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Serviço Social
Prof.ª Cristiana Montibeller
2017
Copyright © UNIASSELV 2017
Elaboração:
Prof.ª Cristiana Montibeller
360
M791q Montibeller, Cristiana
Questão social e serviço social /Cristiana Montibeller.
Indaial: UNIASSELVI, 2017.
280 p. : il.
ISBN 978-85-515-0077-4
1.Serviço social.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL ................................. 1
VII
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 73
2 A MUNDIALIZAÇÃO DA ECONOMIA E O ACIRRAMENTO
DAS EXPRESSÕES SOCIAIS ............................................................................................................ 73
3 A ESTRATÉGIA NEODESENVOLVIMENTISTA
FRENTE À QUESTÃO SOCIAL ........................................................................................................ 82
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 95
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 98
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 99
VIII
2 AS ESTRATÉGIAS E O PROJETO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NO ENFRENTANDO DAS EXPRESSÕES SOCIAIS ...................................................... 207
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 219
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 222
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 223
IX
X
UNIDADE 1
A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA
QUESTÃO SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 1 está dividida em quatro tópicos. Ao final de cada um deles você
terá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos realizando as atividades
propostas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Para compreender a Questão Social e seus desdobramentos na sociedade
e no Serviço Social, se faz necessário conhecer sua gênese, sua história, os marcos
sociais, suas formas de manifestações ao longo da história, que são diferenciadas,
conforme os meios de sobrevivência dos povos, civilizações, os modos de vida
social e cultural, de produção, de economia, de administração política, visto que
toda ação social consequentemente leva a uma reação, isso tanto na Antiguidade
quanto até nos dias de hoje.
3
UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
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TÓPICO 1 | A PROTEÇÃO E A ASSISTÊNCIA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
UNI
também foram criados e tinham como propósito instituir leis, códigos, regras de
conduta, proteção, libertação, salvação, cura, perdão, caridade, sendo que até os
dias atuais se fazem valer sob o ponto de vista religioso ou como filosofia de vida
(GAARDER, 2000).
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TÓPICO 1 | A PROTEÇÃO E A ASSISTÊNCIA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
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TÓPICO 1 | A PROTEÇÃO E A ASSISTÊNCIA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
UNI
Quem somos? Para onde vamos? Por que estamos vivos e como melhorar a vida
no grupo, no povoado, na cidade, na polis, na metrópole? Assim, muitos questionamentos
surgiram sobre a existência de tudo, inclusive da vida e da morte. Essas indagações existenciais
formaram a base de todas as religiões no mundo.
Sobre essa postura e visão dos profetas, Bigo (1969, p. 24) descreve
claramente:
Assim, os profetas já atribuem à justiça uma dimensão que nós não mais
lhe ousamos dar. A justiça, para eles, não é primeiramente o direito
daqueles que têm, é, antes de tudo, o direito daqueles que não têm, o
direito do membro da comunidade quando se encontra em necessidade.
É nessa perspectiva que se situam as numerosas advertências dos
profetas àqueles que vivem em demasia fartura. O luxo é, literalmente,
uma injúria à pobreza, porque retira àquele que nada tem para dar
àquele que já tem. Há um ensinamento dos profetas sobre o supérfluo,
[...]. A avidez dos açambarcadores, daqueles que juntam “casa sobre
casa, campo sobre campo”, é impiedosamente fustigada.
9
UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
consequentemente. Conforme Bigo (1969, p. 36), “Os sermões dos profetas aos
ricos giravam sempre em torno do tema da justiça, os de Cristo giravam em torno
do tema da pobreza.” Interessante perceber que os sermões de Cristo se baseavam
não na “questão social”, mas nas consequências da falta da justiça, ou seja, no
conjunto das diversas expressões da sociedade injusta da época, proveniente da
avareza, ganância e soberba dos ricos.
UNI
No século XIV, de 1301 ao ano de 1400, a única explicação possível para a série
de golpes devastadores que abalaram todo o mundo era vista como ira de Deus frente à
desobediência e aos pecados dos homens.
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TÓPICO 1 | A PROTEÇÃO E A ASSISTÊNCIA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Relief Act (ação de assistência aos pobres) em 1601, na Inglaterra, durante o reinado
da rainha Isabel (DEZOTTI; MARTA, 2011).
Sabemos que, no Brasil, o Serviço Social foi criado em 1936, a partir das
iniciativas dos grandes líderes da Igreja Católica, inspirados na Doutrina Social da
Igreja então enriquecida por uma nova Encíclica Social: a "Quadragésimo Ano",
redigida pelo Papa Pio XI e publicada no dia 15 de maio de 1931, em comemoração
aos 40 anos da Rerum Novarum.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
O Serviço Social tem sua história vinculada com ações de caridade e benevolência,
por isso ainda nos dias de hoje a profissão passa pelo desafio de esclarecer as interpretações
equivocadas, que ainda não abrangem a clareza do real significado contemporâneo da
terminologia ligada à profissão.
LEITURA COMPLEMENTAR
Assumo como ponto de partida para essa minha reflexão a ideia de que,
na estrutura do serviço social brasileiro como profissão, sempre esteve presente
o desafio do enfrentamento das expressões da questão social gestadas pelo
capitalismo, o que fez com que seus profissionais parametrassem suas intervenções
na relação capital-trabalho.
Evaldo A. Vieira tem sobre esse aspecto uma posição assemelhada à que
eu expresso aqui. É dele a consideração seguinte: a questão social foi uma base sólida
na constituição e consolidação do serviço social, uma vez que tem sido sempre seu eixo
de reflexão e a expressão de sua particularidade2. Helena Iraci Junqueira, uma das
pioneiras da profissão, esclarece em depoimento (1983:16) que o serviço social
originou-se de um movimento dentro da Igreja [Católica] […] de uma prática concreta,
de uma posição de vanguarda […] voltando-se para a formação de profissionais para a
14
TÓPICO 1 | A PROTEÇÃO E A ASSISTÊNCIA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
atuação sobre os problemas sociais que se colocavam na época. Ele começou com ímpeto
de renovação, de estudo, de posicionamento avançado para a época. Em outro momento,
em depoimento (LIMA, 1982:75), H. I. Junqueira situa as razões de sua escolha do
serviço social como profissão: […] eu estava engajada no movimento de Ação Católica.
Esse movimento, em São Paulo, despertara, desde o início, um sentido profundamente social
nos seus membros […] Tínhamos uma grande preocupação pela justiça social. […] quando
tive conhecimento da fundação da Escola de Serviço Social, me empolguei com a ideia de
que poderia ter uma profissão que iria servir à implantação da justiça social.
[...] Em São Paulo, o movimento que tinha por proposta a expansão política
da Doutrina Social da Igreja se apoiou estrategicamente em um tripé cujas bases
eram configuradas por:
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
FONTE: BAPTISTA, Myrian Veras. A questão social como um desafio histórico do serviço social.
2009. Disponível em: <http://www.jurassicos.com.br/leao_XIII/arquivos/surgimento_servico_
social.pdf>. Acesso em: 5 jan. 2015.
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste primeiro tópico ampliamos nossos conhecimentos e estudamos
um pouco mais sobre a gênese da questão social, assim enfatizamos vários itens:
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AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Iremos aprofundar nesta unidade os fatores históricos econômicos,
políticos, sociais e culturais que contribuíram para o surgimento da questão
social, especificamente, durante o período de transição da Idade Média para a
Idade Moderna, tais como, movimentos intelectuais como o Renascimento e o
Iluminismo, que contribuíram para a concretização da Revolução Francesa.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
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TÓPICO 2 | SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
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Surge na época uma sociedade racional, porém com uma sociedade burguesa
ambiciosa, onde a exploração e dominação eram cada vez mais evidentes,
transparecendo novamente a desigualdade e a exclusão social. Assim, com o novo sistema
econômico desenvolveu-se também uma nova sociedade, urbana e industrial, com suas
consequências inevitáveis.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
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TÓPICO 2 | SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
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TÓPICO 2 | SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
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TÓPICO 2 | SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
UNI
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IMPORTANT
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TÓPICO 2 | SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
Entre estes teóricos clássicos, o que mais influenciou o serviço social foi o
economista Marx, visto que começou a criticar severamente as práticas capitalistas
e trouxe como solução as teorias que foram chamadas de socialistas, pois o principal
objetivo desse novo processo e sistema social era socializar os bens de consumo e
de produção.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
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TÓPICO 2 | SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
• políticas sociais do Estado para a população mais pobre (cidadão usuário) com
ações precarizadas, regionalizadas e passíveis de clientelismo;
• a ação mercantil, desenvolvida pela empresa capitalista, dirigida à população
consumidora (cidadão cliente); e,
• as ações do chamado “terceiro setor”, ou da chamada sociedade civil organizada
para a população não atendida nos casos anteriores, desenvolvendo uma
intervenção filantrópica.
