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Atividades

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1. Exercendo essas atividades, os homens


estarão mais expostos. 1 Leia o texto a seguir.
Os homens são as principais vítimas de raios em São
Paulo. Entre 2000 e 2009, 85% das pessoas que morreram
após serem atingidas por descarga elétrica no Estado eram
do sexo masculino.
O Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) identificou
que a agropecuária foi a principal atividade relacionada a
esse tipo de ocorrência. Do total de mortos, 20% eram tra-
balhadores rurais [adultos] que recolhiam animais ou ma-
nipulavam ferramentas como enxada e facão no meio de
plantações. (...) As mortes em campos de futebol vêm na
segunda posição, com 15%. (...)

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/


cotidiano/ult95u690381.shtml>.
Acesso em: 24 jan. 2011.

Um motivo possível que justifica o título da reportagem, com


base no texto e em seus conhecimentos de Física, é:

a) Os homens lideram por terem, em média, mais massa cor-


poral que as mulheres, e a alta incidência de vítimas acon-
tece porque o corpo humano é mais condutivo que os ma-
teriais a sua volta e porque não há para-raios por perto.

b) Em função o trabalho que exercem, os homens andam com


mais objetos metálicos “agregados” aos seus corpos. É de
se supor que possam estar molhados ou submetidos à umi-
dade relativa do ar — como se sabe, a água é boa condutora
de eletricidade.

X c) Os adultos, sobretudo os homens, exercem mais atividades


ao ar livre, como o futebol e a agropecuária, estando em
regiões onde não há para-raios (ao ar livre, em pastos etc.)
e manipulando materiais condutivos.

d) O corpo do homem é mais condutivo que o das mulheres.


As atividades que eles desenvolvem também estão mais
associadas à eletricidade.

e) Em pastos e regiões mais descampadas, os homens aca-


bam por atuar como para-raios porque, em média, são
mais altos que as mulheres.

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2 Considere a seguinte tabela: 2. Pele seca: U = R ∙ i ⇒ 12 = 100.000 ∙ i ⇒


⇒ i = 0,00012 A
Intensidade da corrente Sintomas provocados Pele molhada: U = R‘ ∙ i‘ ⇒ 12 = 100 ∙ i‘ ⇒
⇒ i‘ = 0,12 A
0,001 A Sensação de ligeiro formigamento. Com a pele seca, a pessoa não sentirá
qualquer sintoma, pois será um valor
Pode causar dores e espasmos muscula- abaixo do de formigamento; com a pele
0,01 A
res, mas provavelmente não será fatal. molhada, ela sentirá um potente choque
que poderá levá-la à morte por fibrilação
Pode levar à morte porque o coração cardíaca.
0,1 A pode vir a bater com irregularidade e
desenvolver uma fibrilação cardíaca.
Parada cardíaca, queimaduras, danos ao
Maior que 0,1 A
sistema nervoso, morte.

Se uma pessoa tiver a pele molhada com uma água em que esti-
verem dissolvidos sais (por exemplo, a água do mar), a resistên-
cia da pele diminui razoavelmente, chegando a 100 Ω, contra um
valor para a pele seca de 100.000 Ω. Se a pessoa segurar os polos
de uma bateria de 12 V com as mãos, estando com a pele seca, e
depois fizer o mesmo com a pele molhada, podemos concluir:
X a) Com a pele seca, a pessoa nada sente; com a pele molhada,
há o risco de fibrilação cardíaca e morte.
b) Com a pele seca, sentirá um leve formigamento; com a pela
molhada, correrá o risco de morte por fibrilação cardíaca.
c) Nos dois casos, a morte é certa.
d) No segundo caso, a chance de morte é 1.000 vezes maior que
no primeiro, embora pessoas cardíacas devam temer também
o choque com a pele seca.
e) Nos dois casos, não haverá maiores problemas, ainda mais
considerando-se que hoje em dia a maior parte dos calçados
é isolante.

