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Rio de Janeiro
Dezembro/2018
1
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
André Barcaui
Coordenador Acadêmico Executivo
2
DECLARAÇÃO
3
TERMO DE COMPROMISSO
4
AGRADECIMENTOS
5
RESUMO
6
ABSTRACT
7
LISTA DE FIGURAS
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Processos de gerenciamento e áreas de conhecimento 27
Tabela 2 - Modelos gerais de gerenciamento de riscos 32
Tabela 3 - Vantagens e desvantagens das PMEs 43
Tabela 4 - Estrutura empresarial e emprego 44
Tabela 5 - Respostas aos questionários 56
Tabela 6 - Avaliação qualitativa dos riscos do projeto 66
Tabela 7 - Matriz de Probabilidade x Impacto do projeto 67
Tabela 8 - Avaliação quantitativa dos riscos do projeto 68
Tabela 9 - Respostas planejadas aos riscos do projeto 69
Tabela 10 - Reservas de contingência do projeto 71
9
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO 12
1.1. Considerações iniciais 12
1.2. Delimitação 14
1.3. Problema 14
1.4. Objetivos 16
1.5. Justificativa 17
1.6. Metodología 18
1.7. Descrição 18
10
3.1.3. Missão, visão e valores da empresa 52
3.1.4. Entrevista com o Representante Legal 52
3.1.5. Aplicação do questionário sobre gerenciamento de riscos 55
3.2. Modelo de Plano de Gerenciamento de Riscos 56
3.2.1. Apresentação do projeto 57
3.2.2. Identificação dos stakeholders 57
3.2.3. RBS – Risk Breakdown Structure para identificação dos riscos 57
3.2.4. Lista de riscos identificados 57
3.2.5. Diretrizes para qualificação dos riscos 58
3.2.6. Diretrizes para quantificação dos riscos 58
3.2.7. Definir estratégias de resposta aos riscos 58
3.2.8. Controle de mudança de riscos 59
3.2.9. Definir planos de reserva de contingência e reserva gerencial 59
3.2.10. Administração do plano de gerenciamento de riscos 59
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÃO 73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 75
APÊNDICE 79
Apêndice 1 - Questionário da Entrevista com Representate Legal 79
Apêndice 2 - Questionário sobre Gerenciamento de Riscos em Projetos 81
11
1. INTRODUÇÃO
12
ANDRÉS N. BERTOTTO S.A.I.C. (HIDRO GRUBERT), localizada na cidade de Río
Tercero, Província de Córdoba, Argentina.
Na Argentina, existem mais de 850.000 Pequenas e Meias Empresas (PME),
incluindo as Microempresas, que representam o 98% do total do grupo empresarial,
gerando 70% do emprego total com um peso econômico sobre o Produto Interno
Bruto (P.I.B) del 45% (Ministério da Produção em base a AFIP, 2017).
É evidente que este tipo de empresas tem uma presença relevante nos
diferentes setores que compõem a economia argentina, conforme figura 1, por este
motivo a finalidade deste trabalho é propor um modelo de gestão de risco de acordo
com o PMBOK para os projetos, que seja de grande ajuda para identificar, analisar,
quantificar, priorizar e gerar um plano de resposta eficaz que reduza ameaças aos
objetivos dos projetos; e contribuir desta forma para melhorar as condições de
sucesso destas organizações.
13
1.2. Delimitação
1.3. Problema
14
de perigo que os navegantes tinham ao realizar manobras próximas a rochedos
pontiagudos”.
Nas empresas de grande porte, a gestão de riscos em projetos é um assunto
bastante estudado e utilizado, porém ainda é um desafio implantá-lo em pequenas e
médias empresas, que por suas características apresentam algumas deficiências na
sua estrutura organizacional, deste modo o gerenciamento de riscos não é aplicado
de forma estruturada e metódica, gerando ações reativas e não proativas (ISO,
2015).
Segundo a firma de consultoria norte-americana TEN SIX, especializada em
gerenciamento de projetos, uma deficiente gestão de riscos tem a capacidade de
afetar severamente os negócios das organizações. Ela identifica sete impactos
significativos do gerenciamento de risco insatisfatório em projetos: (i) os membros da
equipe não seguem uma metodologia padronizada, (ii) os benefícios não são
alcançados, (iii) os projetos atrasam, (iv) os orçamentos ficam ultrapassados, (v) os
clientes insatisfeitos, (vi) a empresa sofre danos de reputação e, por último, (vii) se
observam falhas gerais nos projetos (TEN SIX, 2017).
A investigação Pulse of the Profession 2015 (PMI), revela que uma boa
competência na gestão de riscos contribui para as organizações avaliar e identificar
os riscos dos projetos, mitigar as ameaças e aproveitar as oportunidades. De fato,
organizações que comunicaram sempre aplicar práticas de gerenciamento de risco
obtiveram resultados consideravelmente melhor em seus projetos, comparado as
organizações que usualmente não aplicam as boas práticas.
O problema identificado é que fazendo uma revisão da literatura científica
mostra a ausência de uma metodologia que permita as pequenas e médias
empresas argentinas avaliar os riscos durante o ciclo de vida dos projetos. De
acordo com Marcella Meira (2016), realizando uma adequada gestão dos riscos “é
possível identificar a probabilidade e o impacto que serão causados sobre o projeto,
podendo assim se planejar para saná-los visando a eficácia do projeto”.
Percebe-se também que os procedimentos utilizados na empresa onde se
pretende aplicar um conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos,
atualmente são moldados de acordo com cada projeto. Não se identificam
metodologias estandardizadas, que orientem aos profissionais envolvidos nos
projetos a uma meta comum utilizando recursos e ferramentas pré-definidas. Isto
15
pode ocasionar regularmente a não identificação dos riscos, acarretando atrasos,
retrabalho e prejuízos financeiros.
1.4. Objetivos
16
1.5. Justificativa
17
1.6. Metodología
1.7. Descrição
18
Finalmente o capítulo 5 resume os principais achados e boas práticas
identificadas, mostrando os benefícios da aplicação de uma metodologia de
gerenciamento de riscos em projetos.
19
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Já a norma NBR/ISO 10006 (2000, p. 2), explica projeto como “um processo
único, consistindo de um grupo de atividades coordenadas e controladas com datas
para início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos
específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos”.
Para Vargas (2003), um projeto é uma sequencia de atividades realizadas para
atingir un objetivo, qualquer seja ele:
“Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado
por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim,
que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido
por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo,
recursos envolvidos e qualidade. ” (VARGAS, 2003, p. 8)
Já para Keeling (2014) o projeto tem como objetivo deve ser a criação de um
produto temporário e único:
“Empreendimento e como tal é um trabalho que visa a
criação de um produto ou a execução de um produto específico
temporário, não repetitivo e que envolve um certo grau de incerteza
na realização. O trabalho normalmente é executado por pessoar que
vão consumir horas, estão limitadas no prazo, custo e escopo. Como
em qualquer empreendimento as atividades precisam ser planejadas,
programadas e, durante a execução precisam ser controladas. ”
(KEELING, 2014, p. 2)
Seguindo nessa mesma linha, Maximiano (2002) aponta que os projetos são
temporários e únicos, com datas preestabelecidas para início e fim, com
caraterísticas próprias e seu nivel de complexidade varia dependiendo o tipo de
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projeto, tendo como objetivo a criação de um produto, evento ou servico único.