UNI
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TÓPICO 2 | SURGIMENTO DA QUESTÃO SOCIAL E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
LEITURA COMPLEMENTAR
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
estendendo‑se a todas as classes sociais, culturas, raças e nações. São, segundo ele,
as ameaças ecológicas, sociais, políticas, económicas e individuais, anteriormente
desconsideradas, que põem em risco a vida de todo o planeta.
Beck (1992) e Giddens (2006) argumentam que esses riscos são produtos
humanamente fabricados no próprio conceito de desenvolvimento. É nesse
contexto que ambos utilizam o conceito de “risco fabricado” que se diferencia
do “risco externo” como sendo o risco proveniente da natureza externa, como as
más colheitas, inundações, pragas ou fomes. O “risco fabricado” refere‑se ao risco
causado pelo próprio impacto do desenvolvimento. Por um lado, o conhecimento
técnico‑científico permitiu controlar e minimizar alguns riscos, por outro, permitiu
gerar novos e desconhecidos riscos com consequências globais. No entanto, essas
novas formas de risco tornam‑se de grande complexidade ao entendimento
humano, pelo seu desconhecimento sobre eles e pela falta de experiência no seu
trato (AREOSA, 2008).
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RESUMO DO TÓPICO 2
No Tópico 2 ampliamos nossos conhecimentos e estudamos um pouco
mais sobre os fatores históricos econômicos, políticos, sociais e culturais que
contribuíram para o surgimento e desenvolvimento da questão social no
capitalismo, liberalismo e neoliberalismo, assim enfatizamos vários itens:
• Verificamos que o capitalismo pode ser considerado sob duas perspectivas, uma
sob a análise do perspectivismo liberal e a outra sob a análise do perspectivismo
marxista, duas concepções totalmente distintas referentes à concepção do
capital, do sistema de produção e reprodução capitalista, da sociedade e de suas
manifestações presenciais e futuras.
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AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Este terceiro tópico tem por objetivo apresentar a amplitude e significado
dos termos: questão, social e a questão social, demonstrando sua origem e sua
relação com o resultado das contradições do surgimento e desenvolvimento do
capitalismo.
UNI
Olhando para a figura a seguir, quais das interrogações você consegue de imediato
responder?
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
• Pergunta
• Assunto
• Problema
• Desavença
• Matéria debatida em juízo
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TÓPICO 3 | A CONSTITUIÇÃO DOS TERMOS “SOCIAL” E “QUESTÃO SOCIAL”
1 SENTIDO DE PERGUNTA:
• indagação, investigação, interrogação, especulação, pesquisa, exame,
inquirição, inquisição, perquirição, perquisição, quesito, (questão).
2 SENTIDO DE ASSUNTO:
• argumento, assunto, contexto, capítulo, tópico, conteúdo, item, matéria, ponto,
objeto, tema, tese, (questão).
3 SENTIDO DE PROBLEMA:
• dificuldade, aborrecimento, adversidade, aperto, atrapalhação,
atribulação, contrariedade, contratempo, embaraço, empecilho, impedimento,
inconveniente, incômodo, infortúnio, objeção, obstáculo, oposição, pepino,
resistência, revés, transtorno, vicissitude, (questão).
4 SENTIDO DE DESAVENÇA:
• debate, desacordo, desarmonia, desavença,desentendimento,
desinteligência, discórdia, altercação, atrito, briga, choque, cisão,
cizânia, conflito, contenda, contestação, controvérsia, discussão, disputa,
dissensão, dissentimento, dissidência, dissídio, impugnação, objeção, polêmica,
querela, questiúncula, rixa, zanga, (questão).
5 SENTIDO MATÉRIA DEBATIDA EM JUÍZO:
• demanda, ação, processo, pendência, litígio, pleito, (questão).
FONTE: Adaptado de Dicionário de sinônimos on-line. Sinônimo de questão. Disponível em:
<http://www.sinonimos.com.br/questao/>. Acesso em: 6 jan. 2015.
E
IMPORTANT
Analisando o quadro acima, podemos perceber que dos cinco sentidos, os três
primeiros podemos levar em consideração, para propiciar uma discussão maior sobre a
Questão Social no âmbito e perspectiva do Serviço Social.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
1. Ponto que deve ser discutido ou examinado.
2. Tema, assunto, tese.
Assim, trazendo essa perspectiva do sentido de pergunta (pesquisa,
investigação, questionamento), assunto (tema, objeto, tópico, contexto, matéria)
ou até mesmo problema (adversidade, obstáculo, incômodo, contratempo), como
também das características de ponto, tema, assunto e tese, que deve ser discutido,
analisado, examinado, percebemos que devemos, sim, aprimorar nossos termos
teóricos profissionais.
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TÓPICO 3 | A CONSTITUIÇÃO DOS TERMOS “SOCIAL” E “QUESTÃO SOCIAL”
UNI
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
Nesse sentido, vamos entendendo que a “questão social” surge por volta
de 1830, e emerge com questionamentos sobre como diminuir a relação entre o
público e o privado, entre a política e a realidade social, com o intuito de efetivar
a credibilidade e comprometimento político e a harmonia social. Assim é que
a questão social surge, numa esfera de desencantamento e decepção de uma
democracia disfarçada e numa esfera de medo do que estaria por vir.
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TÓPICO 3 | A CONSTITUIÇÃO DOS TERMOS “SOCIAL” E “QUESTÃO SOCIAL”
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
A questão social não pode ser objeto de uma só profissão, neste caso do serviço
social, do assistente social, pois percebemos que várias outras profissões estão diretamente
ligadas à questão social, especificamente em suas diversas e inúmeras expressões sociais.
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TÓPICO 3 | A CONSTITUIÇÃO DOS TERMOS “SOCIAL” E “QUESTÃO SOCIAL”
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IMPORTANT
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Maria Machado
“... a questão social é a aporia das sociedades modernas que põe em foco a disjunção,
sempre renovada, entre a lógica do mercado e a dinâmica societária, entre a exigência ética
dos direitos e os imperativos de eficácia da economia, entre a ordem legal que promete
igualdade e a realidade das desigualdades e exclusões tramada na dinâmica das relações de
poder e dominação”.
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TÓPICO 3 | A CONSTITUIÇÃO DOS TERMOS “SOCIAL” E “QUESTÃO SOCIAL”
Como toda categoria arrancada do real, nós não vemos a questão social,
vemos suas expressões: o desemprego, o analfabetismo, a fome, a favela, a falta
de leitos em hospitais, a violência, a inadimplência, etc. Assim é que a questão
social só se nos apresenta nas suas objetivações, em concretos que sintetizam as
determinações prioritárias do capital sobre o trabalho, onde o objetivo é acumular
capital e não garantir condições de vida para toda a população.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
“Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas
expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família,
na área habitacional, na saúde, na assistência social pública, etc. Questão social que sendo
desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e
a ela resistem, se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da
rebeldia e da resistência que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido
por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem
a vida em sociedade. [...] a questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho
cotidiano do assistente social”.
Há, ainda, uma outra reflexão possível: em sendo a questão social uma
categoria que explicita, expressa, as desigualdades geradas pelo modo de
produção capitalista, ela se colocaria, também, como objeto de todos aqueles
que apostam no capitalismo como a forma perfeita de produção da vida social.