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3 Observe esta foto, em que pássaros estão pousados em fios de alta


tensão.
Thinkstock/Getty Images

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3. O
 s pássaros pousam com os dois pés Sabemos que a diferença de potencial (ddp) é uma grandeza que
muito próximos e mantêm quase nula define o trabalho da força elétrica que atua sobre a quantidade de
a diferença de potencial; portanto, a
corrente é quase nula. carga passível de ser transportada entre dois determinados pon-
A resistência dos pássaros não é muito tos. Os pássaros pousam com os dois pés e não são eletrocutados.
grande. Se os dois pontos de contato nos
fios fossem suficientemente afastados, eles A explicação física para isso é:
seriam eletrocutados.
Não é verdade que pelo fato de eles a) Os pássaros precisariam de um terceiro ponto de contato para
estarem no ar precisariam de um terceiro considerarmos uma diferença de potencial ou de polaridade.
ponto para constituir uma diferença de
potencial. Os dois pés pousados um em Como os dois pés são o mesmo polo positivo, eles não são
cada ponto configuram uma ddp. eletrocutados.
A corrente nos fios de alta tensão é, de
fato, mais baixa, mas seria potencialmente X b) Os pássaros pousam com os pés muito próximos. Dessa forma,
perigosa se estabelecêssemos uma ddp a diferença de potencial entre seus pés é quase nula, assim
entre dois pontos afastados do corpo
do pássaro; nesse caso, a corrente seria como a quantidade de carga.
suficiente para uma eletrocução.
Além do exposto, a potência produzida c) A resistência elétrica entre os dois pontos de pouso dos pás-
na geração é que vai dar a quantidade saros é muito grande — o suficiente para bloquear qualquer
de energia para o choque. Uma baixa
corrente multiplicada por uma alta tensão
corrente.
produz uma potência elevada. d) Os pássaros estão no ar. Não há como ter um aterramento que
Por fim, dois pés pousados nos fios não
constituem um único polo positivo. cause uma descarga entre eles e o solo. Dessa forma, não há
eletrocução.
e) Os fios de alta tensão têm uma corrente elétrica muito baixa,
quase infinitesimal. Essa corrente é baixa para que não se per-
ca, pelo efeito da resistência dos fios, a quantidade de energia
que eles transportam em grandes distâncias. Dessa forma, a
resistência corporal dos pássaros dá conta de bloquear qual-
quer corrente.

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 bservando a expressão E ∙ d = U, dada a
4. O
diferença de potencial U entre as nuvens
4 Leia o texto a seguir.
e o solo (que depende do acúmulo e da
distribuição de cargas nessas regiões),
Raios matam 200 pessoas por ano no país.
pontos mais elevados do solo, estando
a uma distância d das nuvens menor,
(...) A maioria dos acidentes com raios ocorre em regiões
acabam por determinar regiões de descampadas, com vegetação baixa. Abrigar-se embaixo das
campo elétrico E mais intenso, tornando
mais provável o rompimento da rigidez
copas das árvores altas é o mais arriscado, pois as descargas
dielétrica do ar. geralmente atingem pontos mais elevados do solo.
Uma alternativa para quem tiver um veículo perto é entrar
no carro e manter portas e janelas fechadas. (...) Nadar, andar
de bicicleta ou motocicleta durante a chuva em locais descam-
pados é fator de alto risco. (...)
Deve-se procurar abrigos protegidos por pára-raios ou cober-
turas com estruturas metálicas aterradas. Se não houver onde se
proteger, o recomendado é ficar agachado com os pés juntos.
José Gonçalves Neto, O Estado de S. Paulo, 28 jan. 2001.

Nas tempestades, o acúmulo de cargas elétricas nas nuvens induz o


acúmulo de cargas de sinais opostos na superfície da Terra logo abai-
xo, criando assim o que se denomina diferença de potencial (U).

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Os raios são descargas elétricas que ocorrem toda vez que o
campo elétrico (E) estabelecido entre as nuvens e a superfície
terrestre (ou o que estiver sobre ela) atinge valores suficientes
para quebrar a rigidez dielétrica do ar, tornando-o, momentanea-
mente, condutor.
A equação que associa diferença de potencial e campo elétrico
uniforme é dada por:
E∙d=U
em que d é a distância entre as regiões onde há o acúmulo de
cargas.
De posse dessas informações, escolha a alternativa que contém as
explicações físicas para a maior ocorrência de relâmpagos em “pon-
tos mais elevados do solo”, como apresentado no texto anterior.
a) Em se tratando de um campo elétrico uniforme, a maior dis-
tância do chão implica uma maior diferença de potencial, o
que aumenta a probabilidade de descargas elétricas.
X b) Pontos mais elevados e em contato com o solo mantêm o
mesmo potencial elétrico que este e, estando a uma distância
menor das nuvens, acabam por promover um campo elétrico
mais intenso, aumentando a probabilidade de ocorrência de
descargas elétricas atmosféricas.
c) Em locais descampados, onde não há muitos pontos de re-
ferência distintos, qualquer ponto mais elevado do solo pro-
move interferências elétricas no ambiente, o que aumenta a
probabilidade da ocorrência de descargas elétricas durante as
tempestades.
d) Como há o acúmulo de cargas elétricas na Terra e nas nuvens,
uma maior proximidade cria maior repulsão elétrica entre as
cargas de mesmo sinal, o que aumenta a probabilidade de
que elas rumem para outros locais na forma de relâmpagos.
e) As cargas elétricas acumuladas nas nuvens apresentam maior
probabilidade de se descarregarem em locais pontiagudos
(por causa do chamado “poder das pontas”), não importando
o fato de eles serem ou não elevados.

