.
João Batista Cabral
ADE-SERGIPE
www.ade-sergipe.com.br
E-mail: jomcabral@brabec.com.br
Em: 12.02.2005. Aracaju-Sergipe-Brasil

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