Assim, ela, também, se expressaria nas políticas econômicas, sociais, culturais,
traçadas em âmbito governamental, para manter as classes que vivem do trabalho
subordinadas e dominadas. Ou seja, se a manifestação da desigualdade, a luta
pelos direitos sociais e de cidadania são uma expressão da questão social, não
interessa às classes detentoras dos poderes políticos e econômicos que haja um
acirramento da contradição, viabilizando, desta forma, espaços de organização da
população. Neste sentido, a contradição capital–trabalho também é um objeto dos
que buscam, na manutenção do capitalismo, a garantia de privilégios econômicos
e políticos.
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TÓPICO 3 | A CONSTITUIÇÃO DOS TERMOS “SOCIAL” E “QUESTÃO SOCIAL”
FONTE: MACHADO, Ednéia Maria. Questão social: objeto do serviço social? Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v2n1_quest.htm>. Acesso em: 5 jan. 2015.
53
RESUMO DO TÓPICO 3
No Tópico 3 estudamos a amplitude e significado dos termos: questão,
social e a questão social, demonstrando sua origem, na qual foram abordados
vários aspectos:
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AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico estudaremos a diversidade da questão social e iremos analisar
que existem várias, com suas diversas e multifacetadas expressões, nas diversas
sociedades.
Refletiremos também sobre o termo “nova questão social”, que vem sendo
utilizado por alguns autores.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
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Como as expressões são manifestadas ou, até mesmo, que expressões são estas
sob o ponto de vista e olhar do Serviço Social?
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TÓPICO 4 | A ABRANGÊNCIA DA QUESTÃO SOCIAL E SUAS INÚMERAS EXPRESSÕES
QUESTÕES SOCIAIS
DO PONTO DE VISTA EXPRESSÕES SOCIAIS
ECONÔMICO
A QUESTÃO CAPITALISMO
DIGITAL
Aumento das desigualdades sociais, competitividade
A QUESTÃO DA acirrada, marginalização social, falta de acesso a novas
SOCIEDADE tecnologias, exclusão digital, mal-estar social e bem-
TECNOLÓGICA estar econômico, novas expressões sociais, expansão
de situações de risco social, aumento de situações de
A QUESTÃO vulnerabilidade social, exploração de países periféricos e
GLOBALIZAÇÃO de mão de obra, marginalização da ética, detrimento de
valores humanos e sociais, individualismo, intolerância,
A QUESTÃO DO insegurança social.
DESENVOLVIMENTO
SOCIAL
A QUESTÃO
DESENVOLVIMENTO
E CRESCIMENTO Aumento da exploração, injustiça social, concentração de
ECONÔMICO
renda, desigualdades sociais, surgimento e aumento da
pobreza, consumismo alienado, inconsciente e supérfluo,
A QUESTÃO ECONÔMICA
prostituição/turismo sexual/o tráfico de mulheres.
A QUESTÃO JUSTIÇA
SOCIAL
FONTE: A autora (2015)
QUESTÕES SOCIAIS DO
EXPRESSÕES SOCIAIS
PONTO DE VISTA POLÍTICO
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
QUESTÕES SOCIAIS
DO PONTO DE VISTA EXPRESSÕES SOCIAIS
TRABALHO
A QUESTÃO TRABALHO
A QUESTÃO SOCIEDADE
Exploração, supranumerários (desempregados),
SALARIAL
precarização do trabalho, baixo salário, diminuição de
postos de trabalho, desvalorização salarial, trabalho
A QUESTÃO CONDIÇÃO informal, trabalho escravo, trabalho infantil, imigrações,
crescimento excessivo de imigrações e migrações,
HUMANA
exploração dos profissionais do sexo.
A QUESTÃO SEGURIDADE
SOCIAL
FONTE: A autora (2015)
QUESTÕES SOCIAIS
DO PONTO DE VISTA EXPRESSÕES SOCIAIS
AMBIENTAL
Mudanças climáticas, aquecimento global, mercantilismo
A QUESTÃO DO florestal, degradação ambiental, destruição dos recursos
DESENVOLVIMENTO naturais, escassez e poluição das águas, desperdício
SUSTENTÁVEL de alimentos, alimentos geneticamente modificados,
poluição de modo geral, desmatamento, produção
demasiada de materiais não recicláveis, resíduos
A QUESTÃO AMBIENTAL nucleares, má qualidade de vida, falta de educação
ambiental,
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TÓPICO 4 | A ABRANGÊNCIA DA QUESTÃO SOCIAL E SUAS INÚMERAS EXPRESSÕES
EXPRESSÕES SOCIAIS
QUESTÕES SOCIAIS
A QUESTÃO SEGURIDADE
SOCIAL
Fome, desnutrição, mortalidade infantil, má alimentação,
doenças diversas, drogadição, alcoolismo, tabagismo,
A QUESTÃO SAÚDE
depressão, anorexia, doença ocupacional, diversas
psicopatologias (transtornos mentais), falta de leitos/
A QUESTÃO PREVIDÊNCIA
medicamentos em hospitais, qualidade e eficiência do
SOCIAL
SUS, falta de medicina preventiva, desvalorização dos
profissionais da saúde, falta de estrutura hospitalar,
A QUESTÃO ASSISTÊNCIA
prostituição infantojuvenil, falta de direitos sociais a
SOCIAL
imigrantes (haitianos), estrangeiros, falta de planejamento
e organização nas regiões fronteiriças.
A QUESTÃO DOS DIREITOS
SOCIAIS A IMIGRANTES
Analfabetismo, baixa escolarização, evasão/exclusão
A QUESTÃO EDUCAÇÃO
escolar, falta de qualidade e investimentos, desvalorização
dos profissionais, bullying, tráfico de drogas nas escolas,
A QUESTÃO DA INCLUSÃO
desvalorização e destruição das culturas e tradições locais/
SOCIAL
regionais.
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UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
A QUESTÃO ÉTNICA E
RACIAL
Cultura coercitiva/mutilação genital feminina, xenofobia
A QUESTÃO
(aversão/ódio a estrangeiros), o racismo ou o preconceito
NACIONALIDADE
racial levam à discriminação e à intolerância racial,
assim a discriminação racial é toda ou qualquer
A QUESTÃO RELIGIÃO
quebra do princípio da igualdade: como distinção,
exclusão, restrição ou preferências, motivado por raça,
A QUESTÃO CLASSE
cor, sexo, idade, trabalho, credo religioso, condição
SOCIAL
social de classe, condição física e mental, procedência
nacional ou convicções políticas contra negros, pardos,
A QUESTÃO CONDIÇÃO
brancos; índios, ciganos, judeus, americanos, árabes,
FÍSICA E DE IDADE
alemães, haitianos; refugiados; católicos, evangélicos,
muçulmanos, espíritas; nordestinos, cearenses, gaúchos;
A QUESTÃO DA
a idosos; a pessoas com deficiência; a pessoa/família em
MAIORIDADE PENAL
condição de pobreza; a profissionais do sexo; ativistas
(CRIMINAL)
ou partidários; aumento do uso de usuários de drogas,
especificamente de usuários de crack...
A QUESTÃO INTERNAÇÃO
COMPULSÓRIA DE
USUÁRIOS DE DROGAS
FONTE: A autora (2015)
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TÓPICO 4 | A ABRANGÊNCIA DA QUESTÃO SOCIAL E SUAS INÚMERAS EXPRESSÕES
QUESTÕES SOCIAIS
EXPRESSÕES SOCIAIS
DO PONTO DE VISTA
FAMILIAR
Discórdias familiares, divórcio, negligência, violência
doméstica, abandono infantojuvenil, valores distorcidos,
A QUESTÃO DA FAMÍLIA relações frias/hostis/instáveis/frágeis, passageiras,
NUCLEAR, CONJUGAL OU descaso com o outro, deveres familiares inoperantes,
ELEMENTAR (BIOLÓGICA) fragilização dos vínculos, conflitos/irresponsabilidade na
guarda compartilhada dos filhos, prostituição e trabalho
infantojuvenil, prática do aborto,
D esrespeito, preconceito e discriminação à família
homoafetiva/homoparental (casais do mesmo sexo),
desrespeito, preconceito e discriminação de adoção
por homoafetivos, aumento das famílias recompostas/
A QUESTÃO DAS NOVAS ampliadas/famílias reconstituídas (os meus, os teus e
CONFIGURAÇÕES os nossos), família unipessoal, famílias mononucleares
FAMILIARES ou monoparentais (responsabilidade de um só dos
progenitores), família composta (sociedades poligâmicas)
famílias binucleares – guarda compartilhada (alienação
parental), família extensa – incluindo três ou quatro
gerações, grupos domésticos diversificados...