Diferente dos processos, que são baseados em atividades contínuas e repetitivas.
Shenhar e Dvir (2010, p. 16) definem projeto como “uma organização
temporária e processo estabelecido para alcançar uma meta específica sob as
restrições de tempo, orçamento e outros recursos”.
Compartilhando o mesmo ponto de vista, Kerzner (2006, p. 15) argumenta que
um projeto se trata de um empreendimento com objetivos definidos, que utiliza
recursos e que opera sob pressão de prazos, custos e qualidade. Este autor ainda
defende que uma gestão de projetos bem-sucedida demanda exaustiva
coordenação e planejamento em detalhe.
Continuando esse raciocínio, para Clements et al (2014, p. 3) o projeto é “um
esforço para alcançar um objetivo específico por meio de um conjunto único de
tarefas inter-relacionadas e da utilização eficaz de recursos”. Esse autor alega que
alguns dos atributos que ajudam a definir projetos são: ter um objetivo claro, que
estabelece o que deve ser realizado; é realizado através de uma cadeia de tarefas
independentes, que devem ser concluídas em detereminada sequência; utiliza
diversos recursos para executar as atividades, sejam pessoas, equipamentos,
organizações, materiais; possui período de tempo específico; deve ser um esforço
único; possui um patrocinador ou cliente e finalmente um projeto envolve um grau de
incerteza.
De acordo com Terribili (2011), “projeto é qualquer esforço (empreendimento)
temporário (com início e fim planejados) que gera vários “entregáveis” singulares,
envolvendo orçamento, relativo a recusos humanos, materiais e logísticos”. Este
autor ainda destaca que os projetos estão presentes em qualquer área de
conhecimento, por exemplo Recursos Humanos, Saúde, Eventos, etc. e são
realizados em instituições públicas, privadas e ONGs. Nesse sentido, Xavier (2016,
p. 6) ressalta que os projetos ocorrem em práticamente todas as organizações e em
todas as suas áreas e níveis, gerando produtos para clientes internos e externos.
E por fim, para Slack et al (2018, p. 728) projeto é “um conjunto de atividades
que tem ponto de partida e estado final definidos, que persegue uma meta definida e
usa um conjunto definido de recursos”. Ainda sobre esse autor, ele destaca que
apesar de todos os projetos ter um objetivo definido, vários deles terão uma
finalidade maior.
Como exemplos de projetos, Xavier (2016, p. 6-7) cita:
21
Construção de um edifício;
Realização de uma viagem;
Desenvolvimento de um software;
Publicação de um livro,
Planejamento e implementação de uma mudança organizacional;
Lançamento de um novo produto e/ou serviço;
Implantação de um novo treinamento para colaboradores;
Organização de um evento esportivo;
Pesquisa de um novo produto, etc.
22
Essa entidade fomenta o debate sobre o tema e oferece diversas
oportunidades para associados e profissionais por meio de seminários, publicações
periódicas, eventos, reuniões e cursos preparatórios para os exames de certificação
profissional em gerenciamento de projetos.
O PMI publica periodicamente o guia “Guide to the Project Management Body
of Knowledge” (PMBoK), a principal referência no ámbito de gerenciamento de
projetos. A atual edição é a Sexta e foi publicada em 2017. O livro fornece
orientações aos profissionais, identifica e conceitua processos, áreas de
conhecimento, ferramentas e técnicas e apresenta boas para a execução de um
projeto (PMI, 2018). Por mais que tenha o objetivo de abranger os principais
aspectos contidos no gerenciamento de um projeto, não deve ser confundido com
metodologia.
23
Shenhar e Dvir (2010, p. 17) definem gerenciamento de projetos como “o
conjunto de atividades administrativas necessárias para levar um projeto a um final
bem-sucedido”. Clements et al (2014, p. 13) amplia este conceito, acentuando que a
gestão de projetos consiste em “planejar, organizar, coordenar, liderar e controlar
recursos para concretizar o objetivo do projeto”
Segundo o site brasileiro do PMI - Instituto de Gerenciamento de Projetos -
gerenciamento de projetos é definido como:
“É a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas para a
execução de projetos de forma efetiva e eficaz. Trata-se de uma
competência estratégica para organizações, permitindo com que elas
unam os resultados dos projetos com os objetivos do negócio – e,
assim, melhor competir em seus mercados. ” (PMI, 2018)
Por outra parte, Cleland e Ireland (2002, apud Bittencourt et al., 2014 p. 33-34)
apontam os seguintes benefícios da gerencia de projetos, dentre outros: melhora da
produtividade, aumento dos lucros, melhora do estado de ânimos dos funcionários,
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melhoria no processo de tomada de decisões, melhor posição de competitividade
dentro da indústria, melhora nas comunicações e confiança na capacidade
empresarial, apresentação mais rápida de produtos que satisfaçam às exigências
dos clientes, confiança nos resultados dos esforços de trabalho, confiança na alta
administração, no líder de projetos e na equipe.
O PMBOK (PMI, 2017) descreve a natureza dos processos em termos da
integração dos mesmos, suas interações e seus objetivos. Ele agrupa os processos
de gerenciamento de projetos em cinco categorias, mencionadas a seguir:
Processos de iniciação: são os processos que ajudam a definir um
novo projeto ou fase, a visão do que deve ser realizado. O projeto é
formalmente autorizado pelo patrocinador, o escopo inicial é definido e
as partes interessadas identificadas. Aqui a gerência escolhe e autoriza
o gerente de projeto.
Processos de planejamento: são os processos necessários para
estabelecer o escopo total do projeto, ajudam a definir objetivos e
determinam a linha de ação para alcançá-los. Também abrangem todo o
trabalho em torno do planejamento e do agendamento de tarefas. Aqui
os documentos do projeto são desenvolvidos em detalhe.
Processos de execução: são os processos realizados para executar o
trabalho definido no plano de gerenciamento de projetos. É nesta área
de execução que a maior parte do orçamento será gasto e as entregas
do projeto serão produzidas. Provavelmente aqui começaremos a ver as
solicitações de mudança das partes interessadas.
Processos de monitoramento e controle: esses processos permitem
acompanhar o trabalho que está sendo feito, analisar e controlar o
progresso do desempenho do projeto. Eles também cobrem o que
acontece quando se descobre que o projeto não está seguindo o plano
acordado, por isso o gerenciamento de mudanças se enquadra neste
grupo de processos.
Processos de encerramento: são os processos executados para
concluir ou fechar formalmente um projeto, fase ou contrato. O gerente
de projeto deve formalmente fechar o projeto arquivando registros, e
realizando uma sessão de lições aprendidas. Essas lições juntamente
25
com outras informações históricas devem ser arquivadas centralmente
para serem usadas como entrada em projetos futuros.
26
Tabela 1: Processos de gerenciamento e áreas de conhecimento
Fonte: PMBoK, 2017, p. 25
27
2.3. Conceito de Risco
A maioria dos dicionários afirma que a palavra risco tem suas raízes no latim
(resicum, risicum, riscus: cliff, récif, felsklippe), é a origem formal direta do italiano
(risico, risco, rischio), riesgo em espanhol e risqué em francês. Dicionários
confirmam que a palavra latina vem de um termo de navegação grego rhizikon, rhiza
que significava “raiz, pedra, corte da terra firme” e era uma metáfora para
“dificuldade para evitar no mar ”.
