A escolha de vacinas perpetua a pandemia do Covid-19.
Durante os primeiros meses de quarentena, a criação de uma vacina que nos
protegesse contra o vírus era a única esperança para a volta à normalidade. Em janeiro de 2021, finalmente teve início a campanha de vacinação contra o Covid-19 e, junto dela, vieram os “sommeliers de vacina”. Esse grupo é formado por pessoas que querem escolher a vacina pelo fabricante, mostrando um descaso total com a segurança coletiva e individual. Por conta da imunização, houve uma baixa nos casos da doença, mas é importante ressaltar que a pandemia ainda não acabou e a situação continua sendo de emergência. Atualmente, são 30.671 casos novos e 903 óbitos, mostrando que a luta contra o Coronavírus ainda continua. A imunidade individual é o principal meio para dar fim à pandemia, pois garante a segurança coletiva. Quando a circulação do vírus diminui, cai o número de casos e a chance de casos graves, evitando a sobrecarga do sistema de Saúde e, assim, é possível salvar milhares de vidas. Negar uma vacina contribui para a prolongação da pandemia e coloca em risco toda a população. Outro fator de risco na desaceleração da vacinação por conta dos "sommeliers de vacina” são as variantes do vírus. Quanto mais tempo ele circula, mais desenvolve sua capacidade para criar mutações no seu material genético e, consequentemente, maior o número de variantes potentes. Recentemente começou a circular a cepa Delta, facilmente transmissível e, de acordo com a OMS, com potencial para se tornar a "substituta" do Covid-19 nos próximos meses. Casos como esse seriam evitados se todos seguissem os protocolos de segurança e fossem se imunizar assim que possível. O principal motivo que levou as pessoas a quererem escolher qual vacina tomar foram os discursos de figuras públicas extremamente influenciadoras. O pronunciamento de políticos contra a vacinação, num contexto onde a vacina salvaria milhares de pessoas diariamente, deveria ser duramente retaliado. A responsabilidade com a população foi assustadoramente posta de lado e ainda aplaudida por apoiadores desses personagens. Fiscalizar discursos imprudentes seria uma forma para evitar os “sommeliers de vacina”, assim como realizar campanhas de publicidade estimulando a vacinação e com informações confiáveis à população.