FONTE: A autora (2015)
UNI
63
UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
UNI
O que dizer sobre o termo que vem sendo utilizado = a nova questão social?
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TÓPICO 4 | A ABRANGÊNCIA DA QUESTÃO SOCIAL E SUAS INÚMERAS EXPRESSÕES
E
IMPORTANT
Alguns autores irão enfatizar que não podemos adotar antigas interpretações e
métodos para novos problemas contemporâneos, visto que o desenvolvimento do capitalismo
globalizado fez emergir novas formas de vida, novos tipos de relações sociais, econômicas,
políticas, culturais, entre outros.
65
UNIDADE 1 | A GÊNESE DA ASSISTÊNCIA E DA QUESTÃO SOCIAL
E
IMPORTANT
66
TÓPICO 4 | A ABRANGÊNCIA DA QUESTÃO SOCIAL E SUAS INÚMERAS EXPRESSÕES
DICAS
Ficha técnica:
Título Original: O Caminho das Nuvens
Gênero: Drama
Direção: Vicente Amorim
Roteiro: David França Mendes
Duração: 85 min.
Ano: 2003
67
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste quarto tópico estudamos a abrangência da questão social e de suas
expressões, no qual foram abordados:
• Que a questão social não é única, porém existem várias, com suas diversas e
multifacetadas expressões.
• Refletimos sobre o termo “nova questão social”, que vem sendo utilizado por
alguns autores.
68
AUTOATIVIDADE
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
69
70
UNIDADE 2
O NEODESENVOLVIMENTO NO
CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e, ao final de cada um deles,
você terá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos realizando as ativi-
dades propostas.
71
72
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico estudaremos aspectos importantíssimos sobre
o acirramento das expressões da questão social, os fatos contemporâneos que
merecem ser discutidos sobre o desenvolvimento e crescimento desenfreado do
capitalismo na contemporaneidade.
Percebemos que adentramos no século XXI por uma via rápida de mão
única, marcada pelo crescimento da economia, pelo mercado de consumo, pelo
aumento progressivo das expressões da questão social, inerentes e indissociáveis
do sistema capitalista atual, onde o que prevalece é um projeto de inovação
e competitividade internacional, que silenciosamente está gerando uma crise
sistêmica que se acentua gradativamente.
[...] a questão social é a aporia das sociedades modernas que põe em foco
a disjunção, sempre renovada, entre a lógica do mercado e a dinâmica
societária, entre a exigência ética dos direitos e os imperativos de eficácia
da economia, entre a ordem legal que promete igualdade e a realidade
73
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
74
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
75
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Assim, não tem como existir a globalização sem localização. Assim, sob o
ponto de vista social, cultural, político e geográfico, para que a mundialização da
economia seja alcançada é necessária a articulação ampliada dos territórios locais
com a economia mundial, criação de uma cultura universal planetária e difusão
entre outras, universalidade de valores e de conhecimentos. Nesse sentido, Ianni
(1994b, p. 8) descreve que:
76
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
FIGURA 13 – GLOBALIZAÇÃO
77
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
79
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
80
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
E
IMPORTANT
O documentário O Mundo
Global Visto do Lado de
Cá revela a globalização a
partir da visão do
professor Milton Santos,
grande pensador,
considerado por muitos o
maior geógrafo brasileiro,
que foi um crítico da
globalização perversa e o
único estudioso, fora do
mundo anglo-saxão, a
receber o Prêmio Vautrin
Lud, o equivalente ao
Nobel na geografia.
Ficha técnica:
Título Original: Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado
de Cá
Gênero: Documentário
Tempo de duração: 89 minutos
Ano de lançamento (Brasil): 2007
81
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Por isso temos que ter a compreensão de que a “Questão Social” não é tema
unicamente objeto próprio e único do Serviço Social, mas na sociedade moderna
abrange uma postura ética de diversos profissionais que almejam a qualidade
de vida na sociedade, uma condição civil de direitos e dignidade humana, não
somente para alguns, mas para toda coletividade que almeja uma nova ordem
societária.
82
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
E
IMPORTANT
83
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
84
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
85
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
86
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
Por isso o assistente social não pode deixar de aprofundar cada vez mais o
tema da complexidade, que também condiz com o tema da “questão social”, numa
perspectiva de atitude crítica, reflexiva e interventiva no enfrentamento à pobreza
e da desigualdade social em todos os âmbitos, para a melhoria da qualidade de
vida das pessoas na sociedade em todos os sentidos.
87
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
88
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
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IMPORTANT
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UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
E
IMPORTANT
90
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
91
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
p. 15) enfatiza que “A ética não pode escapar dos problemas da complexidade. Isso
nos obriga a pensar a relação entre conhecimento e ética, ciência e ética, política e
ética, economia e ética”.
92
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
93
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
E
IMPORTANT
94
TÓPICO 1 | O SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO, LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO
LEITURA COMPLEMENTAR
Erich Fromm
TER OU SER?
Nunca poderei estar satisfeito, porque não existe fim para os meus desejos;
devo sentir inveja daqueles que têm mais e receio daqueles que têm menos. Mas
tenho de reprimir todos estes sentimentos para poder revelar-me (aos outros e a
mim próprio) como o ser humano sorridente, racional, sincero e amável que toda
a gente pretende ser. “A paixão pelo ter conduzirá a uma interminável luta de
classes”. Na sociedade medieval, como em muitas outras altamente desenvolvidas
95
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
mesmo tempo exige que se consuma cada vez mais, porque tudo o que se consumiu
depressa perde o seu caráter satisfatório. Os modernos consumidores podem
identificar-se pela seguinte fórmula: Eu sou igual ao que tenho e ao que consumo”. [...]
REFERÊNCIA:
FROMM, Erich. Ter ou ser? Disponível em:
<http://dhnet.org.br/direitos/filosofia/erich_fromm_ter_ser.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2015.
97
RESUMO DO TÓPICO 1
No Tópico 1, da Unidade 2, do Caderno de Estudos, estudamos a
mundialização da economia, o processo de globalização para a manutenção,
o desenvolvimento do capitalismo e o acirramento das expressões da questão
social. Foram abordados os seguintes temas:
98
AUTOATIVIDADE
99
100
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico estudaremos a nova institucionalidade brasileira frente às
novas expressões sociais, ou seja, aprofundaremos o significado e a abrangência
das políticas sociais e as políticas públicas do Estado brasileiro.
101
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Magna Carta (Great Charter, 1215), que surgiu o embrião do que seriam
os Direitos Humanos. Não que esse documento tratasse especificamente
disso, mas havia menções à liberdade da Igreja em relação ao Estado
(embora de maneira nenhuma consagrasse a tolerância religiosa)
e à igualdade do cidadão perante a lei. Com efeito, o parágrafo 39
declarava: “Nenhum homem livre poderá ser preso, detido, privado de
seus bens, posto fora da lei ou exilado sem julgamento de seus pares ou
por disposição da lei”. (BRAYNER; LONGO; PEREIRA, 2014).
Podemos enfatizar que no decorrer da história, algumas declarações e
constituições foram instituídas no período de 1776 a 1789, com o intuito de garantir
alguns direitos humanos essenciais, como, por exemplo, a Declaração de Direitos
de Virgínia, a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, a
Constituição Norte-Americana, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
e a Constituição Francesa.