Já Peter Bernstein (2018, p. 8) na sua obra Against the gods: the remarkable
story of risk, afirma que “a palavra risco deriva do italiano antigo risicare, que
significa ousar. Neste sentido, o risco é uma opção, e não um destino”.
Em seu artigo “Riesgos y Peligros: Una visión desde la Geografía”, Castro
(2000), afirma que a origem etimológica do termo risco provém de rísico ou rischio
(perigo):
“El origen del término riesgo es incierto; según Díez y otros
lingüistas, se relaciona con el castellano antiguo resegue (resecar,
cortar), cuya acepción, muy usada en la Edad Media, es sinónimo de
lucha, contradicción y división. Por ello se piensa que probablemente
todo el grupo riesgo-risco procede del latín resecare, cortar, que tiene
doble acepción: por un lado división, discordia y por otro, lugar
quebrado y fragoso. Etimológicamente riesgo proviene de rísico o
rischio (peligro). Se cree que puede tener origen común con la
palabra castellana ‘risco’: peñasco escarpado, escollo, promontorio,
antiguamente ‘riesco’, que se aplicaba también al peligro que corría el
que transitaba por escollos o promontorios escarpados (rhizicare).”
(CASTRO, 2000)
28
define risco “como qualquer ameaça ou oportunidade associada a um projeto,
consistindo em um evento específico, associado à sua probabilidade de ocorrência e
o impacto se isso ocorrer”. O autor ainda destaca que na visão tradicional o risco é
uma situação onde um evento pode acontecer e a frequência de ocorrência pode ser
avaliada com base em uma distribuição de probabilidade de ocorrências passadas
ou considerações ambientais. Embora essa observação tenha utilidade limitada no
gerenciamento de projetos, ela faz distinção entre risco e incerteza. Com o risco, há
uma noção do nível relativo da probabilidade do evento. Com a incerteza, no
entanto, essa probabilidade é completamente desconhecida.
Já Wideman (1992) descreve a incerteza como uma falta de conhecimento de
eventos futuros e o risco é visto como a probabilidade daqueles resultados que são
desfavoráveis. Enquanto a probabilidade de resultados favoráveis pode ser vista
como oportunidade. Desta forma, as oportunidades usadas trazem consigo riscos
associados e quanto maior a oportunidade, maior é a grau de incerteza e
conseqüente risco associado. Assim, oportunidade e risco estão ligados e, de fato,
um pode ser visto como o resultado do outro.
Dinsmore (2007, p. 193-194) destaca que “no inicío do projeto, são maiores as
incertezas e estas vão diminuindo à medida que se avança no seu desenvolvimento.
O impacto dos riscos, ao contrário, aumenta à medida que o tempo passa e se
caminha para as fases finais do projeto”. Por este motivo, é fundamental que quando
uma equipe de gerenciamento de projetos determina os objetivos do projeto, todos
os riscos que possam ameaçar a realização desses objetivos devem ser
identificados. Uma análise abrangente dos riscos pode ajudar a determinar os
obstáculos para o sucesso e preparar planos de contingência.
Diversos riscos podem afetar e impactar aos projetos, por este motivo é
necessário conhecer sua tipologia para que sejamos capazes de identificá-los e
tratá-los. Neste sentido, Cleland & Ireland (2007, apud Joia et al., 2013 p. 41-42),
classificam os riscos como externos ou internos ao projeto.
Os riscos externos, são aqueles sobre os quais a organização tem escasso
controle e habitualmente encontram-se fora do alcançe do gerente de projeto. São
exemplos deste tipo de riscos as distintas políticas de um pais (econômicas, sociais,
ambientais, trabalhistas, etc), além de riscos inerentes à ação de terceiros, tais como
clientes, fornecedores, concorrentes, entre outros.
29
Por outro lado, os riscos internos constituem os riscos inerentes ao ambiente
interno da organização e ao projeto. Dentre eles podemos citar cultura
organizacional, inadequada calificação dos recursos humanos, tecnologias
complexas, baixo nivel de maturidade em gerenciamento de projetos. Ao se tratar de
riscos internos, a empresa consegue identificá-los mais facilmente, exercendo maior
grau de controle e mitigá-los através de ações de contingência.
Já para Dinsmore (2007, p. 194), “existem fontes comuns a vários fatores de
risco” e considera que as categorias de risco simbolizam esta condição
possibilitando uma visão mais sistémica facilitando a identificação de riscos.
Joia et al (2013, p. 62), explica que as categorias de riscos “são estruturas que
refletem as principais fontes potenciais de riscos do projeto”. Esta categorização
contribui a organizar os riscos identificados, que muitas vezes podem ser abordados
com a mesma resposta. Para ilustrá-los pode ser construida uma estrutura analítica
de riscos (EAR), ver figura 4. De acordo com o PMBOK (PMI, 2017, p. 317) a EAR é
uma representação hierárquica dos riscos, de acordo com suas categorias de riscos.
30
2.4. Gerenciamento de Riscos em Projetos
Já para Hillson (2009 apud Joia et al., 2013 p. 46), o objetivo do gerenciamento
de riscos é reduzir o número de incertezas que podem se materializar em problemas
e minimizar o efeito daquelas que venham a ocorrer. Infelizmente, outros autores
mostram que um adequado gerenciamento de riscos ainda é raro em muitos projetos
e que a própria maturidade das organizações, no que tange ao assunto, é ainda
muito baixa (MODICA et al., 2010 apud JOIA et al., 2013 p. 46).
Segundo Vargas (2003), o gerenciamento de riscos “possibilita a chance de
melhor compreender a natureza do projeto, envolvendo os membros do time de
modo a identificar e responder as potenciais forças e riscos do projeto e responder a
eles, geralmente associados a tempo, qualidade e custos”.
31
Desde a óptica do PMBOK (PMI, 2017):
“O gerenciamento dos riscos do projeto visa identificar e
gerenciar os riscos que nao são considerados pelos outros processos
de gerenciamento de projetos. Quando não gerenciados, estes riscos
têm potencial para desviar o projeto do plano e impedir que alcance
os objetivos definidos do projeto. Consequentemente, a eficacia do
Gerenciamento dos Riscos do Projeto esta diretamente relacionada
ao seu sucesso. ” (PMBOK, 2017, p. 397)
32
respostas a riscos; vi) implementação de respostas a riscos e vii) monitoramento de
respostas a riscos.
A figura 5 fornece uma visão geral dos processos de Gerenciamento dos
Riscos do Projeto.
33
2.4.1. Planejar o gerenciamento dos riscos
34
podemos mencionar o brainstorming, as entrevistas, a ténica Delphi, a análise de
causa-raiz e a lista de alertas (PMBOK, 2017; JOIA et al., 2013).
Conforme o PMBOK (PMI, 2017) a saída deste processo é o registro dos
riscos, documento que lista os riscos identificados, seus responsáveis e suas
possíveis respostas.
35
A saída deste processo é o registro dos riscos atualizado com as novas
informações geradas durante o processo (PMBOK, 2017).
36
ponto de partida para quando for implementada as ações para
abordar cada risco e atribuindo responsabilidade a indivíduos
específicos para a implementação de cada plano de resposta”.
(CLEMENTS et al, 2014, p. 279)
Neste sentido, Keeling (2014, p. 252) destaca que estas ações poderão
demandar adequações em várias outras áreas da gestão do projeto, como, por
exemplo, aumento do escopo, tempo, custos e recursos.
