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nosso nossa
luto, luta!
Trabalhadores/as brasileiros/as não estão à espera de um milagre! 1º de maio: luto (do verbo lutar) pela vida!
a leitos no setor privado. Desde março, avança teção Individual (EPIs) apropriados ao exercício mercadoria!!! Esperamos que sejam ofertados
a contaminação comunitária, estimulada por profissional. É preciso dizer ainda da gravidade EPIs, insumos para atendimento e contratação
uma disputa de narrativas. De um lado, o pre- envolvida na subnotificação resultante da impos- de profissionais em número suficiente para aten-
sidente, preocupado com a economia e as elei- sibilidade de testagem em massa, indicando que der à grande procura pelas unidades de saúde.
ções de 2022 e, de outro, as recomendações da 6 mil mortes certamente não refletem a realidade Esperamos condições de trabalho adequadas;
OMS e das autoridades sanitárias, que indicam da contaminação pelo Covid-19 no Brasil. salários pagos sem cortes; manutenção dos em-
o isolamento social como a única possibilidade As deploráveis declarações do chefe do pregos; saúde pública para todos/as; a revoga-
de achatamento da curva de contaminação. Poder Executivo, somadas à resistência para ção da contrarreforma da previdência social, da
Em meio a essa disputa de narrativas, morrem ofertar amplamente medidas protetivas que Emenda Constitucional 95 e o fortalecimento da
trabalhadores/as, que se amontoam diariamente possibilitem manter trabalhadores/as em casa, seguridade social para os mais de 12 milhões de
nos transportes coletivos pela necessidade de tra- só espantam a quem não tinha entendido ainda desempregados/as e subempregados/as no país.
balhar em setores que já tiveram autorização dos o caráter neofascista e racista que caracteriza a Mas esperar não basta e já dizia a canção: “quem
estados para funcionar. Morrem trabalhadoras/es atual configuração do Estado brasileiro. “Pretos/ sabe faz a hora, não espera acontecer”!
domésticas/os. Morrem desempregados/as e tra- as e pobres que morram!” Nesse dia 1º de maio, ainda que nossa in-
balhadores/as informais que se contaminam nas Parece lógico: sempre fomos nós que morre- dignação e repúdio precisem se expressar em
gigantescas filas dos bancos, em busca do “auxí- mos pela violência expressa de diversas formas, condições de isolamento social, o recado será
lio emergencial”. Morrem pessoas em situação de inclusive, pela negação de direitos e precariedade dado com a força que o momento requer. O
rua, que sequer possuem a chance de tentar rece- das condições de vida! Mas não! Isso não é lógico! Conjunto CFESS-CRESS estará onde sempre
ber o auxílio emergencial, porque são “excluídos/ Os panelaços quase diários e pesquisas recentes esteve: defendendo a saúde pública e a vida!
as digitais” e não conseguem acessar o aplicativo de popularidade, quanto às respostas dadas à Neste dia, queremos saudar todos/as os/as as-
criado para tal. Morrem idosos/as que já tinham pandemia no Brasil (abril de 2020), parecem sistentes sociais, como trabalhadores/as que têm
doenças respiratórias e cardíacas e não conseguem indicar que não estamos dispostos/as a natu- prestado serviços essenciais e devem ser valoriza-
atendimento prioritário diante do colapso de lei- ralizar a morte de milhares de pessoas. Esses dos pelo seu posicionamento e compromisso em
tos nas unidades de um SUS que já vem sendo movimentos demonstram o crescente índice favor das legitimas demandas da população!
progressivamente desfinanciado há décadas, e de reprovação do governo federal em todas as Também queremos nos solidarizar com as
teve esse desfinanciamento potencializado pela faixas de renda no contexto de enfrentamento famílias de cada assistente social e demais tra-
Emenda Constitucional n° 95/2016. à pandemia, com especial intensidade entre as balhadores/as da saúde que perderam suas vi-
Em todas essas situações, e em outras tan- pessoas que recebem até 2 salários mínimos. das em decorrência do seu compromisso com a
tas, o perfil das pessoas mortas é predominan- Então, Sr. presidente, saiba que os/as traba- sociedade nesse contexto da pandemia.
temente de trabalhadores/as, entre os/as quais lhadores/as brasileiros/as não esperam milagres Não vamos abrir mão de lutar por nossas vi-
precisamos registrar também a presença de assis- do Executivo nacional. No contexto do enfren- das! Que o LUTO pelas mais de 6 mil vidas cei-
tentes sociais como parte das equipes que estão tamento à pandemia, e depois dele, esperamos fadas pelo Covid-19 nesse país se transforme em
realizando atendimentos à população infectada, regulação universal dos leitos, que inclua os LUTA! É nisso que aposta o Conjunto CFESS-
muitas vezes sem as condições de trabalho ade- existentes na rede privada, muitos deles histo- -CRESS nesse grave momento de aprofunda-
quadas e fornecimento de Equipamentos de Pro- ricamente subsidiados pelo SUS. Saúde não é mento da crise social e política do nosso país!