102
TÓPICO 2 | A NOVA INSTITUCIONALIDADE BRASILEIRA FRENTE ÀS EXPRESSÕES SOCIAIS
103
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
Assim, sobre as origens das políticas sociais, podemos enfatizar que algumas
iniciativas pontuais com características assistenciais são identificadas como protoformas de
políticas sociais. Podemos entender como protoformas as instituições sociais com origem
confessional, de ajuda, caridade, solidariedade e práticas de filantropia segundo a ética cristã.
UNI
105
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Já em 1889 foi criada uma lei que enfatizava o seguro invalidez e o seguro
velhice, custeados pelos trabalhadores, empregadores e Estado. Assim, podemos
perceber, em termos gerais, que o nascimento da previdência social se deu na
Alemanha, onde se processava uma transição entre o Estado Liberal para o Estado
do Bem-Estar Social. Também na Grã-Bretanha, em 1864, foram criadas algumas
legislações trabalhistas, sendo adotado, posteriormente, entre 1905 e 1911, um
sistema progressivo de proteção nacional (PEREIRA, 2001).
Foi assim que o sistema previdenciário alemão, implantado entre
1883 e 1889, pelo chanceler Otto von Bismarck, representou a primeira
intervenção orgânica do Estado nas relações de trabalho industrial.
Foi assim, também, que na Grã-Bretanha surgiu em, 1864, a legislação
fabril e, entre 1905 e 1911, foi adotado um sistema de seguro nacional
progressivo. (PEREIRA, 2001, p. 31).
UNI
107
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
108
TÓPICO 2 | A NOVA INSTITUCIONALIDADE BRASILEIRA FRENTE ÀS EXPRESSÕES SOCIAIS
FONTE: Adaptado de: VIANNA, Maria Lucia Teixeira Werneck. Em torno do conceito de
política social: notas introdutórias. 2002. Disponível em: <http://www.enap.gov.br/downloads/
ec43ea4fMariaLucia1.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2014.
UNI
109
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
A política: “São guias para a ação, são regras estabelecidas para governar
funções e assegurar que elas sejam desempenhadas de acordo com os objetivos
desejados”. (CHIAVENATO, 2003 apud DICIONÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, 2007, p. 84).
UNI
110
TÓPICO 2 | A NOVA INSTITUCIONALIDADE BRASILEIRA FRENTE ÀS EXPRESSÕES SOCIAIS
UNI
111
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
Existe diferença entre política pública e política social? Qual é o significado de cada uma?
112
TÓPICO 2 | A NOVA INSTITUCIONALIDADE BRASILEIRA FRENTE ÀS EXPRESSÕES SOCIAIS
113
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
114
TÓPICO 2 | A NOVA INSTITUCIONALIDADE BRASILEIRA FRENTE ÀS EXPRESSÕES SOCIAIS
115
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
116
TÓPICO 2 | A NOVA INSTITUCIONALIDADE BRASILEIRA FRENTE ÀS EXPRESSÕES SOCIAIS
119
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste segundo tópico estudamos a nova institucionalidade brasileira
frente às expressões sociais, compreendendo os seguintes aspectos:
• Identificamos três grandes fases da política social, sob o ponto de vista histórico,
e vimos que as políticas sociais, de modo geral, são modalidades da política
pública, são necessárias para a concretização da cidadania, assim as políticas
sociais no sentido direcionado à proteção social são criadas, formuladas,
reguladas, ampliadas, revistas, renovadas, transformadas e se efetivam no seio
da sociedade, garantindo a inclusão social e a diminuição da desigualdade
social.
120
AUTOATIVIDADE
I- Nova institucionalidade.
II- Políticas públicas
III- Políticas sociais
IV- Fases históricas da política social
( ) I – IV – III – II.
( ) III – II – IV – I.
( ) III – IV – I – II.
( ) I – III – II – IV.
121
122
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico estudaremos a necessidade e a função das políticas públicas,
das políticas sociais e o desenvolvimento dos sistemas de proteção social no que diz
respeito à ampliação das políticas sociais brasileiras em sua nova institucionalidade,
especificamente, a de assistência social.
123
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
124
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
FONTE: SÁ, Clara Carolina de. Sistema único de assistência social – SUAS. Departamento
de Gestão do SUAS. Secretaria Nacional de Assistência Social. Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 2013. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/
marciasilva65/apresentacao-vinculo-suas-loas>. Acesso em: 25 jan. 2015.
UNI
Aposentadoria Especial
Aposentadoria por Idade Rural
Aposentadoria por Idade Urbana
Aposentadoria por Idade da Pessoa com Deficiência
Aposentadoria por Tempo de Contribuição Previdenciária
Aposentadoria por Tempo de Contribuição da Pessoa com Deficiência
Aposentadoria por Tempo de Contribuição Previdenciária de Professor
Aposentadoria por Invalidez
Salário-maternidade
Salário-família
Auxílio-acidente
Auxílio-reclusão
Pensão por morte
Benefício de Prestação Continuada (que não pode ser acumulado com outro
benefício no âmbito da Seguridade Social, como, por exemplo, aposentadoria e
pensão).
126
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
E
IMPORTANT
UNI
127
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Temas tais como o significado de saúde, visto que não pode ser considerada
como a simples ausência de doença, a concepção de integralidade e universalidade,
de intersetorialidade e integração em rede, a importância da participação social,
como também o envolvimento, comprometimento e interdisciplinaridade, vistos
os diversos desafios e enfrentamentos na área da saúde, que não deixam de lado a
complexidade da sociedade atual.
128
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
Salienta-se que tendo em vista que a saúde é uma política pública de direito
constitucional, portanto, deve ser garantida não somente com a democratização
do acesso do sujeito às políticas públicas de saúde, mas, sobretudo à melhoria
da qualidade de vida das pessoas em todos os sentidos. Nesse contexto, cabe ao
profissional de Serviço Social, por meio de sua prática, ampliar e contribuir para
esta garantia.
130
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
132
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
FONTE: SÁ, Clara Carolina de. Sistema único de assistência social – SUAS.
Departame nto de Gestão do SUAS. Secretaria Nacional de Assistência Social.
Ministério do Desen volvimento Social e Combate à Fome. 2013. Disponível em:
<http://pt.slideshare.net/marciasilva65/apresentacao-vinculo-suas-loas>. Acesso
em: 25 jan. 2015.
133
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Art. 2º A assistência social tem por objetivos: (Redação dada pela Lei nº
12.435, de 2011)
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à
prevenção da incidência de riscos, especialmente:
134
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
UNI
135
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
Caso queira saber mais e se aprofundar nos termos corretos que devemos adotar,
estude a cartilha “Politicamente correto e direitos humanos”, disponível na internet.
136
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
UNI
137
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Efetiva alguns decretos, sendo um deles o Decreto n.º 5.209/2004, que cria o
Programa Bolsa Família, dentre outros e outras ações normativas.
FONTE: Adaptado de: COLIN, Denise. NOB SUAS 2012. Secretaria Nacional de Assistência Social.
Out., 2012. Disponível em: <file:///C:/Users/ACER/Downloads/SNAS_NOB%20SUAS%20-%20
Denise%20Colin_06.11.2012%20(2).pdf>. Acesso em: 15 jan. 2015.
138
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
FONTE: SÁ, Clara Carolina de. Sistema único de assistência social – SUAS.
Departamento de Gestão do SUAS. Secretaria Nacional de Assistência Social. Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 2013. Disponível em: <http://pt.slideshare.
net/marciasilva65/apresentacao-vinculo-suas-loas>. Acesso em: 25 jan. 2015.
139
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
140
TÓPICO 3 | A CRIAÇÃO E AMPLIAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS
141
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico estudamos a nova institucionalidade brasileira frente às
novas expressões sociais, o significado e a abrangência das políticas sociais e as
políticas públicas do Estado brasileiro, a evolução histórica da política social e a
relação entre o Estado e a sociedade frente à questão social no que diz respeito
aos padrões de proteção social, em que foram abordados os seguintes temas:
142
AUTOATIVIDADE
( ) V – V – F – V.