As entradas deste processo são o plano de gerenciamento do projeto e o
registro de riscos atualizado após as análises qualitativa e quantitativas.
Segundo o PMBOK (PMI, 2017), as respostas efetivas e apropriadas ao risco
podem minimizar ameaças individuais, maximizar oportunidades individuais e reduzir
a exposição geral ao risco do projeto. Respostas inadequadas ao risco podem ter o
efeito inverso.
Dentre as possíveis respostas para as ameaças, podemos citar:
Eliminação: alteração do plano do projeto para a eliminação da
ameaça (KEELING, 2014, p. 253). De acordo ao PMBOK (PMI, 2017)
esta estratégia pode ser apropriada para ameaças de alta
probabilidade de ocorrência e um impacto negativo importante.
Transferência: consiste em transferir total ou parcialmente o impacto
em relação a uma ameaça para um terceiro. Para o PMBOK (PMI,
2017) quase sempre envolve o pagamento de um prêmio ao terceiro
que assume a ameaça. Esta estratégia não elimina o risco. Um
exemplo simbólico deste tipo de resposta é a contratação de um
seguro.
Mitigação: é o trabalho realizado para reduzir a probabilidade e/ou o
impacto do risco (KEELING, 2014, p. 253). Desenvolvimento de um
protótipo, adopção de processos menos complexos ou escolher um
fornecedor mais estável são exemplos de ações de mitigação.
Aceitação: nesta estratégia nenhuma ação proativa é tomada. Pode
ser utilizada para riscos de baixa prioridade e quando não é possível,
nem económico, resolver a ameaça de qualquer outra forma. Esta
aceitação pode ser ativa ou passiva. Na primeira, é comum estabelecer
uma reserva de contingência, incluindo valores para tempo, dinheiro ou
37
recursos para cuidar da ameça, caso ocorra. Ao invés na segunda, não
envolve ação proativa, além de revisões periódicas (PMBOK, 2017).
Escalação: é apropriada quando a equipe do projeto detecta que a
ameça está fora do escopo do projeto ou que sua resposta exceda ao
gerente do projeto. Conforme o PMBOK (PMI, 2017) podem ser
escaladas a nível de programa, portfólio ou outra parte relevante da
organização.
38
De acordo com o PMBOK (PMI, 2017) as saídas deste processo são as
possíveis solicitações de mudança, uma vez que as respostas planejadas ao risco
podem resultar em alterações nas linhas de base do projeto e a posterior atualização
do plano de gerenciamento do projeto.
Este é um dos novos processos da Sexta Edição do Guia PMBOK 2017 (PMI,
2017). É o processo de implementar planos acordados de resposta aos riscos. O
principal benefício deste processo é a garantía de que as respostas acordadas aos
riscos sejam executadas conforme planejado a fim de abordar a exposição ao risco
geral do projeto, minimizar ameaças individuais e maximizar as oportunidades
individuais do projeto. Este processo e realizado ao longo do projeto.
Segundo o PMBOK (PMI, 2017), as entradas deste processo são: o plano de
gerenciamento e o registro de riscos atualizado após as análises qualitativa e
quantitativas e o planejamento das respostas aos riscos. Dentre as técnicas e
ferramentas conhecidas para a implementação das respostas, o PMBOK (PMI,
2017) destaca a opinião especializada, as habilidades interpessoais e da equipe e
os sistemas de informações de gerenciamento de projetos (SIGP).
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desempenho do trabalho. As análises de desempenho técnico, análises de variação
e tendências, reuniões e auditorias de risco são mencionadas no PMBOK (PMI,
2017) como as principais ferramentas e técnicas deste processo.
Clements et al (2014) faz menção especial a importância das reuniões de
projeto nesta etapa:
“Reuniões de projeto são bons fóruns para revisão regular,
atualização e abordagem dos riscos. A agenda de reuniões de
análise crítica de status do projeto deve incluir um item sobre
avaliação de riscos. Deve ser dada atenção especial à revisão dos
pontos disparadores relativos a cada risco para determinar se os
planos de resposta estão na iminência de serem implementados. ”
(CLEMENTS et al, 2014, p. 280)
40
Embora algumas das características idiossincráticas das PMEs não sejam
quantificáveis ou mensuráveis, ou não sejam usadas como critério de qualificação,
há uma alta correspondência entre o número de trabalhadores, o nível de
formalidade, o desenvolvimento organizacional e tamanho das empresas
(FUNDACIÓN OBSERVATORIO PyME, 2013).
Segundo uma pesquisa realizada em 2013 pela Organização para Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos países da América Latina, as pequenas
e médias empresas são responsáveis por gerar 67% dos empregos; no entanto, sua
contribuição para o PIB e produtividade é ainda baixo devido, por um lado, à sua
incapacidade de expandir a produção, especializar-se e falta de acesso a
financiamento e, por outro, à carência de sistemas de gestão eficientes que possam
ser aplicados nos projetos (MUÑOZ HOLGUÍN et al, 2017, p. 320).
Na Argentina, o Ministério da Indústria afirma que as PME contribuem
significativamente para a criação de emprego e raízes locais; colaboram para moldar
uma sociedade menos polarizada, fortalecendo a democracia e, tradicionalmente em
nosso país, promovendo o desenvolvimento das classes médias. É para destacar
também que essas empresas, em muitas ocasiões, são as geradoras de mão de
obra jovem sem experiência de trabalho que lhes permite a aprendizagem no local
de trabalho.
Di Ciano (2012) analisa a evolução das PMEs na Argentina em três etapas:
1. Surgimento - Industrialização por Substituição de Importação
O autor Alberto Levy afirma que as "PMEs em geral e as dedicadas ao setor
industrial em particular, começaram a ganhar importância na economia argentina
nos anos 50 e 60 durante a vigência do modelo de substituição de importações".
Durante este processo, o país estava em pleno desenvolvimento industrial. O Estado
desempenhou um papel ativo, com a expansão das atividades, administrando cotas
de importação em um contexto de economia semifechada e promovendo novos
empreendimentos. Aumentaram também os níveis de crescimento e criação de
emprego, levando a uma melhor distribuição de renda e um baixo índice de pobreza
e marginalidade. As empresas tiveram uma importante integração vertical, com baixa
escala de produção; o que levou a ter uma tecnologia limitada para um mercado
pequeno. Este modelo mostrou grande dinamismo, o que permitiu às PMEs realizar
um "processo de aprendizagem", embora com algumas limitações em termos de
equipamentos, organização, escala, treinamento, informação, etc. (DI CIANO, 2012).
41
2. Declinação
As limitações acima mencionadas foram agravadas pelas terríveis condições
econômicas e de desenvolvimento que aconteceram nos anos 70 e 80, o que
acabou prejudicando economicamente a maioria das PMEs que haviam surgido na
etapa anterior. Entre 1976 e 1983 ocorreu uma contínua e significativa redistribuição
de renda a favor de setores de renda mais alta o que resultou na queda do salário
real, o desempenho do mercado de trabalho e o deterioro das condições de
trabalho. As transformações mais significativas da estrutura econômica e social, que
tiveram conseqüências importantes no futuro, foram as que ocorreram no setor
industrial (DI CIANO, 2012).