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5 Constantemente, as concessionárias de energia elétrica recomen- 5. Trata-se de uma associação em paralelo,


em que a resistência do circuito é
dam que se contrate um eletricista para checar o sistema elétrico diminuída com a adição de novos
de nossa residência, se os fusíveis estiverem queimando ou os aparelhos, implicando um aumento da
corrente elétrica que circula nos fios
interruptores estourando, e que nunca tentemos consertar sem a “comuns” aos circuitos (os fios ditos “dentro
ajuda deste especialista. da parede”), promovendo um maior
aquecimento destes e eventualmente
Outro alerta para a segurança das instalações residenciais é para propiciando o início de um incêndio.
que não usemos um tipo de extensão em “T”, como a foto ilustra.
Com o uso deste aparato — em que são conectados vários eletro-
domésticos — os circuitos elétricos ficam sobrecarregados.

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Dawidson França
Sobre essa associação de ideias, são feitas as seguintes afirmações:
I - Como os fios elétricos apresentam resistência elétrica nula,
o risco de incêndio está associado à maior probabilidade de
queima de algum aparelho quando vários deles estão sendo
usados simultaneamente.
II - A conexão de vários aparelhos em uma única tomada aumenta
a resistência do circuito, provocando um maior aquecimento
por efeito Joule.
III - Muitos aparelhos ligados a uma mesma tomada significam
maior corrente total e, por isso, maior aquecimento dos fios
elétricos dentro da parede.
IV - As várias conexões aumentam a probabilidade de ocorrência
de faíscas nos pontos de contato, implicando um risco maior
de incêndio em situações semelhantes à ilustrada.
Estão corretas as afirmações:
a) I, II e IV. X d)  Somente III.
b) I e III. e)  Todas.
6. Entre as associações que podemos fazer, c) III e IV.
a ligação em paralelo propiciará a menor
resistência equivalente. Isso nos legará o
maior valor possível de corrente. Com a
maior corrente, temos a maior potência.
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Com isso, a água será aquecida no menor
tempo. Dessa forma, é possível que o
trabalho seja feito em tempo. 6 Em um hospital, um enfermeiro acabará seu plantão em 10 minu-
tos e dele é requerido 1 litro de água quente (aproximadamente
55 °C). Ele percebe que tem, no máximo, 3 minutos para conse-
guir esquentar a água. Infelizmente, todos os ebulidores do andar
estão ocupados. Contudo, ele possui 3 resistências, de 120 Ω, 180 Ω
e 240 Ω. Como tem certo conhecimento de eletricidade, sabe que
se associá-las adequadamente poderá produzir o calor necessário
nesses escassos minutos. Ele escolheu uma cuba isolante e fez a
melhor associação possível com as resistências colocando:
X a) as três em paralelo, obtendo o menor valor de resistência
equivalente e isso permitiu que a corrente fosse a maior pos-
sível, assim como a potência.
b) as duas de maior resistência em paralelo e a terceira em série
com elas. Isso fez que a corrente e a potência fossem as maiores
possíveis.

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c) as três em série, obtendo o menor valor possível de resistên-
cia equivalente e, consequentemente, a menor corrente e a
maior potência.
d) as três em série, obtendo o maior valor de resistência equiva-
lente, maior efeito Joule e potência e corrente maiores.
e) as duas menores em série e a maior em paralelo com elas,
obtendo o menor valor de resistência equivalente e, portanto,
maiores efeito Joule, potência e corrente.