( ) V – F – V – F.
( ) F – V – F – V.
( ) V – V – F – F.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
143
144
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Muitas alterações foram realizadas no âmbito das políticas sociais no
Brasil, prevalecendo a ampliação e criação de serviços e programas de benefícios
e transferência de renda, diante do aumento da pobreza, da exclusão social e da
desigualdade social no país.
2 CARACTERIZAÇÃO DA TIPIFICAÇÃO
Os sistemas de proteção social são formas institucionais que as sociedades
ditas democráticas procuram efetivar a fim de atender às demandas sociais
decorrentes de diversas vulnerabilidades sociais que pessoas, grupos, famílias,
segmentos enfrentam na conjuntura em que vivem.
145
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
146
TÓPICO 4 | A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS
147
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
148
TÓPICO 4 | A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS
UNI
saúde física e psíquica, são casos extremos que inabilitam e invalidam, de maneira
imediata ou no futuro, pessoas, grupos ou famílias, envolvendo violência, maus
tratos, abandono, negligência, desnutrição, privação de bens, vivência na rua,
dependência química, dentre outras situações desumanas (KAUCHAKJE, 2011).
SITUAÇÕES DE CONDIÇÕES DE
VULNERABILIDADE SOCIAL RISCO SOCIAL
Fragilidade de vínculos de afetividade Perda total ou parcial dos bens – vítima
/relacionais; de pertencimento de sinistros (desabamento / enchente/
sociabilidade. incêndio).
Discriminação por: etnia, gênero, Exploração no trabalho;
orientação sexual / opção pessoal, faixa Trabalho infantil;
etária, deficiências. Trabalho escravo.
Redução da capacidade pessoal / Violência doméstica (física e/ou
Desvantagem. psicológica), maus tratos.
Em situação de rua / população de
Discriminação de deficiência (auditiva,
rua, situação de mendicância/ sem
física, mental, visual e múltiplas).
domicílio fixo/ sem moradia.
Problemas de subsistência, ausência de
Assédio sexual.
renda; desnutrição.
Privação de condições dignas de
Desemprego de longa duração.
sobrevivência.
Conflito com a lei (no caso dos Dependentes químicos/usuários de
adolescentes infratores). drogas.
Inserção precária ou não inserção no
Violência física, abuso sexual, pedofilia.
mercado de trabalho formal e informal.
Negligência; descaso; falta de cuidados. Abandono.
FONTE: A autora, 2015 (adaptado)
151
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
152
TÓPICO 4 | A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS
UNI
Foi possível compreender um pouco mais sobre a amplitude das políticas públicas,
especificamente sobre a política de assistência social no Brasil?
Esperamos que sim!
153
UNIDADE 2 | O NEODESENVOLVIMENTO NO CAPITALISMO E O ACIRRAMENTO DAS
EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
154
TÓPICO 4 | A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS
156
TÓPICO 4 | A TIPIFICAÇÃO NACIONAL DE SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS
FONTE: BRANDÃO, Thiago Bazi; ALMEIDA, Adriana Alves dos Reis. Os desafios da atuação do
assistente social com família no campo socioassistencial, 2014. Trabalho de Conclusão de Curso.
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Lato Sensu em (Serviço Social, Política Social e Família).
Universidade Católica de Brasília. Disponível em: <http://repositorio.ucb.br/jspui/handle/10869/3346>.
Acesso em: 15 fev. 2015.
157
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste quarto tópico estudamos a tipificação nacional de serviços
socioassistenciais, compreendendo os seguintes aspectos:
158
AUTOATIVIDADE
I – TIPIFICAÇÃO.
II – CRAS.
III – CREAS.
IV – NOB SUAS.
a) ( ) I – IV – III – II.
b) ( ) IV – II – I – III.
c) ( ) II – I – IV – III.
d) ( ) I – III – II – IV.
159
160
UNIDADE 3
REDISCUTINDO AS QUESTÕES
SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES NA
CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA
ORDEM SOCIETÁRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 3 está dividida em quatro tópicos e, ao final de cada um deles,
você terá a oportunidade de ampliar seus conhecimentos realizando as ativi-
dades propostas.
161
162
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Este primeiro tópico tem por objetivo apresentar algumas reflexões
a respeito das possibilidades e alternativas de reversão do agravamento das
expressões sociais da questão social no Brasil.
163
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Assim, até por uma questão cultural fomentada pela ideologia capitalista,
muitos possuem uma visão comum e distorcida sobre o termo qualidade de vida,
como por exemplo, para algumas pessoas ter emprego e dinheiro é ter qualidade de
vida, pois consideram que conseguem comprar o que precisam, assim, a felicidade
está condicionada e associada ao valor e poder de compra e consumo.
164
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
encontrar respostas para uma questão emergente, que diz respeito à questão
salarial na sociedade. Assim, o enfrentamento realizado pelo Estado deve ser
direcionado para a constituição de um Estado Social, promotor de coesão social,
ou melhor descrevendo, um Estado Democrático de Direito. “De um lado, em sua
obra inicial, R. Castel aponta uma crítica ao Estado e sua capilaridade, de outro
lado, em obras recentes, delineia uma defesa do Estado e clama justamente pela
expansão desses canais longínquos de proteção social”. (SILVA, 2012, p. 67).
DESAFIOS FRENTE ÀS
QUESTÕES SOCIAIS NO
NECESSIDADES E PRIORIDADES
BRASIL
165
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
166
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Para explicar de forma mais objetiva e clara, segue uma visão geral e ampla
dos princípios e poderes da República Federativa do Brasil, assim podem ser
compreendidos na figura a seguir.
167
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
168
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Ainda sobre a reforma política, Krause (2008, p. 124), descreve que “[...]
uma possível reforma política não irá instaurar a democracia, mas aperfeiçoá-la.
Não se refere a uma mudança de natureza do regime, mas da sua qualidade”.
Assim, enquanto uns acham que estão vivendo melhor sendo beneficiados
com várias vertentes de alguns míseros benefícios sociais, outros indivíduos vão
169
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Agora, sob o ponto de vista protecionista, tendo como base a visão daqueles
que estão no poder e que efetivam as políticas públicas e sociais no Brasil, a
miséria foi combatida no país, a desigualdade social diminuiu significativamente,
a qualidade de vida das pessoas melhorou, e muito, os investimentos na área
social estão garantindo todos os direitos sociais à população vulnerável no país. A
democracia e a cidadania estão sendo efetivadas de fato no Brasil, a partir de todo
esforço do Estado por meio das políticas públicas e sociais, onde a inclusão social
de milhões de brasileiros está sendo efetivada e garantida pelo Estado Democrático
de Direito conforme a Constituição Federal.
Bem, temos que analisar esses dois pontos de vista, pois ambos são, em
parte, coerentes e, em parte, duvidosos!
170
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
171
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
173
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
174
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Nessa lógica de se ter tempo apenas para ganhar dinheiro, mesmo que de
forma multifacetada e informal, o lazer, o descanso, o happy hour estão se tornando
175
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Parece que a única saída seria uma luta travada de pensamento, uma luta
pedagógica, um esforço contínuo e diário do pensar crítico, vigilância da mente
e do comportamento 24 horas por dia, não se submetendo à lógica da ideologia
simbólica do capitalismo, que além de explorar nosso corpo, explora também
nosso pensar, nosso gostar, nossa maneira autêntica de ser, nossa identidade,
nossa cultura, nossos valores, nossas reais necessidades.
177
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
179
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Verificamos que, até por quase não existir mais a chamada “classe
proletariada”, o que está ocorrendo na atualidade, pelo menos é o que se presencia,
é que estão surgindo outras classes sociais e outros movimentos sociais, não mais
ligados diretamente a classe trabalhadora, mas ligados a outros segmentos sociais,
grupos mais específicos da sociedade brasileira, considerando os novos excluídos
sociais, pessoas e grupos sem garantia de qualidade de vida, dignidade, igualdade
e respeito, configurando no cenário brasileiro, novas expressões da questão social
no Brasil.
do PT que tem como Presidente, Dilma Rousseff, sucessora de Luís Inácio Lula da
Silva, que ficou no poder durante oito anos.