3. Ressurgimento
Levy afirma que “as mudanças que vêm ocorrendo desde 1999 em termos
disponibilidade de financiamento externo e estabilidade económica interna, parecem
indicar início de uma nova etapa para as PMEs, com alguns obstáculos que ainda
superar. ” A mudança dos preços relativos da flutuação cambial, permitiu o retorno
da rentabilidade ao setor industrial e a melhoria da competitividade dos setores
comercialmente transaccionáveis, quer sejam exportáveis ou substitutos de
importações. O desempenho do setor industrial foi decisivo na recuperação do nível
de atividade agregado e apresentou as maiores taxas de crescimento da última
década (DI CIANO, 2012).
Analisando a evolução das PMEs na Argentina, Di Ciano (2012) defende duas
maneiras de surgimento das mesmas. Por um lado, aquelas onde se distingue uma
organização e uma estrutura, onde há uma gestão empresarial e um trabalho
remunerado. Estas, na maior parte, são intensivas em capital e desenvolvidos dentro
do setor formal da economia. Por outro lado, há aquelas que tiveram uma origem
familiar, caracterizadas por uma gestão que só se importava com sua sobrevivência
sem prestar muita atenção a questões como o custo de oportunidade do capital ou o
investimento que permite o crescimento.
Ainda para este autor, as três principais razões para a existência de PMEs são:
Podem fazer produtos únicos em oposição a grandes empresas que se
concentram em produtos mais padronizados;
Servem como tecido auxiliar para grandes empresas, que usualmente
subcontratam PMEs para realizar serviços ou operações;
42
Existem atividades produtivas onde é mais apropriado trabalhar com
pequenas empresas, como é o caso das cooperativas agrícolas.
Vantagens Dificuldades
Difícil acesso aos mercados financieros e fontes
Geran alto volume de emprego
externas de financiação
Alta velocidade de resposta a mudanças no Dificuldades para exportar, abertura a novas
entorno tecnologías e modernização da gestão
Favorecem o desenvolvimento inter-regional, Dificuldades de acesso a economias de escala,
descentralizando e impulsionando economias tanto em suprimentos, como em produção e
regionais marketing
Flexibilidade das estruturas, o que favorece Orçamentos restritos para ações de
adaptações imediatas aos mercados, comunicação, o que dificulta a sua presença
até ações antecipatórias continua em mercados de alto consumo
Fornecer oportunidades de investimento para Sistemas de gestão rudimentários, com escassa
curto prazo formação dos quadros de gestão
Facilita o crescimento e desenvolvimento das Falta de planejamento ao longo prazo e objetivos
grandes empresas não definidos claramente
43
a cultura da empresa associações e cooperação em geral
Permite uma melhor utilização das habilidades
Descontinuidade nos níveis de qualidade
criativas da equipe
Menores custos de investimento e Insuficiência dos benefícios concedidos
desinvestimentos pela Administração
44
Ainda, segundo o Informe 2015/2016 da Fundación Observatório PyME (2016),
a participação das PMEs argentinas na produção de riqueza nacional e geração de
emprego é semelhante, apesar das diferenças, à participação nos países mais ricos
do planeta. Nesse sentido, as diferenças com os países de baixa renda são
realmente grandes. De fato, na Argentina as PMEs de todos os setores, excluindo a
agricultura, geram 44% da riqueza, enquanto nos países mais avançados elas
geram 51% e nos países de renda mais baixa elas geram 16%. Se a atenção está
voltada para a geração de emprego, pode-se observar que na Argentina esse
segmento de empresas gera 51% do emprego, semelhante ao que acontece nos
países de alta renda, onde as PMEs geram 57% do emprego, enquanto nos países
de baixa renda é responsável por 18% do emprego.
45
muitas empresas investiram quantias que representaram maiores percentuais de
seus lucros.
Finalmente ele ainda menciona que as empresas enfrentam obstáculos e
restrições externas e internas às empresas. Na agenda identificada pela indústria
metalúrgica prevaleceu o primeiro (instabilidade econômica, a falta de protecção,
financiamento e oferta de recursos humanos qualificados, os aumentos nos
encargos trabalhistas, serviços e insumos de aço, etc.).
Chabay (2016) menciona no seu artigo “Qué desafios enfrentan as Pymes
Metalúrgicas” que o setor - integrado pela indústria siderúrgica, metalmecânica,
eletromecânica e eletrônica - representa mais de 40% das exportações dos países
desenvolvidos. Na Argentina, por outro lado, os embarques das Manufacturas de
Origem Industrial (MOI) ultrapassam 30% e, segundo a ADMIRA, há um déficit de
65% na balança comercial em produtos industriais. Chabay ainda relata que, as
mais de 25.000 empresas que compõem o setor metalúrgico são, em grande parte
PMEs que geram 21% do emprego industrial, contribuem com 18% do PIB industrial
e proporcionam o maior valor agregado em relação ao seu valor bruto de produção.
Desde o ponto de vista da distribuição geográfica, o 90% das empresas do
setor estão localizadas nas províncias de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fe, o 7%
se encontram situadas nas províncias de Mendoza, San Luis e Entre Rios e o 3%
restante estão distribuídas pelo resto do pais (UBA, 2012).
46
3. ESTUDO DE CASO PRÁTICO DA PME METALÚRGICA
ARGENTINA. CASO: ANDRÉS N. BERTOTTO S.A.I.C.
47
Figura 7: Vista aérea da planta
Fonte: Andrés N. Bertotto S.A.I.C. (2000)
48
Incorporando também o desenvolvimento e fabricação integral de Motoniveladoras
Articuladas, tudo isso com a tradicional marca HIDRO-GRUBERT.
Em 1995 Sergio A. Bertotto é nomeado vice-presidente. É no início desse ano
e já de olho no MERCOSUL, que se decide desenvolver um novo produto. Com o
qual se realizou uma extensa turnê de demonstração pelo Brasil (principalmente nas
cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte) com grande aceitação. Isso
levou a nomear um representante geral em São Paulo e distribuidores no resto do
Brasil, entregando equipamentos a Prefeituras, Força Aérea, Empresas de Energia,
Empreiteiras, Empresas de TV a cabo, Telefonias, etc.
A partir desse momento, intensificaram-se as campanhas comerciais no resto
dos países latino-americanos, justificando a nomeação de representantes no Chile,
Peru, Venezuela e Paraguai. Mercados onde, até à data, foi gerado um bom número
de transações, geradas principalmente pela adjudicação de Licitações
Internacionais.
Com o mesmo critério de expansão comercial orientado para os mercados
externos é que em outubro de 1995, a oferta de produtos HIDRO-GRUBERT foi
lançada nos EUA através da apresentação destes produtos na Feira Miami
Construction, designando um representante na cidade de Miami.
A partir de 1997 a empresa se instala nos EUA com escritórios em Miami e Los
Angeles sob o nome de HIDRO-GRUBERT USA INC. Desenvolvendo em muito
pouco tempo uma importante rede comercial interna, alocando representantes nos
principais estados dos EUA. A partir daqui, aumenta a presença no Caribe, América
Latina, Alasca, Ásia (Indonésia, Myanmar, Arábia Saudita) e África do Sul.
Todo o trabalho comercial mencionado acima é garantido com produtos de alta
qualidade, tecnologia e preços competitivos, o que permite dedicar parte da
capacidade de produção à exportação, que a partir de janeiro de 2002 assume uma
importância maior devido ao quase completo desaparecimento total do mercado
interno devido à grave crise que afetou à Argentina.
