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CFESS MANIFESTA 1.9}anos{dojEstatuto)da\Grianca\eldoyAdolescente aad J Brasilia, 13 de julho de 2009 19 anos do Estatu- to da Crianca e do Adolescente - ECA © Brasil experimenta, desde 1990, uma das ‘mais modernas leis de protecao a infancia e @ adoles-céncia, a Lei 8069, de 13 de julho de 1990. No dia 16 de julho do mesmo ano, a publicacao do ECA colocou’o Brasil no pata>mar dos paises que se preocupam com a situacao de criancas © ado- lescentes. Conforme tratados internacionais, dos quais é signatario, o Estado brasileiro deve desen- volver politicas eagdes concretasnaquele ambit. Mais que normatizador, 0 ECA deve ser visto ‘como um instrumento de garantia de direitos, sganhando assim estatuto de cidadania, Por isso mesmo trata-se de um paradigma de direitos, de forma que politicas e acées voltadas a in- fancia e & adolescéncia devam ser analisadas & julgadas tendo como parametro 0 respeito ou 8 violacao aos direitos conquistados e institui- dos a partir desse instrumento juridico-politico, ‘Uma reteitura do ECA permite verificar mudancas substanciais. Direitos que antes nao eram con- ‘templados ficam garantidos a partir do Estatuto: como o direito a vida, & sade, a liberdade, a0 respeito e a dignidade, a convivéncia familiar e ‘comunitaria, & educagao, & cultura, ao esporte e a0 lazer, & profissionalizacao e a protecao no tra- batho, e & protecao especial. Assim, desde aspec- tos doutrinarios, da tutela do menor a protecao integral e a visao da crianca e do adolescente, da situagao irregular a sujeitos de direitos, 0 ECA volta-se contundentemente numa outra direcao, ‘cuja concepgao politico-social implicita articula principios e diretrizes condizentes com a garan- tia dos direitos humanos infanto-juvenis, com medidas previstas tanto no ambito de politicas sociais basicas, assistencials, como na protecao CONSELHO FEDERAL Bsaaiakad a € defesa juridico-social, ao mesmo tempo colo- cando o papel da justica em outro patamar. Mas, ppassados 19 anos, ainda vivemos antagonismos nna aplicacao da lei, porque também vivemos os antagonismos que esto nas raizes da sociedade brasileira calcada em profunda desigualdade. Tem sido rotina no Congreso Nacional a apresenta- (0 de emendas para modificar o Estatuto, quase sempre no sentido de reducao dos direitos infan- to-juvenis. E 0 que se apresenta em relagao a re ducao da idade penal, as alteracoes no papel dos Consethos Tutelares, entre outras manifestacdes, que também vém ocorrendo na sociedade civil ¢ se expressam ainda sob a forma de uma politica fundada na velha doutrina em que adolescentes jovens sao vistos na sua potencial periculosi- dade, cuja atuacao deva ser objeto de medida judicial, de seguranca e, portanto, de conten- ‘G20 cerceamento da liberdade, ou de medidas preventivas e terapéuticas, a exemplo do recen- te “toque de recolher” nas cidades brasileiras. © Conjunto CFESS/CRESS, representando mais. de 80 mil profissionais que direta ou indiretamen: te trabatham ou militam nas politicas publicas e sociais em favor da infancia e da adolescéncia, ‘manifesta sua defesa intransigente do que infere ‘© ECA, agora no seu 19° aniversério, mantendo-se firme na institucionalizacao de um sistema de ga- rantia de direitos que cumpra sua funcao estraté- gica de promocao, defesa e controle social sobre ‘o desenvolvimento da politica, a fim de que sejam garantidos os direitos humanos infanto-juvenis.. ‘Conselho Federal de Servigo Social - CFESS - Gestio 2008-2011 Atitude Critica Para Avangar na Lata Conte: do Alves Femands ‘(Aprovado pela Diretoria do CESS) ring: Marcela Mattos Assessor de Comunicagio: Bruno Costa e Silva somunicacaodicfes ong. br

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