Esse ato político que ocorreu de forma pacífica em todo território nacional,
mostrou dois novos movimentos sociais, não rurais como o MST, mas urbanos,
caracterizados como apartidários, sendo um deles, o “Movimento Vem pra Rua”
e o outro “Movimento Brasil Livre”. Também presenciamos a participação de um
novo movimento social no Brasil que é o movimento dos trabalhadores sem teto,
o MTST.
181
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
182
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
183
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
184
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
185
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Porém, como ter saúde, onde não se propicia um cuidado com o meio
ambiente? Como viver bem em grandes centros urbanos com tanta poluição,
violência, barulho, pressão psicológica, congestionamento, enchentes, falta de
água, de luz, de lazer, baixos salários, insegurança no emprego, na cidade, na rua,
na praia, no trânsito, entre tantos outros problemas urbanos?
186
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
187
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
188
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
189
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Muito é preciso fazer, os desafios não são “humildes”, mas estão revestidos
de “soberba”, difíceis de serem alterados de fato, pois também precisamos de dados
concretos e específicos, porém faltam estudos, pesquisas, pesquisas aplicadas no
sentido de evidenciar a resolução de problemas diversos que são considerados
como entraves para a qualidade de vida no planeta.
190
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
191
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
192
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
A seguir, uma visão geral dos eixos do Plano Brasil Sem Miséria – BSM.
193
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
UNI
UNI
198
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Muitas organizações sem fins lucrativos, não estão voltadas para uma
democracia participativa e libertadora. Nesse sentido, percebe-se que existem
ONGs que exercem sua real função, não assumindo ações do Estado, mas são
efetivos motores de transformação social, uma nova forma de fazer política,
visto que a ética política se faz valer, assim a questão social e suas expressões são
reconhecidas e enfrentadas com o objetivo de transformação em demanda política
e em responsabilidade pública e não ao contrário.
199
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Frente a todo esse aparato de instituições sem fins lucrativos, que no fundo
acabam acatando funções que são do Estado, foi criada uma lei específica sobre essa
questão da legitimação das mesmas, a Lei nº 13.019/2014. Esta lei criada em 2014,
trata do regime jurídico das parcerias do Estado com as instituições do Terceiro
Setor, no sentido de fortalecer o controle interno e externo no que diz respeito
às prestações de contas das instituições, pois muitas ONGs acabam sendo alvos
fáceis de lavagem de dinheiro, desvios de verbas, irregularidades financeiras,
apropriação indébita por seus dirigentes, entre outras falcatruas.
200
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
Para lhe auxiliar segue a lista de desafios a ser enfrentada em nível macro
que pode nos dar base para reflexões de ações cotidianas.
201
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
202
TÓPICO 1 | POSSIBILIDADES E ALTERNATIVAS DE REVERSÃO DO AGRAVAMENTO
DAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL
203
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
UNI
Conseguiu refletir e rever suas ações na sociedade, o que você enquanto pessoa
está fazendo ou poderia fazer para o enfrentamento do agravamento das expressões sociais
no seu meio?
UNI
204
RESUMO DO TÓPICO 1
205
AUTOATIVIDADE
206
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Iremos analisar e discutir, neste segundo tópico, a construção de uma nova
ordem societária, procurando sintonizar o serviço social na contemporaneidade,
enfatizando as estratégias e o projeto profissional do serviço social no enfrentando
das expressões sociais.
Bem, diante das reflexões sobre a construção de uma nova ordem societária
para o nosso país e população, muitos questionamentos e preocupações perpassam
nossa consciência profissional, dentre elas podemos enfatizar:
207
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
ATENCAO
208
TÓPICO 2 | REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA: SINTONIZAN-
DO O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
Não podemos negar que os assistentes sociais estão inseridos num terreno de
incoerências, nesse sentido os profissionais buscam e priorizam o desenvolvimento
social e não o desenvolvimento econômico, valorizam essencialmente o ser humano
e não o capital. Os profissionais procuram defender a democracia, os direitos
sociais, os valores éticos, uma sociedade justa e emancipada onde as pessoas
possam ser libertas das diferentes formas de dominação, alienação, desigualdade,
intolerância e desrespeito.
209
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
210
TÓPICO 2 | REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA: SINTONIZAN-
DO O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
211
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
FONTE: CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL – CFESS. Atribuições privativas do/a assistente
social em questão. 1ª edição ampliada. 2012. Gestão “Tempo de Luta de Resistência” (2011-2014).
CFESS: Brasília (DF), 2012. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/atribuicoes2012-
completo.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2015.
212
TÓPICO 2 | REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA: SINTONIZAN-
DO O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
ATENCAO
213
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
214
TÓPICO 2 | REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA: SINTONIZAN-
DO O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
215
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
216
TÓPICO 2 | REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA: SINTONIZAN-
DO O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
217
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
DICAS
218
TÓPICO 2 | REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA: SINTONIZAN-
DO O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
219
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
220
TÓPICO 2 | REFLEXÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA: SINTONIZAN-
DO O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE
FONTE: REIS, Braz Moraes dos. Projeto ético-político. CRESS 17ª Região/ES – Gestão 2008-2011.
Disponível em: <http://cress-es.org.br/projetoetico.htm>. Acesso em: 29 mar. 2015.
221
RESUMO DO TÓPICO 2
222
AUTOATIVIDADE
223
224
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Este terceiro tópico tem por objetivo apresentar algumas reflexões que
envolvem a abrangência da desigualdade social na contemporaneidade, que
abrangem muitas regiões do mundo e do Brasil, impondo a milhares de pessoas
uma condição de injustiça social sem acesso à qualidade de vida e aos mesmos
benefícios, serviços, renda, oportunidades que alguns poucos possuem.
UNI
225
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Não se pode dizer que haja uma desigualdade natural intrínseca, assim a
“diferença” não é o mesmo que “desigualdade”, embora os dois termos até sejam
usados como sinônimos.
Para esclarecer melhor, Barros (2005, p. 345, grifos do autor), focando sua
análise entre igualdade e diferença e entre igualdade e desigualdade descreve:
226
TÓPICO 3 | A DESIGUALDADE SOCIAL E CONCEPÇÕES DOS SISTEMAS DE INDICADORES
227
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
228
TÓPICO 3 | A DESIGUALDADE SOCIAL E CONCEPÇÕES DOS SISTEMAS DE INDICADORES
229
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Índices Utilizados
230
TÓPICO 3 | A DESIGUALDADE SOCIAL E CONCEPÇÕES DOS SISTEMAS DE INDICADORES
Renda Per capita – Ou rendimento per capita (do latim = por cabeça, ou
por pessoa), é um indicador que auxilia para saber o grau de desenvolvimento
de uma determinada região, onde é extraído o resultado da soma de todos
os salários da população e dividido pelo número de habitantes, quando,
do resultado, se obtém o produto nacional bruto. Embora seja um índice
muito válido, é paliativo para mensurar a desigualdade social, pois não leva
em conta as disparidades entre as diferentes classes sociais decorrentes no
processo de cálculo.
FONTE: LÚCIO, Charlyson Willian Freitas. Desigualdade social. 2011. In: KERDNA PRODUÇÃO
EDITORIAL. Brasil e cidadania – desigualdade social. 2015. Disponível em: <http://www.kerdna.
com.br/mos/view/Brasil_e_Cidadania/>. Acesso em: 30 mar. 2015.
231
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Amartya Sen pensa a pobreza não sendo mensurável apenas pelo nível
de renda (ou pobreza absoluta), mas como a privação de capacidades
básicas que envolve acessos a bens e serviços; inclusive por isso lhe é
atribuída a formulação de pobreza na sua multidimensionalidade. Para
ele, o analfabetismo, a doença, a miséria, a falta de acesso ao crédito,
a falta de acesso aos serviços públicos e a exclusão da participação
social e política, assim como outras, revelam-se como “privações de
capacidades”, que impedem a superação da pobreza. (SIQUEIRA, 2012,
p. 361-362).