Com base nas mudanças políticas que ocorreram na Argentina desde o final de
2001, a empresa atravessa uma delicada crise financeira que a deixa muito
49
fragilizada. As causas devem-se a numerosas circunstâncias e entre as principais,
podemos mencionar:
Transações de venda originalmente acordadas em dólares que tiveram
que ser “pesificadas”, cobrando a maior parte em títulos.
No primeiro semestre de 2002, houve uma queda fenomenal nas vendas
no mercado interno, que para a empresa representou em volumes (em
relação às exportações) um percentual inferior a 50% da produção. A
média de vendas mensais nesse período não ultrapassou os 3
equipamentos mensais, comparado aos 15/20 do ano anterior.
Condições recessivas também no mercado externo, principalmente nos
países destinatários às exportações, como Brasil e EUA.
Situação de iliquidez do sistema bancário / financeiro que, devido ao
elevado endividamento e ao caráter contraditório da respectiva
legislação, provocou um dramático confronto pela impossibilidade de
poder cumprir as obrigações pendentes no curto prazo.
O crédito comercial também desapareceu, causando um sério
desequilíbrio na gestão financeira devido à insubstituível necessidade de
ter os insumos que permitiriam continuar com a atividade produtiva
mínima.
A partir de 2005 com base na boa gestão e mudanças nas políticas
econômicas, se começa a superar a crise, permitindo chegar a bons acordos com os
credores. Tambén neste ano foi inaugurada a filial sobre Panamericana, Buenos
Aires com 1.200 m2 cobertos, com o objetivo de satisfazer a crescente demanda na
Capital Federal e na província de Buenos Aires e poder realizar as montagens
“incompany”, bem como fornecer um serviço pós-venda eficiente.
Deve-se notar que, ainda em 2005, a empresa despachou mais de 160
equipamentos para as empresas CADAFE e HIDROVEN na Venezuela, e
atendendo as exigências do mercado, a empresa alcançou a Certificação ISO 9001,
que promove a padronização de processos e serviços reforçando o compromisso
com a qualidade, melhoria contínua e satisfação dos clientes.
Em 2013, a empresa austríaca Palfinger, que detém a maior participação
mundial de guindastes articulados e a mais alta tecnologia aplicada a seus produtos,
assina um contrato de Joint-Venture com Andrés N. Bertotto SAIC para exportar
50
através de de sua rede comercial a toda América Latina os elevadores hidráulicos
sob a marca Palfinger - Hidro-Grubert.
Finalmente em 2014, Palfinger se associa a Andrés N. Bertotto SAIC,
investindo no país, com o objetivo de abrir-se para o mercado latino-americano de
elevadores hidráulicos e ter representação exclusiva de suas hidrogrúas na
Argentina com a ajuda de um líder local. Desta forma, Andrés N. Bertotto SAIC
ganha acesso aos recursos e tecnologias do líder global, bem como sua experiência
na internacionalização e comercialização de seus produtos.
A empresa conta hoje com cerca de 200 colaboradores diretos.
3.1.2. Organigrama
51
3.1.3. Missão, visão e valores da empresa
Missão
<<Desenvolver, produzir e comercializar hidrogrúas e
hidroelevadores, destinados tanto ao mercado nacional quanto
internacional. Ter a mais moderna tecnologia, ampla gama de
produtos e excelentes serviços, além de uma força de vendas
nacional implantada territorialmente, a fim de superar as
expectativas de nossos clientes >>
Visão
<< Ser líderes no setor de hidrogrúas e hidroelevadores em toda
América Latina; diferenciando-nos com produtos competitivos
com base na qualidade e simplicidade dos mesmos, alcançando
assim tornar-nos o fornecedor preferidos de nossos clientes >>
Valores
Compromisso
Dedicação
Honestidade
Confiança
Flexibilidade e Adaptabilidade
Agilidade
Foco no cliente
Melhora contínua
52
Do lado dos guindastes hidráulicos, existe um cronograma de atividades
a cumprir pelos próximos 18 meses para substituir toda a a gama de
guindastes articulados. Este cronograma inclui as etapas de design,
testes por cálculo de elementos finitos, fabricação de protótipos, testes
de protótipos e fabricação de dispositivos para produção em série.
Esses novos modelos de guindastes se diferenciarão dos já existentes,
pois possuirão maior tecnologia, maior alcance hidráulico em metros e
menor peso próprio. Essas qualidades se traduzem em maior
produtividade para nossos clientes. Para conseguir realizar todos os
processos de produção necessários, se precisará adquirir novas
máquinas. Por este motivo se estão gestionando recursos em diversas
entidades financeiras.
De continuar a incerteza gerada pelo aumento da inflação e
imprevisibilidade com a taxa de câmbio do peso argentino em relação ao
dólar, no processo de compra espera-se fortalecer com os fornecedores
o acordo de razoabilidade nas condições e prazos de pagamento que
permitiu até agora manter assistido e sem interrupções o processo
produtivo.
Essa política abrangente de eficiência na gestão de recursos permitiu
manter uma solidez financeira aceitável na empresa, que não precisou
recorrer ao endividamento extra para financiar sua gestão, cumprindo
todos os compromissos existentes. A isto deve ser adicionada a forte
decisão de manter um rígido controle dos gastos, uma gestão financeira
eficiente e a otimização dos recursos produtivos.
Em relação ao mercado interno, há uma retração progressiva no setor,
portanto a Gerência Comercial deve se adaptar a essa nova realidade,
planejando uma política agressiva de vendas, treinando mais pessoal
para este departamento e planejando para o próximo ano fiscal a
renovação da frota de veículos da mesma.
Outro aspecto relevante que merece toda a atenção é o Serviço Pós-
Venda, para o qual está sendo realizado um rigoroso acompanhamento
das diretrizes implementadas pela Gerência Comercial para o Setor de
Peças e Serviços, que inclui a fabricação de peças de reposição
destinadas exclusivamente a este setor.
53
A partir da associação com o grupo PALFINGER em 2014, o objetivo de
curto prazo é aproveitar a sinergia das compras oferecidas por esse
grupo global. Isso permitirá adquirir em condições competitivas os
insumos e componentes aprovados por a empresa, necessários para a
produção de equipamentos com a tecnologia exigida pelos mercados
atuais e que não são possíveis de suprir pelos fornecedores nacionais.
54
A opinião de especialistas também é usada para realizar uma análise
quantitativa dos riscos.
Em relação ao processo de respostas aos riscos, são utilizadas as
técnicas de prevenção e transferência. Por exemplo, seguro de câmbio
para cobrir possíveis desvalorizações da moeda e garantias para
possível quebra de contrato.
Finalmente, no processo de monitoramento dos riscos do projeto,
geralmente são utilizadas as seguintes técnicas: auditorias de respostas,
revisões periódicas e verificação da qualidade / desempenho do produto.
Questionário:
1) Qual sua área/depatamento na empresa?
2) O que você entende por risco durante execução de um projeto?
3) Existe algum risco específico relacionado a sua função atual que o esteja
preocupando? Se a resposta é sim, qual?
4) Como esse risco é comunicado à alta administração?
5) Em que faixa se enquadra grande parte do orçamento de seus projetos?
6) Qual é a relevância da gestão de riscos durante o gerenciamento de seus
projetos?
7) Qual o seu conhecimento sobre o impacto dos riscos no projeto?