7. Nossos automóveis não “são” 220 V e


  c7 • H26  muito menos funcionam com corrente
alternada. Se “fossem” 220 V e houvesse
a necessidade de um transformador
7 Na configuração de um aparelho de telefonia celular, aparece o para abaixar a corrente, ela jamais
valor nominal de voltagem de 3,7 V e valor limite de 4,2 V. seria contínua, porque o princípio de
funcionamento do transformador é a
Contudo, para recarregá-lo, podemos ligá-lo a uma tomada 110 V, alternância de fluxo magnético de um para
pois dentro do carregador de baterias há um transformador. outro enrolamento, o que garante corrente
Os transformadores são usados para elevar ou para abaixar as também alternada no enrolamento do
secundário. Teríamos, então, de retificar a
voltagens da energia elétrica que usamos em nossas residências corrente. Nada disso ocorre no automóvel.
e da que vem das hidrelétricas e termelétricas. As baterias dos automóveis são de 12 V e
operam com corrente contínua.
Na saída da geração da energia elétrica (da hidroelétrica ou da
termelétrica), a voltagem é elevada a valores muito altos. Isso
é feito para que a corrente elétrica seja baixa, perdendo-se com
isso menos energia por efeito Joule nas transmissões que se es-
tendem por quilômetros.
A alternativa que não complementa o que está dito acima é:
a) A potência de geração é a mesma. Como P = U ∙ i, se aumen-
tarmos a ddp, diminuímos a corrente elétrica. O princípio que
justifica o funcionamento dos transformadores é o de conser-
vação de energia.
b) Na entrada de nossas cidades, e também em ruas e residên-
cias, existem transformadores que abaixam a ddp.
c) A rede de 220 V não é mais econômica no sentido de que seu
aparelho de potência definida gaste menos do que o similar na
rede 110 V. A economia ocorrerá na alimentação, porque teremos
uma corrente menor e menos perda de energia por efeito Joule.
X d) Nossos automóveis também trabalham com 220 V em cor-
rente alternada, em função da sua potência. Sua bateria, no
entanto, é de 12 V e provê corrente contínua. Há um transfor-
mador instalado no automóvel.
e) Os transformadores trabalham convertendo tensão do enrola-
mento primário para o secundário de acordo com o número de
espiras dos enrolamentos. Tais enrolamentos ou bobinas estão
em um núcleo de material ferromagnético. O setor que tiver
maior número de espiras terá a maior tensão.

  c6 • H20 

8 No túnel circular do LHC (Large Hadron Colisor ou Grande Colisor


de Hádrons), localizado sob a fronteira entre a Suíça e a França,
são usados poderosos ímãs para acelerar e fazer colidir feixes de

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8. Como se trata de prótons (o que implica prótons. Esses ímãs são construídos com tecnologia de supercon-
carga elétrica positiva), a configuração dutores e funcionam resfriados por hélio líquido a –271,3 °C. Cada
necessária para:
– aumentar o módulo de sua velocidade:
próton chega a até 99,99% da velocidade da luz, perfazendo
campo E & a favor do movimento, de acordo 11.110 voltas no detector, a cada segundo. O estudo dos resulta-
com a equação vetorial: F& = q ∙ E& dos dessas colisões permitirá aos físicos uma maior compreensão
– mantê-lo em movimento circular para
a direita e para baixo: B& “saindo” do plano dos componentes mais elementares da matéria.
da folha, de acordo com a “regra da mão
direita número 2”.
A força elétrica que atua sobre corpos eletricamente carregados
volta-se sempre na direção do vetor campo elétrico: no mesmo
sentido, sobre corpos com carga positiva, em sentido contrário,
sobre corpos com carga negativa.
A força magnética atua sobre corpos eletricamente carregados
em movimento dentro do campo magnético, desde que a veloci-
dade não seja paralela às linhas de campo. A força magnética é
sempre perpendicular, tanto ao campo magnético quanto à velo-
cidade dos corpúsculos carregados.
Levando em consideração essas informações, e adotando os sím-
bolos ⊙ e ⊗ para representar vetores perpendiculares ao plano
da folha (“saindo” e “entrando” nela, respectivamente), aponte
a ilustração que traz uma configuração coerente dos vetores cam-
po elétrico E& e magnético B& quando se deseja acelerar hádrons
em movimento no interior do anel circular do acelerador.
a) d) 
v& v&
E&
E&
B& B& B& B&

b) X e) 
v& v&
E&
B&
E& E& B& B&

c)
v&

B&
E& E&

  c5 • H19 

9 O uso de aparelhos celulares em presídios trouxe algumas espe-


culações sobre como criar um dispositivo elétrico ou magnético
que, em vez de controlar saídas e entradas de aparelhos, pudesse
impedir que, naquele local, fossem feitas ou recebidas ligações
telefônicas.
Para bloquear um telefone celular, é necessário eliminar seus dois
princípios básicos de funcionamento: a troca de mensagens entre
a central e o aparelho celular e a relação entre o sinal recebido e
o ruído do ambiente onde o telefone está.
Destacam-se as duas técnicas mais usadas para realizar esse blo-
queio: a gaiola de Faraday — com telas metálicas à maneira de

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