O QUE É O IDH
O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano foi o de oferecer
um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB)
per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya
Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma
medida geral, sintética, do desenvolvimento humano.
Apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não
abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da
"felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver".
Democracia, participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos
aspectos do desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH. O IDH
tem o grande mérito de sintetizar a compreensão do tema e ampliar e fomentar
o debate.
Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano completou 20 anos,
novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH. Atualmente, os
três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da
seguinte forma:
• Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida.
• O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: i) média de anos de
educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos
durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de
escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total
232
TÓPICO 3 | A DESIGUALDADE SOCIAL E CONCEPÇÕES DOS SISTEMAS DE INDICADORES
233
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
234
TÓPICO 3 | A DESIGUALDADE SOCIAL E CONCEPÇÕES DOS SISTEMAS DE INDICADORES
Mesmo que o país tenha avançado nas últimas décadas, sendo considerado
“Alto Desenvolvimento Humano”, no entanto, verificamos que as desigualdades
sociais no Brasil persistem, e que este índice parece não condizer com a realidade
social atual, no que diz respeito ao acirramento das expressões sociais no país.
236
TÓPICO 3 | A DESIGUALDADE SOCIAL E CONCEPÇÕES DOS SISTEMAS DE INDICADORES
• Índice de Gini
• Índice do Produto Interno Bruto (PIB)
• Renda Per capita
• Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
• Índice da Pobreza Humana (IPH)
• Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), bem como os indicadores
complementares de desenvolvimento humano (IDH – IDHAD, IPM e IDG):
o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)
o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)
o Índice de Desigualdade de Gênero (IDG).
UNI
237
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
Com isso pode-se ter uma visão mais aprofundada de alguns dos principais
fatores que caracterizam a pobreza, o que permite delinear políticas públicas de
proteção social voltadas para essa população.
Devem ser incluídas no Cadastro Único as famílias de baixa renda que são
aquelas com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo e as
que possuam renda familiar mensal de até três salários mínimos.
Além disso, famílias com renda superior a três salários mínimos poderão
ser incluídas no Cadastro Único, desde que sua inclusão esteja vinculada à seleção
ou ao acompanhamento de programas sociais implementados por quaisquer dos
três entes da Federação.
Sendo assim, as famílias com renda mensal total superior a três salários
mínimos só devem ser cadastradas por demanda para programas específicos, como
os programas de habitação e saneamento que utilizem os registros do Cadastro
Único para a seleção das famílias.
cadastramento. É possível haver famílias que fizeram cadastro juntas e uma receber
primeiro. Isso ocorre porque o sistema identifica aquelas com menor renda para
fazer a concessão primeiro.
Nos casos em que passado o período de dois anos, caso os cadastros não
tenham sido atualizados ou revalidados, o governo local poderá excluí-los se,
no decorrer dos dois anos subsequentes a família não tiver sido encontrada para
atualização ou revalidação do seu cadastro.
Nos casos relacionados aos itens II e III, a exclusão deverá ser realizada após
a emissão de parecer social, elaborado e assinado por assistente social do governo
local que ateste a ocorrência do motivo da exclusão. O documento elaborado, ou a
cópia, será anexado ao formulário de cadastramento da família e arquivado.
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, bem como orientá-
las sobre a necessidade de atualização cadastral a cada dois anos ou sempre que
houver alteração nos dados cadastrais.
Por ter recebido esta carta significa que eu vou receber meu benefício?
Não. O fato de se ter recebido a carta apenas indica que a família foi incluída
no Cadastro Único, e esse cadastramento não significa a inclusão automática da
família no Programa Bolsa Família. Para começar a receber o benefício, a família
precisa estar dentro dos critérios do Programa, aguardar que o sistema analise
as informações do Cadastro Único e que haja disponibilidade no número de
benefícios para o município.
242
RESUMO DO TÓPICO 3
243
AUTOATIVIDADE
a) ( ) II – V – III – I – IV.
b) ( ) IV – V – II – I – III.
c) ( ) V – II – I – IV – III.
d) ( ) I – III – V – II – IV.
e) ( ) III – I – IV – V – II.
244
2 Faça uma pesquisa sobre o IDH da sua região (Centro-Oeste, Nordeste,
Norte, Sudeste ou Sul) e sobre o IDHM do seu município, procure acessar
os dados e os números do desenvolvimento humano, acessando o site:
<http://www.atlasbrasil.org.br/2013/>. Anote todos os aspectos relevantes e
discuta em sala de aula com os demais colegas, averiguando se esses dados
realmente estão condizentes com a realidade visível de sua região, bem como
comparando com as expressões sociais visíveis em seu município.
245
246
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico refletiremos sobre a reconstrução de uma sociedade
emancipada no sentido de discutir a redução das vulnerabilidades e o reforço a
resiliência, tema de destaque no último relatório de 2014, do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.
247
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
DICAS
Vídeo da palestra, realizada em início dos anos 2000, que lança algumas hipóteses de trabalho
desenvolvidas pelo Prof. José Paulo Netto sobre o debate contemporâneo entre as correntes
de pensamento modernas e pós-modernas.
Evento organizado pelo Núcleo de Estudos em Sociologia do Trabalho – NEST da UERJ.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fHrZi1F7jd4>.
248
TÓPICO 4 | RECONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE PELA REDUÇÃO DAS VULNERABI-
LIDADES E REFORÇO A RESILIÊNCIA HUMANA
249
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
Mudar o Mundo – a serem alcançadas pelas nações até o ano de 2015”. (INSTITUTO
GRPCOM, 2015).
• reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população com renda abaixo da
linha da pobreza; e reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população
que sofre de fome;
• garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, de todas as regiões
do País, independentemente da cor, raça e sexo, terminem o ensino fundamental;
• eliminar a disparidade entre os sexos no ensino fundamental e médio;
• reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade materna de crianças menores de
5 anos;
250
TÓPICO 4 | RECONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE PELA REDUÇÃO DAS VULNERABI-
LIDADES E REFORÇO A RESILIÊNCIA HUMANA
251
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
252
TÓPICO 4 | RECONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE PELA REDUÇÃO DAS VULNERABI-
LIDADES E REFORÇO A RESILIÊNCIA HUMANA
253
UNIDADE 3 | REDISCUTINDO AS QUESTÕES SOCIAIS E SUAS EXPRESSÕES
NA CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ORDEM SOCIETÁRIA
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Esses bens públicos reduzem a pressão que recai sobre os indivíduos que
têm de tomar decisões difíceis: as pessoas não deveriam ter de escolher qual dos
seus filhos deve abandonar os estudos quando perdem o emprego e as propinas
254
TÓPICO 4 | RECONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE PELA REDUÇÃO DAS VULNERABI-
LIDADES E REFORÇO A RESILIÊNCIA HUMANA
Hoje, apenas 20 por cento das pessoas no mundo em idade ativa possuem
uma cobertura adequada da segurança social, sendo que muitas não possuem
qualquer tipo de segurança social. Uma visão mais positiva do domínio público
promoveria a exigência de serviços públicos universais e de uma proteção social
que melhorasse a capacidade de resposta dos indivíduos quando as crises ocorrem.
256
RESUMO DO TÓPICO 4
257
AUTOATIVIDADE
258
REFERÊNCIAS
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agenciabrasil.ebc.com.br/especial/2014-09/desafios-do-brasil>. Acesso em: 13 mar.
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Paulo: Editora Abril. Disponível em: <https://almanaque.abril.com.br/materia/
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dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências, e
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Disponível em: <file:///C:/Users/ACER/Downloads/lei_organica_loas.pdf>.
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Nacional de Assistência Social – PNAS/2004, Norma Operacional Básica – NOB/
SUAS. Brasília, 2005b.
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In: RAICHELIS, Raquel. Entrevista Especial com Rodrigo Castelo. Serv. Soc. Soc.,
São Paulo, n. 119, p. 583-591, jul./set. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/
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ANOTAÇÕES
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