8) Existe uma abordagem para o gerenciamento de riscos em sua área?
9) Existe alguma técnica ou ferramenta usada para identificar, controlar ou
monitorar os riscos em seus projetos? Se a resposta é sim, qual?
10) Qual a frequência de alteração no cronograma planejado de projetos em sua
área devido a riscos não identificados?
55
Respostas:
Pergunta Gerente 1 Gerente 2 Gerente 3
Entre USD 750.000 e USD Entre USD 250.000 e USD Entre USD 750.000 e USD
5
1.000.000 750.000 1.000.000
57
3.2.5. Diretrizes para qualificação dos riscos
Cada risco identificado (Ameaças e Oportunidades) deverá ser medido em
termos do seu grau de exposição “Probabilidade x Impacto” classificando-
os em três possíveis níveis: baixo, médio e alto. Riscos novos, que
venham ser identificados a qualquer momento durante a execução do
projeto, também precisam passar pelo processo de análise qualitativa a
fim de verificar sua importância para o projeto e manter o registro
atualizado.
Apresentar em forma de planilha os riscos identificados, incluíndo o grau
de importância no projeto (escala), probabilidade e descrição do impacto.
58
3.2.8. Controle de mudanças de riscos
Sempre que for solicitada uma mudança no projeto o gerente do projeto
ou o coordenador de riscos deverá avaliar se esta mudança solicitada
provoca algum risco ao projeto (ameaça ou oportunidade). Além disso
deverão ser registrados: a probabilidade de o risco ocorrer; o impacto do
risco; eventuais respostas aos riscos e eventuais custos de respostas aos
riscos. Em caso de aprovação de uma mudança no projeto, os riscos
identificados decorrentes desta mudança deverão passar formalmente por
todos os processos de gerenciamento de riscos e documentados no
registro de riscos.
Publicar fluxograma descrevendo o paso-a-paso do controle de mudanças
de riscos.
59
4. APLICAÇÃO DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS
60
Custo: Por se tratar de um projeto chave estima-se um custo total aproximado
de USD 2.000.000,00.
Recursos: A equipe de trabalho atribuída a este projeto, em sua etapa inicial, é
de aproximadamente 15 pessoas concentradas nos departamentos de Engenharia,
Desenvolvimento de Produto e Controle da Qualidade. Para a segunda etapa,
fabricação do protótipo, deverá ser incorporado o pessoal de Produção que
atualmente está em processo de treinamento: corte e dobragem de materiais,
soldagem, pintura, calibração de componentes hidráulicos (mangueiras, comandos,
válvulas e bombas) e montagem. Aproximadamente entre 10 a 15 pessoas. Na
terceira e quarta etapa, a equipe será formada pelo pessoal de Produção e pela
equipe de Controle da Qualidade. Parte das máquinas e instalações a serem
utilizadas para este projeto está disponível na infraestrutura atual.
Aquisições: Ao considerar os objetivos deste projeto, definiu-se o maquinário
que seria necessário para sua execução, além do existente. Para completar sua
aquisição, foi necessário obter financiamento externo; gestão de um empréstimo de
promoção industrial através do BICE (Bc. de Inversiones y Comercio Exterior). Para
o desenvolvimento deste projeto não é necessário a contratação de consultores
externos, pois o treinamento e a contribuição tecnológica são fornecidos pela
empresa parceira, Palfinger.
61
AFIP (Administración Federal de Ingresos Públicos), equivalente a
Receita Federal no Brasil
Instituições financeiras;
Fornecedores de insumos e matérias primas;
Cliente ou usuário final do produto do projeto;
Concorrentes;
Comunidade (cidade de Rio Tercero).
O modelo de estrutura analítica de riscos, que pode ser visto na figura 8, foi
planejado e elaborado considerando os riscos técnicos, externos, internos e de
gerenciamento de projetos.
O RBS foi gerado tendo como base todas as áreas e categorias onde o risco
deverá ser identificado e contextualizado.
62
analogia, que é uma forma de buscar informações históricas e conhecimento
acumulado em empreendimentos similares anteriores. Para complementar a coleta
de informações foi feito um benchmarking, e também foram consultados gerentes,
engenheiros e especialistas que participarão do projeto.
Logo, através de reuniões foram definidos, mapeados e categorizados todos os
riscos levantados, analisando a importancia dos mesmos. Para simplificar o
processo, nesta análise foram eliminados os riscos considerados de baixo impacto
para o projeto, mantendo somente os riscos com alta probabilidade e que podem
afetar seriamente o andamento do projeto. A seguir, são apontados os riscos
identificados mais relevantes:
1. Riscos Técnicos:
1.1. Requisitos:
1.1.1. Emissão das requisições técnicas do produto com informações
incompletas ou inconsistentes, podendo gerar produto final fora
do especificado no escopo do projeto.
1.1.2. Não adequação do plano de qualidade de engenharia e
fabricação, podendo gerar impactos na qualidade do produto final.
1.2. Tecnológicos:
1.2.1. Utilização de software inadequado, podendo gerar atraso no
cronograma e entrega do produto.
1.3. Testes:
1.3.1. Definição não adequada dos critérios de aceitação dos testes de
desempenho, podendo acarretar o cancelamento de pedidos e
insatisfação dos clientes.
2. Riscos Externos:
2.1. Fornecedores:
2.1.1. Falta de qualidade da materia prima podendo acarretar um
produto final fora dos padrões de qualidade estabelecidos no
escopo.
2.1.2. Atraso na entrega das materias primas e insumos ocasionando a
indisponibilidade de insumos para construção no prazo requerido.
2.2. Concorrentes:
2.2.1. Antecipação no lançamento de produtos similares, podendo
ocasionar perda de mercado.
63
2.3. Legislação:
2.3.1. Problemas com autorizações de importação, os quais podem
ocasionar atrasos na liberação alfandegária, aumento de custos
portuários e de armazenagem e consequente atrasos no
cronograma.
2.4. Taxa de câmbio:
2.4.1. Devaluação do peso argentino frente ao dólar - encareceria a
aquisição de maquinária e insumos importados, ocasionando
aumento no custo total do projeto.
3. Riscos Internos:
3.1. Infraestrutura:
3.1.1. Dificuldade no rastreamento e localização de peças e
componentes dentro da fábrica, podendo ocasionar atrasos no
cronograma.
3.1.2. Infraestrutura ineficaz de T.I. (hardware, software, redes, pessoas
e processos), ocasionando lentidão no processamento das
informações do projeto.
3.2. Recursos:
3.2.1. Baixa produtividade da equipe do projeto, ocasionando atrasos e
retrabalhos.
3.2.2. Membros da equipe com atitudes negativas em relação ao
projeto, podendo ocasionar atrasos no cronograma.
3.3. Financiamento:
3.3.1. Aumento das taxas de financiamento bancário, provocando um
aumento no custo total do projeto.
3.3.2. Falta de capacidade para captação de financiamento podendo
acarretar em cancelamento do projeto.
4. Riscos de Gerenciamento de Projeto:
4.1. Estimativas:
4.1.1. Falha na projeção dos custos pode ocasionar em falta de
recursos financeiros para execução e término do projeto.
4.2. Planejamento:
4.2.1. As mudanças não são controladas e o escopo está em constante
crescimento, ocasionando atrasos no cronograma e retrabalhos.
