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TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

A festa da Transfiguração do Senhor tem sua origem mais remota entre os monges que viviam no deserto.
Depois de ser assumida por diversas dioceses e abadias, foi introduzida em Roma em 1457. Nela
celebramos o mistério pascal de Jesus, que se deixa ver em sua glória, antes de sofrer a paixão. Acolhamos
o Filho amado do Pai em nossa vida e deixemo-nos também transfigurar por ele.

Leitura da profecia de Daniel – 9Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um
ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve, e os cabelos da cabeça, como lã
pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10Derramava-se aí um rio
de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao
trono; foi instalado o tribunal, e os livros foram abertos. 13Continuei insistindo na visão noturna, e eis que,
entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do ancião de muitos dias, e foi
conduzido à sua presença. 14Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas
o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se
dissolverá. – Palavra do Senhor.

Deus é rei, é o Altíssimo, / muito acima do universo.


1. Deus é rei! Exulte a terra de alegria, / e as ilhas numerosas rejubilem! / Treva e nuvem o rodeiam no seu
trono, / que se apoia na justiça e no direito. – R.
2. As montanhas se derretem como cera / ante a face do Senhor de toda a terra; / e assim proclama o céu
sua justiça, / todos os povos podem ver a sua glória. – R.
3. Porque vós sois o Altíssimo, Senhor, † muito acima do universo que criastes, / e de muito superais
todos os deuses. – R.

Aleluia, aleluia, aleluia.


Eis meu Filho muito amado, nele está meu benquerer, / escutai-o, todos vós! (Mt 17,5) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, ²Jesus tomou consigo
Pedro, Tiago e João e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se
diante deles. ³Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia
alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a
palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para
Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então
desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho
amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser
somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o
que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram essa
ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. – Palavra da salvação.

O episódio da transfiguração do Senhor tornou-se objeto de uma festa litúrgica oriental já no século V. Na
Igreja ocidental, esta festa surge pela primeira vez no século X e se difunde com rapidez. Só foi
introduzida em toda a Igreja pelo papa Calisto III, em 1456 (6 de agosto). Aos três discípulos, entristecidos
com o anúncio de sua paixão e morte, Jesus quer mostrar que sua vida não será um fracasso, mas terá
um fim vitorioso, a ressurreição. No alto monte, lugar da manifestação divina, Jesus se transfigura diante
dos três mais representativos entre os apóstolos. Dois representantes de todo o Antigo Testamento
(Moisés, a Lei; Elias, os profetas) conversam com Jesus: o Antigo Testamento não tem uma mensagem
direta para os cristãos; ela deve passar pelo filtro, isto é, pela interpretação de Jesus.

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