64
4.2.2. Falta de controle no cronograma pode ocasionar atraso na
entrega do projeto.
4.2.3. Atraso na contratação de recursos humanos podendo ocasionar
atraso nas etapas futuras do projeto.
4.3. Comunicação:
4.3.1. Falta de comunicação entre os membros da equipe do projeto
pode acarretar em não cumprimento do escopo definido.
4.3.2. Requisitos mal interpretados pela equipe do projeto, ocasionará
um descompasso entre expectativas, demandas e o trabalho
como um todo.
65
comprometer os resultados em termos de custo e prazo do
projeto.
Encarecimento na aquisição de
Devaluação do peso argentino frente ao
2.4.1 6 Externos maquinária e insumos importados, 2- Média 3- Alto
dólar
aumento no custo total do projeto
Baixa produtividade da equipe do
3.2.1 6 Internos Atrasos e retrabalhos 2- Média 3- Alto
projeto
Aumento das taxas de financiamento
3.3.1 6 Internos Aumento no custo total do projeto 2- Média 3- Alto
bancário
Falta de capacidade para captação de
3.3.2 6 Internos Cancelamento do projeto 2- Média 3- Alto
financiamento
Gerenciamento de Mudanças não são controladas e o
4.2.1 6 Atrasos no cronograma e retrabalhos 2- Média 3- Alto
projeto escopo está em constante crescimento
Gerenciamento de
4.2.2 6 Falta de controle no cronograma Atraso na entrega do projeto 2- Média 3- Alto
projeto
Gerenciamento de Requisitos mal interpretados pela Descompasso entre expectativas,
4.3.2 6 2- Média 3- Alto
projeto equipe do projeto demandas e o trabalho como um todo
Dificuldade no rastreamento e
Atraso no cronograma e entrega do
3.1.1 4 Internos localização de peças e componentes 2- Média 2- Médio
produto
dentro da fábrica
Lentidão no processamento das
3.1.2 4 Internos Infraestrutura ineficaz de T.I. 2- Média 2- Médio
informações do projeto
Membros da equipe com atitudes
3.2.2 4 Internos Atrasos no cronograma 2- Média 2- Médio
negativas em relação ao projeto
66
O cruzamento das informações de probabilidade e impacto dos riscos foi feito
considerando a Matriz de Probabilidade x Impacto (Tabela 7).
67
Código Causa do Risco Efeito Probabilidade Impacto Valor Esperado Prioridade
Falta de capacidade para captação de
3.3.2 Cancelamento do projeto 35% $100.000,00 $35.000,00 1
financiamento
Atraso na entrega das materias primas e Indisponibilidade de insumos para
2.1.2 70% $45.000,00 $31.500,00 2
insumos construção no prazo requerido
Problemas com autorizações de Aumento de custos e atrasos no
2.3.1 65% $42.000,00 $27.300,00 3
importação cronograma
Falta de recursos financeiros para
4.1.1 Falha na projeção dos custos 65% $40.000,00 $26.000,00 4
execução e término do projeto
Falta de comunicação entre os membros
4.3.1 Não cumprimento do escopo definido 70% $30.000,00 $21.000,00 5
da equipe do projeto
Encarecimento na aquisição de
Devaluação do peso argentino frente ao
2.4.1 maquinária e insumos importados, 40% $50.000,00 $20.000,00 6
dólar
aumento no custo total do projeto
Aumento das taxas de financiamento
3.3.1 Aumento no custo total do projeto 35% $50.000,00 $17.500,00 7
bancário
4.2.2 Falta de controle no cronograma Atraso na entrega do projeto 40% $35.000,00 $14.000,00 8
O plano de resposta aos riscos define que ações serão tomadas segundo a
estratégia definida com o intuito de reduzir as ameças produzidas pelos riscos
identificados.
As respostas planejadas aos riscos podem ser vistas na Tabela 9.
68
Tabela 9: Respostas planejadas aos riscos do projeto
Fonte: Elaborada pelo autor
69
4.8. Controle de mudança de riscos
70
linha de base de custos (cost baseline). Para os riscos não identificados, conhecidos
como “unknown-unknown” devemos utilizar a reserva gerencial. Esta reserva é
estimada (por exemplo, com base percentual sobre o valor do projeto), e não fazem
parte da linha de base de custos.
As reservas de contingência serão utilizadas mediante liberação pelo gerente
de projeto, no momento que ele considere adequado, e toda aplicação deverá ser
solicitada via e-mail e documento formal, a fim de manter em arquivo as solicitações
efetuadas.
Neste caso, o valor total das reservas de contingência é de USD 41.600,00, e
devem ser utilizadas pelo Gerente de Projeto conforme tabela abaixo:
Esses valores são estabelecidos para cada evento de risco. Caso a reserva de
contingência seja insuficiente, somente o Patrocinador poderá solicitar a criação de
nova reserva.
Para gerenciar os riscos não identificados foi prevista uma reserva gerencial
de 5% do total do custo do projeto, o que equivale a aproximadamente USD
100.000,00. É importante mencionar que esta reserva não está nas mãos do
Gerente de Projeto, que para utilizá-la deverá pedir autorização por escrito para o
Patrocinador.
71
Frequência de atualização do plano de gerenciamento de riscos:
O plano será reavaliado mensalmente, na primeira reunião mensal do Comitê
de Controle de Mudanças, juntamente com os outros planos de
gerenciamento do projeto.
REGISTRO DE ALTERAÇÕES
Data Modificado por Descrição da mudança
00/00/0000 XXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX
00/00/0000 XXXXXXXX XXXXXXxXXXXXXX
APROVAÇÕES
Data
Gerente do Projeto [Assinatura]
00/00/0000
72
5. CONCLUSÃO
73
praticamente à renuncia sobre o mesmo. Isso deixou claro que a necessidade de
orientar uma metodologia para a atividade real das organizações é de suma
importância, uma vez que existem numerosos métodos com grande potencial, mas
que não possuem a capacidade operacional necessária exigida pelo gerenciamento
real do projeto.
74
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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4360:1999. Disponível em:
<<http://www.epsonet.eu/mediapool/72/723588/data/2017/AS_NZS_4360-
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75
DEL RIO, J. Las Pymes son el motor de la Argentina. Diario LA NACION. 2018.
Disponível em: https://www.lanacion.com.ar/2119790-las-pymes-son-el-motor-de-la-
argentina. Acesso em: 02 outubro 2018.
76
ISO. En ISO 31000 Gestión de riesgos. Guía práctica para pymes (pág 8-9).
Vernier, Ginebra, Suiza, 2015.
JOIA, L. A.; SOLER A. M.; BERNAT, G. B.; RABECHINI JR. R., Gerenciamentos de
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77
PRICEWATERHOUSE COOPERS. Insights andTrends: Current Portfolio,
Programme, and Project Management Practices. Global Project Management
Report. 2012. Disponível em: <<https://www.pwc.com/en_US/us/public-
sector/assets/pwc-global-project-management-report-2012.pdf>>. Acesso em: 13
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TENSIX CONSULTING. 7 Impacts of Poor Risk Management (and what you can
do about them). Disponível em: <<https://tensix.com/2017/03/7-impacts-of-poor-
risk-management-and-what-you-can-do-about-them/>>. Acesso em: 10 outubro
2018.
78
APÊNDICE
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80
APÊNDICE 2. Questionário sobre Gerenciamento de Riscos em Projetos
81
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